Foram anunciados nesta terça-feira, 29/10, os indicados ao 34º Gotham Awards, um dos principais prêmios do cinema independente, organizado pelo Gotham Film & Media Institute, anteriormente IFP, Independent Filmmaker Project, que dá início à temporada de premiações.
Em comunicado oficial, Jeffrey Sharp, produtor cinematográfico e presidente do Gotham, disse: “Estamos orgulhosos em anunciar os indicados, que foram selecionados por comitês de indicação que trazem suas perspectivas independentes para o processo de seleção. As indicações deste ano celebram vozes de todo o mundo, incorporando a crescente aceitação do cinema internacional por públicos em todos os lugares”. A cerimônia de premiação desta 34ª edição acontecerá no dia 2 de dezembro, no Cipriani Wall Street, em Nova York.
Como a primeira grande cerimônia de premiação da temporada, o Gotham Awards reconhece e destaca filmes independentes, assim como seus roteiristas, diretores, produtores e atores. Os candidatos são selecionados por comitês de críticos de cinema, jornalistas e curadores de festivais. Júris distintos, compostos por roteiristas, diretores, atores, produtores e editores escolhem os vencedores.
Confira a lista completa com os indicados ao Gotham Awards 2024:
MELHOR FILME Anora, de Sean Baker Babygirl, de Halina Reijn Nickel Boys, de RaMell Ross Rivais, de Luca Guadagnino Um Homem Diferente, de Aaron Schimberg
MELHOR DIREÇÃO Guan Hu, por Black Dog Jane Schoenbrun, por Eu Vi o Brilho da TV Payal Kapadia, por Tudo que Imaginamos como Luz RaMell Ross, por Nickel Boys Sean Baker, por Anora
MELHOR DOCUMENTÁRIO Dahomey, de Mati Diop Intercepted, de Oksana Karpovych No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra, Hamdan Ballal e Rachel Szor Soundtrack to a Coup d’Etat, de Johan Grimonprez Sugarcane, de Julian Brave NoiseCat e Emily Kassie Union, de Stephen Maing e Brett Story
MELHOR FILME INTERNACIONAL Hard Truths, de Mike Leigh (Reino Unido/Espanha) Inside the Yellow Cocoon Shell, de Thien An Pham (Vietnã/Singapura/França/Espanha) Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia (França/Índia/Holanda/Luxemburgo) Vermiglio, de Maura Delpero (Itália/França/Bélgica) Zona de Exclusão, de Agnieszka Holland (Polônia/EUA/República Tcheca/França/Bélgica/Alemanha/Turquia)
MELHOR DIREÇÃO REVELAÇÃO Alessandra Lacorazza, por In the Summers India Donaldson, por Good One Mahdi Fleifel, por To a Land Unknown Shuchi Talati, por Girls Will Be Girls Vera Drew, por The People’s Joker
MELHOR ROTEIRO As Três Filhas, escrito por Azazel Jacobs Entre os Templos, escrito por Nathan Silver e C. Mason Wells Femme, escrito por Sam H. Freeman e Ng Choon Ping Janet Planet, escrito por Annie Baker O Mal Não Existe, escrito por Ryûsuke Hamaguchi
MELHOR ATUAÇÃO Adrien Brody, por O Brutalista Colman Domingo, por Sing Sing Demi Moore, por A Substância Justice Smith, por Eu Vi o Brilho da TV Keith Kupferer, por Ghostlight Marianne Jean-Baptiste, por Hard Truths Mikey Madison, por Anora Nicole Kidman, por Babygirl Pamela Anderson, por The Last Showgirl Saoirse Ronan, por Outrun
MELHOR ATUAÇÃO COADJUVANTE Adam Pearson, por Um Homem Diferente Brian Tyree Henry, por The Fire Inside Brigette Lundy-Paine, por Eu Vi o Brilho da TV Clarence Maclin, por Sing Sing Danielle Deadwyler, por Piano de Família Guy Pearce, por O Brutalista Katy O’Brian, por Love Lies Bleeding: O Amor Sangra Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor Natasha Lyonne, por As Três Filhas Yura Borisov, por Anora
ATUAÇÃO REVELAÇÃO Brandon Wilson, por Nickel Boys Izaac Wang, por Dìdi Lily Collias, por Good One Maisy Stella, por Meu Eu do Futuro Ryan Destiny, por The Fire Inside
A 19ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá entre os dias 5 e 11 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba, anunciou os curtas-metragens paraibanos selecionados para a mostra competitivaSob o Céu Nordestino.
Neste ano, foram dez filmes paraibanos selecionados e que disputarão o Troféu Aruanda: “Viva o cinema paraibano, que mostra sua força mais uma vez, agora, nessas dez produções que atestam a maneira corajosa em explorar temas espinhosos, como violência e os preconceitos de toda ordem no seio da família e na sociedade e a finitude da vida, em retratos comoventes sobre a morte e pertencimento. Os curtas-metragistas usam diversos dispositivos narrativos para dar conta de forma mais complexa desse manancial de histórias e temas. Cabe ainda salientar que a maior parte dos 10 curtas selecionados foram produzidos fora da capital, João Pessoa, oito curtas dos 10, foram feitos em cidades do interior da Paraíba, um marco”, disse, em comunicado oficial, o curador do Fest Aruanda, Amilton Pinheiro.
Lúcio Vilar, diretor e curador do festival, também comentou: “A produção curta-metragista paraibana mantém-se fiel à sua tradição histórica enquanto categoria de mais forte expressão audiovisual. Mais uma vez se justifica apostar numa mostra exclusiva só para curtas paraibanos, especialmente com presença hegemônica de filmes rodados no interior da Paraíba, demonstração indiscutível da descentralização da produção”.
Conheça os curtas paraibanos selecionados para o Fest Aruanda 2024:
A Menina da Serra, de Cleyson Gomes (Paulista) Areia, Memória e Cinema, de Letícia Damasceno (Areia) Breu, de Joilson Custódio (Bananeiras) Concha, de Pattrícia de Aquino (Campina Grande) Marilak, de Carlos Mosca (Campina Grande) Nua, de Fabi Melo (Campina Grande) O Sonho de Anu, de Vanessa Kypá (Itaporanga) Rita Não Anda Só, de Ary Régis Lima (Guarabira) Salvatério, de Dani L. (João Pessoa) Suspiro, de Nill Marcondes (João Pessoa)
Da junção de quatro consagrados eventos do cinema alagoano nasceu o Circuito Penedo de Cinema, que em 2024 chega à sua 14ª edição já consolidado no calendário brasileiro do audiovisual. O festival acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro.
