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28ª Mostra de Cinema de Tiradentes anuncia filmes das mostras competitivas

por: Cinevitor
Mariana Ximenes em Nem Deus é Tão Justo Quanto Seus Jeans, de Sergio Silva

A 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que segue reafirmando-se como vitrine da produção autoral brasileira contemporânea, acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro de 2025 na cidade histórica mineira com mudanças importantes na estrutura de programação.

As mostras competitivas Olhos Livres, Aurora e Foco, que reúnem filmes com inovações de linguagem e modos de produção, passam por alterações com objetivo de retomar algumas de suas premissas originais e manter a produção de vanguarda como grande destaque no evento.

A Mostra Olhos Livres passa a ser avaliada pelo Júri Oficial enquanto a Mostra Aurora será avaliada pelo Júri Jovem com sessões no fim da tarde. Além disso, a Aurora agora passa a contar com filmes exclusivamente de cineastas em seu primeiro longa-metragem. A decisão reflete mudanças observadas no panorama do cinema independente ao longo dos últimos anos: “Quando a Aurora foi criada pelo curador Cléber Eduardo em 2008, o cenário da produção independente, de baixo ou baixíssimo orçamento, ainda estava se consolidando e buscava identidades. Com o tempo, esse campo ganhou forma e maturidade e modificou as trajetórias de seus realizadores”, explica Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial da Mostra de Tiradentes.

A Olhos Livres tem se destacado nos últimos anos a exibir filmes que resgatam o espírito original da Aurora, quando a proposta era desbravar novos caminhos na produção autoral: “Muitos desses filmes surgem à revelia das dificuldades econômicas enfrentadas pelo cinema brasileiro e adaptam-se às circunstâncias disponíveis. O cenário revela uma geração de realizadores que muitas vezes iniciaram suas trajetórias há dez anos ou mais e hoje já estão em seus terceiros, quartos ou até sextos longas-metragens. Apesar de se firmarem como jovens veteranos, continuam a apostar na radicalidade inventiva que marca suas obras”, segue o curador.

No caso da Aurora, até 2024 a regra permitia a inscrição de até um terceiro longa-metragem de um mesmo realizador, com intenção de acompanhar o desenvolvimento e a evolução de novos autores: “Atualmente, esses realizadores, após o lançamento do primeiro longa, já ganham visibilidade e passam a circular em outros festivais, atingindo notoriedade muito mais rapidamente. Ao chegarem ao segundo ou terceiro trabalho, muitos têm carreiras em andamento e isso tornou necessário repensar os critérios da Aurora para valorizar a ideia de estreia e de novidade”, completa Francis.

A Foco, dedicada a curtas-metragens, mantém o perfil da pluralidade e radicalidade: “Estamos sempre atentos à emergência de expressões sofisticadas de quem está começando pelo curta ou de cineastas experientes que continuam explorando o formato como meio de experimentação e refinamento”, exalta Francis Vogner.

As três seções competitivas em Tiradentes, embora distintas em seus recortes, dialogam entre si por meio da imaginação criativa e da busca por formas de expressão que surpreendam o público. Para Francis Vogner, o momento atual do cinema brasileiro é propício tanto a essa diversidade quanto à valorização de propostas fora do convencional: “Se em algum momento o novo estava associado apenas ao jovem, hoje entendemos que ele atravessa gerações. Temos esse ano realizadores estreando nos anos 2020 e outros que iniciaram suas trajetórias nos anos 1960, todos movidos pela inquietação e pela vontade de criar algo fora do comum”, reflete.

As mostras Olhos Livres e Foco são avaliadas pelo Júri Oficial, que escolhe o melhor filme e alguns outros prêmios especiais. Em 2025 os integrantes são: Carlos Francisco (MG), ator; Cíntia Gil (Portugal), programadora; Ivo Lopes Araujo (CE), cineasta; Juçara Marçal (SP), cantora e compositora; e Rita Vênus (PE), crítica e curadora.

Já a Mostra Aurora terá o Júri Jovem, formado por estudantes selecionados numa oficina de crítica de cinema e composto por: Clara Prado (SP), Letras, USP; Duds Tuts (MG), Cinema e Audiovisual, PUC Minas; Giulia Belmonte (RS), Cinema e Audiovisual, UFPel; Otávio Osaki (SP), Comunicação Social: Midialogia, Unicamp; e Sofia Carlos (RN), Comunicação Social: Audiovisual, UFRN.

Conheça os primeiros filmes selecionados para a Mostra de Cinema de Tiradentes 2024:

MOSTRA OLHOS LIVRES

A Primavera, de Daniel Aragão e Sergio Bivar (PE)
As Muitas Mortes de Antônio Parreiras, de Lucas Parente (RJ/CE)
Batguano 2, de Tavinho Teixeira (PB)
Deuses da Peste, de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado (SP/MG)
O Mundo dos Mortos, de Pedro Tavares (RJ)
Prédio Vazio, de Rodrigo Aragão (ES)
Vida Secreta de Três Homens, de Letícia Simões (PE)

MOSTRA AURORA

Cartografias das Ondas, de Heloísa Machado (RJ)
Kickflip, de Lucca Filippin (SP)
Margeado, de Diego Zon (ES)
Nem Deus é Tão Justo Quanto seus Jeans, de Sergio Silva (SP)
Resumo da Ópera, de Honório Félix e Breno de Lacerda (CE)
Um Minuto é uma Eternidade para quem está Sofrendo, de Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro (SE)

MOSTRA FOCO

Entre Corpos, de Mayra Costa (AL)
Estrela Brava, de Jorge Polo (RJ)
HEYARI: espalhar fumaça para fazer adoecer colocando feitiço no fogo, de Daniel Velasco Leão (SC)
Jamais Visto, de Natália Reis (MG)
Marmita, de Guilherme Peraro (SP)
Memórias Despejadas (ou A Enchente Levou Tudo, E Encontraram a Luta), de Juliana Koetz (RS)
Não Me Abandone, de Gabriel Vieira de Mello (SP)
O Mediador, de Marcus Curvelo (BA)
Osmo, de Pablo Gonçalo (DF)
Sem Título # 9: Nem Todas as Flores da Falta, de Carlos Adriano (SP)
Tamagotchi_balé, de Anna Costa e Silva (RJ)
Trabalho de Amor Perdido, de Vinícius Romero (SP)
Ver Céu no Chão, de Isabel Veiga (CE/RJ)

Foto: Mayra Azzi.

52º Annie Awards: brasileiro é indicado ao Oscar da animação

por: Cinevitor
Robô Selvagem: o brasileiro Fabio Lignini está indicado pelo filme

Foram anunciados nesta sexta-feira, 20/12, os indicados ao 52º Annie Awards, conhecido como o Oscar da animação, organizado pela ASIFA-Hollywood, International Animated Film Society, que é considerada a primeira e principal organização profissional do mundo dedicada a promover a arte da animação e celebrar as pessoas que as criam.

Fundada em 1960, a associação premiava os melhores nomes da animação simbolicamente, até a lendária dubladora June Foray criar a cerimônia oficial em 1972. O prêmio de melhor animação cinematográfica só surgiu na 20ª edição do evento, em 1992, que consagrou A Bela e a Fera.

Neste ano, o longa Robô Selvagem, dirigido por Chris Sanders, lidera a lista com dez indicações, entre elas, melhor animação de personagem em animação para o brasileiro Fabio Lignini, que já foi premiado por Como Treinar o Seu Dragão 2. Vale destacar que Lignini já trabalhou em diversos outros filmes de sucesso, como: Gato de Botas 2: O Último Pedido, Os Croods 2: Uma Nova Era, O Príncipe do Egito, O Espanta Tubarões, Bee Movie: A História de uma Abelha, Os Pinguins de Madagascar, Kung Fu Panda 3, entre outros.

A lista segue com Divertida Mente 2, de Kelsey Mann, e Wallace & Gromit: Avengança, de Nick Park e Merlin Crossingham, com sete indicações cada. Os vencedores serão anunciados no dia 8 de fevereiro de 2025 no Royce Hall da UCLA, em Los Angeles.

Em comunicado oficial, Aubry Mintz, diretor executivo da ASIFA-Hollywood, disse: “Estamos muito entusiasmados com as nomeações deste ano; elas exemplificam a gama de talentos e abordagens à nossa forma de arte diversificada. Os vencedores homenageiam o passado, o presente e o futuro da animação. O Annie Awards celebra artistas que fizeram conquistas incríveis tanto no mundo dos estúdios comerciais quanto no cinema independente, reconhecendo o impacto que é feito para melhorar a equidade e a inclusão, e reconhecendo a inovação enquanto olhamos para o horizonte”.

Os homenageados desta 52ª edição serão: o animador Aaron Blaise, indicado ao Oscar por Irmão Urso, a diretora e animadora Eunice Macaulay, vencedora do Oscar pelo curta Special Delivery e indicada por George and Rosemary, e a compositora Normand Roger, de Tio Tomás, A Contabilidade Dos Dias, O Outono de Poppety e do curta brasileiro Guaxuma, que receberão o Winsor McCay Award; o June Foray Award será entregue para a ONG WIA, Women In Animation, que defende a igualdade de gênero e inclusão em animação, efeitos visuais e jogos; o Ub lwerks Award, que reconhece o avanço técnico que afeta a indústria da animação, vai para Alberto Menache; e o Special Achievement Award homenageará a importância do livro Directing at Disney-The Original Directors of Walt’s Animated Films, de Pete Docter e Don Peri.

