Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR Especial: Barbieheimer | Estreias de BARBIE e OPPENHEIMER

por: Cinevitor
Ryan Gosling e Margot Robbie em cena: come on Barbie, let’s go party!

Nos últimos dias, o universo da sétima arte anda bem movimentado. De um lado, atores e roteiristas de Hollywood anunciaram uma greve em busca de melhores condições de trabalho. Paralelo a isso, as salas de cinema do mundo todo se preparam para receber o fenômeno Barbieheimer (ou Barbenheimer).

Mas o que significa esse tal Barbieheimer? A brincadeira de unir os nomes dos filmes Barbie, de Greta Gerwig, e Oppenheimer, de Christopher Nolan, começou na internet por conta das estreias simultâneas dos dois maiores lançamentos da semana (e talvez do ano). A boneca da Mattel e o pai da bomba atômica chegam juntos aos cinemas nesta quinta-feira, 20/07.

Dirigido pela roteirista e cineasta indicada ao Oscar, Greta Gerwig, de Lady Bird: A Hora de Voar e Adoráveis Mulheres, Barbie, protagonizado por Margot Robbie, começa na Barbielândia, um lugar perfeito para viver. Até que uma crise existencial afeta a boneca mais famosa do mundo, agora em versão live-action nas telonas, que acaba se envolvendo em diversas aventuras ao lado de suas amigas e, claro, do vaidoso Ken, interpretado por Ryan Gosling.

Com roteiro assinado por Gerwig e Noah Baumbach, de Frances Ha e História de um Casamento, o longa conta também com America Ferrera, Kate McKinnon, Michael Cera, Ariana Greenblatt, Issa Rae, Rhea Perlman, Will Ferrell, Helen Mirren, Dua Lipa (em uma participação especial e que também assina uma das músicas da trilha sonora, Dance the Night), Ana Cruz Kayne, Emma Mackey, Hari Nef, Alexandra Shipp, Kingsley Ben-Adir, Simu Liu, Ncuti Gatwa, Scott Evans, Jamie Demetriou, Connor Swindells, Sharon Rooney, Nicola Coughlan, Ritu Arya, entre outros.

Enquanto isso, Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan, de DunkirkInterestelar e Batman: O Cavaleiro das Trevas, um thriller épico filmado em IMAX, leva o público ao cerne do pulsante paradoxo vivido pelo enigmático J. Robert Oppenheimer, que ficou conhecido como o pai da bomba atômica e é interpretado por Cillian Murphy, e que deve arriscar destruir o mundo para tentar salvá-lo.

Baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e Martin J. Sherwin, o filme conta também com Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Benny Safdie, Michael Angarano, Josh Hartnett, Rami Malek, Dane DeHaan, Dylan Arnold, David Krumholtz, Alden Ehrenreich, Matthew Modine  e Kenneth Branagh (que marca mais uma parceria com o diretor).

Para falar mais sobre as duas grandes estreias da semana Barbieheimer, Vitor Búrigo, do CINEVITOR, recebe o crítico de cinema Francisco Carbone em um programa especial. No vídeo, falam da expectativa para os lançamentos, entrosamento do elenco e direção, comparação entre os dois filmes, temáticas importantes abordadas nos roteiros, greve em Hollywood, protagonismo feminino, temporada de premiações, público, marketing para as estreias, representação da boneca Barbie nas telonas, entre outros assuntos.

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Foto: Courtesy Warner Bros. Pictures.

CINEVITOR #439: Entrevista com Cláudia Abreu | Edição Especial + Virginia

por: Cinevitor
Cláudia Abreu no palco em Virginia, seu primeiro monólogo

Sucesso na TV, nos palcos e nas telonas, Cláudia Abreu é considerada uma das maiores atrizes de sua geração. Formada em Filosofia, acumula sucessos na carreira artística entre tantas personagens marcantes e trabalhos inesquecíveis.

Começou a fazer teatro aos 10 anos e logo se destacou em cena. Nos palcos, trabalhou com nomes como Bia Lessa, em Orlando e Viagem ao Centro da Terra; Antônio Abujamra, em Um Certo Hamlet; Enrique Diaz, em As Três Irmãs; entre outros. Também produziu e estrelou Pluft, o Fantasminha, no Teatro Tablado, em homenagem à Maria Clara Machado e à casa onde iniciou sua carreira.

Na TV, começou em Tele Tema e Hipertensão, em 1986, ambos na Rede Globo. Depois, atuou em O Outro e Fera Radical, apresentou o Globo de Ouro e se destacou em Que Rei Sou Eu? no papel da Princesa Juliette de Avillan. Mas, foi em 1990 que ganhou sua primeira protagonista: a personagem Clara Ribeiro na novela Barriga de Aluguel, escrita por Gloria Perez, que foi um grande sucesso.

Na sequência, em 1992, outra consagração na carreira: a militante Heloísa na minissérie Anos Rebeldes, escrita por Gilberto Braga, que abordava um certo período da ditadura militar. Por esse trabalho, recebeu o Prêmio APCA de melhor atriz em televisão. Depois disso, ainda na TV, atuou em Pátria Minha, Labirinto, Força de um Desejo, O Quinto dos Infernos, entre outros.

