Cinevitor

Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #429: Entrevista com Kika Sena e Marcelo Gomes | Paloma

por: Cinevitor
Kika Sena: protagonista em cena

Dirigido por Marcelo Gomes, de Cinema, Aspirinas e Urubus e Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, Paloma, grande vencedor do Festival do Rio deste ano, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 10/11.

O longa, que fez sua estreia mundial no Festival de Munique em junho, também foi exibido em cidades como Londres e Huelva. Além de participar da 46ª Mostra de São Paulo, foi consagrado no Festival do Rio com três prêmios: melhor filme, melhor atriz para Kika Sena, tornando-se a primeira atriz transexual a receber o Troféu Redentor nesta categoria, e Prêmio Felix, concedido a obras com temática LGBTQIA+

Produzido pela pernambucana Carnaval Filmes, em coprodução com a portuguesa Ukbar Filmes, o longa, selecionado para o Panorama Coisa de Cinema, Mostra de Cinema de Gostoso e Mix Brasil, será lançado pela Pandora Filmes. Roteirizado por Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, Paloma parte de uma história real, que o diretor leu num jornal, e tem como protagonista Kika Sena, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, interpretando a personagem-título, uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco.

Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé, vivido por Ridson Reis. Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer, papel de Anita de Souza Macedo. O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho. Sendo assim, precisará enfrentar o preconceito e o conservadorismo para realizar esse seu desejo de casar numa igreja católica com véu e grinalda.

Em sua equipe artística, Paloma conta com Pierre de Kerchove na direção de fotografia; Rita M. Pestana na montagem; e a direção de arte é de Marcos Pedroso. O casting foi feito por Maria Clara Escobar e a preparação de elenco por Silvia Lourenço; a produção do filme é de João Vieira Jr. e Nara Aragão.

Filmado na cidade do Crato, sertão do Cariri, no Ceará, e na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, o filme conta também com Zé Maria, Suzy Lopes, Ana Marinho, Samya de Lavor, Wescla Vasconcellos, Patrícia Dawson, Nash Laila, Márcio Flecher e Buda Lira no elenco.

Para falar mais sobre Paloma, conversamos com o diretor Marcelo Gomes e com a protagonista Kika Sena. No bate-papo, falaram sobre a construção da personagem principal, pesquisa, entrosamento da equipe, preparação de elenco, testes, participação em festivais, repercussão e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

CINEVITOR #428: Entrevista com Carolina Markowicz e Maeve Jinkings | Carvão

por: Cinevitor
Protagonista: Maeve Jinkings em cena

Depois de uma bem-sucedida carreira por festivais internacionais, Carvão, primeiro longa-metragem de Carolina Markowicz, chegou ao Brasil no Festival do Rio e recebeu os troféus Redentor de melhor roteiro, atriz coadjuvante para Aline Marta e direção de arte para Marines Mencio.

O filme, que entra em cartaz nesta quinta-feira, 03/11, em circuito comercial, fez sua estreia na 46ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo no dia 22/10 no vão livre do Masp. A primeira sessão mundial de Carvão aconteceu no Festival de Toronto, em setembro deste ano. A exibição marcou a volta da cineasta ao evento, no qual já exibiu três curtas: O Órfão, Namoro à Distância e Edifício Tatuapé Mahal; ela também participou do TIFF Filmmaker Lab, em 2015. Logo, passou também pelo Festival Internacional de Cinema de San Sebastián na mostra Horizontes Latinos.

Na trama, Maeve Jinkings interpreta Irene que, com seu marido, Jairo, papel de Rômulo Braga, tem uma pequena carvoaria no quintal de casa. Eles têm um filho pequeno, Jean, vivido por Jean Costa, e o pai dela não sai mais da cama, não fala e não ouve. A família recebe uma boa proposta, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa, numa pequena cidade no interior. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar; nem sempre para melhor.

Produzido por Zita Carvalhosa, em coprodução de Karen Castanho e Alejandro Israel, o longa será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes. César Bordón, Camila Márdila, Aline Marta e Pedro Wagner também estão no elenco. A equipe artística de Carvão conta direção de fotografia de Pepe Mendes; montagem do argentino Lautaro Colace; figurino de Gabi Pinesso; e trilha sonora assinada por Filipe Derado e pelo argentino Alejandro Kauderer.

