Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #451: Entrevista com Malu Galli e Daniel Bandeira | Propriedade

por: Cinevitor
Malu Galli e Edilson Silva em cena

Com direção de Daniel Bandeira, Propriedade foi um dos filmes brasileiros mais comentados no último ano dentro do circuito de festivais. O thriller chega aos cinemas nesta quinta-feira, 21/12, pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras.

Na trama, uma reclusa estilista, interpretada por Malu Galli, se enclausura em seu carro blindado para se proteger de uma revolta dos trabalhadores da fazenda de sua família. Separados por uma camada impenetrável de vidro, dois universos estão prestes a colidir.

Também autor do roteiro, Daniel Bandeira se relaciona há muito com o conceito que se transformaria em Propriedade. Apreciador do suspense, o cineasta, a princípio, desenvolveu o argumento como um exercício formal sobre enclausuramento. No entanto, a ideia passou a receber contornos políticos ao perceber, a partir de 2010, um país mais polarizado do que nunca.

Rodado entre 11 de setembro e 7 de outubro de 2018, Propriedade imprime na tela a tensão que o país vivenciou, com a equipe recepcionando os resultados do primeiro turno eleitoral daquele ano no último dia de filmagens na Fazenda Morim, em São José da Coroa Grande, município de Pernambuco. Houve também uma camada adicional percebida, a posteriori, pela atmosfera claustrofóbica, quase uma alegoria do isolamento social que tomaria o mundo um ano depois.

Com o protagonismo da narrativa muitas vezes concentrado em Tereza e Dona Antônia, personagens respectivamente interpretadas por Malu Galli e Zuleika Ferreira, Daniel encontrou uma forma de representar a incomunicabilidade de duas integrantes de diferentes esferas sociais: “Eu acho que a gente vive em um momento em que é muito difícil se colocar no lugar do outro, de entender as motivações do outro. E, com isso, a gente acaba perdendo as nuances, as motivações, coisas que a gente poderia usar para tentar resolver nossas diferenças”.

A partir disso, Propriedade coloca o espectador no lugar de testemunha dupla das motivações de cada lado: “Eu acho que é nisso que reside a grande tragédia, não só da história do filme, mas da história dos nossos tempos. E que só quando rompemos essa blindagem, ou quando abrimos a porta, ou quando descemos o vidro para poder falar com o outro, que nós temos uma condição de iniciar um diálogo, de estabelecer um clima de resolução de diferenças, resolução de problemas. Até lá, a incomunicabilidade é o motor da nossa tragédia”, reflete Daniel.

No Brasil, Propriedade esteve na programação do Festival do Rio, com a montagem de Matheus Farias sendo premiada; na 46ª Mostra de São Paulo; no 17º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, no qual recebeu cinco prêmios, entre eles, melhor direção; na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes; na 17ª CineBH; no Rio Fantastik Festival 2023, eleito, entre demais prêmios e menções, como melhor longa-metragem; entre outros.

No circuito internacional, passou por renomados festivais do calendário anual, como: Festival de Berlim, na mostra Panorama; Edimburg International Film Fest; MotelX, em Lisboa; o espanhol Sitges; os americanos Brooklyn Horror Fest e Fantastic Fest, nos quais saiu vencedor como melhor filme; o holandês Leiden International Film Festival; entre outros. Está também agendada uma exibição no dia 20 de dezembro no MoMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, dentro do programa The Contenders 2023, em um recorte com as obras mais influentes e importantes dos últimos doze meses.

Com produção de Kika Latache e Livia de Melo, direção de fotografia de Pedro Sotero, o elenco conta também com Tavinho Teixeira, Sandro Guerra, Roberta Lúcia, Amara Rita Magalhães, Marcílio Moraes, Nivaldo Nascimento, Clebia Sousa, Marília Souto, Chris Veras, Carlos Amorim, Anderson Cleber, Aruandhê Pereira, Andala Quituche, Natureza Rodrigues, Maria José Sales, Ângelo Fàbio, Ane Oliva, Samuel Santos, Edilson Silva e Erick Silva

Para falar mais sobre Propriedade, conversamos com o diretor e com a protagonista Malu Galli. No bate-papo, falaram sobre a ideia do projeto, preparação de elenco, entrosamento com a equipe, filme de gênero, recepção do público e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #450: Entrevista com Xuxa Meneghel + elenco e equipe | Uma Fada Veio Me Visitar

por: Cinevitor
A Rainha dos Baixinhos volta aos cinemas depois de 14 anos

Estrelado por Xuxa Meneghel, Uma Fada Veio Me Visitar, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 12/10, é uma nova adaptação do livro homônimo de Thalita Rebouças para os cinemas. O roteiro é assinado pela própria autora, em parceria com Patrícia Andrade, de Entre Irmãs, e direção de Vivianne Jundi, de Detetives do Prédio Azul 2: O Mistério Italiano.

