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Toda semana um novo programa sobre cinema, com os mais variados temas.

CINEVITOR #381: Entrevista com Juliano Cazarré | Dente por Dente

por: Cinevitor

dentepordentecinevitorProtagonista em cena: thriller brasileiro.

Estrelado por Juliano Cazarré, Paolla Oliveira e Renata Sorrah, Dente por Dente, dirigido por Júlio Taubkin e Pedro Arantes, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 28/01, com distribuição da Vitrine Filmes.

Na trama, Ademar, papel de Cazarré, é sócio da empresa de segurança de Valadares, vivido por Aderbal Freire Filho, pai de Joana, interpretada por Paolla Oliveira. Juntos, Ademar e Joana investigam as razões da morte do amigo, marido e sócio, Teixeira, papel de Paulo Tiefenthaler, que está desaparecido. No elenco ainda estão nomes como Juliana Gerais, Digão Ribeiro, Paula Cohen, Phillip Lavra, Bruno Bellarmino, Adriano Barroso, Domênica Dias e Ana Flávia Cavalcanti.

Em uma época que marca o crescimento do cinema de gênero no Brasil, o thriller majoritariamente aborda a questão da violência social e da gentrificação nas metrópoles, com pessoas sendo expulsas de suas casas para construção de grandes empreendimentos imobiliários.

O longa, que destaca em sua trama o suspense investigativo com um toque de horror entre as avenidas, hotéis e construções da capital paulista, teve sua estreia na 44ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e participou do Fantastik Festival, no qual recebeu o prêmio de melhor longa pelo Júri ACCRJ e Júri Popular.

Para falar mais sobre Dente por Dente, conversamos com o protagonista Juliano Cazarré, que falou sobre sua preparação e construção do personagem, colegas de elenco, filme de gênero no Brasil e também relembrou outros trabalhos de sua carreira nos cinemas.

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Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

CINEVITOR #380: Entrevista com Lázaro Ramos | Edição Especial + Homenagem 30º Cine Ceará

por: Cinevitor

lazaroramoscineceara1O ator em O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho: filme de encerramento.

A última noite da 30ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema foi marcada por muita emoção por conta da premiação e também pela homenagem ao ator Lázaro Ramos, que recebeu o Troféu Eusélio Oliveira.

Antes do anúncio dos vencedores, foi realizada a solenidade de encerramento, gravada no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza. O ator enviou um vídeo de agradecimento, projetado na ocasião. Após a homenagem, foi exibido o longa O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, em sessão hors-concours, no qual interpreta o detetive Espinosa.

Nascido em Salvador, Bahia, Lázaro é ator, apresentador, dramaturgo, dublador, cineasta e escritor. Iniciou a carreira teatral aos 15 anos de idade, quando entrou para o Bando de Teatro Olodum, dirigido por Márcio Meirelles. Seu primeiro trabalho no cinema foi em Jenipapo, de Monique Gardenberg, seguido por Cinderela Baiana, de Conrado Sanchez, e Sabor da Paixão, de Fina Torres, com Penélope Cruz.

Madame Satã, de Karim Aïnouz, que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e também pela APCA, foi seu primeiro filme como protagonista, iniciando uma trajetória que inclui Carandiru; As Três Marias; O Homem do Ano; O Homem que Copiava, vencedor do prêmio de melhor ator no Festival de Havana; Meu Tio Matou um Cara; A Máquina; Quanto Vale ou é por Quilo?; Cidade Baixa; Ó Paí, Ó; Saneamento Básico, O Filme; O Grande Kilapy, prêmio de melhor ator no FESTin Lisboa; Tudo Que Aprendemos Juntos; Mundo Cão; entre outros filmes e diversos trabalhos na TV, como a minissérie Mister Brau.

Além da turnê da peça O Topo da Montanha, em que atuou com a mulher, Taís Araújo, seus trabalhos mais recentes nas telonas foram: Correndo Atrás, de Jeferson De; e O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício. Para 2021, está previsto o lançamento de Medida Provisória, longa que marca sua estreia na direção de ficção para os cinemas.

Em um bate-papo virtual, conversamos com o ator sobre a homenagem no Cine Ceará, o inédito O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, e relembramos alguns sucessos de sua consagrada carreira.