O filme foi rodado em Joanópolis, interior de São Paulo, uma cidade próxima à qual a diretora cresceu, e, por isso, conhece bem esse ambiente rural e retrógrado. Markowicz, que vem de uma premiada carreira como curtametragista, leva ao seu primeiro longa a mesma paixão que a moveu em seus seis curtas: contar uma história.

Para falar mais sobre Carvão, conversamos com a diretora e com a protagonista Maeve Jinkings durante a 46ª Mostra de São Paulo. No bate-papo, elas falaram sobre entrosamento da equipe, bastidores, repercussão nos festivais internacionais, Brasil atual e expectativa para o lançamento.

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Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

CINEVITOR #427: Entrevista com Camila Pitanga | Edição Especial + Homenagem 32º Cine Ceará

por: Cinevitor
Homenageada: Camila Pitanga recebe o Troféu Eusélio Oliveira

A noite de abertura da 32ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema foi marcada pela emocionante homenagem, realizada no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, para a atriz, diretora e embaixadora da ONU Mulheres no Brasil, Camila Pitanga.

Porta-voz de diferentes causas do país e um dos nomes mais celebrados das artes brasileiras, Camila foi ovacionada pelo público ao receber o Troféu Eusélio Oliveira, mesmo prêmio recebido pelo seu pai, o também ator Antonio Pitanga, em 2018.

Formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro com habilitação em Teoria Teatral, consagrou-se vencedora do prêmio de melhor atriz pelo Festival do Rio com o longa Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, filme que marca o início de sua parceria com Beto Brant, cineasta com quem dirigiu o documentário sobre seu pai, Pitanga, elogiado pelo público e pela crítica que lhe concedeu o prêmio de melhor filme brasileiro na 40ª edição da Mostra de São Paulo.

A longa carreira da atriz no audiovisual começa aos cinco anos de idade no filme Quilombo (1986), de Cacá Diegues. Em 1991, ela começou os estudos no Tablado e, em seguida, debutou na televisão com a minissérie Sex Appeal, em 1993, da Rede Globo, que lhe abriu portas para diversas novelas de sucesso, como Fera Ferida, A Próxima Vítima, Porto dos Milagres, Mulheres Apaixonadas, Lado a Lado, Velho Chico, e o grande sucesso Paraíso Tropical.

Seu primeiro grande papel é visto em Caramuru – A Invenção do Brasil, de 2001, que expõe o talento da atriz para a comédia. De maneira seletiva, Camila escolhe principalmente os pequenos filmes e as produções ousadas, como Redentor, de Claudio Torres; O Signo do Caos, de Rogério Sganzerla; e Sal de Prata, de Carlos Gerbase. Vale destacar também sua participação na comédia popular Saneamento Básico, O Filme, produção de Jorge Furtado na qual divide a cena com Wagner Moura, Fernanda Torres, Lázaro Ramos e Paulo José.

Recentemente, no fim de 2021, após quase 20 anos de contrato com a Rede Globo, ela assinou com a plataforma de streaming HBO Max, onde, além de atuar em novas produções, abraça projetos como produtora executiva e criadora. Para as telonas, acaba de filmar a primeira etapa de Malês, filme dirigido por seu pai, Antonio Pitanga, ainda sem data de estreia definida; bem como é produtora executiva de Iemanjá, longa em fase de produção do diretor Carlos Saldanha, que transportará o universo dos orixás para o de super-heróis. 

Para falar sobre a homenagem, conversamos com Camila Pitanga algumas horas antes da cerimônia. No bate-papo, a atriz falou da emoção de receber o Troféu Eusélio Oliveira e do orgulho de fazer parte de uma família de artistas. Além disso, relembrou alguns trabalhos marcantes de sua carreira, entre eles, o sucesso de sua personagem Bebel, na novela Paraíso Tropical, e as parcerias no cinema. 

Aperte o play e confira nossa entrevista com a homenageada do 32ª Cine Ceará e também os melhores momentos de seu discurso no palco:

*O CINEVITOR esteve em Fortaleza e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Rogerio Resende.