Conheça os indicados nas categorias de cinema do Annie Awards 2025:

MELHOR ANIMAÇÃO
Aquele Natal
Divertida Mente 2
Kung Fu Panda 4
Robô Selvagem
Ultraman: A Ascensão
Wallace & Gromit: Avengança

MELHOR ANIMAÇÃO INDEPENDENTE
Chicken for Linda!
Flow
Look Back
Mars Express
Memórias de um Caracol
O Menino e o Mestre

MELHOR DIREÇÃO EM ANIMAÇÃO
Chiara Malta e Sébastien Laudenbach, por Chicken for Linda!
Chris Sanders, por Robô Selvagem
Gints Zilbalodis, por Flow
Nick Park e Merlin Crossingham, por Wallace & Gromit: Avengança
Simon Otto, por Aquele Natal

MELHOR ROTEIRO EM ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, escrito por Meg LeFauve e Dave Holstein
Flow, escrito por Gints Zilbalodis e Matīss Kaža
Memórias de um Caracol, escrito por Adam Elliot
O Menino e o Mestre, escrito por Frank Cottrell-Boyce

MELHOR DUBLAGEM EM ANIMAÇÃO
Brian Tyree Henry, por Transformers: O Início
Kit Connor, por Robô Selvagem
Lupita Nyong’o, por Robô Selvagem
Maya Hawke, por Divertida Mente 2
Mélinée Leclerc, por Chicken for Linda!

MELHOR ANIMAÇÃO | CURTA-METRAGEM
Beautiful Men
In the Shadow of the Cypress
Ruthless Blade
The Swineherd
Wander to Wonder

MELHOR ANIMAÇÃO ESTUDANTIL
Adiós, de José Prats
El Ombligo de la Luna, de Sara António, Julia Grupińska, Bokang Koatja, Tian Westraad e Ezequiel Garibay
Pear Garden, de Shadab Shayegan
Polliwog, de Julia Skala
Turmspringer, de Oscar Bittner

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS DE ANIMAÇÃO
Kung Fu Panda 4, por Zachary Glynn, Alex Timchenko, Kiem Ching Ong, Yorie Kaela Kumalasari e Jinguang Huang
Moana 2, por Santiago Robles, Marc Bryant, Deborah Carlson, Jake Rice e Ian J. Coony
Robô Selvagem, por Derek Cheung, Michael Losure, David Chow, Nyoung Kim e Steve Avoujageli
Ultraman: A Ascensão, por Goncalo Cabaca, Vishal Patel, Zheng Yong Oh, Nicholas Yoon Joo Kuang e Pei-Zhi Huang Huang
Wallace & Gromit: Avengança, por Howard Jones, Rich Spence, Deborah Jane Price, Jon Biggins e Kirstie Deane

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, por Aviv Mano
Kung Fu Panda 4, por Patrick Giusiano
Moana 2, por Brian Scott
Robô Selvagem, por Fabio Lignini
Wallace & Gromit: Avengança, por Carmen Bromfield Mason

MELHOR ANIMAÇÃO DE PERSONAGEM EM LIVE-ACTION
A Casa do Dragão (2ª temporada), por Jason Snyman, Manjoe Chan, Chloe McLean, Cedric Enriquez Canlas e Vincent Lee
Better Man: A História de Robbie Williams, por Shaun Freeman, Luisma Lavin Peredo, Carlos Lin, Seoungseok Charlie Kim e Kaori Miyazawa
Gladiador 2, por Kyle Dunlevy, Philipp Winterstein, Gil Daniel, Michael Elder e Julien Bagory
Godzilla e Kong: O Novo Império, por Ludovic Chailloleau, Jonathan Paquin, Craig Penn, Florian Fernandez e Marco Barbati
Planeta dos Macacos: O Reinado, por Christian Kickenweitz, Aidan Martin, Allison Orr, Radiya Alam e Howard Sly

MELHOR DESIGN DE PERSONAGEM EM ANIMAÇÃO
Aquele Natal, por Uwe Heidschötter
Divertida Mente 2, por Deanna Marsigliese
Enfeitiçados, por Guillermo Ramírez
Robô Selvagem, por Genevieve Tsai
Scarygirl, por Nathan Jurevicius

MELHOR MÚSICA EM ANIMAÇÃO
Aquele Natal, por John Powell, Ed Sheeran e Johnny McDaid
O Menino e o Mestre, por Stuart Hancock
Peça por Peça, por Pharrell Williams e Michael Andrews
Robô Selvagem, por Kris Bowers
Wallace & Gromit: Avengança, por Lorne Balfe e Julian Nott

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO EM ANIMAÇÃO
Aquele Natal, por Justin Hutchinson-Chatburn e Mike Redman
Divertida Mente 2, por Jason Deamer, Josh West, Keiko Murayama, Bill Zahn e Laura Meyer
Robô Selvagem, por Raymond Zibach e Ritchie Sacilioc
Ultraman: A Ascensão, por The Ultraman: Rising Production Design Team
Wallace & Gromit: Avengança, por Matt Perry, Darren Dubicki, Richard Edmunds, Matt Sanders e Gavin Lines

MELHOR STORYBOARDING EM ANIMAÇÃO
A Missão de Sandy Bochechas, por Piero Piluso
Aquele Natal, por Ashley Boddy, Lorenzo Fresta e Helen Schroeder
Enfeitiçados, por Alex Relloso Horna e Carlos Zapater Oliva
Meu Malvado Favorito 4, por Habib Louati
Moana 2, por Ryan Green

MELHOR EDIÇÃO EM ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, por Maurissa Horwitz, David Suther, Fiona Toth e Jonathan Vargo
Moana 2, por Jeremy Milton e Michael Louis Hill
Robô Selvagem, por Mary Blee, Collin Erker, Orlando Duenas, Lucie Lyon e Brian Parker
Ultraman: A Ascensão, por Bret Marnell, William Max Steinberg, Nik Siefke, Ryan Sommer e Kaye Speare
Wallace & Gromit: Avengança, por Dan Hembery

MELHOR PRODUÇÃO ESPECIAL
A Bear Named Wojtek
Mog’s Christmas
Orion e o Escuro
Tabby McTat
Yuck!

Foto: Divulgação/Universal Pictures.

Prêmio APCA 2024: conheça os indicados nas categorias de cinema

por: Cinevitor
Matheus Nachtergaele em O Auto da Compadecida 2: indicado 

A APCA, Associação Paulista de Críticos de Arte, existe desde 1973. Sua base surgiu em 1951, contando exclusivamente como uma premiação teatral. Mais de 20 anos depois, uma reestruturação redefiniu seu alcance para todas as formas de arte.

Cada grupo de críticos se reúne para escolher os melhores de cada ano, sendo que, por escolha própria, dois desses grupos também anunciam um grupo de indicados semanas antes do resultado final; são eles: Teatro e Televisão. A partir de 2024, o segmento Cinema seguirá seus colegas de palco e telinha em prol de também garantir um grau ainda maior de expectativa natural que cerca nossos resultados.

Juntos, os membros Flavia Guerra, Francisco Carbone, Luiz Carlos Merten e Orlando Margarido organizaram esse grupo de indicados à versão 2024 da premiação, que terá resultados divulgados no dia 13 de janeiro de 2025, em todas as categorias; a premiação acontecerá ainda no primeiro semestre em data a ser anunciada.

A decisão foi discutida pelos membros nesta semana, decidindo que era hora do segmento se envolver ainda mais com a indústria, pois vê nessa decisão também uma forma de alavancar, ainda que em seu lugar, barulho para provocar discussões e reflexões. Para que, assim, exista mais uma maneira de alavancar e prestigiar a arte que emprega e representa tantos, com mais diversidade, de todas as formas. Assim sendo, espera-se garantir a visibilidade de bem mais que sete títulos no ano (o número de troféus) abraçando um grupo bem mais amplo.

“Esperamos, com isso, fortalecer o prêmio com a decisão, agregando expectativa no setor. Em momento agridoce, onde uma produção bate recordes de bilheteria enquanto a maior parte do circuito ainda amarga resultados injustos nas salas de cinema, a lista de indicados aos melhores do ano em Cinema pela APCA tem o doce e humilde desejo de tentar ser mais uma, entre tantas iniciativas, a apoiar e reverberar nossa cinematografia”, disse Carbone, que foi o organizador da ideia original, trazendo esse debate primeiramente ao grupo e abriu os trabalhos juntos aos colegas.

“Com essa lista, destacamos filmes que merecem nossa atenção, para além dos já tradicionais vencedores do ano, pois a nossa produção tem sido cada vez mais prolífica e diversa, como a própria lista mostra; valorizar toda uma safra, é isso que pretendemos”, completou Guerra

“Pensamos ainda, porquê não, no futuro, abrir discussões em dois momentos do ano, como no teatro. Nos reunirmos para debater a temporada, tanto em julho quanto em dezembro, e assim promover ainda mais justiça entre a imensa quantidade de títulos lançados no país”, reitera Margarido.