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Foto: Divulgação/Elo Company.

CINEVITOR #379: Bastidores 10 Horas para o Natal com Giulia Benite, Luis Lobianco, Lorena Queiroz e Pedro Miranda

por: Cinevitor

cinevitor10horasnatalJingle Bells: natal brasileiro nas telonas!

Dirigido por Cris D’Amato, de S.O.S. Mulheres ao Mar, e protagonizado por Luis Lobianco, 10 Horas para o Natal chega aos cinemas nesta quinta-feira, 03/12, como o primeiro filme natalino brasileiro a estrear nas telonas.

No roteiro original de Bia Crespo e Flávia Guimarães, Marcos Henrique, papel de Lobianco, é pai de Julia, de 11 anos (Giulia Benite, de Turma da Mônica – Laços), Miguel, de 9 (Pedro Miranda, do The Voice Kids), e Bia, de 7 (Lorena Queiroz, da novela Carinha de Anjo), três crianças espertas e apaixonadas pelas festas de fim de ano da família Silva.

Divertido e engraçado, Marcos Henrique é ex-marido de Sônia, vivida por Karina Ramil, médica obstetra que está sempre reclamando do seu jeito preguiçoso. Inconformados com as noites de Natal sem graça que passam na casa da tia desde que os pais se separaram, os irmãos bolam um plano para tentar reunir os pais nas festas de fim de ano. Mas, para isso eles terão que organizar eles mesmos o Natal da família e ainda enfrentar um vilão, que está contra eles e não perdoa nem criancinhas: o tempo.

O trio, que vive brigando por tudo, percebe que vai ter que se unir se quiser fazer o plano dar certo. Eles então decretam uma trégua e partem sozinhos para a rua mais movimentada de São Paulo, a 25 de Março, considerada o maior centro comercial a céu aberto da América Latina. E, claro, se metem em altas confusões e vivem aventuras divertidas e perigosas pela cidade.

Para falar mais sobre o filme, fizemos um programa especial, gravado em julho de 2019, direto dos bastidores. A atriz Giulia Benite fez um tour pelo set e mostrou detalhes do cenário; além disso, conversamos com os atores Luis Lobianco, Pedro Miranda e Lorena Queiroz.

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Foto: Divulgação/Paris Filmes.

CINEVITOR #378: Entrevista com Marcélia Cartaxo | Edição Especial + Pacarrete

por: Cinevitor

pacarreteestreiamarceliaProtagonista em cena: atuação premiada.

Estrelado por Marcélia Cartaxo e filmado na cidade de Russas, interior do Ceará, o aguardado Pacarrete, dirigido por Allan Deberton, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 26/11, depois de ter sido adiado por conta da pandemia de Covid-19.

Um dos longas mais elogiados e festejados pela crítica e pelo público, Pacarrete foi o grande vencedor da 47ª edição do Festival de Cinema de Gramado e foi consagrado com oito kikitos, entre eles, melhor filme e melhor atriz. Exibido em 39 festivais, desde então, já coleciona vinte e sete prêmios ao redor do mundo.

Primeiro longa-metragem de Allan Deberton, aborda questões como a loucura, os desafios de ser artista e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gosta de ser chamada de Pacarrete, que significa margarida em francês. O filme é livremente inspirado na conterrânea do diretor e demorou 12 anos para ser realizado.

Nascida e criada em Russas, Pacarrete alimentou desde criança o sonho de ser artista e viver a vida na ponta da sapatilha, mesmo sendo de uma cidade conservadora, onde mulher nasceu para casar e ter filhos. Mas é em Fortaleza que ela consegue estar no centro dos holofotes como bailarina clássica e se torna professora de ballet. Com a aposentadoria, ela retorna para sua cidade natal onde pretende continuar seu trabalho artístico, mas só encontra desrespeito à sua arte: em vez de plateias de admiradores e aplausos, ela se defronta com o despeito daqueles que cruzam seu caminho; e a bailarina e professora de outrora se transforma na “louca da cidade”.