CINEVITOR #426: Entrevista com Cauã Reymond | A Viagem de Pedro

por: Cinevitor
Protagonista e produtor: Cauã Reymond em cena.

Escrito e dirigido por Laís Bodanzky, A Viagem de Pedro, protagonizado por Cauã Reymond, é o primeiro longa histórico da diretora e chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 01/09.

O filme aborda a vida privada de Dom Pedro I. Responsável por escrever em 1824 a primeira Constituição do Brasil imperial, considerada liberal e progressista para a época, o longa compreende o momento em que o ex-imperador retorna para Portugal, em 1831, fugindo de ser apedrejado pela população brasileira, nove anos depois de proclamar a Independência do país.

A produção mostra uma reflexão do personagem a bordo da nau inglesa Warspite sobre sua vida no Brasil, desde a chegada de Portugal ao lado dos pais, em 1808, até sua abdicação, motivada por desdobramentos do seu exercício do Poder Moderador, pela rixa entre políticos conservadores e liberais, bem como pela rivalidade entre brasileiros e portugueses que estavam radicados no Brasil. O filme retrata o personagem em sua intimidade, tentando compreender a série de acontecimentos e o porquê de tudo dar errado quando parecia que iria dar certo.

Em 1831, D. Pedro deixa o Brasil independente rumo à Europa, a fim de preparar a luta contra o irmão Miguel pelo trono de Portugal, onde é tido como traidor. No meio do Atlântico, a bordo de uma fragata inglesa, misturam-se membros da corte, oficiais, serviçais e negros escravizados, numa babel de línguas, culturas e posições sociais. Pedro tenta reunir forças para a guerra fratricida que se aproxima, mas a doença e o medo da morte lançam-no numa espiral de alucinações. Revive diversos momentos da sua vida, a infância, o casamento com Leopoldina, o romance com Domitila de Castro e imagina discussões com o irmão. 

Além de abordar questões importantes de gênero e raça neste contexto, a leitura do episódio histórico pela perspectiva de Laís Bodanzky chega em um momento oportuno, quando o coração de Dom Pedro I foi solicitado para celebrar os 200 anos da Independência. A trama ainda desconstrói a imagem de herói do personagem histórico, responsável por tornar o Brasil um país continental às custas de muita opressão.

O elenco conta também com a artista plástica Rita Wainer, em sua estreia como atriz, no papel de Domitila; Luise Heyer como Leopoldina; Francis Magee vivendo o Comandante Talbot e Welket Bungué interpretando o Contra Almirante Lars. No elenco português estão Victória Guerra, como Amélia; Luísa Cruz no papel de Carlota Joaquina; João Lagarto interpretando Dom João VI; Isac Graça vivendo Miguel; e Isabél Zuaa como Dira. Celso Frateschi, Gustavo Machado, Luiza Gattai, Dirce Thomas, Marcial Mancome e Sergio Laurentino completam o elenco.

O diretor de arte inglês Adrian Cooper e o diretor de fotografia espanhol Pedro J. Márquez foram os responsáveis pelo trabalho de reconstrução de época. Produzido por Biônica Filmes, Buriti Filmes e O Som e a Fúria (Portugal), o filme conta com a coprodução da Globo Filmes. Bianca Villar, Cauã Reymond, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi, Luis Urbano e Mario Canivello são responsáveis pela produção. A Vitrine Filmes assina a distribuição.

A Viagem de Pedro estreou mundialmente no Brasil na 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e foi exibido no Festival do Rio, no qual recebeu o Troféu Redentor de melhor ator coadjuvante para Sergio Laurentino e de melhor direção de ficção. Em Portugal, foi lançado em maio nos cinemas, além de ter sido exibido no IndieLisboa.

Em junho, o longa-metragem venceu o prêmio de melhor filme da América no Septimius Awards, em Amsterdã, foi exibido no Brooklyn Film Festival, que qualifica produções para concorrer ao BAFTA, Oscar e para o Canadian Screen Awards, participou do Latin American Film Festival, em Copenhague, e teve uma exibição gratuita na USP, em São Paulo, seguida de debate com a diretora; além de ter participado do Festival de Gramado em uma sessão especial e ter sido o filme de abertura do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o protagonista e produtor Cauã Reymond sobre a ideia do projeto, construção da personagem, contextualização histórica, recepção do público, entre outros assuntos.