Entre 1.100 filmes títulos inscritos, serão exibidos 63 curtas-metragens distribuídos em quatro mostras: Brasileiro, Universitária, Ambiental e Cinema Infantil. Segundo o coordenador geral do evento, Sérgio Onofre, a seleção foi feita a partir de quatro curadorias, sendo uma para cada mostra competitiva, que contou com a participação de especialistas na área: “As equipes que tiveram os filmes selecionados para esta edição devem festejar muito porque passaram por uma grande peneira. Ter um filme selecionado dentre mais de mil obras inscritas é de fato um belo motivo para se comemorar”.
O Circuito Penedo de Cinema 2024 faz uma homenagem ao cinema argentino, que assim como o Brasil, possui obras da sétima arte conhecidas mundialmente. A escolha se deu como apoio à história cinematográfica do país vizinho, que resiste como uma potência cultural. Produzida pela programadora visual Camila Fialho, a identidade visual traz o Sol de Maio, presente na bandeira argentina, assim como as linhas onduladas em azul celeste (clique aqui e confira).
Ano após ano, o Circuito Penedo se reinventa e busca abrir espaço para novas discussões, sempre reafirmando seu papel como instrumento para olhares e perspectivas sobre o vasto patrimônio audiovisual alagoano e nacional, em diálogo com a educação. Durante sete dias, a cidade histórica de Penedo, em Alagoas, receberá uma programação intensa e gratuita.
O festival se apresenta como lugar de resistência e luta diante das situações adversas para o campo da cultura no país. É nesse contexto de reafirmação do cinema nacional, de suas produções e da empregabilidade promovida pelo setor que o evento se faz ainda mais importante.
Conheça os filmes selecionados para o 14º Circuito Penedo de Cinema:
17º FESTIVAL DO CINEMA BRASILEIRO
A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE) América, do Sul, de Maria Clara Bastos (SP) Bença, de Manu Cappo (PR) Capturar o Fantasma, de Davi Mello (SP) Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur (AL) Do Tanto de Telha no Mundo, de Bruno Brasileiro (CE) Filhos da Noite, de Henrique Arruda (PE) Habito, de Fernando Santos (AL) Jussara, de Camila Ribeiro (BA) Mistérios do Nixipae, de Renato Libanoro e Mawa Pey Huni Kuî (AC) O Canto, de Isa Magalhães e Izabela Vitorio (AL) Peixe Vivo, de Bob Yang e Frederico Evaristo (SP) Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) Vão das Almas, de Edileuza Souza e Santiago Dellape (DF) Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)
14º FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO DE ALAGOAS
Apesar das Quebras, de Mark Nascimento (AL) CЯUA, de Ana Beatriz Campana e Luana Girotto (PR) Esse Navio Vai Afundar, de Luc da Silveira (PR) KM 100, de Lucas Ribeiro (SP) No Fim da Noite, de Simon Pereira (SP) No Meio do Campo, de Vinícius Menezes (CE) Número Errado, de Leonardo Marcini (MG) Penumbra, de Jonathan Aguiar (SP) Projeto de Doutorado.1, de Roseane Monteiro (AL) RHEUM, de Rayana França (BA)
11º FESTIVAL VELHO CHICO DE CINEMA AMBIENTAL
A Viagem de Jurema, de Vanessa Marrocos (PA) Águas Turvas, de Gabriel Panazio e Kleber Leão (RJ) Amazônia Chama, de Zefel Coff (DF) As Lavadeiras, de Vera Rocha Oliveira (AL) Bati da Vila, de Raquel Cardozo (RN) Cabeça de Fogo, de Lidiana Reis (GO) Correnteza, de Diego Müller e Pablo Müller (RS) Depois da Margem, de Rodrigo Guimarães Silva (MG) Diálogos Indígenas de Nosso Tempo, de Gustavo Guedes (RN) E o Vento do Norte, de Antonio Fargoni (PE) Eles Não Nos Deixam Ver o Sol, de Tota Fernandes (BA) Finas Paredes, de Andrômeda Oliveira e Brunno Magalhães (SP) Mulheres das Ilhas, de Caio Salles (RJ) Mulheres Maratimbas, de Thais Helena Leite (ES) O Bombeiro, de Mozart Albuquerque (PE) O Concurso de Mágica da Floresta, de Direção Coletiva (RJ) Privada, de Henrique Gorga e Daniel de Paula (SP) Quando Bento Era São, de Clementino Junior (RJ) Rebio Saltinho, de Thiago Ismael Hara (SP) Resistência, de Juraci Júnior (RO) Saberes do Velho Chico, de Juliana Perdigão e Odilon Amaral (MG) Terra Vista, de Pedro Aguiar Stropasolas e Noa Cykman (BA) Yabá, de Rodrigo Sena (RN)
14ª MOSTRA DE CINEMA INFANTIL
A Bola, de Brenda Maia (AL) A Menina Corina em: Quantos mundos Cabem em um Mundo?, de Luciellen de Castro Costa (DF) Agosto dos Ventos, de Paulo Henrique Antunes (MG) Até Onde as Pernas Durem, de Alisson Thiago do Nascimento (PR) Bicicleta Vermelha, de Rodolpho Pinotti (SP) Bolinhas de Gude, de Ricardo Rodrigues (SP) Brune Spike e a Batalha da Berinjela, de Caru Roelis (MT) Contos Mirabolantes: O Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha e Petronio Medeiros (PA) Dona Biu, de Gabriela Taulois (RJ) Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB) Lagrimar, de Paula Vanina (RN) Manu Sonha Com Onças, de Daniel Oliveira Garcia (RJ) Osmose, de Camilla Martinez (SP) Partiu Férias! Uma Viagem à Ilha da Barra, de Luana Almeida e Ana Malhado (AL) Quintal, de Mariana Netto (BA)
A 12ª edição do Festival Curta Brasília acontecerá entre os dias 12 e 15 de dezembro, no Cine Brasília, com diversos curtas-metragens e videoclipes na programação. O evento tem uma proposta inovadora e de qualidade unindo cinema, tecnologia, música, entre outras artes, se destacando como uma experiência única entre público, obras e artistas.
O festival premia os melhores curtas e videoclipes produzidos a partir de janeiro de 2023, em duas categorias: Mostra Nacional de curtas-metragens e Mostra Decibéis de Videoclipes. Durante quatro dias, o evento integra exibições de filmes nacionais e internacionais, espaço dedicado a experiências em realidade virtual, workshops, oficinas, mercado de economia criativa, intervenções e performances artísticas.
Neste ano, o Festival Curta Brasília recebeu 1.153 inscrições, que foram analisadas pelas comissões de curadoria, sob coordenação de Arthur B. Senra. Formada pelos profissionais André Novais de Oliveira, Tetê Mattos, Daiane Rosário e Amanda Porto, a curadoria da Mostra Nacional selecionou 30 produções; já para a Mostra Decibéis de Videoclipes, a curadoria, formada por André Gonzales e Marina Lima, selecionou 19 títulos.