Para viver essa mulher que fez da aspiração de ser uma bailarina o objetivo de sua vida, Deberton convidou a premiada atriz paraibana Marcélia Cartaxo, vencedora do Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1985, por A Hora da Estrela; sua amiga e colaboradora, ela também atuou e fez preparação de elenco do primeiro curta-metragem de Allan, Doce de Coco. Para viver a personagem, Marcélia teve aulas de voz e canto, aprendeu francês e fez aulas de ballet com a supervisão do coreógrafo Fauller e da bailarina cearense Wilemara Barros.

O elenco principal ainda conta com as elogiadas atrizes paraibanas Zezita Matos e Soia Lira; o ator baiano João Miguel; e os cearenses Rodger Rogério, Débora Ingrid, Samya De Lavor e Edneia Tutti Quinto; além da participação de atores e atrizes da própria cidade. A preparação do elenco é de Christian Duurvoort, que trabalhou em Ensaio Sobre a Cegueira e O Banheiro do Papa.

Com roteiro escrito por Allan Deberton, André Araújo, Samuel Brasileiro e Natália Maia, o filme conta com fotografia de Beto Martins e trilha sonora de Fred Silveira; César Teixeira e Clara Bastos assinam como produtores e Deberton, ao lado de Ariadne Mazzetti, assinam a produção executiva. A distribuição é da Vitrine Filmes.

Para falar mais sobre o longa, conversamos com a protagonista Marcélia Cartaxo sobre a preparação de sua personagem, bastidores, equipe e também relembramos alguns sucessos de sua consagrada carreira, como Madame Satã, A História da Eternidade, entre outros.

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*Entrevista inédita gravada durante o Festival de Gramado, em agosto de 2019.

Foto: Luiz Alves.

CINEVITOR #377: Entrevista com Bárbara Paz | Documentário BABENCO + Oscar 2021

por: Cinevitor

babencobarbaracinevitorTell me when I die: vida e obra de Hector Babenco.

Dirigido por Bárbara Paz, o documentário Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou traça um paralelo entre a arte e a doença do cineasta Hector Babenco. O filme revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida.

Recentemente, o longa foi escolhido pelo Comitê Brasileiro de Seleção da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais para representar o Brasil na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2021; sendo assim, agora disputa uma vaga entre os finalistas da premiação americana.

Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, Bárbara se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Do primeiro câncer, aos 38, até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo.

O filme já foi selecionado para mais de 20 festivais internacionais e estreou mundialmente no Festival de Veneza do ano passado, no qual recebeu o prêmio de melhor documentário na mostra Venice Classics e o prêmio Bisato D’Oro 2019, entregue pela crítica independente. No início do ano, foi premiado no Festival internacional de Cinema de Mumbai, na Índia. Também foi selecionado para os festivais do Cairo, Havana, Mar del Plata, Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Festival do Rio, Mostra Tiradentes, Fest Aruanda, FIDBA, na Argentina, Baltic Sea Docs, na Letônia e para o Mill Valley Film Festival, nos Estados Unidos.

Para falar mais sobre o documentário, conversamos com a diretora Bárbara Paz sobre o processo de criação, montagem, Hector Babenco e, claro, a tão cobiçada estatueta dourada.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #376: Entrevista com Andrea Beltrão e Esmir Filho | Verlust | 44ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor

verlustcinevitor1Fama e poder: Ismael Caneppele, Marina Lima e Andrea Beltrão em cena.

Dirigido por Esmir Filho e protagonizado por Andrea Beltrão, Verlust é um dos destaques da Mostra Brasil da 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e segue disponível na plataforma Mostra Play até quarta-feira, 04/11.

Um drama sobre indivíduos que vivem em uma atmosfera sufocante, a história acompanha a poderosa empresária musical Frederica, que, isolada na praia ao lado do marido fotógrafo e a filha adolescente, concentra-se nos preparativos de uma esperada festa de réveillon, e ainda tem que administrar a vida e carreira do ícone pop Lenny, que está produzindo uma obra misteriosa ao lado do escritor João Wommer. Quando um ser das profundezas do mar surge em sua praia, a crise se instaura e Frederica terá que enfrentar seu maior medo: a perda.