A comédia apresenta Tontom Périssé, que faz sua estreia nas telonas como a coprotagonista Luna. Dani Calabresa, Lívia Inhudes, Manuela Kfouri, Vitória Valentim, Henrique Camargo e Lucas Burgatti também integram o elenco, que conta ainda com a participação especial da influenciadora Camila Loures. O longa é produzido pela Bronze Filmes, em coprodução com a Paramount Pictures e Rubi Produtora, e tem distribuição da Imagem Filmes.

Na trama, a Fada Tatu, interpretada por Xuxa, é escolhida para transformar as adolescentes Luna e Lara, que se odeiam, em melhores amigas. Depois de passar quatro décadas congelada, Tatu tenta realizar a missão ao mesmo tempo em que se adapta às mudanças dos tempos atuais, como as roupas e o celular, e percebe que os problemas da adolescência continuam os piores do mundo. O elenco conta também com Zezeh Barbosa, Thalita Rebouças, Fernanda de Freitas, Tatsu Carvalho, Denise Del Vecchio, Robson Caetano, Anna Lima, Lian Tai, Robson Santos, Lara Leão, Victoria Soyat e Catharina Kubotta.

Baseado no best-seller de Thalita Rebouças, Uma Fada Veio Me Visitar chega com muita magia, nostalgia e diversão para toda a família. O filme marca a volta de Xuxa aos cinemas, após um intervalo de 14 anos, quando coestrelou Xuxa em O Mistério de Feiurinha ao lado da filha, Sasha Meneghel, em 2009.

Considerada a Rainha dos Baixinhos pelos seus programas infantis na TV, Xuxa alcançou sucesso de bilheteria nos anos 1980, 1990 e 2000, sendo protagonista de produções cinematográficas como Xuxa Abracadabra, Xuxa e os Duendes, Xuxa e o Tesouro da Arca Perdida, Xuxa Gêmeas, além dos clássicos Lua de Cristal, lançado em 1990 e um dos filmes brasileiros mais assistidos, e Super Xuxa contra Baixo Astral, de 1988. É considerada a atriz de maior média de público desde a retomada do cinema brasileiro, com mais de 37 milhões de espectadores.

Para falar mais sobre Uma Fada Veio Me Visitar, fomos ao Rio de Janeiro conversar com Xuxa Meneghel. Na entrevista, comemorou sua volta aos cinemas, falou do entrosamento com o elenco, parceria com Thalita Rebouças e expectativa para o lançamento. Além disso, registramos alguns trechos da coletiva de imprensa do filme e também batemos um papo com a diretora Vivianne Jundi, com a roteirista Thalita Rebouças e com a atriz Tontom Périssé.

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PARTE 1 | Entrevista com Xuxa:

PARTE 2 | Entrevistas com Vivianne Jundi, Thalita Rebouças e Tontom Périssé

Foto: Rogerio Resende.

CINEVITOR #449: Entrevista com Drica Moraes e Murilo Benício | Pérola

por: Cinevitor
Protagonista: Drica Moraes em cena

Depois de lançar O Beijo no Asfalto, o ator Murilo Benício lança seu segundo filme como diretor: Pérola, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 28/09. O longa é baseado na peça teatral homônima do dramaturgo Mauro Rasi, que foi sucesso de público e crítica. 

Exibido no Festival do Rio, fora de competição, e premiado no Fest Aruanda, em João Pessoa, em duas categorias, melhor roteiro e melhor atriz para Drica Moraes, a trama mostra uma mãe de personalidade forte que comanda o funcionamento de toda a família e tenta estabelecer uma relação mais próxima com o filho Mauro, vivido por Leonardo Fernandes, querendo controlar as escolhas e o futuro dele. 