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Foto: Fabio Braga.

CINEVITOR #425: Entrevista com Marcos Palmeira | 50º Festival de Gramado | Troféu Oscarito

por: Cinevitor
O ator no palco do Palácio dos Festivais: homenageado.

Na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, o Troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida desde 1990 pelo evento, foi entregue ao ator Marcos Palmeira, que atualmente está no ar na novela Pantanal.

Com mais de uma centena de trabalhos, incluindo cinema, televisão e teatro, Marcos é um dos nomes mais conhecidos e respeitados no Brasil; coleciona vitórias e indicações em alguns dos principais festivais de cinema do país e da Ibero-América. 

Em Gramado, levou seu primeiro kikito pelo papel de Alpino em Dedé Mamata, em 1988, na categoria de coadjuvante. Dois anos depois, foi consagrado como melhor ator por Barrela: Escola de Crimes. Durante a 43° edição do festival, Palmeira subiu ao palco do Palácio dos Festivais para homenagear seu pai, o cineasta Zelito Viana, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin (clique aqui e relembre a homenagem).

Em 2013, foi indicado ao Emmy Internacional pela série Mandrake; em 1997 foi consagrado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro por sua atuação em Anahy de las Misiones, de Sérgio Silva, além de ter sido premiado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro do ano passado por Boca de Ouro, de Daniel Filho.

Marcos Palmeira, que vem de uma família de artistas, iniciou sua trajetória em 1975 no especial O Menino Atrasado, da TVE Brasil. Depois, já na década de 1980, fez parte do humorístico Chico Anysio Show, na Rede Globo. Entre participações, ganhou destaque em 1990 ao interpretar Tadeu Aparecido Leôncio na telenovela Pantanal, da Rede Manchete; hoje interpreta Zé Leôncio na nova versão da novela, exibida na TV Globo.

Seu currículo televisivo conta com obras e personagens marcantes, como: Renascer, Memorial de Maria Moura, Irmãos Coragem, A Vida Como Ela é…, Torre de Babel, Porto dos Milagres, Esperança, Celebridade, Cheias de Charme, Babilônia, Velho Chico, entre muitos outras.  

No cinema também atuou em diversas obras, entre elas, Um Trem para as Estrelas, Carlota Joaquina, Princesa do Brazil, Villa-Lobos: Uma Vida de Paixão, O Casamento de Louise, Dom, Bela Noite para Voar, A Noite da Virada, Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que Eu Vou, A Divisão, entre outros.

Para celebrar sua homenagem no Festival de Gramado, fizemos um programa especial com o ator. No bate-papo, Marcos Palmeira falou sobre a emoção de receber o Troféu Oscarito, reconhecimento e carinho do público, orgulho de ser um ator popular, relembrou a primeira versão de Pantanal e outros trabalhos marcantes, como Irmãos Coragem, Boca de Ouro e O Homem que Desafiou o Diabo, refletiu sobre sua trajetória e destacou outros assuntos. Além disso, também registramos os melhores momentos de seu discurso no Palácio dos Festivais.

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*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #424: Entrevista com Eriberto Leão | Bastidores do filme Assalto na Paulista

por: Cinevitor
Protagonista: Eriberto Leão em cena.

Livremente inspirado em fatos reais, o filme de ação Assalto na Paulista, dirigido por Flavio Frederico, do documentário Em um Mundo Interior, já está em cartaz nos cinemas. A trama tem como pano de fundo um dos maiores assaltos a bancos privados no Brasil: o assalto à agência 0262 do Banco Itaú, na Avenida Paulista, em São Paulo, centro financeiro do país.

Em um sábado à noite, sem ser incomodada, uma quadrilha passou quase dez horas dentro da agência e roubou 170 cofres particulares localizados no subsolo. Em apenas três deles, obteve cerca de R$ 10 milhões em joias e dinheiro. A estimativa é de que o assalto da Avenida Paulista tenha rendido mais de R$ 100 milhões aos assaltantes. O que chama atenção é que, após uma semana, pouquíssimos clientes prestaram queixa, num indicativo de que a maioria dos cofres continha bens não declarados oficialmente.