Conheça os finalistas ao Prêmio APCA 2024 nas categorias de Cinema:

FILME
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
Estranho Caminho
, de Guto Parente
Greice, de Leonardo Mouramateus
Malu, de Pedro Freire 
O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges

DOCUMENTÁRIO
A Flor do Buriti, de João Salaviza e Renée Nader Messora
Amanhã, de Marcos Pimentel 
Antonio Candido, Anotações Finais, de Eduardo Escorel 
Fausto Fawcett na Cabeça, de Victor Lopes 
Fernanda Young: Foge-me ao controle, de Susanna Lira
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos
Salão de Baile, de Juru e Vitã

DIREÇÃO
André Novais Oliveira, por O Dia que te Conheci
Eduardo Escorel, por Antonio Candido, Anotações Finais
Juliana Rojas, por Cidade; Campo
Marcelo Gomes, por Retrato de um Certo Oriente
Susanna Lira, por Fernanda Young: Foge-me ao Controle
Walter Salles, por Ainda Estou Aqui

ROTEIRO
Ainda Estou Aqui, escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega
Greice, escrito por Leonardo Mouramateus
O Auto da Compadecida 2, escrito por Guel Arraes, João Falcão, Adriana Falcão e Jorge Furtado
O Dia que te Conheci, escrito por André Novais Oliveira
Retrato de um Certo Oriente, escrito por Marcelo Gomes, Maria Camargo e Gustavo Campos
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, escrito por Haroldo Borges e Paula Gomes

ATRIZ 
Denise Weinberg, por A Metade de Nós
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui
Grace Passô, por O Dia que te Conheci
Maria Bomani, por Bandida: A Número Um
Mirella Façanha, por Cidade; Campo
Yara de Novaes, por Malu

ATOR
Bruno Jefferson, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro
Démick Lopes, por A Filha do Palhaço
Fabio Assunção, por Motel Destino
Matheus Nachtergaele, por Mais Pesado é o Céu e O Auto da Compadecida 2
Renato Novaes, por O Dia que te Conheci
Selton Mello, por Ainda Estou Aqui e O Auto da Compadecida 2

Foto: Laura Campanella.

45º London Critics’ Circle Film Awards: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é indicado

por: Cinevitor
Antonio Saboia, Fernanda Torres e Olivia Torres em Ainda Estou Aqui

Fundada em 1913, a associação The Critics’ Circle conta com os principais críticos do Reino Unido que se dividem entre teatro, música, filme, dança, artes visuais e livros. Desde 1980, acontece o London Critics’ Circle Film Awards, prêmio que elege os melhores da sétima arte.

Os indicados desta 45ª edição foram anunciados nesta quinta-feira, 19/12, e os filmes Anora, de Sean Baker, e O Brutalista, dirigido por Brady Corbet, lideram a lista com sete indicações cada. Os vencedores serão anunciados no dia 2 de fevereiro de 2025, no May Fair Hotel, em Londres, em cerimônia apresentada pelo crítico de cinema Mark Kermode.

Neste ano, o cinema brasileiro marca presença com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na categoria de melhor filme estrangeiro do ano. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. 

Conheça os indicados do 45º London Critics’ Circle Film Awards:

FILME DO ANO
A Substância
Anora
Conclave
Emilia Pérez
Kneecap: Música e Liberdade
La Chimera
Nickel Boys
Nosferatu
O Brutalista
Tudo que Imaginamos como Luz

FILME ESTRANGEIRO DO ANO
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
Kneecap: Música e Liberdade, de Rich Peppiatt (Irlanda/Reino Unido)
La chimera, de Alice Rohrwacher (Itália)
Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia (Índia/EUA/França)

DOCUMENTÁRIO DO ANO
Dahomey, de Mati Diop
Feito na Inglaterra: Os Filmes de Powell e Pressburger, de David Hinton
Grand Theft Hamlet, de Sam Crane e Pinny Grylls
No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra e Hamdan Ballal
Super/Man: A História de Christopher Reeve, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui

ANIMAÇÃO DO ANO
Divertida Mente 2, de Kelsey Mann
Flow, de Gints Zilbalodis
Memórias de um Caracol, de Adam Elliot
Robô Selvagem, de Chris Sanders
Wallace & Gromit: Avengança, de Merlin Crossingham e Nick Park

FILME BRITÂNICO OU IRLANDÊS DO ANO | PRÊMIO ATTENBOROUGH
Bird, de Andrea Arnold
Conclave, de Edward Berger
Hard Truths, de Mike Leigh
Kneecap: Música e Liberdade, de Rich Peppiatt
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra, de Rose Glass

DIREÇÃO DO ANO
Brady Corbet, por O Brutalista
Coralie Fargeat, por A Substância
Denis Villeneuve, por Duna: Parte Dois
RaMell Ross, por Nickel Boys
Sean Baker, por Anora

ROTEIRISTA DO ANO
Brady Corbet e Mona Fastvold, por O Brutalista
Coralie Fargeat, por A Substância
Jesse Eisenberg, por A Verdadeira Dor
Peter Straughan, por Conclave
Sean Baker, por Anora

ATRIZ DO ANO
Demi Moore, por A Substância
Marianne Jean-Baptiste, por Hard Truths
Mikey Madison, por Anora
Nicole Kidman, por Babygirl
Saoirse Ronan, por The Outrun

ATOR DO ANO
Adrien Brody, por O Brutalista
Colman Domingo, por Sing Sing
Daniel Craig, por Queer
Ralph Fiennes, por Conclave
Timothée Chalamet, por Um Completo Desconhecido

ATRIZ COADJUVANTE DO ANO
Danielle Deadwyler, por Piano de Família
Isabella Rossellini, por Conclave
Margaret Qualley, por A Substância
Michele Austin, por Hard Truths
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

ATOR COADJUVANTE DO ANO
Denzel Washington, por Gladiador 2
Guy Pearce, por O Brutalista
Jeremy Strong, por O Aprendiz
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
Yura Borisov, por Anora

REVELAÇÃO DO ANO
Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
Maisy Stella, por Meu Eu do Futuro
Marisa Abela, por Back to Black
Mikey Madison, por Anora
Nykiya Adams, por Bird

INTERPRETAÇÃO DO ANO | ATOR ou ATRIZ BRITÂNICO/IRLANDÊS
Cynthia Erivo, por Drift e Wicked
Josh O’Connor, por La Chimera, Rivais e Lee
Marianne Jean-Baptiste, por O Livro de Clarence e Hard Truths
Nicholas Hoult, por Jurado Nº 2, Nosferatu e The Order
Saoirse Ronan, por Blitz e The Outrun

ATOR/ATRIZ JOVEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO
Alisha Weir, por Abigail, Buffalo Kids: Uma Aventura na América, Wicked e Pequenas Cartas Obscenas
Dan Hough, por Não Fale o Mal
Elliott Heffernan, por Blitz
Nykiya Adams, por Bird
Raffey Cassidy, por O Brutalista e O Menino e o Mestre

CINEASTA BRITÂNICO/IRLANDÊS REVELAÇÃO DO ANO | PRÊMIO PHILIP FRENCH
Amy Liptrot, por The Outrun
Dev Patel, por Fúria Primitiva
Luna Carmoon, por Hoard
Naqqash Khalid, por In Camera
Rich Peppiatt, por Kneecap: Música e Liberdade

CURTA-METRAGEM BRITÂNICO/IRLANDÊS DO ANO
Iranian Yellow Pages, de Anna Snowball
Karavidhe, de Eoin Doran
Push, de Elly Condron
Wander to Wonder, de Nina Gantz
We Beg to Differ, de Ruairi Bradley

TECHNICAL ACHIEVEMENT AWARD
A Substância, por Stéphanie Guillon e Pierre-Olivier Persin (maquiagem)
Anora, por Manny Siverio, Christopher Colombo e Roberto Lopez (dublês)
Conclave, por Nick Emerson (editor)
Duna: Parte Dois, por Paul Lambert (efeitos visuais)
Emilia Pérez, por Clément Ducol e Camille (música)
Nickel Boys, por Jomo Fray (fotografia)
Nosferatu, por Jarin Blaschke (fotografia)
O Brutalista, por Judy Becker (designer de produção)
Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, por Angus Bickerton (efeitos visuais)
Um Completo Desconhecido, por Arianne Phillips (figurinista)

Foto: Divulgação/VideoFilmes/Sony Pictures Classics.

Prêmio Goya 2025: Ainda Estou Aqui está na disputa pelo Oscar espanhol

por: Cinevitor
Fernanda Torres e Valentina Herszage no brasileiro Ainda Estou Aqui

A Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha realiza, desde 1987, o Prêmio Goya, ou Premios Goya no original, evento que elege os melhores filmes e profissionais do cinema e é conhecido como o Oscar espanhol.

Nesta quarta-feira, 18/12, a atriz Natalia de Molina e o ator Álvaro Cervantes anunciaram os indicados da 39ª edição da premiação, que acontecerá no dia 13 de janeiro de 2025, em Madri, em cerimônia que será apresentada pelas atrizes Maribel Verdú e Leonor Watling.

O drama biográfico El 47, de Marcel Barrena, lidera a lista com 14 indicações; o suspense La infiltrada, dirigido por Arantxa Echevarría, aparece na sequência com 13 indicações, entre elas, melhor filme e melhor direção

O Brasil está na disputa com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na categoria de melhor filme ibero-americano. Com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco, o longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. 

Nesta 39ª edição, a atriz espanhola Aitana Sánchez-Gijón será homenageada com o Goya de Honor. Indicada ao Goya de melhor atriz coadjuvante por Mães Paralelas, de Pedro Almodóvar, ela também se destacou em Caminhando nas Nuvens, A Lei da Fronteira, Dobro ou Nada, Havanera 1820, A Camareira do Titanic, Yerma, Celos, Volavérunt, La regenta, La huella del crimen, Algo Vai Acontecer, Boca a Boca, Estoy Vivo, O Operário, Viento de cólera, Espinas, Oviedo Express, La carta esférica, entre outros.