Em 2003, interpretou sua primeira vilã: Laura Prudente da Costa na novela Celebridade, de Gilberto Braga. Ao lado da amiga Malu Mader, protagonizou cenas memoráveis na televisão brasileira e conquistou o público com sua Cachorra, apelido da personagem. Por esse trabalho, recebeu diversos prêmios e indicações. Ainda na TV, participou de Belíssima, Três Irmãs, O Dentista Mascarado, Geração Brasil, a série Desalma, no Globoplay, entre muitos outros. Em 2017, criou, ao lado de Flavia Lins e Silva, a série Valentins, voltada ao público infantojuvenil e exibida no canal Gloob.

Em 2012, outro sucesso de público e crítica: a cômica vilã Chayene em Cheias de Charme, novela das sete escrita por Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. Ao lado de Titina Medeiros, que interpretava Socorro, sua fiel escudeira, protagonizou momentos hilários ao interpretar a cantora de tecnobrega que tentava sabotar as Empreguetes, vividas por Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond. A vaidosa e vilanesca Chay entrou para a história da teledramaturgia brasileira e é lembrada até hoje pelo público.

Bastidores da entrevista: Cláudia Abreu e Vitor Búrigo

Entre tantos momentos importantes na TV, Cláudia Abreu também se destacou no cinema. Seu primeiro trabalho nas telonas aconteceu em 1996 no longa Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, que logo lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Na sequência, atuou em O Que é Isso, Companheiro?, de Bruno Barreto, que disputou a estatueta dourada de melhor filme estrangeiro no Oscar de 1998.

Com Ed Mort, filme de Alain Fresnot, recebeu seu segundo Prêmio APCA. Depois, atuou no épico Guerra de Canudos, de Sérgio Rezende; Os Desafinados, de Walter Lima Jr., no qual foi premiada no Los Angeles Brazilian Film Festival; O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, que lhe rendeu uma indicação ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro; O Xangô de Baker Street, de Miguel Faria Jr.; O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca; O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim; Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos Oliveira; O Rastro, de J. C. Feyer; Berenice Procura, de Allan Fiterman; entre outros.

Há um ano, estreou nos palcos seu primeiro monólogo: Virginia, com direção de Amir Haddad e codireção de Malu Valle. No espetáculo, que já passou por vários estados brasileiros, Cláudia Abreu interpreta a trajetória da escritora Virginia Woolf, marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A dramaturgia rememora acontecimentos em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo.

Virginia é o resultado de vários atravessamentos que Woolf provocou em Cláudia Abreu ao longo de sua trajetória e também marca sua estreia na dramaturgia. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação do espetáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. Entre maio e junho deste ano, Cláudia Abreu passou por Fortaleza, no Ceará, e Mossoró e Natal, no Rio Grande do Norte, para apresentar o monólogo. O CINEVITOR acompanhou a turnê pelo Nordeste e conversou com a atriz, no Teatro Alberto Maranhão, na capital potiguar, sobre alguns sucessos de sua carreira.

No bate-papo, relembrou momentos marcantes de sua trajetória no teatro, na TV e no cinema. Cláudia Abreu recordou com carinho três filmes rodados no Nordeste: Guerra de Canudos, Tieta do Agreste e O Caminho das Nuvens. Falou também da retomada do cinema brasileiro e da experiência de viver sua primeira protagonista na telinha, aos 20 anos de idade, em Barriga de Aluguel. Outro trabalho citado na entrevista foi sua primeira vilã, na novela Celebridade, a recepção do público e a icônica cena da briga no banheiro entre sua personagem e Maria Clara Diniz, vivida por Malu Mader. Além disso, destacou a parceria com o amigo Allan Fiterman no longa Berenice Procura, o sucesso popular de Chayene, em Cheias de Charme (com direito a selinho no cantor Roberto Carlos), o aguardado filme das Empreguetes (baseado na novela) e sua imersão no universo de Virginia Woolf.

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Fotos: Brunno Martins.

CINEVITOR #438: Roliúde Nordestina | O Auto da Compadecida + Lajedo de Pai Mateus | Edição Especial

por: Cinevitor
Selton Mello e Matheus Nachtergaele em O Auto da Compadecida

A cidade de Cabaceiras, localizada no Cariri paraibano, fica na área mais baixa do Planalto da Borborema. Com pouco mais de cinco mil habitantes, predomina o clima tropical semiárido e é composta de caatinga arbustiva. Sua história conta que foi fundada em 1735, mas só recebeu o título de cidade em novembro de 1938.

Entre belas paisagens, artesanatos, iguarias bodísticas e festividades, como a Festa do Bode Rei, Cabaceiras já foi conhecida como o município que menos chove no Brasil. Porém, em 1999, um acontecimento cinematográfico colocou a cidade do Nordeste em evidência: as filmagens da consagrada série O Auto da Compadecida, baseada na obra de Ariano Suassuna e exibida na Rede Globo, que logo virou filme.