Para o longa, os personagens foram totalmente ficcionados, assim como os fatos e encadeamento das ações, porém o modus operandi, ou seja, como os bandidos conseguiram driblar o esquema de segurança do banco e a polícia foram inspirados nos eventos reais. O assalto acontece no presente da narrativa e o filme mostra os detalhes da preparação da ação: o planejamento, como se dá a articulação entre os assaltantes durante o processo de entrada no banco, como os cofres particulares vão sendo arrombados e, finalmente, como acontece a fuga. Na medida em que o conteúdo dos cofres se revela, aspectos da vida de Rubens, interpretado por Eriberto Leão, e de Leônia, papel de Bianca Bin, aparecem em flashbacks, que começam sempre ligando um objeto encontrado com o passado de um deles.

Com referências como Domingo Sangrento, de Paul Greengrass, a linha narrativa do filme revela os dramas pessoais e a deterioração das relações humanas deste grupo durante esta noite no interior do banco e nos dias subsequentes.

A trilha sonora original composta por BiD é climática, densa, mas também moderna e ágil nos momentos de ação, mesclando elementos de pop e rock e trazendo uma forte influência dos westerns de Sergio Leone. Ela é mesclada com diversos fonogramas de diferentes gêneros da música brasileira, escolhidos pela própria roteirista Mariana Pamplona; há desde um grande clássico sertanejo, assim como o auge do rock nacional dos anos 1980, como Plebe Rude e mestres da MPB como Belchior e Gal Costa.

Com fotografia de Carlos André Zalasik, o longa conta também com Adriano Bolshi, Daniela Nefussi, Kauê Telloli, Luciano Riso, Jefferson Brasil, Kiko Marques, Ademir Emboava e Helo Santos no elenco.

Em abril de 2019 visitamos o set de filmagem de Assalto na Paulista, que tem distribuição da Kinoscópio Cinematográfica e O2 Play, e conversamos com o protagonista Eriberto Leão, com a roteirista Mariana Pamplona e com o diretor Flavio Frederico.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #423: Entrevista com Ary Fontoura e Paulo Vieira | O Lendário Cão Guerreiro

por: Cinevitor
Ary Fontoura e Paulo Vieira durante a pré-estreia do filme.

Dirigido por Chris Bailey (indicado ao Oscar pelo curta Mickey e seu Cérebro em Apuros), Mark Koetsier e Rob Minkoff (de O Rei Leão e O Pequeno Stuart Little), a animação O Lendário Cão Guerreiro, no original Paws of Fury: The Legend of Hank, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 25/08.

O filme conta a história de Hank, um cão de caça sem muita sorte que está em uma cidade cheia de gatos. O local precisa de um herói para defendê-los do plano maligno de um vilão que quer varrer a cidade do mapa. Com a ajuda de Shogun, um professor relutante, para treiná-lo, o cachorro deve assumir o papel de um samurai e se unir aos aldeões para salvar o dia.

O Lendário Cão Guerreiro marca a estreia do humorista Paulo Vieira como dublador interpretando o personagem principal Hank. Deborah Secco dubla Yuki, uma mãe preocupada e muito protetora; e Ary Fontoura aparece no papel de Xogum, a autoridade máxima do território onde se passa o filme.

Além do elenco brasileiro de dubladores, as vozes originais contam com: Michael Cera no papel de Hank, Samuel L. Jackson como Jimbo e Michelle Yeoh como Yuki; Ricky Gervais, Kylie Kuioka, George Takei, Gabriel Iglesias, Aasif Mandvi, Djimon Hounsou, Cathy Shim, entre outros. A trama é uma adaptação do live-action Banzé no Oeste, lançado em 1974, obra de Mel Brooks, que também é produtor executivo da animação.

Para falar mais sobre o longa, conversamos com os atores e dubladores Ary Fontoura e Paulo Vieira. Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação/Paramount Pictures.

CINEVITOR #422: Entrevista com Gabriel Martins | Marte Um | 50º Festival de Gramado

por: Cinevitor
O diretor no tapete vermelho do Festival de Gramado.