O filme se passa durante o ano novo, símbolo do despertar. A localização é uma praia isolada, paraíso impenetrável que proporciona a ilusão de segurança para os personagens. Verlust é um diálogo entre cinema e literatura. Enquanto o filme narra o ponto de vista dos personagens que se projetam na criatura do mar encalhada, o livro homônimo de Ismael Caneppele narra em primeira pessoa o ponto de vista da criatura do mar, que deseja se desprender do seu coletivo e procurar sozinha o ambiente respirável de onde partiu há séculos.

A cantora e compositora Marina Lima se uniu ao projeto para interpretar Lenny. Com uma extensa carreira e ícone de uma geração, Marina superou traumas e foi capaz de se reinventar. Ela personifica Lenny e seu constante movimento de busca. Para dialogar com ela, uma outra artista talentosa integra o elenco. Grande força dos palcos brasileiros e presença marcantes em obras audiovisuais nacionais, Andrea Beltrão traz para Frederica toda sensibilidade e poder que a personagem exala.

Completam o elenco, Ismael Caneppele, que interpreta outro personagem emprestado da vida real, o escritor João. Ismael, que colaborou com o roteiro, dá vida a um personagem que passa por uma crise na trama e descobre sua voz na voz da criatura. Junto a eles, somam-se o lendário ator chileno Alfredo Castro, de Vermelho Sol e O Clube, como o marido fotógrafo de Frederica e Fernanda Pavanelli, contrabaixista clássica, que dá vida à Tuane, filha de Frederica, e foi encontrada através de uma pesquisa de elenco pelas orquestras jovens de São Paulo.

Verlust, que chega aos cinemas no dia 5 de novembro e logo depois nas plataformas digitais, foi escrito e produzido ao longo de dez anos. Na equipe, Inti Briones assina a direção de fotografia; a direção de arte é de Mariana Urizza; Dudu Bertholini e Cintia Kiste assinam o figurino; e a maquiagem é de Britney Federline.

Para falar mais sobre o longa, batemos um papo virtual com o diretor Esmir Filho e com a protagonista Andrea Beltrão. Entre tantos assuntos, falaram sobre os bastidores de filmagens, entrosamento do elenco, a presença de Marina Lima na produção, construção das personagens, a relação do filme com a pandemia e expectativa para o lançamento.

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Foto: Tuane Eggers.

CINEVITOR #375: Entrevista com Matheus Nachtergaele | 20 Anos de O Auto da Compadecida

por: Cinevitor

matheuscompadecidacinevitorMatheus Nachtergaele no papel de João Grilo: um clássico.

Há 20 anos, O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, baseado na peça clássica de Ariano Suassuna, levou mais de dois milhões de espectadores aos cinemas e se tornou o longa-metragem mais assistido naquele ano e um marco do cinema brasileiro.

O início das comemorações dos vinte anos foi dado em dezembro de 2019 com o lançamento da minissérie remasterizada no Globoplay, já com cenas inéditas, maior qualidade de imagem e novos efeitos especiais. Recentemente, foram realizadas exibições especiais do longa em drive-in e também virtual. A minissérie foi exibida na TV Globo, em 1999, e a versão cinematográfica foi lançada no ano seguinte.

O filme conta as divertidas aventuras de João Grilo, papel de Matheus Nachtergaele, e Chicó, vivido por Selton Mello, e foi rodado em Cabaceiras, no sertão da Paraíba, e no Rio de Janeiro. O elenco reúne também Fernanda Montenegro, Diogo Vilela, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, Marco Nanini, Enrique Diaz, Paulo Goulart, Luís Melo, Maurício Gonçalves, Virgínia Cavendish, Aramis Trindade e Bruno Garcia. O diretor Guel Arraes também é coautor da adaptação ao lado de Adriana Falcão e João Falcão.

Para comemorar os 20 anos de O Auto da Compadecida, batemos um papo virtual com Matheus Nachtergaele sobre a importância do filme na cinematografia brasileira. O ator também relembrou histórias de bastidores, falou com carinho da equipe e dos colegas de cena, revelou futuros projetos envolvendo a obra de Ariano Suassuna, entre muitos outros assuntos.

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Foto: Divulgação/Globo Filmes.