Dirigido por Guel Arraes, o longa foi um sucesso de crítica e público; foi visto por mais de dois milhões de espectadores, sendo o filme brasileiro de maior bilheteria do ano 2000. Considerado um grande sucesso comercial no país, arrecadou mais de onze milhões de reais e foi premiado em quatro categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

A obra conta as divertidas aventuras de João Grilo, papel de Matheus Nachtergaele, e Chicó, vivido por Selton Mello. O elenco reúne também Fernanda Montenegro, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Enrique Diaz, Paulo Goulart, Luís Melo, Maurício Gonçalves, Virgínia Cavendish, Aramis Trindade e Bruno Garcia. O diretor é também o coautor da adaptação ao lado de Adriana Falcão e João Falcão. Recentemente, uma continuação do longa-metragem foi confirmada: O Auto da Compadecida 2 tem estreia prevista para 2024.

Por conta do sucesso da obra, Cabaceiras passou a receber turistas do mundo todo. Conhecida como a Roliúde Nordestina, com direito a um letreiro que faz referência à Hollywood, hoje, a Rota Cinematográfica é um dos atrativos da cidade, que fica a 180 km de João Pessoa, capital da Paraíba

Mas, a sétima arte já se destacava na região há muitos anos: em 1924, Walfredo Rodriguez, considerado o pai do cinema paraibano, começou a rodar pela região o documentário Sob o Céu Nordestino, que só foi concluído em 1928. O filme é considerado pela crítica como um marco etnológico do cinema brasileiro por ter sido o pioneiro a retratar a cultura nordestina sem a ótica do exoterismo.

Depois de O Auto da Compadecida, outras tantas produções foram rodadas por lá, entre elas, Por Trás do Céu, de Caio Sóh; Canta Maria, de Francisco Ramalho Jr.; Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes; Tempo de Ira, de Marcélia Cartaxo e Gisella de Mello; a novela Aquele Beijo, escrita por Miguel Falabella; a supersérie Onde Nascem os Fortes; e recentemente, Cangaço Novo, de Aly Muritiba e Fábio Mendonça, que estará disponível na Amazon Prime Video no segundo semestre. Além disso, os cabaceirenses não só recebem as equipes de filmagens como também trabalham nos filmes, propagandas, novelas e séries em diversas funções.

Além do Centro Histórico e do letreiro, o Lajedo de Pai Mateus é outro atrativo turístico que virou cenário de diversas obras audiovisuais. O local trata-se de um lajedo contendo centenas de matacões, rochas em formatos arredondados, que pesam toneladas; algumas com pinturas rupestres. A Pedra do Capacete, por exemplo, é um dos pontos que mais atraem os turistas. 

Para falar mais sobre a cinematográfica Cabaceiras, desembarcamos na Roliúde Nordestina e gravamos um programa especial pela cidade e região. Passamos pelo famoso letreiro e visitamos o Centro Histórico, que também se destaca pelas locações de O Auto da Compadecida. Além disso, relembramos nossa entrevista com Matheus Nachtergaele sobre o sucesso do filme, e que foi exibida em outubro de 2020. Também conhecemos as belas paisagens do Lajedo de Pai Mateus e conversamos com Gerson Lima, guia de turismo, que contou histórias de algumas produções rodadas por lá, entre elas, a mais recente, a série Cangaço Novo, e falou da lenda sobre possíveis visitas extraterrestres.

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Foto: Divulgação/Globo Filmes.

CINEVITOR #437: Entrevista com Daniel Rocha, André Sigwalt e Augusto Soares | O Mestre da Fumaça

por: Cinevitor
Protagonista: Daniel Rocha em cena

Vencedor do Prêmio do Público de melhor ficção brasileira na 46ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, O Mestre da Fumaça chega aos cinemas nesta quinta-feira, 18/05, com direção de André Sigwalt e Augusto Soares.

O ator brasileiro Daniel Rocha e o ator chinês Tony Lee protagonizam a ação, que narra a jornada de dois irmãos amaldiçoados pela máfia chinesa com a temida “Vingança das 3 Gerações”. A única maneira de sobreviver é aprender os segredos do Estilo da Fumaça, uma arte marcial ensinada por um mestre singular.

Com trilha sonora original assinada por André Abujamra, em parceria com Eron Guarnieri, a produção é completamente independente e traz todos os elementos de um filme épico, com uma mistura de gêneros inusitada. Apesar da ênfase no Kung fu, inspirada no cinema de Hong Kong dos anos 1960 e 1970, é, ao mesmo tempo, uma comédia “stoner”, baseada nos filmes da contracultura americana de 1970 a 1990.

Para o longa, foi criada uma arte marcial inédita: o Estilo da Fumaça, baseada no universo da cannabis e em estilos de lutas chinesas que existem há centenas de anos, como Baguazhang, Xing Yi Quan e Bajiquan. O Estilo da Fumaça possui oito conjuntos de movimentos específicos e é totalmente aplicável na vida real. O elenco foi especialmente preparado para atuar e lutar em cena utilizando esse estilo; o longa tem 15 sequências de lutas e a penúltima cena conta com 21 pessoas lutando ao mesmo tempo por 3 minutos e meio.