Nas telonas, Drica é quem assume o protagonismo; nos palcos, Vera Holtz interpretou a personagem Pérola. A comédia dramática é um retrato de uma família com laços fortes em que as pessoas comemoram, choram e seguem juntos apesar das circunstâncias. O filme conta a história da matriarca Pérola pelo olhar e memória do seu filho Mauro. Uma história, acima de tudo, sobre o reencontro de uma mãe e seu filho, com conflitos e sonhos traduzidos na construção de uma piscina no quintal de casa. Um retrato de uma família comum, que briga, faz as pazes, comemora, chora e segue cheia de histórias. 

Com roteiro de Adriana Falcão, Marcelo Saback e Jô Abdu, o elenco conta também com Rodolfo Vaz, Valentina Bandeira, Cláudia Missura, Lavínia Pannunzio, Marianna Armellini, Jefferson Schroeder, Gustavo Duque e participações especiais de Louise Cardoso, Gillray Coutinho e Gustavo Machado. A produção é da República Pureza Filmes e MB Produções, com coprodução da Globo Filmes, Rio Filme, Canal Brasil e Telecine; a produção associada é assinada por José de Alvarenga Jr. e Guel Arraes. A distribuição nos cinemas brasileiros é da H2O Films

Para falar mais sobre Pérola, conversamos com a protagonista Drica Moraes e com o diretor Murilo Benício. No bate-papo, falaram sobre entrosamento do elenco, Vera Holtz como inspiração, relações familiares, ideia do projeto e contato com Mauro Rasi, teatro, Esther Williams e Escola de Sereias e expectativas para o lançamento.

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Foto: Marcinho Nunes.

CINEVITOR #448: Entrevista com Lilia Cabral, Thaynara OG e Gabriel Godoy | Tire 5 Cartas

por: Cinevitor
Lilia Cabral em cena: comédia nas telonas

Dirigido por Diego Freitas, de O Segredo de Davi e Depois do Universo, a comédia Tire 5 Cartas, protagonizada por Lilia Cabral e totalmente produzida e rodada em São Luís, no Maranhão, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 14/09.

Na trama, Fátima, interpretada por Lilia, é uma taróloga que enrola seus clientes com a ajuda de seu marido, Lindoval, papel de Stepan Nercessian. Sua sorte muda quando um valioso anel roubado cruza o seu caminho. Decidida a ficar com o objeto, Fátima foge dos bandidos e vai para sua terra natal, São Luís do Maranhão, embarcando em uma aventura divertida e emocionante.

O elenco de Tire 5 Cartas conta também com Claudia Di Moura, Guilherme Piva, Gabriel Godoy, Sérgio Malheiros, Giulia Bertolli, Cesar Boaes, Allan Souza Lima, Claudiana Cotrim, Thaynara OG, Mathy Lemos, Amanda Lee, Áurea Maranhão, Clara Anne, Déo Garcez, Flávia Bittencourt, Giselle De Prattes, João Gerude, Rodolfo Macedo, Sérgio Silveira, Tássia Dur e Xyko Pedrosa; além de participações especiais de Alcione e Sidney Magal.

Com roteiro assinado por Joaquim Haickel, Gustavo Pinheiro, Melina Dalboni, Diego Freitas, Giulia Bertolli e Julia Antuerpem, o filme conta com direção de fotografia de Victor Alencar; a direção de arte é de Sérgio Silveira e o figurino é assinado por Kika Lopes. A música é de Ed Côrtes e a montagem de Alexandre Boechat e Fábio Jordão. Realizado pela Guarnicê Produções e pela EH! Filmes, o longa tem distribuição nacional da Vinny Filmes e EH! Filmes Distribuidora. A produção é de Joaquim Haickel e Elisa Tolomelli.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com a protagonista Lilia Cabral, com a atriz e influencer Thaynara OG e com o ator Gabriel Godoy. No bate-papo, falaram sobre os bastidores das filmagens, entrosamento do elenco, filmagens no Maranhão e expectativa para o lançamento. Além disso, temas como a retomada do cinema brasileiro e cota de tela também foram abordados.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #447: Entrevista com Hermila Guedes | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A atriz no tapete vermelho do Festival de Gramado

Nascida em Cabrobó, no Sertão Pernambucano, Hermila Guedes é considerada uma das atrizes mais talentosas e premiadas de sua geração. Entre tantos sucessos, sua trajetória passa pelo cinema, pela TV e também pelo teatro.