CINEVITOR #374: Entrevista com Laís Bodanzky | Troféu Eduardo Abelin + 48º Festival de Gramado

por: Cinevitor

laisbodanzkygramado2020A diretora no Festival de Gramado, em 2017: premiada por Como Nossos Pais.

Filha do cineasta Jorge Bodanzky e da professora de História da Arte, Lena Coelho, Laís Bodanzky se aventurou pelo teatro, como atriz, antes de se dedicar à sétima arte. Sua estreia na direção de um filme aconteceu em 1994 com o curta Cartão Vermelho, exibido no New York Film Festival.

Em seguida, em 1999, realizou o documentário Cine Mambembe – O Cinema Descobre o Brasil ao lado de Luiz Bolognesi, seu marido na época e parceiro de jornada artística até hoje. O filme, premiado no Festival de Havana, registra as exibições itinerantes de títulos brasileiros para os públicos sem acesso às salas de cinema.

Logo, um ano depois, se consagrou com o longa de ficção Bicho de Sete Cabeças, protagonizado por Rodrigo Santoro. Aclamado como um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, Bicho de Sete Cabeças é também um dos mais premiados longas nacionais do século 21. A produção recebeu, entre outros, o Prêmio Qualidade Brasil, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Foi consagrado também no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no Cine PE.

Ao longo da carreira, realizou outras obras aclamadas pelo público e pela crítica, como: Chega de Saudade, com Tônia Carrero e Leonardo Villar, premiado nos festivais de Cartagena, Brasília, Miami, entre outros; As Melhores Coisas do Mundo, com Francisco Miguez e Caio Blat, e vencedor de sete troféus Calunga no Cine PE, no Recife; além de trabalhos na TV, como a série Psi.

Em 2017, depois de passar pelo Festival de Berlim com boa recepção, o drama Como Nossos Pais, protagonizado por Maria Ribeiro, foi consagrado na 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado e levou seis kikitos, entre eles, o de melhor filme e direção. A carreira do longa continuou a fazer sucesso em outras premiações, como: Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, FESTin, Sesc Melhores Filmes, Troféu APCA, Festival de Vitória, entre outros.

Laís Bodanzky sempre trabalhou com o cinema e para o cinema. Por quinze anos coordenou o projeto social Cine Tela Brasil, voltado ao ensino e exibição de filmes nas periferias do Brasil. Atualmente, exerce o cargo de diretora-presidente da Spcine e faz parte do Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar 2021.

Neste ano, pelo seu trabalho destacado como artista comprometida com o crescimento do cinema brasileiro, foi homenageada na 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Eduardo Abelin.

Para falar mais sobre a homenagem e relembrar momentos marcantes de sua carreira, conversamos com Laís Bodanzky virtualmente no dia do seu aniversário. Entre tantos assuntos, a cineasta falou de seus filmes com carinho, dos atores e equipes, contou histórias divertidas de bastidores de filmagens e adiantou novidades sobre seu próximo trabalho, o filme de época A Viagem de Pedro (título provisório), no qual Cauã Reymond interpreta Dom Pedro I.

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Foto: Diego Vara/Agência Pressphoto.

CINEVITOR #373: Entrevista com Sidney Magal e Joana Mariani | Me Chama Que Eu Vou | 48º Festival de Gramado

por: Cinevitor

magalcinevitor1Hey, eh, oh, eh, oh: o amante latino nas telonas.

Exibido na mostra competitiva de longas brasileiros do 48º Festival de Cinema de Gramado, o documentário Me Chama Que Eu Vou, de Joana Mariani, de Todas as Canções de Amor, é repleto de músicas, narrado em primeira pessoa sobre Sidney Magal, nascido Sidney Magalhães, e resgata sua trajetória desde a infância até o presente, repassando os seus mais de 50 anos de carreira e mostrando o homem por trás do artista.

A emocionante vida de Magal mostrada no longa fará o público rir e chorar com um homem real, que por trás da figura pública, exuberante e sexy, tem histórias inusitadas, como quando pediu a Vinicius de Moraes que compusesse uma música para ele, a maneira como escolheu o seu nome artístico na Itália, e até a rejeição inicial da Rede Globo, que logo depois o transformou em convidado de honra em seus programas musicais. O título do filme vem de uma das músicas mais famosas de Magal, que serviu de tema de abertura da novela Rainha da Sucata, em 1990 e que de certa forma, também brinca com uma característica especial de Magal, que costuma aceitar a maioria dos convites que recebe.