Depois de vencer quatro kikitos na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, entre eles, o de melhor longa brasileiro pelo voto do público, Marte Um, dirigido por Gabriel Martins, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 25/08.

O filme é o segundo longa do cineasta mineiro (o primeiro solo, sem a parceria de Maurilio Martins, com quem fez No Coração do Mundo), e tem como um de seus temas centrais a realização de um sonho infantil. A trama apresenta o cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais.

O garoto Deivid, interpretado por Cícero Lucas, o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar o planeta vermelho. Morando na periferia de um grande centro urbano, não há muitas chances para isso, mas mesmo assim, ele não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras sobre astronomia na internet.

O pai, Wellington, papel de Carlos Francisco, é porteiro em um prédio de elite e há um bom tempo está sem beber, uma informação que compartilha com orgulho em sessões do AA. Tércia, vivida por Rejane Faria, é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo de uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada (Ana Hilário), mas não tem coragem de contar aos pais.

Marte Um teve sua estreia mundial no Festival de Sundance, em janeiro passado, onde foi bem recebido pelo público. Depois disso, foi exibido em 35 festivais internacionais, ganhando prêmios de melhor longa no Outfest Los Angeles LGBTQ Film Festival, no Black Star e no San Francisco Film Festival. Em Gramado, além do kikito de melhor filme pelo voto popular, foi consagrado também nas categorias de melhor roteiro, trilha musical por Daniel Simitan e Prêmio Especial do Júri.

O longa, que disputará uma vaga para representar o Brasil no Oscar, é assinado pela produtora mineira Filmes de Plástico, coproduzido pelo Canal Brasil e será lançado pela Embaúba Filmes.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o diretor durante o Festival de Gramado, que falou sobre a recepção do público no evento, construção do roteiro, entrosamento do elenco, repercussão internacional e Oscar 2023.

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*O CINEVITOR esteve em Gramado e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #421: Entrevistas com Lázaro Ramos, Paolla Oliveira, Caito Ortiz e Marcos Piangers | Papai é Pop

por: Cinevitor
Protagonistas: Paolla Oliveira e Lázaro Ramos em cena.

Com roteiro de Ricardo Hofstetter e direção de Caito Ortiz, de O Roubo da Taça, Papai é Pop, que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 11/08, acompanha os desafios e as alegrias que o protagonista encara para descobrir o que é ser pai.

Com emoção e diversão, o filme gera reflexão ao falar sobre a construção da paternidade de Tom, interpretado por Lázaro Ramos, a partir do nascimento de sua filha com Elisa, papel de Paolla Oliveira. O longa é livremente inspirado no best-seller homônimo de Marcos Piangers.

Na trama, Tom e Elisa veem sua rotina se transformar com o nascimento de Laura, vivida por Malu Aloise. A adaptação de Tom à nova vida interfere no vínculo do casal, além de mexer com a relação de Tom com sua mãe, Gladys, interpretada por Elisa Lucinda, que o criou sozinha. Tom precisa ressignificar tudo que aprendeu até então e entender a importância de uma paternidade ativa. Enquanto ele está descobrindo um caminho, Elisa vive a maternidade e seus desafios com total dedicação. Apesar de todas as dificuldades do puerpério, ela está inteira naquela vivência. Papai é Pop carrega a paternidade no título, mas tem no centro da história também a mãe que, muitas vezes, se sente sozinha nessa jornada.

A coprodução da Galeria Distribuidora, Pródigo Filmes e Grupo Telefilms apresenta situações emocionantes e divertidas na busca de Tom por uma transformação interior, que afeta não só a sua vida como a de toda a família. A trajetória do protagonista traz ainda uma reflexão sobre o que a sociedade enxerga como um pai presente.

O elenco conta ainda com Dadá Coelho como Joana, melhor amiga de Elisa; e Leandro Ramos como Júlio, parceiro de vida e trabalho de Tom. O autor Marcos Piangers faz uma participação afetiva no longa durante uma partida de futebol.

Para falar mais sobre o filme, gravamos dois programas especiais e conversamos com os protagonistas Lázaro Ramos e Paolla Oliveira e também com o diretor e com o autor do livro, Marcos Piangers.