Nesta edição, o tempo guiou o processo de seleção, juntamente com outros critérios que levaram em conta o conjunto dos filmes selecionados; o tempo em sua amplitude costura toda a programação. O tempo é fundamental na linguagem cinematográfica, enquanto duração e percepção, o cinema possibilita saltos e viagens no tempo, histórias que conseguem em minutos dilatar ou reduzir momentos da vida. Os filmes selecionados em suas diferentes propostas formais e narrativas, compõem sessões que viajam no tempo, seja nos sonhos, no futuro, no passado, na percepção do presente e das relações. A programação também será composta por outras mostras que ainda serão divulgadas.
O Festival Curta Brasília, por meio do Júri Oficial e do Júri Popular, concederá aos filmes vencedores o Troféu Curta Brasília, além do prêmio em dinheiro, nas seguintes categorias: Prêmio do Júri Oficial para o melhor curta-metragem da Mostra Nacional de Curtas: R$ 6.500,00; Prêmio do Júri Popular para o melhor curta-metragem da Mostra Nacional de Curtas: R$ 6.500,00; Prêmio do Júri Oficial para o melhor videoclipe na Mostra Decibéis de Videoclipes: R$ 2.500,00; Prêmio do Júri Popular para o melhor videoclipe na Mostra Decibéis de Videoclipes: R$ 2.500,00; Prêmio do Júri Popular infantil para o melhor curta-metragem da Mostra Calanguinho: R$ 1.500,00. Outras categorias também serão premiadas com o Troféu Curta Brasília, porém, sem prêmio em dinheiro.
Conheça os títulos selecionados para as mostras competitivas do 12º Festival Curta Brasília:
MOSTRA NACIONAL | CURTA-METRAGEM
A Borda da Vida, de Camila Bauer (RS) A Mulher Invisível, de R.B. Lima (PB) A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça (DF) A Vida dos Pombos, de João Paulo Freitas e Yago Guedes (MG) Aquela Mulher, de Marina Erlanger e Cristina Lago (RJ) As Marias, de Dannon Lacerda (MS) Boi de Conchas, de Daniel Barosa (SP) Caluim, de Marcos Alexandre (BA) Caravana da Coragem, de Pedro B. Garcia (DF) Carcinização, de Denis Souza (RS) Carlinha e André, de Ricky Mastro (SP) Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE) Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Dependências, de Luisa Arraes (RJ) Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ) Expresso Parador, de JV Santos (RJ) Expresso São Valentim, de Guilherme Ayres e Luiza Torres (SP) Fenda, de Lis Paim (CE) Mãri hi: A Árvore do Sonho, de Morzaniel Ɨramari (RR) Nicobé, de Jota Carmo (SP) Nosso Panfleto Seria Assim, de Leandro Olímpio (SP) Notas Sobre a Identidade, de Marisa Arraes (DF) O Tempo é um Pássaro, de Yasmin Thayná (RJ) O Último Rock, de Diego de Jesus (ES) Onde Está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz (PE) Oração a Vácuo, de Luis Calil (GO) Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL) Sereia, de Estevan de la Fuente (PR) Soneca e Jupa, de Rodrigo R. Meireles (MG) Utopia Muda, de Julio Matos (SP)
MOSTRA DECIBÉIS | VIDEOCLIPES
5 da manhã, de Djonga; dir.: Pam Martins (SP) Acelerado, de Cardamomo; dir.: Frederico Demin (RS) Anel (Nupcial), de STER; dir.: Felipe Thomaz, STER e Rafael Tex (RJ) Aranha, de Letrux; dir.: Sillas H e Vini Poffo (SC) Assim de Saúde, de SAMO; dir.: Felipe Reis e Agustin Mica (SC) Composto V, de O Curupira; dir.: Abú O Curupira (DF) Coração Geminiano, de Marlan; dir.: Tiko (SE) Eram os Deuses Astronautas, de O Hipertrópico; dir.: Paulo Doi (PR) Laguna Plena, de Rimon Guimarães e Tuyo; dir.: Carlon Hardt e Rimon Guimarães (PR) Me Libera, de Gaby Amarantos e Banda Uó; dir.: Dr1nho (SP) Memórias de um Carnaval Perdido, de Saci Wèrè; dir.: Gui Campos (DF) No Túnel, de Meyot; dir.: Jô Serfaty (SP) Oração 1, de Luiza Brina; dir.: Raquel Pinheiro e Virgínia Pitzer (MG) Orishas, de Hodari e Luedji Luna; dir.: Aisha Mbikila (SP) Pressa Safada, de Duda Modesto; dir.: Diogo Soares, Ivan Portela, Beatriz Kalliope e Duda Modesto (AC) That’s On Me, de Ed Sheeran; dir.: Beatriz Santamaria Pinha (SP) Trabalhar na MTV, de Perdido & Pullovers; dir.: Perdido (RJ/SP) Tudo que Eu Quero, de Silva; dir.: Henrique Sauer (SP) War Heroes, de The Giant Void; dir.: Pêu Ribeiro (SP)
Com o tema É na Luz que a Gente se Encontra, e reafirmando o seu foco na curadoria transmídia e nas experiências inovadoras que envolvem todas as manifestações artísticas, o Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade, maior festival LGBT+ da América Latina, realizará sua 32ª edição entre os dias 13 e 24 de novembro, em São Paulo.
Neste ano, entre os longas brasileiros, seis produções selecionadas em festivais internacionais e de cineastas consagrados estão na disputa pelo troféu Coelho de Ouro. Já entre os curtas-metragens, 12 títulos recentes e premiados estão na competição.
Com direção de André Fischer, o MixBrasil é conhecido por celebrar as diferentes identidades de gênero e orientações sexuais, bem como formatos e linguagens. O evento divulgará em breve sua programação completa que inclui cinema, música, exposição, literatura, games, festas, performances, experiências imersivas, workshops e o tradicional Show do Gongo.
Nesta 32ª edição, o cineasta, escritor e artista canadense Bruce LaBruce virá ao Brasil para ser homenageado com o prêmio Ícone Mix e com uma exposição inédita e autoral no MIS, Museu da Imagem e do Som. Para celebrar a carreira de um dos mais instigantes cineastas contemporâneos da cena independente, a exposição Bruce LaBruce: Sem Censura traça um panorama da obra audiovisual do artista, culminando em uma instalação baseada em seu último longa-metragem: The Visitor, lançado neste ano na mostra Panorama do Festival de Berlim. Com produção da galeria britânica A/POLITICAL, a exposição conta com pôsteres, cenas de bastidores, press kits, trailers, testes de elenco, stills de filmes, entre outros.