A forma pela qual a maconha é abordada no filme é diferente da comumente mostrada no cinema. Na trama, a maconha e sua utilização têm poderes sagrados e podem contribuir para a vida de quem a estuda e a utiliza. Além disso, a necessidade do auto cultivo, bem como a urgência da legalização da cannabis, estão também presentes no enredo, porém de forma natural.

O filme também é repleto de citações, referências e “hidden gems”, desde os filmes clássicos de Kung fu, como A Fúria do Dragão, com Bruce Lee, e O Mestre Invencível, com Jackie Chan, passando por O Grande Lebowski, Rocky: Um Lutador, Karatê Kid, Queimando Tudo, da dupla Cheech & Chong, Segurando as Pontas, Star Wars, Scarface e muito mais.

O Mestre da Fumaça também passou pelo Fantaspoa, maior festival de cinema fantástico da América Latina; foi exibido no Amazing Stoner Movie Fest, na Tailândia, evento dedicado a filmes canábicos, no qual recebeu o Golden Ganja Award de melhor filme; e também se destacou no Rio Fantastik Festival, Festival Internacional de Cinema do Balneário Camboriú, Festival de Cine Punta del Este, DC Independent Film Festival, entre outros.

O elenco conta também com Luana Frez, Thiago Stechinni, Tristan Aronovich, Cleber Colombo, Paula Zago, Yasmin Thin Qi, Ravel Andrade, Natallia Rodrigues, Angela Dippe, Ye Xin, Pedro Hórak, Michelle Rodrigues, Jean-Paul Kinfoussia, Jimmy Wong, Caroline Hirose, Caio Mutai, entre outros.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o protagonista Daniel Rocha, que falou sobre sua preparação para as cenas de luta, entrosamento com o elenco, presença da comunidade asiática na equipe, desafios em cena, bastidores, entre outros assuntos. Também batemos um papo com os diretores sobre o processo de criação, referências e expectativa para o lançamento.

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Foto: Mila Cavalcante.

CINEVITOR #436: Entrevista com Paulo Miklos, Thaíde e Iberê Carvalho | O Homem Cordial

por: Cinevitor
Protagonista: Paulo Miklos em cena

Depois de lançar O Último Cine Drive-in, o cineasta Iberê Carvalho volta aos cinemas com O Homem Cordial, que estreia nesta quinta-feira, 11/05, com distribuição da O2 Play. Segundo o diretor, a motivação inicial do projeto era tratar da injustiça social.

O longa traz como protagonista o músico e ator Paulo Miklos, que levou o kikito de melhor ator no Festival de Gramado, em 2019; o filme também venceu na categoria de melhor trilha musical para Sascha Kratzer. Na trama, Miklos interpreta Aurélio, o líder de uma banda de rock fictícia chamada Instinto Radical, que traz em suas músicas questões sociais. Ela foi concebida como se fosse uma das muitas bandas de rock que fizeram sucesso nos anos 1980 e 1990 no Brasil. Para isso, era preciso criar músicas de poucos acordes, refrão de fácil assimilação e um discurso político um tanto quanto ingênuo.

Até que Aurélio se envolve em um incidente, no qual um policial acaba morto e um vídeo viraliza na internet. No início da trama, não sabe-se muito bem o que realmente, mas o músico se torna alvo de um julgamento e cancelamento na internet, colocando até mesmo sua vida em risco.

Sociólogo por formação, Iberê Carvalho escreveu o roteiro em parceria com o uruguaio Pablo Stoll, do filme Whisky, e o que os guiava era o desejo de escrever uma história que se passasse em uma única noite e que levantasse questões, de forma crítica, sobre a sociedade brasileira atual. O outro tema central do filme entra logo em seguida em cena, quando se descobre que o incidente também envolve um garoto negro.

O Homem Cordial, que também foi exibido no Cairo International Film Festival, tem como um de seus temas principais o racismo, a partir de um ponto de vista que busca discutir a branquitude como uma raça. Para escrever o filme, os roteiristas pesquisaram sobre a origem e os casos contemporâneos de linchamentos (virtuais e/ou físicos), sobre os casos de violência policial que tiveram crianças como vítimas, sobre racismo estrutural e também sobre o rock brasileiro dos anos 1980.

Outro elemento importante na narrativa é a cidade de São Paulo, que entra quase como uma personagem. Na fotografia, assinada por Pablo Baião, o diretor desenvolveu o conceito de câmera que é muito diferente de tudo que havia experimentado até então em sua carreira.

Além de Paulo Miklos, o elenco conta também com Thaíde, Dandara de Morais, Thalles Cabral, Theo Werneck, Fernanda Rocha, Bruno Torres, Murilo Grossi, Mauro Shames, Felipe Kenji, Tamirys O’Hanna, André Deca, entre outros.