Formada em Turismo e Letras, começou a se aventurar artisticamente no ano 2000 quando atuou no curta-metragem O Pedido, de Adelina Pontual, no qual foi premiada no Cine PE e no Cine Ceará. Depois disso, participou de Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, seu primeiro longa-metragem.

O reconhecimento nacional e mundial chegou em 2005 quando protagonizou o premiado O Céu de Suely, de Karim Aïnouz, que foi exibido no Festival de Veneza. Por esse trabalho, recebeu diversos prêmios de melhor atriz, entre eles, o Troféu APCA, entregue pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Foi consagrada também no Festival de Havana, Festival do Rio, Prêmio Guarani, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, entre muitos outros.

Na sequência, atuou em Baixio das Bestas, de Cláudio Assis; Deserto Feliz, de Paulo Caldas; Assalto ao Banco Central, de Marcos Paulo; no curta-metragem Quinha, de Caroline Oliveira; Era Uma Vez Eu, Verônica, de Marcelo Gomes, que lhe rendeu outra vitória pela APCA; A Luneta do Tempo, de Alceu Valença; O Fim e os Meios, de Murilo Salles; o premiado curta-metragem Nova Iorque, de Leo Tabosa; Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg; Fim de Festa, de Hilton Lacerda, que lhe rendeu o Grande Otelo de melhor atriz coadjuvante no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; entre tantos outros filmes.

Hermila, que passou pelos palcos em diversas montagens, também se destacou na TV: em 2006, interpretou Elis Regina no especial Por Toda Minha Vida, da Rede Globo. Depois atuou nas novelas Ciranda de Pedra e Amor Eterno Amor, também na TV Globo, assim como as séries Força-Tarefa, Segunda Dama, Cidade Proibida, Assédio e Segunda Chamada. No streaming, trabalhou em Irmandade, da Netflix; e na mais recente e sucesso mundial, Cangaço Novo, original Amazon disponível no Prime Video, na qual interpreta Leinneane.

Recentemente, Hermila Guedes marcou presença na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado para apresentar o primeiro episódio de Cangaço Novo. Conversamos com a atriz no dia seguinte à exibição e fizemos um programa especial relembrando alguns sucessos de sua carreira.

No bate-papo, Hermila relembrou o sucesso do longa O Céu de Suely e contou que conheceu o diretor Karim Aïnouz durante o Carnaval de Olinda; também falou do filme Era Uma Vez Eu, Verônica e dos testes que fez para conseguir sua personagem. Revelou ainda que todos os seus prêmios ficam guardados na casa de sua mãe e citou alguns colegas com carinho, como: Irandhir Santos e Alceu Valença e a emoção de trabalhar com eles em A Luneta do Tempo; e seu primeiro encontro com Marcélia Cartaxo, com quem acabou trabalhando em diversos projetos. Para finalizar, relembrou o premiado curta-metragem Nova Iorque e sua parceria com o jovem Juan Calado e falou do sucesso de Cangaço Novo.

Ao final da entrevista, Hermila ainda recebeu o convite oficial para ser a grande homenageada da quinta edição do Curta na Serra – Festival de Cinema Ao Ar Livre, que acontece em Serra Negra, Bezerros, no Agreste Pernambucano.

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Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #446: Entrevista com Grazi Massafera | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A atriz no tapete vermelho do Festival de Gramado

A atriz paranaense Grazi Massafera passou pela 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado para exibir, no Palácio dos Festivais, Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte, na mostra competitiva de longas brasileiros.

O filme, que marca o reencontro entre o diretor e a atriz nas telonas depois de Billi Pig, lançado comercialmente em 2012, é um thriller psicológico que foi rodado em Curitiba, no Paraná; este é o 15º longa da carreira do cineasta.

Na trama, Grazi é Eva, uma mulher acusada pela sociedade de ser a principal suspeita dos estranhos acontecimentos que envolvem suas duas filhas gêmeas e seu filho recém-nascido. Para provar sua inocência e ter seu marido, interpretado por Reynaldo Gianecchini, e sua família feliz de volta, ela começa a investigar a situação.

Grazi Massafera, que foi Miss Paraná em 2004, começou sua trajetória artística em 2005 quando ficou em segundo lugar no reality show Big Brother Brasil. Carismática, cativou o público e logo foi convidada para se aventurar na TV; fez participações em programas como A Turma do Didi, TV Xuxa e Caldeirão do Huck. No ano seguinte, estreou em sua primeira novela: Páginas da Vida, de Manoel Carlos, que lhe rendeu alguns prêmios, entre eles, o Troféu Imprensa.