O filme The Visitor, que no Brasil se chamará O Intruso, terá première em São Paulo dentro da programação do Mix. O longa, ambientado em Londres nos dias atuais, acompanha um refugiado que é encontrado nu dentro de uma mala na margem do Rio Tâmisa e passa a seduzir sexualmente os membros de uma família burguesa de classe alta, da qual passa a ser funcionário.
Além dos filmes em competição, o festival também anunciou os títulos selecionados para as Mostras Especiais e para o programa Curtas MixBrasil, com produções brasileiras e internacionais.
Conheça os primeiros filmes selecionados para o MixBrasil 2024:
COMPETITIVA BRASIL | LONGAS
Alegria do Amor, de Marcia Paraiso (SC/CE) Avenida Beira-Mar, de Bernardo Florim e Maju de Paiva (RJ) Baby, de Marcelo Caetano (SP) O Melhor Amigo, de Allan Deberton (CE) Salão de Baile: This is Ballroom, de Juru e Vitã (RJ) Uma Breve História da Imprensa LGBT+ no Brasil, de Lufe Steffen (SP)
COMPETITIVA BRASIL | CURTAS
Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ) Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE) Cidade by Motoboy, de Mariana Vita (SP) Corpo Aberto, de João Victor Borges e Will Domingos (RJ) Eu Não Sei Se Vou Ter que Falar Tudo de Novo, de Vitória Fallavena e Thassilo Weber (RJ) Nação Comprimido, de Bruno Tadeu (MG) Noroeste: Quem Nasce Tempestade Não Tem Medo de Vento Forte, de Cibele Appes (SP) Raposa, de Margot Leitão e João Fontenele (CE) Se Eu Tô Aqui é Por Mistério, de Clari Ribeiro (RJ) Solstício, de Couple of Things (PA) Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ) Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
MOSTRAS ESPECIAIS
REFRAME | LONGAS-METRAGENS
A Herança, de João Cândido Zacharias (RJ) Insubmissas, de Carol Benjamin, Ana do Carmo, Julia Katharine, Luh Maza e Tais Amordivino (SP) Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr. (MG) Presença, de Erly Vieira Jr (ES)
REFRAME | CURTAS-METRAGENS
Animais Noturnos, de Indigo Braga e Paulo Abrão (Brasil, RJ) BOÏ, de Lucien Pin (França) Don Queerxote, de Pablo Ros-Cardona (Espanha) Festa Infinita, de Ander Beça (Brasil, PE) O Conto da Bixa, de Karvalio e Stella de Eros (GO) O Esboço, de Tomas Cali (França)
QUEER.DOC | LONGA-METRAGEM
Rodas de Gigante, de Catarina Accioly (Brasil, DF/Uruguai)
QUEER.DOC | CURTA-METRAGEM
A Dita Filha de Claudia Wonder, de Wallie Ruy (Brasil, SP) A Menos que Bailemos, de Hanz Rippe e Fernanda Pineda (Colômbia) Kings, de Juliana Pamplona (Brasil, RJ) Tudo que Importa, de Coraci Ruiz (Brasil, SP)
CURTAS MIX BRASIL
CRESCENDO COM A DIVERSIDADE
Correio Elegante, de Victória Santana (SP) Festa para Duas, de Marina Polidoro (MG) Mecha Meraki, de Babi Astolfi (SP) Será que Ele Gosta de Mim?, de Diego Trevisan (SP)
CONTOS LIBERTINOS
A Noite do Minotauro (La noche del minotauro), de Juliana Zuluaga Montoya (Colômbia) Cherry, Passion Fruit, de Renato José Duque (Brasil, SP/Portugal) cucumber/knife, de Gustavo Vinagre (SP) Dildotectônica, de Tomás Paula Marques (Portugal) Eu Não Quero Saber Seu Nome, de Vinicius Teixeira (RJ) Lipositivo, de Paulo Lima (SP) Poesia no Vinho de Seus Lábios, de Matheus Monteiro (CE)
CORAÇÃO NA BOCA
Chi(le)na, de Yoksan Xu (Chile) Corações Perdidos (Coeurs perdus), de Frédéric Lavigne (França) Eu Não Posso Fazer Nada, de Tiago Tereza (MG) Me Chame Ro (Dime Ro), de Carolina Meza (México)
DECIFRA-ME OU DEVORO-TE
A Mão Esquerda (La main gauche), de Maxime Robin (Canadá) As Minhas Sensações São Tudo o que Tenho para Oferecer, de Isadora Neves Marques (Portugal) Espinho, de André Guiomar e Mya Kaplan (Portugal) Fique Quieto ou Te Amo (Quedate quieto o te amo), de Federico Luis (Argentina) Ícaro, de Billy Klotsa (Reino Unido)
FREAKS! FREAKS! FREAKS!
Chá Revelação (Gender Reveal), de Mo Matton (Canadá) Die Bully Die, de Nathan Lacey e Nick Lacey (Austrália) Doris e Bettan: O Caos em Marbella (Doris & Bettan Marbella Mayhem), de Ellen Ekman (Suécia) RATO! (RAT!), de Neal Suresh Mulani (EUA) Um Pássaro Bateu na Minha Janela e Agora Eu Sou Lésbica (A Bird Hit My Window and Now I’m a Lesbian), de AJ Dubler e Carmela Murphy (EUA)
QUAL É A SUA VIBE?
Atravessaria a Cidade Toda de Bicicleta Só pra Te Ver Dançar, de Mauricio Abbade (SP) Emocionado, de Pedro Melo (PE) Entre a Luz e o Nada, de Joana de Sousa (Portugal) Você Não Entende Tudo, Mas Entende a Mim (You Can’t Get What You Want But You Can Get Me), de Samira Elagoz e Z Walsh (Holanda/Finlândia)
SAPATÔNICAS
Ana Cecília, de Julia Regis (RS) As Gaivotas Cortam o Céu, de Mariana Bártolo e Guillermo García López (Portugal/França) Cinzas de Leite (Cenizas de Leche), de Amelia Eloisa (México) Encontros Telepáticos, de Henfil (DF) Um Poema Chamado Love Jones (A Poem Called Love Jones), de Linda Neveah Denson e Diana Khong (EUA) Um Sapatão na Kaminhada, de Marina Bastos (SP)
Foram anunciados nesta quinta-feira, 24/10, os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista da 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Durante a primeira semana de programação, foram computados os votos do público dos filmes que participam do evento.