Para falar mais sobre O Homem Cordial, conversamos com os atores Paulo Miklos, que completa sua sétima entrevista no CINEVITOR, e Thaíde sobre seus personagens, o poder da internet, os temas abordados no filme, e que seguem cada vez mais atuais, e expectativas para o lançamento. Já o diretor Iberê Carvalho falou do seu processo de criação, fotografia, fake news, escolha do elenco, filmagens e narrou a sensação de lançar o longa quatro anos depois da sua primeira exibição pública em festival.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR Especial: Oscar 2023

por: Cinevitor
Cate Blanchett: indicada na categoria de melhor atriz por Tár

A 95ª edição do Oscar acontecerá no dia 12 de março no Dolby Theatre, em Hollywood, com apresentação do comediante Jimmy Kimmel, que assume a função pela terceira vez.

Para entrar no clima da premiação, o CINEVITOR lança um aquecimento para o grande evento do cinema mundial: o Especial Oscar 2023. Em dois programas, Vitor Búrigo recebe convidados ilustres para comentar os indicados, favoritos, rejeitados e surpresas desta edição.

Nesta primeira parte, o crítico de cinema Francisco Carbone, do site Cenas de Cinema, é o convidado especial. No vídeo, comenta sobre o sucesso de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que lidera a lista com onze indicações; destaca as produções internacionais que estão na disputa, como Triângulo da Tristeza; relembra a participação do Brasil na premiação e a presença do curta-metragem Sideral, de Carlos Segundo, na shortlist; fala sobre diversidade na Academia e a ausência de mulheres na categoria de melhor direção; destaca nomes e títulos que ficaram de fora da lista, como Aftersun e Não! Não Olhe!; analisa algumas categorias e o favoritismo dos indicados; fala sobre a polêmica envolvendo a atriz Andrea Riseborough; entre outros tantos assuntos.

Além de Carbone, Simone Zuccolotto, do Canal Brasil, também participa desta primeira parte do Especial Oscar 2023 com suas análises sobre os possíveis vencedores; a crítica de cinema Kel Gomes, do Cinematório, também marca presença neste vídeo e lança sua torcida para Tár, de Todd Field, com Cate Blanchett como protagonista.

No segundo programa, Bruno Carmelo, crítico de cinema do site Meio Amargo, é o convidado especial. No vídeo, destaca a presença de sucessos de público entre os concorrentes, como por exemplo, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, que lidera a lista; comenta sobre as indicadas Michelle Yeoh e Cate Blanchett e também sobre a presença de Triângulo da Tristeza, Os Fabelmans e dos internacionais Nada de Novo no Front e Argentina, 1985; analisa as indicações de Elvis, de Baz Luhrmann, e as atuações de Austin Butler e Tom Hanks; relembra alguns filmes esquecidos pela Academia; e revela seus favoritos.

Além de Carmelo, Barbara Demerov, da VEJA São Paulo, também participa desta segunda parte do Especial Oscar 2023 com análises sobre seus favoritos e injustiçados; outra convidada é a cineasta Sabrina Fidalgo, que destaca seus preferidos, entre eles, Triângulo da Tristeza e Elvis.

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PARTE UM: com Francisco Carbone, Simone Zuccolotto e Kel Gomes

PARTE DOIS: com Bruno Carmelo, Barbara Demerov e Sabrina Fidalgo

Foto: Courtesy of Focus Features.

CINEVITOR #435: Entrevista com Jesuíta Barbosa | A Filha do Palhaço | 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Jesuíta Barbosa: exibição de filme e conversa com o público em Tiradentes

Considerado um dos maiores atores da nova geração, Jesuíta Barbosa marcou presença na 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes para apresentar o longa cearense A Filha do Palhaço, de Pedro Diógenes, no Cine-Praça.

O filme, premiado no Cine Ceará e na Mostra de Cinema de Gostoso, traz, como personagem principal, Joana, interpretada por Lis Sutter, uma adolescente que vai passar uma semana com seu pai, Renato, vivido pelo premiado Démick Lopes, um humorista que interpreta uma personagem chamada Silvanelly. Esse tempo juntos, será a oportunidade para se conhecerem melhor.

As vidas do pai e da filha se transformam a partir dessa semana de convívio, quando passam a se conhecer melhor, e lidar com questões pendentes entre eles, como a superação dos traumas da separação, a aceitação da homossexualidade e a revolução do amadurecimento juvenil.

Além disso, Jesuíta também participou, no dia seguinte à exibição, da Roda de Conversa com o tema Jesuíta Barbosa: Renovação Atoral e Engajamento. O bate-papo, mediado pelo curador Pedro Guimarães, contou com uma história ilustrada e comentada de sua carreira, com trechos de seus filmes e séries de TV, seguidos de comentários do ator e da plateia.

Para falar mais sobre a exibição do longa em Tiradentes, conversamos com Jesuíta Barbosa sobre seu trabalho no filme, no qual interpreta o palhaço Marlon. Na conversa, o ator falou do privilégio de estar em um set em Fortaleza, do entrosamento com o elenco e a equipe, destacou a profissão de palhaço e relembrou o começo de sua carreira, falou da recepção do público nas sessões do filme e da expectativa para o lançamento.