A diretora Joana Mariani conheceu o cantor no começo dos anos 2000, durante as filmagens do clipe da música Tenho, dirigido por Pedro Becker, que foi lançado no Fantástico, e se aproximou do artista e de sua família. Magal também já participou de peças de teatro, filmes e programas de televisão e encara o documentário como uma espécie de coroação.

Repleto de imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal, o filme explora tanto o lado artístico quanto pessoal. Assim, o documentário encontra um Magal que se abre à câmera numa conversa franca sobre sua família, sua música, sua carreira. O filme tem também depoimentos de sua companheira, Magali West, que conta, entre outras coisas, como o cantor a conquistou, quando ela ainda era uma jovem estudante em Salvador; e do filho, Rodrigo West.

Para falar mais sobre o longa, batemos um papo virtual com a diretora e com a grande estrela, Sidney Magal. Entre tantos assuntos, o cantor falou da alegria de ser selecionado para Gramado, relação com a família e fãs, relembrou trabalhos marcantes, entre outros. Joana também falou sobre a parceria com Magal, lançamento do filme e da ficção Meu Sangue Ferve por Você, uma comédia romântica musical livremente adaptada na vida do cantor, que será dirigida por Paulo Machline, com José Loreto como protagonista.

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Foto: Divulgação.

CINEVITOR #372: Entrevistas com Nicolas Prattes, João Côrtes e Diego Freitas | Bastidores do curta FLUSH

por: Cinevitor

curtaflushcinevitorProtagonistas em cena: encontro inusitado.

Protagonizado por João Côrtes e Nicolas Prattes, o curta-metragem Flush, que está em processo de finalização, aborda a temática LGBTQIA+ em uma história que discute identidade de gênero, liberdade do corpo e da mente.

Dirigido por Diego Freitas, do longa O Segredo de Davi e dos premiados curtas Sal e A Volta para Casa, o filme se passa durante uma madrugada em um banheiro de um colégio, onde dois jovens ficam presos em uma situação inusitada. Duas pessoas completamente diferentes, de raízes distintas e que terão que conviver juntos e se entender durante uma noite. O curta, que foi filmado em português e inglês, discute assuntos comportamentais da sociedade e aspectos psicológicos.

Na história, Nicolas Prattes é Tom, um jovem estudante de Direito e filho de pais conservadores, que se encontra em um momento de reflexão sobre a vida e suas escolhas. João Côrtes, que também assina o roteiro, interpreta Sarah, que se identifica como não-binária. Esse encontro não programado estabelecerá diálogos importantes em relação à identidade de gênero, trazendo à tona questões sobre diversidade e preconceito.

Filmado durante dois dias em São Paulo, em junho do ano passado, o curta deve estrear no circuito de festivais a partir de agosto. O CINEVITOR visitou o set e conversou com os atores e com o diretor sobre as filmagens, personagens e a importância dos temas discutidos no filme.

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Foto: Gabriel Côrtes.

CINEVITOR #371: Bastidores Música para Morrer de Amor com Fafá de Belém + elenco e equipe

por: Cinevitor

fafamusicamorrercinevitorParticipação especial: Fafá de Belém nas telonas.

Dirigido por Rafael Gomes, Música para Morrer de Amor é baseado na peça Música para cortar os Pulsos, vencedora do Prêmio APCA de melhor peça jovem, e assim como em sua versão teatral, acompanha o romance entre três jovens: Isabela, Ricardo e Felipe, vividos por Mayara Constantino, Victor Mendes e Caio Horowicz.

O longa, que foi selecionado para o NewFest, em Nova York, um dos mais importantes festivais de cinema LGBTQ+ do mundo, fez sua estreia no Brasil na Mostra Competitiva do 27º Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade. Com data de lançamento prevista para o primeiro semestre deste ano, foi adiado por conta da pandemia de Covid-19, porém, estará disponível nos dias 23 e 24 de junho no festival on-line de pré-estreias do Espaço Itaú.