Depois disso, foram inúmeros trabalhos na teledramaturgia, como: Desejo Proibido, Negócio da China, Tempos Modernos, As Cariocas, Aquele Beijo, Flor do Caribe, Geração Brasil, Bom Sucesso, Travessia. Com Verdades Secretas, de Walcyr Carrasco, foi indicada ao Emmy Internacional e recebeu o Troféu APCA de melhor atriz de televisão. Também apresentou o programa Superbonita, no GNT, e fez participações em séries como Mister Brau e A Grande Família.

Na sétima arte, Grazi fez sua estreia em Didi, o Caçador de Tesouros ao lado de Renato Aragão; depois protagonizou a comédia Billi Pig com Selton Mello e dublou a animação O Mar Não Está para Peixe. Agora, depois de Gramado, retornará aos cinemas com Uma Família Feliz, com roteiro de Raphael Montes, que tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2024.

No dia seguinte à exibição do longa no festival, conversamos com a protagonista Grazi Massafera. No bate-papo, falou sobre sua carreira de atriz, inquietações, conflitos, segurança, autoconhecimento e construção de personagens. Além disso, elogiou o trabalho do diretor José Eduardo Belmonte e se declarou cinéfila, principalmente em relação a filmes de terror e suspense, citando Freddy Krueger, Sexta-Feira 13, O Iluminado, O Sexto Sentido, Brinquedo Assassino, entre outros. A atriz também relembrou sua estreia nas telonas e contou histórias da infância no interior do Paraná, na cidade de Jacarezinho, quando se reunia com os primos para ver filmes e ouvir histórias assustadoras que sua avó contava.

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Foto: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #445: Entrevista com Laura Cardoso | Edição Especial | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
A consagrada atriz no tapete vermelho ao lado do bisneto

Em sua 51ª edição, o Festival de Cinema de Gramado entregou o Troféu Oscarito para duas atrizes de inestimável importância na história do audiovisual brasileiro: Laura Cardoso e Léa Garcia. Neste ano, pela primeira vez, todas as homenagens foram concedidas para mulheres.

Depois da triste notícia da morte de Léa Garcia no dia em que seria homenageada ao lado de sua amiga e colega de trabalho, a organização do festival decidiu adiar a entrega do Troféu Oscarito para Laura Cardoso. A cerimônia, que seria na terça-feira, aconteceu na sexta antes da premiação dos curtas-metragens brasileiros.

Nesta mesma noite, o público presente no Palácio dos Festivais acompanhou a entrega de três homenagens: a produtora Lucy Barreto recebeu o Troféu Eduardo Abelin; a atriz Alice Braga recebeu o Kikito de Cristal; e Laura Cardoso, que estava acompanhada pelo bisneto Fernando Faria, foi ovacionada ao receber o Troféu Oscarito das mãos das outras homenageadas, entre elas, Ingrid Guimarães, que recebeu o Troféu Cidade de Gramado na noite anterior.

Laura Cardoso, uma das atrizes mais premiadas do país e a que mais estrelou telenovelas, totaliza mais de oitenta trabalhos na televisão. Já recebeu diversos prêmios, incluindo três Grande Otelo, quatro Prêmios APCA, dois Troféus Imprensa e dois Prêmios Shell. Em 2002, foi laureada com o Troféu Mário Lago pelo conjunto da obra e, em 2006, foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural.

Laura Cardoso recebe o Troféu Oscarito ao lado das outras homenageadas desta edição

Com 95 anos de idade e mais de sete décadas dedicadas ao ofício, Dona Laura foi pioneira na televisão brasileira, estreando em 1952 na extinta TV Tupi. Ao longo dos anos, esteve presente em incontáveis produções, como: As Pupilas do Senhor Reitor, A Viagem, Explode Coração, Fera Radical, Rainha da Sucata, Mulheres de Areia, Irmãos Coragem, O Profeta, Flor do Caribe, Chocolate com Pimenta, Caminho das Índias, Gabriela, A Dona do Pedaço, entre outras.