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*O CINEVITOR esteve em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Jackson Romanelli/Universo Produção.

CINEVITOR #434: Entrevista com Helena Ignez e Ney Matogrosso | 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Diretora e protagonista na apresentação do filme

O novo filme da cineasta, roteirista e atriz Helena Ignez, A Alegria é a Prova dos Nove, foi exibido na programação da 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes na segunda-feira, 26/01, no Cine-Tenda dentro da mostra Olhos Livres

No longa, Helena Ignez retoma sua parceira com o cantor, compositor e ator Ney Matogrosso, com quem fez filmes como Luz Nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha, Ralé e o curta O Poder dos Afetos. Aqui, interpretam Jarda Ícone, artista, sexóloga e roqueira octogenária, como se define, e ele, Lírio Terron, defensor dos direitos humanos. Amigos e amantes de longa data, retomam, agora, as lembranças de uma viagem que fizeram, décadas atrás, no Marrocos Saariano, onde um fato marcante ficou em segredo por muitos anos.

O roteiro, também assinado por Helena, acompanha momentos do passado e do presente na vida da dupla. Na juventude, quando faz a viagem de Londres ao Marrocos, Jarda é interpretada por Djin Sganzerla. No presente, Jarda é uma mulher livre, uma artista e sexóloga, que advoga pelo prazer feminino sem restrições, mas um episódio desalentador desse passado precisa ser trabalhado no presente.

Helena Ignez conta que uma das inspirações para o filme foi o trabalho da sexóloga americana Betty Dodson, que morreu aos 91 anos, em 2020. A diretora explica que durante o isolamento pode mergulhar na obra da intelectual, que é nominalmente citada no longa, e essa pesquisa serviu de base para a personagem Jarda Ícone e os temas abordados no filme. E, nesse sentido, a cineasta aponta que este é um filme sobre o Brasil de hoje.

O filme tem produção executiva assinada por Helena Ignez e Michele Matalon. A fotografia é de Toni Nogueira, Flora Dias, Mirrah da Silva, Matheus da Rocha Pereira e Lucas Eskinazi; a montagem é assinada por Sergio Gag. O elenco conta também com Amjad Milhem, André Guerreiro Lopes, Arthur Alves dos Santos, Barbara Vida, Dan Nakagawa, Danielly O. M. M, Fernanda D’Umbra, Fransérgio Araújo, Guilherme Gagliardi, Guilherme Leme, Jesus Cubano, Judite Santos, Julia Katharine, Lea Arafah, Mário Bortolotto, Michele Matalon, Negro Leo, Nill Marcondes, Rafael Rudolf, Samuel Kavalerski, Thaís de Almeida Prado e Vera Valdez

Para falar mais sobre A Alegria é a Prova dos Nove, registramos os melhores momentos da apresentação do filme no Cine-Tenda e conversamos com Helena Ignez e Ney Matogrosso. No bate-papo, realizado no dia seguinte à exibição em Tiradentes, destacaram a parceria de anos, o futuro do audiovisual brasileiro, circuito comercial, expectativa para os próximos festivais, entre outros assuntos. A diretora também falou do livro Helena Ignez: Atriz experimental, de Pedro Guimarães e Sandro de Oliveira, que teve um lançamento especial durante o evento.

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*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

CINEVITOR #433: Entrevista com Marcelo Adnet e Letícia Lima | Nas Ondas da Fé

por: Cinevitor
Comédia nas telonas: Marcelo Adnet em cena

Idealizada por Marcelo Adnet e Augusto Casé, a comédia Nas Ondas da Fé chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 12/01. Protagonizado pelo humorista, o filme conta a história de Hickson, um técnico de informática e locutor de telemensagem, que ganha a vida fazendo bicos e sonha em ser radialista. Até que surge uma oportunidade em uma rádio evangélica.

Com direção de Felipe Joffily, de Muita Calma Nessa Hora, a trama se passa no subúrbio carioca, onde o casal Hickson e Jéssika, interpretada por Letícia Lima, leva uma vida comum; ele se virando como pode e ela como funcionária de um salão de beleza. A fim de ajudar o marido a realizar seu sonho de ser radialista, Jéssika o convence a ir ao culto do apóstolo Adriano, papel de Thelmo Fernandes. Após conhecê-lo, Hickson consegue um emprego como locutor na rádio evangélica Nas Ondas da Fé e, com seu carisma, vai revelando seu talento e conquistando cada vez mais o carinho dos fiéis. O protagonista estuda e vai galgando espaços dentro da Igreja Evangélica, se tornando pastor e ministrando cultos lotados na Igreja Internacional dos 12 Apóstolos. Porém, seu crescimento e notoriedade despertam inveja.