O texto, em sua versão para os palcos, tornou-se referência na dramaturgia para jovens, tendo ficado três anos em cartaz e viajado para mais de 30 cidades brasileiras, colecionando prêmios, elogios da crítica e sucesso junto ao público. Além do amor, seus temas abarcam também a sexualidade, a presença das canções em nossa construção emocional e, especialmente na adaptação para o cinema, a influência da tecnologia nos relacionamentos contemporâneos.

Inteiramente rodado na cidade de São Paulo, a paisagem urbana é mostrada por meio do cotidiano das personagens, como trabalho, faculdade, bares, ruas, cinemas, festas e transporte público. No elenco ainda estão Denise Fraga, interpretando Berenice, mãe de Felipe, e Ícaro Silva, como Gabriel, ex-namorado de Isabela. Já o papel de Alice, avó de Isabela, fica por conta de Suely Franco.

Além de uma vasta trilha sonora com mais de 35 canções, passando por diversos artistas e estilos, o filme conta ainda com participações especiais de nomes conhecidos de diferentes gerações da música brasileira, como Milton Nascimento, Tim Bernardes, Fafá de Belém, Clarice Falcão, Maria Gadú, Mauricio Pereira e César Lacerda.

O filme conta uma história urbana, intensa e sentimental sobre três jovens de vinte e poucos anos provando que na vida, assim como nas canções de amor, só os clichês são verdade. Isabela sofre de um coração partido, Felipe quer desesperadamente se apaixonar, e Ricardo, seu melhor amigo, está apaixonado por ele.

Em maio de 2018, o CINEVITOR acompanhou um dia de filmagem do longa e conversou com o diretor Rafael Gomes, com a produtora Diana Almeida, com a cantora Fafá de Belém e com os atores Caio Horowicz e Denise Fraga.

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Foto: Divulgação/Lacuna Filmes.

CINEVITOR #370: Entrevista com Dira Paes | Edição Especial + Veneza

por: Cinevitor

venezadirapaescinevitorDira Paes em Veneza, de Miguel Falabella: estreia adiada por conta da pandemia.

Com 35 anos de carreira e mais de 40 filmes no currículo, a atriz paraense Dira Paes já estava com data marcada para voltar às telonas depois de Divino Amor, filme de Gabriel Mascaro lançado em junho do ano passado. Porém, por conta da pandemia mundial de Covid-19, muitas estreias foram adiadas, entre elas, Veneza, de Miguel Falabella, e Pureza, de Renato Barbieri, ambos com Dira no elenco.

Com as salas de cinema fechadas e muitas incertezas no calendário de lançamentos e festivais, a população segue em isolamento social seguindo a proposta da OMS, Organização Mundial da Saúde, de redobrar os cuidados e ficar em casa para combater o novo coronavírus.

Por conta disso, nessa quarentena resolvemos publicar entrevistas inéditas que estavam programadas para datas próximas aos lançamentos dos filmes. Entre tantas dúvidas relacionadas às estreias nacionais e ao cenário cultural brasileiro, lançamos o #CineVitorEmCasa, com conteúdo exclusivo. Começamos com um bate-papo com a atriz Dira Paes, que aconteceu no Festival de Gramado em agosto do ano passado.

Depois de ser homenageada com o Troféu Oscarito, destinado a grandes atores da cinematografia brasileira, em 2017, e ter levado dois kikitos ao longo da carreira, Dira passou pelo festival para exibir Veneza, de Miguel Falabella, que tinha estreia prevista para abril de 2020.

O longa, que é uma adaptação da peça de teatro homônima escrita pelo argentino Jorge Accame, conta a história de Gringa, uma cafetina que tem como sonho reencontrar o único homem que amou. Para realizar seu desejo, as prostitutas que trabalham em seu bordel se unem a uma trupe circense e idealizam um plano para levá-la ao encontro de seu amado.

Na entrevista, Dira falou sobre trabalhar com Miguel Falabella e com a atriz espanhola Carmen Maura, destacou a repercussão do filme em Gramado e relembrou, com carinho, alguns sucessos de sua carreira, como Amarelo Manga e Baixio das Bestas.

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Foto: Divulgação/Imagem Filmes.