Sua trajetória também passa pelos palcos em montagens como: Helena de Tróia, A Megera Domada, Crimes Delicados, A Bela e a Fera, Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe, Veneza, Hoje Eu Me Chamo Dinorah, Vem Buscar-me que Ainda sou Teu, Vereda da Salvação, que também lhe rendeu o Prêmio Mambembe, A Última Sessão, entre outras.

Nas telonas, atuou em diversos filmes, como: Corisco, o Diabo Loiro, Tiradentes, O Mártir da Independência, Quincas Borba, Terra Estrangeira, Através da Janela, Copacabana, Clarita, O Outro Lado da Rua, Muito Gelo e Dois Dedos d’Água, Primo Basílio, A Casa da Mãe Joana, Muita Calma Nessa Hora, De Onde Eu Te Vejo, O Crime da Cabra, entre tantos outros. Seus últimos trabalhos no cinema foram no curta Jadzia, de Acacia Araujo, e no longa De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula, ambos de 2020.

No dia da homenagem, conversamos com a brilhante Laura Cardoso horas antes da cerimônia. No bate-papo, ela celebrou sua carreira e suas colegas, elogiou o festival e o Rio Grande do Sul, falou da importância do audiovisual brasileiro e mandou um recado carinhoso para as novas gerações.

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Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #444: Entrevista com Isis Valverde | Angela | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Protagonista: Isis Valverde em cena

Depois de passar pelo Festival de Cinema de Gramado com Faroeste Caboclo e Simonal, a atriz Isis Valverde voltou ao evento para apresentar Angela, dirigido por Hugo Prata, na mostra competitiva de longas brasileiros desta 51ª edição.

O filme, que entra em cartaz nesta quinta-feira, 31/08, é focado nos últimos meses de vida da socialite Angela Diniz, que foi assassinada em dezembro de 1976, aos 32 anos. Protagonizado por Isis Valverde, o longa se passa no final da década de 1970 e narra acontecimentos da mulher que ficou conhecida como A Pantera de Minas e as consequências de sua conturbada relação amorosa com o empresário Raul Street, também conhecido como Doca Street, interpretado por Gabriel Braga Nunes. O elenco ainda traz Bianca Bin, Emilio Orciollo Netto, Chris Couto, Gustavo Machado, Carolina Manica e Alice Carvalho.

A sinopse de Angela diz: após uma tumultuada separação e ter que ceder a guarda dos seus três filhos, a famosa socialite Angela Diniz conhece Raul e acredita ter encontrado alguém que ama seu espírito livre tanto quanto ela. A atração avassaladora fez o casal largar tudo e viver o sonho de reconstruir suas vidas regadas à paixão na casa de praia. Mas a vida tranquila rapidamente se transforma quando Raul começa a se mostrar um homem agressivo, violento e controlador. A relação declina para o abuso e a violência, dando origem a um dos casos de assassinato mais famosos de todos os tempos no Brasil.

Com produção de Fabio Zavala e Hugo Prata, a fotografia é assinada por Paulo Vainer e a direção de arte é de Cassio Amarante; Verônica Julian assina o figurino, com maquiagem de Damián Brissio; a montagem é de Tiago Feliciano e a trilha sonora de Otavio de Moraes. O longa é uma produção da Bravura Cinematográfica, em coprodução com a Star Productions, e distribuição da Downtown Filmes

Para falar mais sobre Angela, conversamos com a protagonista Isis Valverde no dia seguinte à exibição no festival. No bate-papo, a atriz falou sobre ancestralidade feminina, desafios em atuar em uma cinebiografia, exibição em Gramado, preparação para a personagem, entrosamento com elenco e abordou temas importantes que permeiam o filme, entre eles, o machismo e a atemporalidade da narrativa. Além disso, também conversamos com o diretor Hugo Prata e com a roteirista Duda de Almeida.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #443: Entrevista com Kleber Mendonça Filho | Retratos Fantasmas | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
O cineasta no tapete vermelho do festival

Dirigido pelo cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, o documentário Retratos Fantasmas, seu quinto longa-metragem, foi o filme de abertura da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado e foi exibido, fora de competição, no Palácio dos Festivais.

Após apresentar seus últimos filmes, Crítico, O Som ao Redor, Aquarius e Bacurau em Gramado, o diretor voltou ao evento com seu segundo documentário, fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem. Retratos Fantasmas, que estreia nesta quinta-feira, 24/08, tem como personagem principal o centro da cidade do Recife como local histórico e humano, revisitado através dos grandes cinemas que atravessaram o século 20 como espaços de convívio. Foram lugares de sonho e de indústria; e a relação das pessoas com esse universo é um marcador de tempo para as mudanças dos costumes em sociedade.