Nesta edição, entre as 131 produções de cineastas de primeiro e segundo longa que concorreram ao prêmio, 16 filmes receberam as melhores classificações dos espectadores. As obras, que integram a Competição Novos Diretores, agora serão submetidas ao Júri Oficial, que avaliará e escolherá o grande vencedor do Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, na categoria de melhor filme; os jurados também podem premiar obras em outras categorias.
O júri da 48ª Mostra de São Paulo é formado: pela atriz brasileira Camila Pitanga; o ator e cineasta português Gonçalo Waddington; a curadora e produtora Hebe Tabachnik; o produtor Kyle Stroud; o diretor e escritor iraniano Mohsen Makhmalbaf; e o crítico de cinema francês Thierry Meranger. Os vencedores serão anunciados no dia 30 de outubro durante a cerimônia de encerramento. Vale lembrar que alguns títulos ainda podem ser vistos nos cinemas.
Conheça os finalistas ao Troféu Bandeira Paulista 2024 da Mostra de São Paulo:
A Vila Perto do Paraíso, de Mo Harawe (Áustria/França/Alemanha/Somália) Balomania, de Sissel Morell Dargis (Dinamarca/Espanha) Bicho Monstro, de Germano de Oliveira (Brasil) Boong, de Lakshmipriya Devi (Índia) Corações Jovens, de Anthony Schatteman (Holanda/Bélgica) Exibindo o Perdão, de Titus Kaphar (EUA) Familiar Touch, de Sarah Friedland (EUA) Filhos, de Gustav Möller (Dinamarca/Suécia) Garota por um Dia, de Jean-Claude Monod (França) Hanami, de Denise Fernandes (Suíça/Portugal/Cabo Verde) Intervenção, de Gustavo Ribeiro (Brasil) Memórias de um Caracol, de Adam Elliot (Austrália) No Other Land, de Basel Adra, Rachel Szor, Hamdan Ballal e Yuval Abraham (Palestina/Noruega) O Ano Novo que Nunca Veio, de Bogdan Mureşanu (Romênia/Sérvia) O Caso dos Estrangeiros, de Brandt Andersen (Jordânia) Sinfonia da Sobrevivência, de Michel Coeli (Brasil)
A 34ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontecerá entre os dias 9 e 15 de novembro, divulgou os títulos em competição nas principais mostras do evento: ibero-americana de longa-metragem, brasileira de curta-metragem e Olhar do Ceará.
Com acesso gratuito, o festival contará com mostras competitivas, exibições especiais, mostras sociais, debates, homenagens, cursos, entre outras atividades. Para as exibições, o evento segue no tradicional Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, equipamento da Secult/CE, Secretaria da Cultura do Ceará, gerido pelo IDM, Instituto Dragão do Mar.
Seis filmes foram selecionados para a mostra competitiva ibero-americana de longa-metragem e 12 produções para a mostra competitiva brasileira de curta-metragem do 34º Cine Ceará. Dentre os longas, quatro ficções e dois documentários; dois dos selecionados são brasileiros e terão première mundial no Cine Ceará 2024. São eles: o documentário Brasiliana: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo, e a ficção Um Lobo Entre os Cisnes, de Marcos Schechtman e Helena Varvaki.
Os outros quatro longas não brasileiros selecionados terão première no país durante o 34º Cine Ceará. São eles: as ficções Milonga, coprodução entre Uruguai e Argentina com direção de Laura González; Linda, produção argentina de Mariana Wainstein; e o dominicano A Bachata de Biônico, do diretor Yoel Morales. Completa a lista dos longas: o documentário En La Caliente: Contos de um Guerreiro do Reggaeton, coprodução entre Cuba e Estados Unidos dirigida por Fabien Pisani.
Dentre os 12 curtas-metragens brasileiros estão os cearenses Fenda, ficção de Lis Paim, premiada no Festival de Gramado; e Tiramisú, ficção de Leônidas Oliveira. Também na mostra: o alagoano Cavaram uma Cova no Meu Coração, documentário de Ulisses Arthur, vencedor do Prêmio da Crítica Abraccine no Olhar de Cinema; Dona Beatriz Ñsîmba Vita, ficção mineira de Catapreta, premiada no BAFICI, na Argentina, e nos festivais de Brasília, Vitória e no AFRONTE. Outro curta premiado é Quinze Quase Dezesseis, ficção de Thais Fujinaga, que se destacou no Curta Kinoforum.
Também na mostra de curtas brasileiros: as ficções Bolinho de Chuva, de Cameni Silveira, do Paraná; Maputo, produção paulista de Lucas Abraão; o pernambucano Todas as Memórias que Você Fez em Mim, de Pedro Fillipe; o documentário paulista Salmo 23, de Lucas Justiniano e José Menezes; a animação Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti; e os híbridos Os Mortos Resistirão para Sempre, de Carlos Adriano, e Você, produção carioca de Elisa Bessa.
A curadoria da mostra competitiva ibero-americana de longa-metragem foi realizada pelo crítico de cinema Bruno Carmelo. Já a competitiva brasileira de curta-metragem teve como curador o cineasta Vicente Ferraz.
Na mostra competitiva Olhar do Ceará, dedicada exclusivamente a filmes de produtoras cearenses ou dirigidos por cearenses, residentes ou não no estado de origem, foram selecionados 20 títulos de curta-metragem e três longas-metragens. O gênero ficção é maioria entre os curtas, com oito produções. E mais, seis documentários, quatro curtas de animação e dois filmes híbridos, sendo um ficção/animação e um ficção/documentário. Os três longas-metragens selecionados para a mostra são filmes documentários. A curadoria da Mostra Olhar do Ceará desta edição foi realizada por Layla Braz, produtora, produtora executiva e curadora de mostras e festivais de cinema.
Além dos títulos em competição, duas produções terão exibição especial nesta edição. Uma deles é Baby, de Marcelo Caetano, que será o filme de encerramento; o longa rendeu o prêmio de ator revelação para Ricardo Teodoro na Semana da Crítica, em Cannes, e foi consagrado no Festival do Rio. O outro é Lampião, Governador do Sertão, documentário dirigido por Wolney Oliveira, que foi selecionado para o É Tudo Verdade e também para o Festival de Havana; o filme é centrado na jornada do complexo Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como o líder cangaceiro Lampião.