Com produção da Casé Filmes e coprodução da Orion Classics e Imagem Filmes, o longa conta também com Otavio Muller, Tonico Pereira, Elisa Lucinda, Stepan Nercessian, Gregorio Duvivier, Roberta Rodrigues, Debora Lamm, Fernando Caruso, Michel Melamed, entre muitos outros.

Para falar mais sobre Nas Ondas da Fé, conversamos com os atores Marcelo Adnet, que também colabora no roteiro assinado por Lusa Silvestre, e Letícia Lima. No bate-papo, falaram sobre a preparação para seus personagens, entrosamento com o elenco, religião, fé, comediantes atuando em outros gêneros, entre outros assuntos.

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Foto: Peter Wrede.

CINEVITOR #432: Entrevista com Bárbara Paz | Edição Especial | 26º Cine PE

por: Cinevitor
A homenageada em noite especial na capital pernambucana

A atriz, diretora e produtora Bárbara Paz foi uma das homenageadas da 26ª edição do Cine PE – Festival do Audiovisual. Na ocasião, recebeu o troféu Calunga de Ouro na noite de terça-feira, 13/12, das mãos do cineasta e amigo Lírio Ferreira, no Cinema do Porto, no Porto Digital.

Nascida em Campo Bom, no Rio Grande do Sul, se formou na Escola de Teatro Macunaíma e no CPT, Centro de Pesquisa Teatral, de Antunes Filho. Atualmente, faz parte do grupo TAPA. No teatro, trabalhou em mais de 25 peças, protagonizando espetáculos de Oscar Wilde a Tennessee Williams. Em 2013, pela sua trajetória como atriz, recebeu a Medalha Cavaleiro de Ordem do Mérito Cultural. Bárbara é contratada da TV Globo, onde participou de diversas séries e novelas.

Também apresenta o programa A Arte do Encontro, no Canal Brasil, onde conversa com grandes nomes do cenário artístico brasileiro. No cinema, como atriz, participou de várias produções, entre elas: os curtas-metragens Produto Descartável e Manual para Atropelar Cachorro, nos quais foi premiada nos festivais de Gramado e Vitória, respectivamente; Cama de Gato, de Alexandre Stockler; Gata Velha Ainda Mia, de Rafael Primot; Meu Amigo Hindu, de Hector Babenco; Por que Você Não Chora?, de Cibele Amaral; A Porta ao Lado, de Julia Rezende; entre outros.

Como diretora, adentrou o universo dos curtas-metragens, produzindo e dirigindo programas e filmes. O documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, seu primeiro longa-metragem, foi premiado no Festival de Veneza, em 2019. Além disso, foi consagrado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021 na categoria de melhor filme internacional. Publicou também, em 2018, o livro Mr. Babenco: Solilóquio de dois sem um, memórias e poemas de Hector Babenco.

Durante a pandemia de Covid-19 e o isolamento social, criou um diário visual da sua solidão. Com videoarte, apresentou um dos primeiros monólogos on-line: Insulto ao Público, um texto de Peter Handke. Dirigiu o curta-metragem Ato, sobre a solidão, filmado em Ouro Preto durante a pandemia; o filme também passou por Veneza, entre outros tantos festivais.

Na TV, Bárbara também se destacou em diversos trabalhos, entre eles: a novela Marisol, do SBT; e depois, já na Rede Globo, em sucessos como: Força-Tarefa, Viver a Vida, na qual foi indicada ao Melhores do Ano; Morde & Assopra, Amor à Vida, que recebeu uma indicação ao Prêmio Quem de Televisão; A Regra do Jogo, O Outro Lado do Paraíso, Além da Ilusão, indicada ao Melhores do Ano por sua personagem Úrsula, entre outros. 

Para celebrar sua carreira, conversamos com Bárbara Paz no dia seguinte à homenagem. No bate-papo, relembrou sucessos de sua trajetória na TV e no cinema, como o documentário sobre Babenco, o longa Meu Amigo Hindu e a amizade com Willem Dafoe, o curta-metragem Ato e o sucesso da novela Além da Ilusão. Falou também sobre seus futuros projetos, trabalho na pandemia, sua relação com Minas Gerais e refletiu sobre sua carreira.

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Foto: Felipe Souto Maior.

CINEVITOR #431: Entrevista com Zezé Motta + Homenagem 17º Fest Aruanda

por: Cinevitor
A homenageada na noite de abertura do festival

A abertura da 17ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro aconteceu nesta quinta-feira, 01/12, no Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, na Paraíba. Entre tantos momentos, a noite foi marcada pela homenagem à atriz e cantora Zezé Motta, que recebeu o Troféu Aruanda pelo conjunto da obra.

Para celebrar esse momento, foi exibido o premiadíssimo Xica da Silva, de Cacá Diegues e lançado em 1976, filme em que Zezé foi aclamada pela crítica por sua atuação e recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles: o Troféu Candango no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Prêmio Coruja de Ouro de Cinema, Prêmio Air France de Cinema e Prêmio Governador do Estado de São Paulo.