Conheça os indicados ao Prêmio Goya 2025:

MELHOR FILME
Casa en flames
El 47
La estrella azul
La infiltrada
Segundo premio

MELHOR DIREÇÃO
Aitor Arregi e Jon Garaño, por Marco
Arantxa Echevarría, por La infiltrada 
Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, por Segundo premio
Paula Ortiz, por A Virgem Vermelha
Pedro Almodóvar, por O Quarto ao Lado

MELHOR DIREÇÃO ESTREANTE
Javier Macipe, por La estrella azul
Miguel Faus, por Calladita
Paz Vega, por Rita
Pedro Martín-Calero, por El llanto
Sandra Romero, por Por donde pasa el silencio

MELHOR ATOR
Alberto San Juan, por Casa en flames
Alfredo Castro, por Polvo serán
Eduard Fernández, por Marco
Urko Olazabal, por Soy Nevenka
Vito Sanz, por Volveréis

MELHOR ATRIZ
Carolina Yuste, por La infiltrada
Emma Vilarasau, por Casa en flames
Julianne Moore, por O Quarto ao Lado
Patricia Lopez Arnaiz, por Los destellos
Tilda Swinton, por O Quarto ao Lado

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Antonio de la Torre, por Los destellos
Enric Auquer, por Casa en flames
Luis Tosar, por La infiltrada
Óscar de la Fuente, por La casa
Salva Reina, por El 47

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Aixa Villagrán, por A Virgem Vermelha
Clara Segura, por El 47
Macarena García, por Casa en flames
Maria Rodríguez Soto, por Casa en flames
Nausicaa Bonnín, por La infiltrada

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Casa en flames, escrito por Eduard Sola
El 47, escrito por Alberto Marini e Marcel Barrena
La estrella azul, escrito por Javier Macipe
La infiltrada, escrito por Amèlia Mora e Arantxa Echevarría
Marco, escrito por Aitor Arregi, Jon Garaño, Jorge Gil Munarriz e Jose Mari Goenaga 

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
La casa, escrito por Álex Montoya e Joana M. Ortueta
Los destellos, escrito por Pilar Palomero
O Quarto ao Lado, escrito por Pedro Almodóvar
Salve Maria, escrito por Mar Coll e Valentina Viso
Soy Nevenka, escrito por Iciar Bollain e Isa Campo

ATOR REVELAÇÃO
Cristalino, por Segundo premio
Cuti Carabajal, por La estrella azul
Daniel Ibáñez, por Segundo premio
Óscar Lasarte, por ¿Es el enemigo? La película de Gila
Pepe Lorente, por La estrella azul

ATRIZ REVELAÇÃO
Laura Weissmahr, por Salve Maria
Lucía Veiga, por Soy Nevenka
Mariela Carabajal, por La estrella azul
Marina Guerola, por Los destellos
Zoe Bonafonte, por El 47

MELHOR DIREÇÃO DE PRODUÇÃO
A Virgem Vermelha, por Kati Martí Donoghue
Casa en flames, por Laia Gómez
El 47, por Carlos Apolinario
La infiltrada, por Axier Pérez Serrano
Segundo premio, por Carlos Amoedo

MELHOR FOTOGRAFIA
El 47, por Isaac Vila
La infiltrada, por Javier Salmones
O Quarto ao Lado, por Edu Grau 
Segundo premio, por Takuro Takeuchi
Soy Nevenka, por Gris Jordana

MELHOR MONTAGEM
El 47, por Nacho Ruiz Capillas
La estrella azul, por Javier Macipe e Nacho Blasco 
La infiltrada, por Victoria Lammers
Los pequeños amores, por Fernando Franco 
Segundo premio, por Javi Frutos 

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Virgem Vermelha, por Javier Alvariño
El 47, por Marta Bazaco
O Quarto ao Lado, por Inbal Weinberg
Segundo premio, por Pepe Domínguez del Olmo 
Volveréis, por Miguel Ángel Rebollo

MELHOR FIGURINO
A Virgem Vermelha, por Arantxa Ezquerro 
Disco, Ibiza, Locomía, por Ester Palaudàries e Vinyet Escobar 
El 47, por Irantzu Ortiz e Olga Rodal 
O Quarto ao Lado, por Bina Daigeler 
Segundo premio, por Lourdes Fuentes 

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Virgem Vermelha, por Eli Adánez e Paco Rodríguez Frías 
El 47, por Karol Tornaría
La infiltrada, por Patricia Rodríguez e Tono Garzón 
Marco, por Karmele Soler, Sergio Pérez Berbel e Nacho Díaz
O Quarto ao Lado, por Morag Ross e Manolo García

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
A Menina e o Dragão, por Arturo Cardelús 
El 47, por Arnau Bataller
La infiltrada, por Fernando Velázquez
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias 
Verano en diciembre, por Sergio de la Puente

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
El borde del mundo, por Valeria Castro (El 47)
La Virgen Roja, por Maria Arnal (A Virgem Vermelha)
Los Almendros, por Antón Álvarez e Yerai Cortés (La guitarra flamenca de Yerai Cortés)
Love is the worst, por Alondra Bentley e Isaki Lacuesta (Segundo premio)
Show me, por Fernando Velázquez (Buffalo Kids: Uma Aventura na América)

MELHOR SOM
A Virgem Vermelha, por Coque F. Lahera, Álex F Capilla e Nacho Royo-Villanova 
La estrella azul, por Amanda Villavieja, Joaquín Rajadel, Víctor R. Puertas, Mayte Cabrera e Nicolas de Poulpiquet 
La infiltrada, por Fabio Huete, Jorge Castillo Ballesteros, Miriam Lisón e Mayte Cabrera
O Quarto ao Lado, por Sergio Bürmann, Anna Harrington e Marc Orts
Segundo premio, por Diana Sagrista, Eva Valiño, Alejandro Castillo e Antonin Dalmasso 

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS
A Menina e o Dragão, por Li Xin
A Virgem Vermelha, por Raúl Romanillos e Juanma Nogales
El 47, por Laura Canals e Iván López Hernández
La infiltrada, por Mariano García Marty, Jon Serrano e Juliana Lasunción 
Marco, por Jon Serrano, Mariano García Marty e David Heras

MELHOR ANIMAÇÃO
A Menina e o Dragão, de Jianping Li e Salvador Simó
Buffalo Kids: Uma Aventura na América, de Juan Jesús García Galocha e Pedro Solís García
Mariposas Negras, de David Baute
Rock Bottom, de María Trénor 
SuperKlaus, de Steve Majaury e Andrea Sebastiá

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Domingo Domingo, de Laura García Andreu
La guitarra flamenca de Yerai Cortés, de C. Tangana
Marisol, llámame Pepa, de Blanca Torres
Mi hermano Ali, de Paula Palacios
Você Não Está Sozinha: A Luta Contra La Manada, de Robert Bahar e Almudena Carracedo

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Agarra-me Forte (Agarrame fuerte), de Ana Guevara e Leticia Jorge (Uruguai)
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
El Jockey, de Luis Ortega (Argentina)
Memorias de un cuerpo que arde, de Antonella Sudasassi (Costa Rica/Espanha)
No Lugar da Outra (El Lugar de la Otra), de Maite Alberdi (Chile)

MELHOR FILME EUROPEU
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
Flow, de Gints Zilbalodis (Letônia)
La chimera, de Alice Rohrwacher (Itália)
O Conde de Monte Cristo, de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte (França)
Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido)

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
Betiko gaua (La noche eterna), de Eneko Sagardoy
Cuarentena, de Celia de Molina
El Trono, de Lucía Jiménez
La gran obra, de Àlex Lora
Mamántula, de Ion de Sosa

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Ciao Bambina, de Afioco Gnecco e Carolina Yuste
Els Buits, de Isa Luengo, Marina Freixa Roca e Sofía Esteve
Las novias del sur, de Elena López Riera
Los 30 (no) son los nuevos 20, de Juan Vicente Castillejo Navarro
Semillas de Kivu, de Carlos Valle e Néstor López

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Cafunè, de Carlos Fernández de Vigo e Lorena Ares
El cambio de rueda, de Begoña Arostegui
La mujer ilustrada, de Isabel Herguera
Lola, Lolita, Lolaza, de Mabel Lozano
Wan, de Víctor Monigote

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

Oscar 2025 anuncia semifinalistas; Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, segue na disputa

por: Cinevitor
Fernanda Montenegro em Ainda Estou Aqui: na disputa pela estatueta dourada

A AMPAS, Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, divulgou, nesta terça-feira, 17/12, uma lista com os pré-selecionados para o Oscar 2025 em dez categorias, entre elas, melhor filme internacional, antes conhecida como melhor filme estrangeiro.

Neste ano, o Brasil segue na disputa pela estatueta dourada com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que se destaca entre os 15 semifinalistas. Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza deste ano e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, o filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa, que já alcançou mais de dois milhões de espectadores nos cinemas, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil.

O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

Vale lembrar que, até então, a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil, também de Walter Salles e com Fernanda Montenegro; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

Para esta 97ª edição, 85 países foram classificados. Os finalistas serão revelados no dia 17 de janeiro de 2025 e a cerimônia acontecerá no dia 2 de março, no Dolby Theatre, em Hollywood, com apresentação de Conan O’Brien.