Aperte o play e confira:

PARTE 1:
Entrevista com Lázaro Ramos e Paolla Oliveira

PARTE 2:
Entrevista com Caito Ortiz e Marcos Piangers

Foto: Stella Carvalho.

CINEVITOR #420: Pacificado | Entrevista com o elenco, diretor e produtores

por: Cinevitor
Débora Nascimento em cena: atriz premiada.

Vencedor da Concha de Ouro no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián e premiado na 43ª Mostra de São Paulo, Pacificado, dirigido por Paxton Winters, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 11/08.

Produzido por Darren Aronofsky e pelos brasileiros Marcos Tellechea e Paula Linhares, da Reagent Media, a história se passa no Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, na época dos Jogos Olímpicos, em 2016, enquanto as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ocupam os morros para manter o controle durante o evento.

Tati, interpretada por Cássia Nascimento, é uma garota introvertida de 13 anos, que mantém uma relação problemática com a mãe dependente de drogas, papel de Débora Nascimento, e sonha em conhecer seu pai, Jaca, ex-chefe do tráfico local, vivido por Bukassa Kabengele, que está prestes a sair da prisão. Ao voltar para casa, Jaca sonha em começar uma nova vida, longe do tráfico. Quer encontrar um novo lugar para ele e sua família num morro agora comandado por Nelson, papel de José Loreto, um jovem traficante. Mas, encontrar a paz num mundo dominado pela violência não será tarefa fácil, pois a realidade se mostra mais dura do que ele imaginava.

Com história de Paxton Winters, que morou no Morro dos Prazeres por oito anos, o roteiro foi coescrito por Wellington Magalhães, morador da comunidade, e por Joseph Carter, que também morou lá por 12 anos. O elenco conta também com Léa Garcia, Raphael Logan, Shirley Cruz, Jefferson Brasil, Rayane Santos, Thiago Thomé, Murilo Sampaio, entre outros.

Além da Concha de Ouro de melhor filme, Pacificado ganhou outros dois prêmios no Festival de San Sebastián, em 2019: melhor fotografia para Laura Merians e melhor ator para Bukassa Kabengele. No EnergaCAMERIMAGE, International Film Festival of the Art of Cinematography, foi consagrado em duas categorias: melhor direção estreante e melhor direção de fotografia estreante. Na 42ª edição do Festival de Havana, foi premiado como melhor longa de ficção, melhor direção e melhor atriz para Cássia Nascimento. Já no Fest Aruanda, em João Pessoa, levou os prêmios de melhor fotografia, melhor atriz para Débora Nascimento, melhor ator para Bukassa Kabengele e uma Menção Honrosa para Léa Garcia.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o diretor Paxton Winters, com as atrizes Débora Nascimento e Cássia Nascimento, com os produtores Marcos Tellechea e Paula Linhares e com os atores Bukassa Kabengele e José Loreto.

Aperte o play e confira:

Foto: Divulgação.

CINEVITOR #419: O Palestrante | Entrevista com o elenco

por: Cinevitor
Dani Calabresa e Fabio Porchat em cena.

Com direção de Marcelo Antunez, de Qualquer Gato Vira-Lata 2 e Até que a Sorte nos Separe 3, e roteiro de Fabio Porchat e Claudia Jouvin, a comédia romântica O Palestrante chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 04/08.

Na trama, Guilherme, interpretado por Porchat, um contador sem perspectivas que acaba de ser demitido e abandonado pela noiva, viaja para o Rio de Janeiro com o objetivo de resolver pendências da empresa que o demitiu. Em um impulso de quem não tem nada a perder, assume o lugar de um tal Marcelo, sem saber que se trata de um palestrante motivacional contratado para animar os funcionários da empresa de Denise, papel de Dani Calabresa. Guilherme tem que colocar todos pra cima, mas talvez ele também precise desse novo Marcelo para mudar de vida.

O longa conta também com Antonio Tabet, Maria Clara Gueiros, Otávio Müller, Miá Mello, Paulo Vieira, Rodrigo Pandolfo, Debora Lamm e Ernani Moraes no elenco; com participações especiais de Evandro Mesquita e Letícia Lima. Produzido pela Camisa Listrada, em coprodução com Paramount Pictures, Telecine e Globo Filmes, a distribuição é da Downtown Filmes.