Conheça os filmes selecionados para o 34º Cine Ceará:
LONGAS-METRAGENS | COMPETITIVA IBERO-AMERICANA
A Bachata de Biônico (La bachata de Biónico), de Yoel Morales (República Dominicana) Brasiliana: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, de Joel Zito Araújo (Brasil) En La Caliente: Contos de um Guerreiro do Reggaeton, de Fabien Pisani (Cuba/EUA) Linda, de Mariana Wainstein (Argentina) Milonga, de Laura González (Uruguai/Argentina) Um Lobo Entre os Cisnes, de Marcos Schechtman e Helena Varvaki (Brasil)
CURTAS-METRAGENS | COMPETITIVA BRASILEIRA
Bolinho de Chuva, de Cameni Silveira (PR) Cavaram uma Cova no Meu Coração, de Ulisses Arthur (AL) Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Eu Sou um Pastor Alemão, de Angelo Defanti (RJ/SP) Fenda, de Lis Paim (CE) Maputo, de Lucas Abraão (SP) Os Mortos Resistirão para Sempre, de Carlos Adriano (SP) Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP) Salmo 23, de Lucas Justiniano e José Menezes (SP) Tiramisú, de Leônidas Oliveira (CE) Todas as Memórias que Você Fez em Mim, de Pedro Fillipe (PE) Você, de Elisa Bessa (RJ)
MOSTRA OLHAR DO CEARÁ | LONGAS
Antônio Bandeira: O Poeta das Cores, de Joe Pimentel Cante Lá que Eu Conto Cá, de Iziane Mascarenhas Filhos do Vento, de Euziane Bastos e Rogério Bié
MOSTRA OLHAR DO CEARÁ | CURTAS
A Mulher Barco, de Tibico Brasil Almadia, de Mariana Medina Calcanhar, de Lara Brito e César Gomes Cavalo Serpente, de Priscila Smiths Cidade Ruína, de ISAAAKI e Mabi Sousa Crayon, de Juno e Becca Lutz Fotossíntese, de Rodrigo do Viveiro Juzé, de Raquel Garcia Kila & Mauna, de Ella Monstra Neblina, de Milene Coroado O Verbo, de Juliana Craveiro e Lucas Souto Poesia no Vinho de Seus Lábios, de Matheus Monteiro Ponte Metálica, de Felipe Bruno e Wes Maria Raízes do Mangue, de Charlotte Cruz Raposa, de Margot Leitão e João Fontenele Sirius Não é Tão Longe, de Nick Sanches Slam Sobral, de Kieza Fran Topera, de Rodrigo Gadelha Urêasêca, de Dizio Brito Visitando Luisa, de André Moura Lopes
Foram anunciados neste sábado, 19/10, na Praça Walfredo Gurgel, os vencedores da sétima edição do Curta Caicó, realizado no interior do Rio Grande do Norte e que vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional.
Na mostra Potiguar, que apresenta produções desenvolvidas no Rio Grande do Norte, o prêmio de melhor filme foi para Moventes, de Jefferson Cabral. A obra faz um retrato particular sobre a migração de uma família de Natal para São Paulo. O curta Desiré, roteirizado e dirigido por Catarina Calungueira, da cidade de Ipueira, foi eleito o melhor filme da mostra Seridó, além de receber outras três premiações; a obra é um filme experimental que tem como atriz principal a caicoense, professora e multiartista Lydia Brasileira.
Ambos os filmes das categorias Seridó e Potiguar recebem cada um o Prêmio Mistika no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção de imagem. Além disso, Moventes foi selecionado para a próxima edição do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, que acontecerá em novembro deste ano.
O melhor filme da mostra Nordeste foi Curacanga, de Mateus Di Mambro, uma animação que conta a história de um jovem baiano que sai à caça de uma criatura mitológica; a produção também venceu em outras duas categorias. Já na mostra Acauã, destinada a produções nacionais, o paraibano Pulmão de Pedra, de Torquato Joel, foi o grande vencedor; a produção levou três estatuetas. O documentário mostra as condições limítrofes da lida de um garimpeiro para extrair uma das matérias-primas que atende as demandas do mundo tecnológico.
Para este ano, foram mais de 1.130 filmes inscritos de todo o país, distribuídos em quatro categorias competitivas: Acauã (Nacional), Nordeste, Potiguar e Seridó. Com coordenação de Marcela Freire, o júri desta edição foi formado por: Isabela Catão, Jasmin Tenucci e Júlio Castro na mostra Seridó; Norma Góes, Daniel Bandeira e Alê Abreu na mostra Potiguar; Kika Sena, Fabiana Lima e Keila Sankofa na mostra Nordeste; e Daniel Porpino, Suzy Lopes e Carlos Segundo na mostra Acauã Nacional. A ACCiRN, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte, entregou o Prêmio da Crítica em todas as mostras.
No Curta Caicó 2024, dois ícones do audiovisual potiguar foram homenageados: a atriz e dramaturga Alice Carvalho e o maquiador Amaro Bezerra. Alice, reconhecida por seu trabalho na série Cangaço Novo e na novela Renascer, e Amaro, que começou sua carreira no filme caicoense Boi de Prata (1979), de Augusto Ribeiro Jr., receberam o Prêmio Referência de Contribuição Artística. Além disso, o festival contou com a presença de parte do elenco da série Cangaço Novo. O Curta Caicó também concedeu homenagens à atriz Hermila Guedes, à profissional de cinema Ariadne Mazzetti e ao Bloco do Lixo, de Caicó.
A sétima edição do Curta Caicó aconteceu entre os dias 8 e 19 de outubro no seridó potiguar com diversas exibições no interior do estado e mais de 10 dias de ações formativas e culturais. Além de Caicó, o festival contou com atividades em Ipueira, São Fernando, Serra Negra do Norte e Timbaúba dos Batistas.
A programação contou também com o lançamento dos filmes produzidos durante o 3º Laboratório de Roteiro e nas oficinas de cinema realizadas em escolas públicas, atividades desenvolvidas ao longo do primeiro semestre deste ano: “Nosso objetivo é interiorizar o acesso ao cinema brasileiro e formar um público cada vez mais engajado com o audiovisual nacional. Um trabalho que é sinônimo de orgulho pra todos nós”, ressaltou Diego Vale, produtor executivo do festival.
Para Raildon Lucena, idealizador e diretor do Curta Caicó, o evento tem se consolidado como grande janela de divulgação do audiovisual potiguar, tanto para exibição como também para formação de novos profissionais da área cinematográfica: “Esse ano, o Curta Caicó foi ampliado e reconhecido nacionalmente. Ganhamos o prêmio Brasil Criativo na categoria audiovisual, circulamos por mais cidades do seridó e o resultado foi a presença cada vez mais frequente do público nas exibições”, destacou.