Cerca de 60% de Retratos Fantasmas é composto por material de arquivo, com fotografias e imagens em movimento encontradas em acervos pessoais, na produção pernambucana de cinema, televisão e de instituições como a Cinemateca Brasileira, o CTAv, Centro Técnico do Audiovisual, e a Fundação Joaquim Nabuco. O trabalho de montagem, ao lado de Matheus Farias, reúne imagens dos mais variados formatos.

Com produção de Emilie Lesclaux para a CinemaScópio, Retratos Fantasmas foi exibido no Festival de Cannes deste ano fora de competição. Recentemente, foi selecionado para o Festival de Toronto, Nova York, Sydney, Munich Film Festival, Santiago Festival Internacional de Cine, New Zealand International Film Festival, Melbourne International Film Festival, Lima International Film Festival, entre outros.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com Kleber Mendonça Filho no dia seguinte à exibição em Gramado. No bate-papo, o diretor contou sobre o início do projeto, relação com o material de arquivo e preservação, personagens do documentário, relação com a cidade do Recife, cinemas de rua (Art Palácio, Cine Trianon e São Luiz), coincidências do roteiro, recepção do público e expectativa para o lançamento. O ator Rubens Santos, que faz uma participação no filme, e o montador Matheus Farias também falaram sobre o longa.

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Fotos: Cleiton Thiele/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #442: Entrevista com Alice Carvalho | Cangaço Novo | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Protagonista: Alice Carvalho em cena

Pela primeira vez em sua história, o Festival de Cinema de Gramado teve uma série como atração. A escolhida foi Cangaço Novo, original Amazon, que já está disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios desde o dia 18 de agosto; a estreia mundial foi na 51ª edição do evento.

Cangaço Novo é um nordestern que retrata a jornada de autoconhecimento de três irmãos e se mistura a problemas estruturais do Brasil, como o crime organizado, a corrupção e a política. Precisando desesperadamente de dinheiro para cuidar de seu pai adotivo, Ubaldo, interpretado por Allan Souza Lima, mal chega em Cratará e já se envolve com o crime organizado. Com sua irmã Dinorah, papel de Alice Carvalho, a única mulher em um bando de ladrões de banco, ele se torna um cangaceiro e líder de uma gangue do novo cangaço.

Eles dominam cidades inteiras com armas de grosso calibre causando pânico e terror. Ubaldo, inebriado com o poder e a adrenalina, acredita que pode fazer a diferença. Enquanto ele e Dinorah roubam bancos desafiando as autoridades locais, Dilvânia, vivida por Thainá Duarte, a outra irmã, mantém viva a influência de Amaro Vaqueiro, o pai biológico dos três, que é uma figura mítica na região. A questão é: qual dos irmãos será aquele que transformará a vida das pessoas ao seu redor se tornando em vida o próximo mito do sertão cearense? A mudança virá pela fé, pela política ou pela bala?

A série conta também com Hermila Guedes, Ricardo Blat, Marcélia Cartaxo, Adélio Lima, Nivaldo Nascimento, Titina Medeiros, Pedro Wagner, Rodrigo García, Múcia Teixeira, César Ferrario, Robson Medeiros, Luiz Carlos Vasconcelos, Enio Cavalcante, Joálisson Cunha, Pedro Lamin, entre outros, no elenco.

Produzida pela O2 Filmes, a obra, que conta com oito episódios, foi criada por Eduardo Melo e Mariana Bardan, tem direção de Aly Muritiba e Fábio Mendonça e roteiro de Fernando Garrido, Mariana Bardan, Eduardo Melo e Erez Milgrom. A produção executiva é de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes, Fábio Mendonça e Aly Muritiba.

Para falar mais sobre Cangaço Novo, conversamos com a protagonista Alice Carvalho. No bate-papo, a atriz potiguar falou da exibição em Gramado, reencontro com a equipe, entrosamento com o elenco, preparação com Fátima Toledo, filmagens no Cariri paraibano e Seridó potiguar, expectativa para o lançamento, entre outros assuntos.

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Foto: Renato Amoroso.