Confira a lista com os quinze semifinalistas ao Oscar 2025 de melhor filme internacional:

ALEMANHA: A Semente do Fruto Sagrado, de Mohammad Rasoulof
BRASIL: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
CANADÁ: Linguagem Universal (Une langue universelle), de Matthew Rankin
DINAMARCA: A Garota da Agulha (Pigen med nålen/The Girl with the Needle), de Magnus von Horn
FRANÇA: Emilia Pérez, de Jacques Audiard
IRLANDA: Kneecap, de Rich Peppiatt
ISLÂNDIA: Snerting (Touch), de Baltasar Kormákur
ITÁLIA: Vermiglio, de Maura Delpero
LETÔNIA: Straume (Flow), de Gints Zilbalodis
NORUEGA: Armand, de Halfdan Ullmann Tøndel
PALESTINA: From Ground Zero, de Aws Al-Banna, Ahmed Al-Danf, Basil Al-Maqousi, Mustafa Al-Nabih, Muhammad Alshareef, Ala Ayob, Bashar Al Balbisi, Alaa Damo, Awad Hana, Ahmad Hassunah, Mustafa Kallab, Satoum Kareem, Mahdi Karera, Rabab Khamees, Khamees Masharawi, Wissam Moussa, Tamer Najm, Abu Hasna Nidaa, Damo Nidal, Mahmoud Reema, Etimad Weshah e Islam Al Zrieai
REINO UNIDO: Santosh, de Sandhya Suri
REPÚBLICA CHECA: Waves (Vlny), de Jiří Mádl
SENEGAL: Dahomey, de Mati Diop
TAILÂNDIA: How to Make Millions Before Grandma Dies (หลานม่า), de Pat Boonnitipat

*Clique aqui e confira as listas completas com os pré-selecionados.

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

Festival de Roterdã 2025: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges: filme brasileiro selecionado

O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), que acontece na Holanda, é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficas dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, há também espaço para nomes consagrados, retrospectivas e programas temáticos.

A 54ª edição acontecerá entre os dias 30 de janeiro e 9 de fevereiro de 2025 e o filme de abertura será a comédia policial Fabula, do cineasta holandês Michiel ten Horn; o encerramento será This City Is a Battlefield (Perang Kota), da diretora indonésia Mouly Surya. Além disso, o diretor de fotografia Lol Crawley, de O Brutalista e indicado ao BAFTA por The Crimson Petal and the White, será homenageado com o Robby Müller Award, que destaca anualmente um excelente criador de imagens no estilo do falecido diretor de fotografia holandês que dá nome ao prêmio.

Neste ano, o cinema brasileiro ganha destaque com diversos títulos. A mostra Short & Mid-length traz os curtas: Fale a ela o que me aconteceu, de Pethrus Tibúrcio; Quem se move, de Stephanie Ricci; Tragédia, de Bernardo Zanotta, uma coprodução entre Holanda, Brasil e França; e Bisagras, de Luis Arnías, uma coprodução entre Estados Unidos, Senegal e Brasil.

Na mostra Harbour, destaque para o longa Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. O filme acompanha a trajetória de Dora, interpretada por Sinara Teles, uma mulher que percorre as estradas de uma região mineradora em busca de trabalho e de um pedaço de terra que pertenceu à sua mãe. O elenco conta também com Carlos Francisco, Tony Stark, Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia de Ouro Preto, Hélio Ricardo, Andréia Quaresma, Elba Rocha, Rafael Botero, Docy Moreira, Kelly Crifer, Amora Ferreira Giorni e Lenine Martins.

O Brasil segue na programação com o aclamado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na mostra Limelight, com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco; ¡Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri, uma coprodução com a Argentina e a Espanha, na Big Screen Competition; e Levante, de Lillah Halla, premiado na edição passada, na mostra Education. O português Grand Tour, de Miguel Gomes, que traz os brasileiros Marcos Pedroso e Thales Junqueira na direção de arte, também foi selecionado. 

O time de jurados desta 54ª edição será formado por: Yuki Aditya, Soheila Golestani, Winnie Lau, Peter Strickland e Andrea Luka Zimmerman na Tiger Competition, principal mostra do festival; Angela Haardt, Frank Sweeney e Yaoting Zhang na Tiger Short Competition; e Bero Beyer, Sara Rajaei, Dewi Reijs, Digna Sinke e Jia Zhao na Big Screen Competition.

Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2025:

TIGER COMPETITION

Bad Girl, de Varsha Bharath (Índia)
Blind Love, de Julian Chou (Taiwan)
Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia)
Guo Ran, de Li Dongmei (China)
Im Haus meiner Eltern, de Tim Ellrich (Alemanha)
L’arbre de l’authenticité, de Sammy Baloji (República Democrática do Congo/Bélgica)
La gran historia de la filosofía occidental, de Aria Covamonas (México)
Perla, de Alexandra Makarová (Áustria/Eslováquia)
Primeira pessoa do plural, de Sandro Aguilar (Portugal/Itália)
Tears in Kuala Lumpur, de Ridhwan Saidi (Malásia)
Vitrival: The Most Beautiful Village in the World, de Noëlle Bastin e Baptiste Bogaert (Bélgica)
Wind, Talk to Me, de Stefan Djordjevic (Sérvia/Eslovênia/Croácia)
Wondrous Is the Silence of My Master, de Ivan Salatić (Montenegro/Itália/França/Croácia/Sérvia)

BIG SCREEN COMPETITION

¡Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri (Argentina/Brasil/Espanha)
Back to the Family, de Sharunas Bartas (Lituânia/França/Polônia/Letônia)
Bad Painter, de Albert Oehlen (Alemanha/EUA)
De idylle, de Aaron Rookus (Holanda/Bélgica/Estônia)
Gowok: Javanese Kamasutra, de Hanung Bramantyo (Indonésia)
L’oro del Reno, de Lorenzo Pullega (Itália)
Macai, de Sun-J Perumal (Malásia)
Orenda, de Pirjo Honkasalo (Finlândia/Estônia/Suécia)
Our Father: The Last Days of a Dictator, de José Filipe Costa (Portugal)
Raptures, de Jon Blåhed (Suécia/Finlândia)
Soft Leaves, de Miwako Van Weyenberg (Bélgica)
The Assistant, de Wilhelm Sasnal e Anka Sasnal (Polônia/Reino Unido)
The Puppet’s Tale, de Suman Mukhopadhyay (Índia)
Yasuko, Songs of Days Past, de Negishi Kichitaro (Japão)

TIGER SHORT COMPETITION

A Metamorphosis, de Lin Htet Aung (Mianmar)
Baby Blue Benzo, de Sara Cwynar (EUA/Alemanha)
BAN♡ITS, de Omar Chowdhury (Bélgica/Bangladesh/Coreia do Sul)
Bury Us in a Lone Desert, de Nguyễn Lê Hoàng Phúc (Vietnã)
Capitol Limited, de Lily Ekimian Ragheb e Ahmed T. Ragheb (EUA)
Common Pear, de Gregor Božič (Eslovênia/Reino Unido)
Empty Rider, de Lawrence Lek (Suíça/Reino Unido)
Hepingli Playthrough, de Zheng Yuan (China)
I Wan’na Be Like You, de Margit Lukács e Persijn Broersen (Holanda/França/Bélgica/Reino Unido/Alemanha)
La durmiente, de Maria Inês Gonçalves (Portugal/Espanha)
Les rites de passage, de Florian Fischer e Johannes Krell (Alemanha)
Memory Is an Animal, It Barks with Many Mouths, de Eva Giolo (Bélgica/Itália)
Merging Bodies, de Adrian Paci (Itália)
Now, Hear Me Good, de Dwayne LeBlanc (EUA)
Suspicions About the Hidden Realities of Air, de Sam Drake (EUA)
Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia)
The Garden of Electric Delights, de Billy Roisz (Áustria)
The Rock Speaks, de Amy Louise Wilson e Francois Knoetze (África do Sul/Espanha)
Things Hidden Since the Foundation of the World, de Kevin Walker e Irene Zahariadis (Grécia/EUA)
World at Stake, de Susanna Flock, Adrian Jonas Haim e Jona Kleinlein (Áustria)

*Clique aqui e confira a seleção completa

Foto: Bianca Aun.

Festival de Berlim 2025 anuncia os primeiros títulos; filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Gabriel Faryas e Henrique Barreira em Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher

A 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro de 2025, acaba de anunciar os primeiros filmes selecionados para as mostras Panorama, Generation e Berlinale Special; outros títulos serão revelados em breve. 

Na mostra Panorama, que destaca o cinema internacional contemporâneo, ousado e não convencional, o Brasil ganha destaque com Ato Noturno, novo longa de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher; esta é a terceira participação da dupla no evento, que já exibiu anteriormente Beira-Mar e Tinta Bruta. Em comunicado oficial, disseram: “Estamos muito felizes com a estreia mundial de Ato Noturno na Berlinale, um evento pelo qual temos imenso carinho e gratidão. Agora, retornar ao festival com um filme tão especial e que marca um novo passo na nossa cinematografia, nos deixa profundamente emocionados e ansiosos. Mal podemos esperar para aquecer o inverno berlinense com as intensas noites de Ato Noturno”.

Protagonizado pelo ator revelação Gabriel Faryas, o filme é um suspense erótico que entrelaça desejo e performance em uma narrativa tensa e sensual sobre identidade e a constante gangorra entre o instinto de se render a ela e a pressão social para negá-la. A trama acompanha Matias, um ator em início de carreira que busca sua primeira grande chance ao estrelato em Porto Alegre, participando de um respeitado grupo de teatro. Quando a notícia de que uma grande série será rodada na cidade chega à trupe, a já saliente rivalidade entre o protagonista e seu colega de apartamento, Fabio, vivido por Henrique Barreira, se acirra. Mas Matias tem um obstáculo ainda mais desafiador se quiser conseguir o papel do galã: para ter uma chance de realizar seu sonho, o jovem terá que esconder parte de quem é e ceder às convenções de gênero.