Conheça os vencedores do 7º Curta Caicó:
MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL
Melhor Filme: Pulmão de Pedra, de Torquato Joel (PB) Melhor Direção: Cristina Lago e Marina Erlanger, por Aquela Mulher Melhor Roteiro: Pequenas Insurreições, escrito por William de Oliveira Melhor Atuação: Mayana Neiva, por Bem-vinda de Volta Melhor Fotografia: Bem-vinda de Volta, por Milena Seta Melhor Som: Pulmão de Pedra, por Ester Rosendo Melhor Montagem: Pulmão de Pedra, por Diego Benevides e Marcelo Coutinho Menção Honrosa: O que Nos Espera, de Bruno Xavier e Chico Bahia (SP)
MOSTRA NORDESTE
Melhor Filme: Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA) Melhor Direção: Mateus Di Mambro, por Curacanga Melhor Roteiro: Samuel Foi Trabalhar, escrito por Janderson Felipe e Lucas Litrento Melhor Atuação: Huná, por Samuel Foi Trabalhar Melhor Fotografia: Rei da Ciranda Pesada, por Lilian de Alcântara e André Pina Melhor Som: Rei da Ciranda Pesada, por Trilha Musical de João Limoeiro Melhor Montagem: Curacanga, por Mateus Di Mambro Menção Honrosa: A Vida em Arte: Tiago Amorim, de Theo Grahl (PE)
MOSTRA POTIGUAR
Melhor Filme: Moventes, de Jefferson Cabral Melhor Direção: Badu Morais e Humberto Bassanello, por No Batente Melhor Roteiro: No Batente, escrito por Badu Morais e Roberto Rezende Melhor Atuação: Badu Morais e Roberto Rezende, por No Batente Melhor Fotografia: Moventes, por Johann Jean Melhor Som: Lagrimar, por Luiz Gadelha e Rafael Telles Melhor Montagem: Navio, por Alex Rodrigues Menção Honrosa: Diga ao Povo que Avance, de Evelyn Freitas
MOSTRA SERIDÓ
Melhor Filme: Desiré, de Catarina Calungueira Melhor Direção: Catarina Calungueira, por Desiré Melhor Roteiro: De Filha para Pai, escrito por Dedé Carnaúba Melhor Atuação: Lydia Brasileira, por Desiré Melhor Fotografia: Na Descida da Avenida Martins, por Erick Medeiros e Taiane Chaves Melhor Som: Na Descida da Avenida Martins, por Erick Medeiros Melhor Montagem: Desiré, por Pedro Lucas Rebouças Menção Honrosa: Agora Eu Sou Negro, de Pedro Andrade
PRÊMIO DA CRÍTICA | ACCiRN: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte
Mostra Acauã Nacional: Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP) Mostra Potiguar: No Batente, de Badu Morais e Humberto Bassanello e Diga ao Povo que Avance, de Evelyn Freitas Mostra Seridó: Memórias de Fé: O Roubo da Santa de Serra Negra do Norte, de Hyago de León Mostra Nordeste: Curacanga, de Mateus Di Mambro (BA) Mostra Ambiental: Cores Queimam, de Felippy Damian (MS) e Maré Braba, de Pâmela Peregrino (CE) Mostra Rio Branco: Maréu, de Nicole Schlegel (RJ) Mostra Pax: Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ) Mostra São Francisco: Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP) Mostra Alvorada: Convenium, de Allan Riggs e Murilo da Rosa (RS) Mostra Videoclipe: Natureza Curandeira, de Julhin de Tia Lica (RN)
Foram anunciados neste sábado, 19/10, no Cine Teatro Cultura, os vencedores da oitava edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim, que contou com dezenas de filmes na programação. O longa Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro, e o curta-metragem Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta, se destacaram e foram premiados com o Troféu Conceição Moura.
Na mostra competitiva de curtas-metragens latino-americanos, que contou com 14 títulos, o Júri Oficial foi formado por: Diego Benevides, jornalista e crítico de cinema, que também foi responsável pela oficina Crítica de Cinema desta edição; Priscila Urpia, jornalista, curadora, produtora, cineclubista e fotógrafa; e Leo Scott, produtor e coordenador de produção, atuando em diversas etapas de projetos culturais, entre eles, o Festival de Cinema de Gramado.
Já na mostra competitiva de longas-metragens brasileiros, o Júri Oficial foi formado por: Daniel Jaber, ator, realizador audiovisual e cofundador do Cardume, streaming de curtas; Guto Bicalho, codiretor do longa de animação O Sonho de Clarice, que foi o filme de abertura do Cine Jardim 2024; e Danny Barbosa, atriz e diretora paraibana, que se destacou em Bacurau, entre outros títulos.
Nesta edição, o Cine Jardim contou também com o Júri da Crítica, que foi formado por: André Guerra (PE), Beatriz Saldanha (CE), Arthur Gadelha (CE), Kel Gomes (MG) e Marcela Freire (RN). Além do Júri Oficial, Crítica e Popular, a premiação apresentou o Júri Jovem, formado por participantes da oficina Crítica de Cinema. O festival também entregou prêmios de parceiros em serviços, entre eles, Prêmio Edina Fujii e Prêmio Mistika.
O Prêmio da Crítica de melhor longa-metragem foi para o cearense Centro Ilusão, de Pedro Diogenes. A justificativa diz: “Na contradição entre a beleza de uma cidade e o esquecimento das suas margens, o filme faz da simplicidade sua maior qualidade, elaborando a aproximação de dois mundos aparentemente tão distantes que estão, na realidade, lado a lado. Por esse olhar envolvente na fusão de imagens, personagens e sentimentos, o Prêmio da Crítica vai para Centro Ilusão, de Pedro Diogenes”.
Já o Prêmio da Crítica de melhor curta-metragem foi para o mineiro Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta. A justificativa diz: “Na fantasia da resistência de um povo que parte da sua própria recriação, a obra atravessa paz e crueldade, restaurando uma ancestralidade que fascina na lucidez e no mistério. Pela ousadia hipnotizante dessas sensações que estão igualmente imersas no traço do desenho, na técnica da animação e nos rumos da própria narrativa, o Prêmio da Crítica de curta-metragem vai para Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta”.
Conheça os vencedores do VIII Cine Jardim:
MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS
Melhor Filme: Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ) Melhor Filme | Prêmio da Crítica: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE) Melhor Filme | Voto Popular: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes Prêmio Especial do Júri: Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten (PR) Melhor Direção: Allan Ribeiro, por Mais um Dia, Zona Norte Melhor Roteiro: Mais um Dia, Zona Norte, escrito por Allan Ribeiro Melhor Imagem: Centro Ilusão, por Victor de Melo Melhor Atuação: Cássia Damasceno, por Solange Melhor Concepção de Som: Centro Ilusão, por Lucas Coelho Melhor Montagem: Mais um Dia, Zona Norte, por Allan Ribeiro Melhor Trilha: Frevo Michiles, por Jota Michiles
MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS
Melhor Filme: Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG) Melhor Filme | Prêmio da Crítica: Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta Melhor Filme | Júri Jovem: Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG) Melhor Filme | Voto Popular: Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arouche (PE) Prêmio Especial do Júri: Jupiter, de Carlos Segundo (RN) Melhor Direção: Luisa Arraes, por Dependências Melhor Roteiro: Dependências, escrito por Luisa Arraes Melhor Imagem: Fenda, por Petrus Cariry Melhor Atuação: Marta Aurélia, por Circuito Melhor Som: A Menina e o Pote, por Felippe Mussel Melhor Montagem: Fenda, por Lis Paim
A 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 17 e 30 de outubro com 415 filmes, de 82 países, na programação. As exibições serão realizadas em 29 salas de cinema, em espaços culturais e CEUS espalhados pela capital paulista, incluindo exibições gratuitas e ao ar livre.