CINEVITOR #441: Entrevista com Vera Holtz | Tia Virgínia | 51º Festival de Cinema de Gramado

por: Cinevitor
Vera Holtz no tapete vermelho do Festival de Gramado

Dirigido e escrito por Fabio Meira, do premiado As Duas Irenes, o longa-metragem Tia Virgínia foi exibido no domingo, 13/08, em competição, na 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado.

Na trama, Vera Holtz dá vida à personagem título, uma mulher de 70 anos, que nunca se casou ou teve filhos. Foi convencida pelas irmãs Vanda e Valquíria, interpretadas por Arlete Salles e Louise Cardoso, a deixar a vida que tinha para cuidar da mãe idosa. O filme se passa em um único dia quando Virgínia se prepara para receber as irmãs, que viajam para celebrar o Natal em família. 

Com produção da Roseira Filmes e da Kinossaurus, produtora de Ruy Guerra e de Janaina Diniz Guerra, a distribuição é da Elo Studios. A direção de fotografia é de Leonardo Feliciano; Ana Mara Abreu assina a direção de arte e o figurino é de Rô Nascimento. Cesar Camargo Mariano é o responsável pela música original. O elenco conta também com Antonio Pitanga, Vera Valdez, Amanda Lyra, Daniela Fontan e Iuri Saraiva

Para falar mais sobre o filme, conversamos com a protagonista Vera Holtz no dia seguinte à exibição. A atriz falou sobre sua personagem, reação do público no Palácio dos Festivais, encontros familiares, entrosamento do elenco e direção, bastidores, rotina de filmagem, entre outros assuntos.

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Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #440: Entrevista com Vladimir Brichta | Capitu e o Capítulo

por: Cinevitor
Vladimir Brichta é Bentinho no longa

Depois de ser exibido no Festival de Roterdã, Capitu e o Capítulo, dirigido por Julio Bressane, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 27/07. Um dos maiores clássicos da literatura nacional, Dom Casmurro, de Machado de Assis, ganha uma nova leitura cinematográfica pelas mãos do consagrado cineasta.

O título surge de um pequeno poema que Haroldo de Campos declamou ao próprio Bressane, em 1984, e, para o longa, o diretor parte do que há de mais cinematográfico em Machado de Assis. No filme, Mariana Ximenes assume o famoso papel de Capitu, cujos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” seduzem o jovem Bentinho, interpretado por Vladimir Brichta, que, anos mais tarde, na maturidade, narra toda essa história, assumindo o apelido de Casmurro, papel de Enrique Diaz. O que era amor se tornou um ciúme doentio, em devaneios do protagonista, que acabaram consumindo a paixão.

Bressane viu em Machado a possibilidade de o transformar em filme, novamente, como já fizera com Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1985. Com fotografia assinada por Lucas Barbi, o longa encontra na pintura um de seus principais diálogos. Nessas imagens, as flores, os arranjos de flores, os vestidos de flores e as pinturas de flores surgem como um forte elemento. A música, por sua vez, é outro elemento importante em Capitu e o Capítulo. Entre outras coisas, o filme ressalta a importância de Machado para a cultura brasileira e o Brasil como um todo.

O longa foi o grande vencedor da 16ª edição do Fest Aruanda, em 2021, com cinco prêmios, entre eles, melhor filme pelo júri e crítica. Além disso, foi exibido no Olhar de Cinema, Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival do Rio, Festival Biarritz Amérique Latine, entre outros.

Com roteiro de Julio Bressane e Rosa Dias, Capitu e o Capítulo conta também com Djin Sganzerla, Saulo Rodrigues, Josie Antello e Claudio Mendes. A produção é assinada pela TB Produções, por Tande Bressane e Bruno Safadi, e coproduzido pela Globo Filmes com distribuição da Pandora Filmes; Cacá Diegues aparece como produtor associado. A direção de arte é de Isabela Azevedo e Moa Batsow; o figurino é assinado por Daniela Aparecida Gavaldão e Luísa Horta; e a montagem de Rodrigo Lima.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o ator Vladimir Brichta. No bate-papo, falou sobre a construção de seu personagem, citou o ilustre Zé Celso, relembrou o convite para atuar no longa e as primeiras impressões ao ler o roteiro. Brichta também destacou a importância da literatura e do cinema, contou como foi sua conversa com Bressane antes das filmagens e da expectativa para o lançamento.

Aperte o play e confira:

Foto: Viviane D’Avilla.