Ao longo de sua carreira, foi homenageada no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Oscarito, no Troféu Raça Negra, no Festival de Cinema de Vitória, entre outros. Zezé Motta também se destacou pelo seu extenso trabalho na televisão, em especial nas novelas Corpo Dourado, A Próxima Vítima, Porto dos Milagres e O Beijo do Vampiro.

Nascida Maria José Motta de Oliveira em Campos dos Goytacazes, no interior fluminense, se mudou ainda criança para a cidade do Rio de Janeiro, no morro do Cantagalo. Sua mãe era costureira e seu pai motorista, mas ele tinha talento para música e praticava instrumentos no tempo vago, o que provavelmente influenciou Zezé a se interessar pelas artes.

Foi indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por Deserto Feliz, Gonzaga: De Pai pra Filho, M8 – Quando a Morte Socorre a Vida e venceu na categoria de melhor atriz coadjuvante por Doutor Gama. Zezé Motta é considerada uma das maiores artistas do país e expoente da cultura afro-brasileira.

Para falar mais sobre esse momento especial no Fest Aruanda, conversamos com Zezé no dia seguinte à homenagem. No bate-papo, ela falou da emoção em receber tal honraria e revelou projetos futuros, entre eles, um show com músicas de Caetano Veloso. Além disso, registramos os melhores momentos da homenagem, na qual Zezé cantou, discursou e recebeu o troféu das mãos da premiada atriz Norma Goes.

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Foto: Mano de Carvalho. 

CINEVITOR #430: Entrevista com Isabel Teixeira | Edição Especial | Circuito Penedo de Cinema

por: Cinevitor
Isabel Teixeira no festival ao lado da filha Flora

A atriz, dramaturga, diretora e pesquisadora Isabel Teixeira foi uma das convidadas especiais da 12ª edição do Circuito Penedo de Cinema, junção de quatro consagrados eventos do cinema alagoano, que aconteceu em novembro.

Atriz desde 1984 e formada pela Escola de Arte Dramática, Isabel sempre conduziu sua carreira de forma atrelada ao teatro. Por seu trabalho nos palcos, foi consagrada diversas vezes e recebeu, entre tantas honrarias, o Prêmio Shell, duas vezes, e o Troféu APCA. Também foi indicada em outras ocasiões e recebeu menções entre as mais importantes distinções do meio artístico. 

Filha do cantor e compositor Renato Teixeira e da atriz Alexandra Corrêa, Isabel emplacou seus primeiros trabalhos como atriz dentro da própria universidade, nos anos 1990. Depois disso, foi uma das fundadoras da Companhia Livre de Teatro, na qual realizou Toda Nudez Será Castigada e Um Bonde Chamado Desejo, ambas sob direção de Cibele Forjaz.

Ao longo da carreira, trabalhou com diretores e diretoras como Felipe Hirsch, Christiane Jatahy, Enrique Diaz, Regina Braga, entre outros. Atuou também em teatros internacionais como o Odeon, na França, como integrante da Cia. Vértice de Teatro.

Consagrada nos palcos, Isabel fez algumas participações no cinema em filmes como Jogo Duro, de Ugo Giorgetti, e Os Amigos, de Lina Chamie. Na TV, atuou na novela Amor de Mãe, na série Desalma, entre outras participações. Porém, o reconhecimento popular e a projeção nacional aconteceram com a nova versão de Pantanal, novela exibida na Rede Globo este ano, na qual interpretou a personagem Maria Bruaca.

O remake, adaptado por Bruno Luperi, com colaboração de Lucas Ohara, da obra de Benedito Ruy Barbosa, tornou-se um sucesso de público e crítica. Bruaca, que na primeira versão exibida na TV Manchete foi interpretada por Ângela Leal, é uma esposa que sofre duramente com os maus tratos do marido Tenório, vivido por Murilo Benício, além de ser ainda caracterizada por ser uma pessoa bastante apegada à filha.

Conhecida por ser uma profissional que revisita e estuda muitos dos movimentos artísticos que compõem a dramaturgia, Isabel participou do Circuito Penedo de Cinema como júri oficial dos curtas-metragens ao lado de Danny Barbosa e Marcos Debrito. Além disso, na noite de premiação, foi homenageada com o Prêmio Amigos do Velho Chico, entregue por Sérgio Onofre Seixas Araújo, coordenador geral do Circuito Penedo de Cinema; no discurso, dedicou a honraria para a filha Flora, que estava presente no Centro de Convenções Zeca Peixoto.

Para falar mais sobre o sucesso da personagem Maria Bruaca, conversamos com a atriz durante o festival. No bate-papo, comentou sobre o carinho do público, projeção da novela, repercussão e início na teledramaturgia; relembrou sua trajetória no teatro e alguns trabalhos, como a peça E Se Elas Fossem Para Moscou?; falou também da rotina de gravações de Pantanal, disciplina, colegas de cena e saudades do set; recordou trabalhos no cinema e parceria nos palcos, entre elas, com a diretora Christiane Jatahy. Além disso, Isabel conversou sobre o futuro de sua carreira no teatro, na TV e nas telonas.

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Foto: Kamylla Feitosa.