Para falar mais sobre a comédia romântica, gravamos três programas especiais e conversamos com os atores Fabio Porchat, Dani Calabresa, Paulo Vieira, Miá Mello, Antonio Tabet e Maria Clara Gueiros.

Aperte o play e confira:

PARTE 1:
Entrevista com Dani Calabresa e Fabio Porchat

PARTE 2:
Entrevista com Miá Mello e Paulo Vieira

PARTE 3:
Entrevista com Antonio Tabet e Maria Clara Gueiros

Foto: Ique Esteves.

CINEVITOR #418: Entrevista com Andrea Beltrão, Du Moscovis, Mariana Lima e Gustavo Rosa de Moura | Ela e Eu

por: Cinevitor
Protagonista: Andrea Beltrão em cena.

Segundo longa-metragem de ficção de Gustavo Rosa de Moura, de Canção da Volta, Ela e Eu, protagonizado por Andrea Beltrão, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 21/07.

O filme conta a história de Bia, interpretada por Andrea Beltrão, ex-roqueira que desperta após 20 anos em coma. Esse acontecimento extraordinário provoca uma mudança radical não só na vida dela, mas na de toda sua família. Sua filha, Carol, papel de Lara Tremouroux, já é adulta, e seu ex-marido, Carlos, vivido por Eduardo Moscovis, está casado com Renata, interpretada por Mariana Lima. Acostumados com a rotina de cuidados com Bia em home care, todos terão de reaprender a conviver.

A condição física de Bia é apenas o ponto de partida para falar sobre as relações afetivas, os sentidos humanos e o sentido das coisas. Com uma visão poética, o longa explora temas como a dificuldade de estar no mundo, de se relacionar, e a necessidade que temos de nos reinventar ao longo da vida.

“Achei o argumento muito interessante, a história de uma bela adormecida nos tempos de hoje. Como seria essa pessoa surgir depois de 20 anos, do nada? Como é o mundo dessa pessoa, como é essa pessoa no mundo? Me interessei em falar dos nossos limites, das nossas dificuldades extremas, de nossas deficiências físicas, mentais ou afetivas”, disse Andrea Beltrão.

O filme teve um processo colaborativo intenso para elaboração do roteiro, que contou com engajamento do quarteto principal de atores: Andrea Beltrão, Du Moscovis, Mariana Lima e Luisa Arraes, que depois, por questão de agenda, não pôde participar do filme; o papel da Carol ficou com Lara Tremouroux. Diretor e atores se encontraram diversas vezes para debater cenas, personagens e o rumo da história, até chegarem ao roteiro final. E mesmo durante as filmagens ajustaram algumas cenas na hora de rodar. O elenco também reúne Karine Teles, que interpreta Sandra, a cuidadora de Bia, e Jéssica Ellen, no papel de Giovanna, namorada de Carol.

A trilha sonora, que ficou a cargo do compositor Lucas Santanna, também foi pensada antecipadamente e é um dos aspectos mais importantes da trama. Bia é uma ex-roqueira e sua filha toca teclado para povoar de música o longo coma de sua mãe. Não por acaso, a música homônima de Caetano Veloso dá título ao filme. As letras das duas canções de Bia que aparecem no filme foram escritas pela compositora Ava Rocha. Além das composições originais feitas para o filme, canções de Chico Buarque, Caetano Veloso, Tincoãs, Doces BárbarosPatti Smith ajudam a ditar o ritmo e a atmosfera de determinadas cenas.

Premiado na 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro nas categorias de melhor ator para Eduardo Moscovis, melhor atriz para Andrea Beltrão e melhor roteiro para Gustavo Rosa de Moura, Andrea Beltrão e Leonardo Levis, o longa também foi exibido no Festival do Rio e no 1º Festival de Vassouras, onde ganhou cinco prêmios: melhor som, melhor ator, melhor atriz coadjuvante (Mariana Lima), melhor roteiro e melhor filme.

Para falar mais sobre o filme, conversamos com o diretor Gustavo Rosa de Moura e com alguns integrantes do elenco, como: Andrea Beltrão, Du Moscovis e Mariana Lima.

Aperte o play e confira:

Foto: Fabio Braga.