Talvez em outro contexto a ambição prevalecesse diante da individualidade. No entanto, ao se envolver com Rafael, interpretado por Cirillo Luna, um político que vive um teatro à sua maneira, manter suas vontades em segredo se torna uma dinâmica tão opressora, quanto estimulante. Enfatizando as performances simbólicas e literais dos seus personagens, seja no palco, no sexo ou na dinâmica violenta das relações de poder, Ato Noturno coloca o espectador na posição de voyeur dos embates íntimos de cada um dos personagens com uma narrativa envolvente, que celebra a autodescoberta, a vulnerabilidade e a ousadia estilística.

“Há muito tempo exploramos o olhar e a performance como elementos centrais em nosso cinema. Com Ato Noturno, essa investigação permanece, mas os personagens se relacionam com esses elementos de uma nova maneira. Além disso, tínhamos o desejo de criar um suspense erótico, com toques de noir; um universo que acreditamos dialogar profundamente com o Brasil de hoje. Nesse processo, conseguimos construir tensão, brincar com corpos em movimento e explorar o erotismo em uma ambientação noturna, sedutora e perigosa”, analisou a dupla de diretores.

Produzido por Jessica Luz e Paola Wink e com distribuição da Vitrine Filmes, o longa conta também com Ivo Müller, Larissa Sanguiné, Kaya Rodrigues, Gabriela Greco e Antonio Czamanski. A direção de fotografia é de Luciana Baseggio, a montagem é de Germano de Oliveira e a direção de arte é de Manuela Falcão; Tiago Bello assina o desenho de som e mixagem e a trilha sonora original é de Thiago Pethit, Arthur Decloedt e Charles Tixier.

Com um programa abrangente de filmes contemporâneos que exploram as vidas e os mundos de crianças e adolescentes, a Berlinale Generation desfruta de uma posição única como instigadora de um cinema jovem que quebra convenções. Neste ano, os títulos selecionados oferecem uma variedade deslumbrante de linguagens cinematográficas. As obras fazem parte das mostras Generation Kplus e Generation 14plus, dois programas de competição que exibem um cinema internacional de última geração para o público jovem e para todos os outros.

O cinema brasileiro marca presença na Generation Kplus com A Natureza das Coisas Invisíveis, primeiro longa de Rafaela Camelo, que volta ao Festival de Berlim depois de apresentar, em 2023, o curta As Miçangas, codirigido por Emanuel Lavor. Sobre o novo filme: “A história se passa no Centro-Oeste brasileiro, região onde nasci e que me marcou profundamente. É um filme sobre duas meninas de 10 anos que acabam passando as férias num hospital. Meu desejo foi realizar um filme que mostrasse conflitos e dilemas da infância de forma leve, mas com a devida seriedade. A Generation, que é a sessão da Berlinale dedicada ao universo de crianças e adolescentes, é a estreia perfeita para um filme com essa pegada”, disse a diretora, que também assina o roteiro

Serena e Laura Brandão em A Natureza das Coisas Invisíveis

Antes mesmo de sua estreia em Berlim, o longa conquistou importantes prêmios e participou de seleções em laboratórios e festivais voltados a filmes em finalização. Entre os prêmios recebidos estão o WIP Paradiso no Ventana Sur (2024), o Prêmio Mistika no BrasilCineMundi (2024), o prêmio de melhor projeto de ficção no BAL-LAB do Festival Biarritz Amérique Latine e o prêmio de melhor roteiro de longa-metragem no Festival Cabíria de 2019. O filme também foi selecionado para o First Cut Lab e First Cut Lab+ no Karlovy Vary (2024), para o Curitiba Lab no Olhar de Cinema (2024), além de integrar o 10º BrLab e o 20º Produire au Sud.

A Natureza das Coisas Invisíveis é protagonizado pela pequena Glória, interpretada por Laura Brandão, uma menina de 10 anos que é obrigada a passar as férias no hospital onde sua mãe, vivida por Larissa Mauro, trabalha como enfermeira. Lá, ela conhece Sofia, papel de Serena, que acredita que a piora na saúde de sua bisavó está relacionada à internação no hospital. Apesar das diferenças, uma forte amizade surge entre as duas, trazendo conforto para enfrentarem juntas os desafios e dores desse momento.

Enquanto exploram o hospital e compartilham seus desejos de sair dali, Glória começa a lidar com sentimentos que parecem não ser inteiramente seus, desde que passou por um transplante de coração quando menor. Entre encontros e reflexões, a amizade das meninas é o fio condutor de uma jornada agridoce de crescimento, com contornos de realismo fantástico que envolvem o mistério dos sentimentos de Glória: “Conheci uma pessoa que tinha feito um transplante cardíaco, e ele me contou um pouco das sensações que ele teve desde que ganhou o novo coração. Hoje essa ideia inicial aparece de forma sutil, mas a questão que fica é a da vida e pós-vida, o que significa o luto ou viver uma segunda vez. Tudo apresentado por diversas perspectivas através de cada personagem”, disse a diretora

Com direção de fotografia de Francisca Sáez Agurto e distribuição da Vitrine Filmes, o elenco conta ainda com Camila Márdila e Aline Marta Martins. A produção é assinada por Daniela Marinho e Rebeca Gutiérrez Campos. A montagem é de Marina Kosa e Rafaela Camelo, a música original de Alekos Vuskovic e a edição e mixagem de som de Lucas Coelho. A direção de arte é assinada por Sarah Noda, o figurino por Rafaelly Godoy e a caracterização e efeitos por Ana Pieroni.

Além disso, o festival anunciou anteriormente que o consagrado cineasta Todd Haynes será o presidente do Júri Internacional desta edição; diretor de filmes como Longe do Paraíso, Carol, Não Estou Lá e Segredos de um Escândalo, foi premiado na Berlinale, em 1991, com seu filme de estreia: Poison, que levou o Teddy Award.

E mais: o drama Das Licht (The Light), dirigido por Tom Tykwer, de Corra, Lola, Corra, será o filme de abertura do 75ª Festival de Berlim. Em comunicado oficial, Tricia Tuttle, diretora do festival, disse: “Sabíamos assim que vimos Das Licht que queríamos que ele abrisse a 75ª Berlinale. Tom Tykwer encontra beleza e alegria em nosso mundo frequentemente fragmentado e desafiador, e captura magicamente a essência de nossa vida moderna na tela. É um grande prazer receber Tom de volta à Berlinale”.

Com Lars Eidinger, Nicolette Krebitz, Elke Biesendorfer, Julius Gause, Elyas Eldridge e Tala Al-Deen no elenco, o filme mostra o cotidiano de uma família de classe média alemã em um mundo que está girando rápido e se tornou instável: “Estou nas nuvens para abrir a Berlinale do ano que vem com Das Licht. A Berlinale é o festival da minha vida. A cidade é meu destino. Este filme é meu anseio”, disse o cineasta.

Conheça os primeiros filmes selecionados para o Festival de Berlim 2025:

PANORAMA

Ato Noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (Brasil)
Den stygge stesøsteren, de Emilie Blichfeldt (Noruega/Polônia/Suécia/Dinamarca)
Dreams in Nightmares, de Shatara Michelle Ford (EUA/Taiwan/Reino Unido)
Hjem kaere hjem, de Frelle Petersen (Dinamarca)
Lesbian Space Princess, de Emma Hough Hobbs e Leela Varghese (Austrália)
Peter Hujar’s Day, de Ira Sachs (EUA/Alemanha)
Sorda, de Eva Libertad (Espanha)
Welcome Home Baby, de Andreas Prochaska (Áustria/Alemanha)

PANORAMA DOKUMENTE

Bajo las banderas, el sol, de Juanjo Pereira (Paraguai/Argentina/EUA/França/Alemanha)
Die Möllner Briefe, de Martina Priessner (Alemanha)
Khartoum, de Anas Saeed, Rawia Alhag, Ibrahim Snoopy, Timeea M Ahmed e Phil Cox (Sudão/Reino Unido/Alemanha/Qatar)
Paul, de Denis Côté (Canadá)

GENERATION

Anngeerdardardor, de Christoffer Rizvanovic Stenbakken (Dinamarca/Groenlândia)

GENERATION KPLUS

A Natureza das Coisas Invisíveis, de Rafaela Camelo (Brasil/Chile)
Autokar, de Sylwia Szkiłądź (Bélgica/França)
Maya, donne-moi un titre, de Michel Gondry (França)
On a Sunday at Eleven, de Alicia K. Harris (Canadá)
Ornmol, de Marlikka Perdrisat (Austrália)
Space Cadet, de Eric (aka Kid Koala) San (Canadá)

GENERATION 14PLUS

Beneath Which Rivers Flow, de Ali Yahya (Iraque)
Daye: Seret Ahl El Daye, de Karim El Shenawy (Egito)
Fantas, de Halima Elkhatabi (Canadá)
I Agries Meres Mas, de Vasilis Kekatos (Grécia/França)
Ne réveillez pas l’enfant qui dort, de Kevin Aubert (Senegal/França/Marrocos)
Têtes Brûlées, de Maja Ajmia Yde Zellama (Bélgica)
Village Rockstars 2, de Rima Das (Índia/Singapura)
Zečji nasip, de Čejen Černić Čanak (Croácia/Lituânia/Eslovênia)

BERLINALE SPECIAL

Honey Bunch, de Madeleine Sims-Fewer e Dusty Mancinelli (Canadá)
Islands, de Jan-Ole Gerster (Alemanha)
Köln 75, de Ido Fluk (Alemanha/Polônia/Bélgica)

Fotos: Divulgação/Moveo Filmes/Avante Filmes/Vitrine Filmes.

Bruna Linzmeyer será homenageada na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Atriz catarinense será homenageada em Tiradentes

A 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, que acontecerá entre os dias 24 de janeiro e 1º de fevereiro de 2025, anunciou que a atriz Bruna Linzmeyer, um dos nomes mais representativos de sua geração, será a grande homenageada.

Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance. Nascida em Corupá, Santa Catarina, começou sua trajetória artística aos 16 anos quando se mudou para São Paulo para estudar teatro. Estreou na televisão em 2010, na série Afinal, o que Querem as Mulheres?, de Luiz Fernando Carvalho, e acumula papéis marcantes em novelas como Gabriela (2012), Amor à Vida (2013) e Pantanal (2022).

No cinema, Linzmeyer tem uma filmografia significativa, com filmes como Medusa (2023), de Anita Rocha da Silveira, e Cidade; Campo (2024), de Juliana Rojas. Para além dos longas, a sua filmografia chama a atenção por uma substantiva presença de filmes de curta-metragem, coisa rara para uma atriz já consagrada. Ela atuou em Alfazema, de Sabrina Fidalgo (2019), Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Eri Sarmet (melhor curta da Mostra Foco da 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes) e Se Eu Tô aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro (selecionado para a Mostra na 27ª edição).

A homenagem para Bruna Linzmeyer celebra não apenas sua trajetória como atriz, mas também o engajamento com um cinema inventivo, poético e provocador: “Ela não só é uma atriz talentosa, mas uma mulher de seu tempo, que se vincula às lutas e à criação de uma arte do prazer e da rebeldia. Artista de coragem e escolhas assertivas, Bruna soma carisma rebelde, uma fotogenia rara e um talento mutante a cada projeto que faz”, disse Francis Vogner dos Reis.

Além da presença de Bruna Linzmeyer, a Mostra vai promover um recorte de títulos com a atriz para ser exibido ao longo do evento em formato presencial e na plataforma on-line. Dentre os títulos, estão: O Vento Frio que a Chuva Traz, de Neville d’Almeida; Baby, de Marcelo Caetano; Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Eri Sarmet; Se Eu to Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro; e Alfazema, de Sabrina Fidalgo.

Maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão realizado no país, a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes acontecerá em formato on-line e presencial. Apresenta, exibe e debate, em edições anuais, o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais; uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

Foto: Clara Cosentino/Universo Produção.

Satellite Awards 2024: Ainda Estou Aqui e Fernanda Torres são indicados

por: Cinevitor
Fernanda Torres: indicada por sua atuação em Ainda Estou Aqui

Fundada em 1996, a International Press Academy é uma associação de mídia de entretenimento com membros votantes do mundo todo que atuam em jornais, TV, rádio, blogs e novas plataformas de mais de vinte países.

Com a intenção de honrar as excelências artísticas dos filmes, seriados, rádio e novas mídias, a IPA criou o Satellite Awards, antes conhecido como The Golden Satellite Awards, prêmio que elege os melhores da indústria do entretenimento em categorias diversas. As indicações são derivadas de exibições antecipadas em festivais de cinema em todo o mundo, bem como triagens de considerações enviadas a jornalistas.

Neste ano, em sua 29ª edição, o cinema brasileiro se destaca com Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, indicado nas categorias de melhor filme internacional e melhor atriz em drama para Fernanda Torres. Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza deste ano, o longa, inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, é estrelado também por Selton Mello e Fernanda Montenegro.

Além disso, O Brutalista, de Brady Corbet, lidera a lista com dez indicações, entre elas, melhor ator para Adrien Brody; Duna: Parte Dois, dirigido por Denis Villeneuve, aparece na sequência com nove indicações. Nas categorias televisivas, Bebê Rena, Pinguim, Disclaimer, Ripley, Mestres do Ar, Feud: Capote vs. The Swans, The Curse, Ninguém Quer, entre outras, se destacam.

Também foram revelados os homenageados deste ano: o engenheiro de som Simon Hayes, vencedor do Oscar por Os Miseráveis, receberá o Tesla Award; o cineasta espanhol F. Javier Gutiérrez, de La Espera, será honrado com o Auteur Award; o musical Wicked receberá o Make-Up Award e Twilight of the Warriors: Walled In receberá o Stunt Award; o cineasta mexicano Alejandro Monteverde, de Som da Liberdade e Cabrini, será homenageado com o Humanitarian Award; e Radha Mitchell, atriz australiana, receberá o Honorary Satellite Award.

Um dos principais objetivos do Satellite Awards é celebrar novos trabalhos de realizadores independentes estabelecidos e em desenvolvimento, dando-lhes acesso a um público maior no mundo todo. Os vencedores serão anunciados no dia 25 de janeiro de 2025 em Los Angeles.

Conheça os indicados nas categorias de cinema do 29º Satellite Awards:

MELHOR FILME | DRAMA
A Jovem e o Mar
Cabrini
Conclave
Duna: Parte Dois
Nickel Boys
O Brutalista
Sing Sing
The Order

MELHOR FILME | COMÉDIA OU MUSICAL
A Substância
A Verdadeira Dor
Anora
Assassino por Acaso
Ghostlight
Morte em LaRoy, Texas
Thelma
Wicked

MELHOR FILME INTERNACIONAL
A Garota da Agulha, de Magnus von Horn (Dinamarca)
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
La espera, de F. Javier Gutiérrez (Espanha)
Reinas, de Klaudia Reynicke (Suíça/Peru)
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Alemanha)
Waves (Vlny), de Jirí Mádl (República Tcheca)

MELHOR ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, de Kelsey Mann
Flow, de Gints Zilbalodis
Memórias de um Caracol, de Adam Elliot
Mobile Suit Gundam SEED Freedom, de Mitsuo Fukuda
Robô Selvagem, de Chris Sanders
Wallace & Gromit: Avengança, de Merlin Crossingham e Nick Park

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Dahomey, de Mati Diop
Elizabeth Taylor: As Fitas Perdidas, de Nanette Burstein
Eu Sou: Celine Dion, de Irene Taylor
No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra e Hamdan Ballal
O Centésimo Batalhão, de Laurent Bouzereau e Mark Herzog
Porcelain War, de Brendan Bellomo e Slava Leontyev
Sugarcane, de Emily Kassie e Julian Brave NoiseCat
Super/Man: A História de Christopher Reeve, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui

MELHOR DIREÇÃO
Brady Corbet, por O Brutalista
Denis Villeneuve, por Duna: Parte Dois
Edward Berger, por Conclave
Greg Kwedar, por Sing Sing 
RaMell Ross, por Nickel Boys
Sean Baker, por Anora

MELHOR ATRIZ | DRAMA
Angelina Jolie, por Maria Callas
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui
Lily-Rose Depp, por Nosferatu
Nicole Kidman, por Babygirl
Saoirse Ronan, por The Outrun
Tilda Swinton, por O Quarto ao Lado

MELHOR ATOR | DRAMA
Adrien Brody, por O Brutalista
Colman Domingo, por Sing Sing
Daniel Craig, por Queer
Hugh Grant, por Herege
Ralph Fiennes, por Conclave
Timothée Chalamet, por Um Completo Desconhecido

MELHOR ATRIZ | COMÉDIA OU MUSICAL
Cynthia Erivo, por Wicked
Demi Moore, por A Substância
June Squibb, por Thelma
Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
Mikey Madison, por Anora
Winona Ryder, por Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice

MELHOR ATOR | COMÉDIA OU MUSICAL
Glen Powell, por Assassino por Acaso
Jesse Eisenberg, por A Verdadeira Dor
John Magaro, por Morte em LaRoy, Texas
Keith Kupferer, por Ghostlight
Michael Keaton, por Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice
Ryan Gosling, por O Dublê

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana Grande, por Wicked
Danielle Deadwyler, por Piano de Família
Felicity Jones, por O Brutalista
Isabella Rossellini, por Conclave
Margaret Qualley, por A Substância
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Clarence Maclin, por Sing Sing
Denzel Washington, por Gladiador 2
Edward Norton, por Um Completo Desconhecido
Guy Pearce, por O Brutalista
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
Yura Borisov, por Anora

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Substância, escrito por Coralie Fargeat
A Verdadeira Dor, escrito por Jesse Eisenberg
Anora, escrito por Sean Baker
Hard Truths, escrito por Mike Leigh
O Brutalista, escrito por Brady Corbet e Mona Fastvold
The Seed of the Sacred Fig, escrito por Mohammad Rasoulof

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Conclave, escrito por Peter Straughan
Emilia Pérez, escrito por Jacques Audiard
Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes
O Quarto ao Lado, escrito por Pedro Almodóvar e Sigrid Nunez
Russian Consul, escrito por Vuk Draskovic e Miroslav Lekic
Sing Sing, escrito por Greg Kwedar e Clint Bentley

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Conclave, por Suzie Davies e Cynthia Sleiter
Duna: Parte Dois, por Patrice Vermette e Shane Vieau
Gladiador 2, por Arthur Max, Jille Azis e Elli Griff
Nosferatu, por Craig Lathrop e Beatrice Brentnerova
O Brutalista, por Judy Becker, Patricia Cuccia e Mercédesz Nagyváradi
Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales

MELHOR FOTOGRAFIA
Duna: Parte Dois, por Greig Fraser
Gladiador 2, por John Mathieson
Maria Callas, por Edward Lachman
Nickel Boys, por Jomo Fray
Nosferatu, por Jarin Blaschke
O Brutalista, por Lol Crawley

MELHOR FIGURINO
Blitz, por Jacqueline Durran
Duna: Parte Dois, por Jacqueline West
Gladiador 2, por Janty Yates
Maria Callas, por Massimo Cantini Parrini
Nosferatu, por Linda Muir
Wicked, por Paul Tazewell

MELHOR EDIÇÃO
Anora, por Sean Baker
Conclave, por Nick Emerson
Duna: Parte Dois, por Joe Walker
Emilia Pérez, por Juliette Welfling
Gladiador 2, por Sam Restivo e Claire Simpson
O Brutalista, por David Jancso

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Conclave, por Volker Bertelmann
Duna: Parte Dois, por Hans Zimmer
Emilia Pérez, por Clément Ducol e Camille
O Brutalista, por Daniel Blumberg
O Quarto ao Lado, por Alberto Iglesias
Robô Selvagem, por Kris Bowers

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
El Mal, por Clement Ducol, Camille e Jacques Audiard (Emilia Pérez)
Kiss the Sky, por Delacey, Jordan Johnson, Stefan Johnson, Maren Morris, Michael Pollack e Ali Tamposi (Robô Selvagem)
Mi Camino, por Clement Ducol e Camille (Emilia Pérez)
Never Too Late, por Elton John e Brandi Carlile (Elton John: Never Too Late)
The Journey, por Diane Warren (Batalhão 6888)
Winter Coat, por Nicholas Britell, Steve McQueen e Taura Stinson (Blitz)

MELHOR SOM | EDIÇÃO E MIXAGEM
Duna: Parte Dois
Emilia Pérez
Gladiador 2
Twisters
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Duna: Parte Dois
Gladiador 2
Mufasa: O Rei Leão
Planeta dos Macacos: O Reinado
Twilight of the Warriors: Walled In
Wicked

MELHOR ELENCO | FILME
Nosferatu

MELHOR ELENCO | SÉRIE
Feud: Capote vs. The Swans

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics.

45º Festival de Havana: filmes brasileiros são premiados

por: Cinevitor
João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro em Baby, de Marcelo Caetano

Foram anunciados neste sexta-feira, 13/12, os vencedores da 45ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, realizado pelo ICAIC, Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos.

O evento, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.

Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, são divididos em diversas categorias. O cinema brasileiro se destacou com diversas premiações: Baby, de Marcelo Caetano, recebeu Menção Especial na competição de longas de ficção. Entre os documentários, Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, levou o prêmio principal; Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia, uma coprodução entre Colômbia e Brasil, também foi premiada. Os curtas-metragens Amarela, de André Hayato Saito, e A Menina e o Pote, de Valentina Homem e Tati Bond, receberam o Prêmio Especial do Júri.

Além dos premiados, o Brasil também marcou presença com diversos títulos na programação: Motel Destino, de Karim Aïnouz, foi exibido em competição, assim como os curtas Castanho, de Adanilo, e Cidade by Motoboy, de Mariana Vita. Os documentários A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, e Carta a un Viejo Master, de Paz Encina, também estavam na disputa. Na mostra que destaca filmes de estreia de seus realizadores, o Brasil estava representado por: Enquanto o Céu Não me Espera, de Christiane Garcia; Manas, de Marianna Brennand; e El placer es mío, de Sacha Amaral, uma coprodução com Argentina e França.

As animações brasileiras também marcaram presença no festival cubano com os longas Aba e sua Banda, de Humberto Avelar; e O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho. Entre os curtas, foram exibidos: Check Mates, de Ana Carolina Clermann; Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta; O Cacto, de Ricardo Kump; e Tecnoeste, de Lucca Vendramel. Na mostra Otros Territorios, o Brasil apareceu com Cantos da Metamorfose ou Aquela vez em que eu Encarnei como Boto, de Ainá Xisto, uma coprodução com Portugal.

Na mostra En Perspectiva, fora de competição, foram exibidos diversos títulos brasileiros, como: os longas Alma Negra, do Quilombo ao Baile, de Flávio Frederico; Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim; Malu, de Pedro Freire; O Deserto de Akin, de Bernard Lessa; Os Enforcados, de Fernando Coimbra; e Obispo rojo, de Armando Francesco Taboada Tabone, uma coprodução com México, Argentina e Cuba. E os curtas: Carne Fresca, de Giovani Barros; Cavalo Marinho, de Leo Tabosa; Eu Não Sei Se vou Ter que Falar Tudo de Novo, de Vitória Fallavena e Thassilo Weber; e Vai pra Cuba, Eduardo!, de Juliana Baroni.

Em homenagem a Geraldo Sarno, que morreu em fevereiro de 2022, o festival exibiu Coronel Delmiro Gouveia, de 1978. Outras exibições especiais contaram com: A Cabeça Pensa Onde os Pés Pisam: Frei Betto e a Educação Popular, de Evanize Sydow; e Partido, de César Charlone, uma coprodução com o Uruguai.

Conheça os vencedores da 45ª edição do Festival de Havana:

FICÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: La Cocina, de Alonso Ruizpalacios (México/EUA)
Prêmio Especial do Júri: Pepe, de Nelson Carlo de los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/Alemanha/França)
Menção Especial: Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França/Holanda)
Melhor Atriz: Úrsula Corberó, por El jockey
Melhor Ator: Nahuel Pérez Biscayart, por El jockey
Melhor Direção: Luis Ortega, por El jockey
Melhor Roteiro: El ladrón de perros, escrito por Samm Haillay e Vinko Tomičić
Melhor Fotografia: La Cocina, por Juan Pablo Ramírez
Melhor Edição: La Cocina, por Yibrán Asuad
Melhor Som: La Cocina, por Javier Umpierrez
Melhor Trilha Sonora Original: La Invención de las Especies, por Ulises Hernández
Melhor Direção de Arte: El jockey, por Julia Freid e Germán Naglieri

DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa (Brasil)
Prêmio Especial do Júri: Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia/Brasil)

CURTAS e MÉDIAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme | Ficção: Fieras, de Andrés Felipe Ángel (Colômbia/EUA)
Prêmio Especial do Júri | Ficção: Amarela, de André Hayato Saito (Brasil)
Melhor Filme | Documentário: Tierra Encima, de Sebastián Duque (Colômbia)
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Baulera 12, de Mila Aráoz e Amarú Villanueva Rance (Bolívia/Reino Unido)

PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme de Estreia: Simón de la montaña, de Federico Luis Tachella (Argentina/Chile/Uruguai)
Prêmio Especial do Júri: Fenómenos naturales, de Marcos Díaz Sosa (Cuba/Argentina/França)
Prêmio Contribuição Artística: Sugar Island, de Johanné Gómez Terrero (República Dominicana/Espanha)

ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL

Melhor longa-metragem: Olivia & Las Nubes, de Tomás Pichardo-Espaillat (República Dominicana)
Melhor curta-metragem: Avel, de Daniel Marín (Argentina)
Prêmio Especial do Júri: A Menina e o Pote, de Valentina Homem e Tati Bond (Brasil)

OTROS TERRITORIOS | PRÊMIO CORAL

Melhor Filme: ¡Homofobia!, de Goyo Anchou (Argentina)
Prêmio Especial do Júri: La noche del minotauro, de Juliana Zuluaga Montoya (Colômbia)

OUTROS PRÊMIOS

Melhor Pôster: Los océanos son los verdaderos continentes, por Edel Rodríguez Mola
Prêmio La Burbuja | Melhor Edição de Som: O Monstro, de Helena Guerra (Brasil)
Prêmio Coral de pós-produção | Aracne e Tauro: Machado, de Julián Tagle (Argentina)
Prêmio de Asesoría de Tráiler | BoogieMan: O Monstro, de Helena Guerra (Brasil)
Melhor Roteiro Inédito: Tengo una hija en Harvard, escrito por Arturo Sotto
Prêmio SIGNIS: Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México)
Prêmio FIPRESCI: La Cocina, de Alonso Ruizpalacios (México/EUA)
Prêmio Arrecife: Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia/Brasil)
Prêmio Don Quijote: Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

27º Costume Designers Guild Awards: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Figurinistas

por: Cinevitor
Angelina Jolie em Maria Callas, de Pablo Larraín

Fundado em 1953, o Sindicato dos Figurinistas, Costume Designers Guild, começou com um grupo de 30 pessoas e hoje conta com mais de 900 membros. Desde 1999, realiza o CDG Awards, premiação anual que elege os melhores figurinos da TV e do cinema.

Na primeira edição do prêmio, Judianna Makovsky foi premiada por seu trabalho em Pleasantville: A Vida em Preto e Branco, que foi indicada ao Oscar, mas perdeu para Shakespeare Apaixonado. No ano passado, Holly Waddington, de Pobres Criaturas, levou o prêmio do Sindicato e também a estatueta dourada.

Os vencedores da 27ª edição serão anunciados no dia 6 de fevereiro no The Ebell of Los Angeles. Como de costume, a premiação também homenageia nomes relevantes do entretenimento, que serão revelados em breve.

Conheça os indicados ao Costume Designers Guild Awards 2025 nas categorias de cinema:

EXCELÊNCIA EM FILME CONTEMPORÂNEO
A Substância, por Emmanuelle Youchnovski
Conclave, por Lisy Christl
Emilia Pérez, por Virginie Montel
O Dublê, por Sarah Evelyn
Rivais, por Jonathan Anderson

EXCELÊNCIA EM FILME DE ÉPOCA
Gladiador 2, por Janty Yates e Dave Crossman
Maria Callas, por Massimo Cantini Parrini
Nosferatu, por Linda Muir
O Livro de Clarence, por Antoinette Messam
Saturday Night: A Noite que Mudou a Comédia, por Danny Glicker

EXCELÊNCIA EM FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA OU FANTASIA
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo, por Daniel Orlandi
Duna: Parte 2, por Jacqueline West
Furiosa: Uma Saga Mad Max, por Jenny Beavan
Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice, por Colleen Atwood
Wicked, por Paul Tazewell

Foto: Divulgação/Diamond Films.