Como anunciado anteriormente, o novo longa do cineasta chileno Pablo Larraín, Maria Callas, que disputou o Leão de Ouro recentemente no Festival de Veneza, será o filme de abertura deste ano. A trama faz um relato fictício dos últimos dias de vida de uma das mais celebradas cantoras de ópera da história. Angelina Jolie interpreta a soprano greco-americana Maria Callas nesta obra que mostra sua última semana na Paris dos anos 1970 e perpassa memórias, retratando seus amigos, seus amores e sua voz. O longa é o terceiro de Larraín que faz um retrato de um ícone feminino do século 20, seguindo Jackie (2016) e Spencer (2021). O cineasta chileno também dirigiu No, que abriu a 36ª Mostra, em 2012.
A cerimônia de abertura acontecerá na quarta-feira, 16/10, às 20h, na Sala São Paulo, com apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman. O evento vai contar com a presença de profissionais do setor audiovisual, autoridades e patrocinadores.
Como de costume, a Mostra de São Paulo traz títulos de cineastas consagrados e exibidos recentemente em importantes festivais internacionais, como: Anora, de Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro em Cannes este ano; Grand Tour, do cineasta português Miguel Gomes, que traz os brasileiros Thales Junqueira e Marcos Pedroso na direção de arte; Dahomey, de Mati Diop, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano; Tudo que Imaginamos como Luz, da diretora indiana Payal Kapadia; Levados pelas Marés, de Jia Zhangke, exibido em competição em Cannes; Misericórdia, do francês Alain Guiraudie; duas obras do israelense Amos Gitai, Shikun e Por que a Guerra?; Abril, de Dea Kulumbegashvili, vencedor do Prêmio Especial do Júri em Veneza; entre outros.
Além disso, filmes inéditos que se destacaram nos principais festivais internacionais deste ano compõem a programação da 48ª Mostra. Do Festival de Veneza, o evento exibe Vermiglio, de Maura Delpero, vencedor do Grande Prêmio do Júri; o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que levou o prêmio de melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega; Não Chore, Borboleta, de Duong Dieu Linh, vencedor do prêmio de melhor filme da Semana da Crítica; O Brutalista, de Brady Corbet, que recebeu o Leão de Prata de melhor direção; April, de Dea Kulumbegashvili; o brasileiro Manas, de Marianna Brennand, grande vencedor da mostra Giornate degli Autori; e Taxi Monamour, de Ciro De Caro, vencedor do Prêmio do Público da mesma mostra.
Ainda de Veneza, da mostra Orizzonti: Happy Holidays, de Scandar Copti, premiado como melhor roteiro; O Ano Novo que Nunca Veio, de Bogdan Mureşanu, eleito o melhor filme; Familiar Touch, de Sarah Friedland, que recebeu o prêmio de melhor direção; Um Daqueles Dias em que Hemme Morre, de Murat Firatoglu, vencedor do Prêmio Especial do Júri; e A Testemunha, de Nader Saeivar, que recebeu o Prêmio do Público da Orizzonti Extra.
De Cannes, além do vencedor da Palma de Ouro, serão exibidos na Mostra SP: Tudo que Imaginamos Como Luz, da indiana Payal Kapadia, que venceu o Grande Prêmio do Júri; Grand Tour, de Miguel Gomes, que recebeu o prêmio de melhor direção; Os Malditos, de Roberto Minervini, vencedor do prêmio de melhor direção da mostra Un Certain Regard; Vira-Lata, de Chiang Wei Liang, que recebeu Menção Especial do prêmio Caméra d’Or; Esta Minha Vida, de Sophie Fillières, vencedor do Prêmio SACD da Quinzena de Cineastas; o brasileiro Baby, de Marcelo Caetano, que rendeu o prêmio de ator revelação para Ricardo Teodoro na Semana da Crítica; Holy Cow, de Louise Courvoisier, vencedor do Prêmio da Juventude da Un Certain Regard; Ao Contrário, de Jonás Trueba, vencedor do prêmio de melhor filme europeu da Quinzena de Cineastas; Ernest Cole: Achados e Perdidos, de Raoul Peck, premiado como melhor documentário; e o japonês Sol de Inverno, de Hiroshi Okuyama, exibido na Un Certain Regard.
Kani Kusruti em Tudo que Imaginamos como Luz, da diretora indiana Payal Kapadia
Do Festival de Berlim, além do filme Pequenas Coisas como Estas, de Tim Mielants, longa de abertura do evento que rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante para Emily Watson, estão confirmados nesta edição: Dahomey, de Mati Diop, consagrado com o Urso de Ouro; Dying: A Última Sinfonia, de Matthias Glasner, vencedor do prêmio de melhor roteiro; O Maior Bocejo da História, de Aliyar Rasti, vencedor do Prêmio Especial do Júri da mostra Encounters; e No Other Land, de Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, vencedor do prêmio de melhor documentário e do Prêmio do Público da mostra Panorama.
Dos premiados no Festival de San Sebastián, terão sessões os filmes: Os Vislumbres, de Pilar Palomero, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Patricia López Arnaiz; o já citado April, de Dea Kulumbegashvili, vencedor do Prêmio Zabaltegi-Tabakalera; Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez, que recebeu o Prêmio Spanish Cooperation; e Eu Sou Nevenka, de Iciar Bollain, Euskadi Basque Country 2030 Agenda Award.
Do Festival de Locarno, a 48ª Mostra exibe: Afogamento Seco, de Laurynas Bareiša, vencedor do prêmio de melhor direção e melhor atuação para Gelminė Glemžaitė, Agnė Kaktaitė, Giedrius Kiela e Paulius Markevičius; Salve Maria, de Mar Coll, que recebeu Menção Especial do Júri; Lua, de Kurdwin Ayub, vencedor do Prêmio Especial do Júri; Através do Fluxo, de Hong Sang-soo, vencedor do prêmio de melhor atuação para Kim Minhee; Hanami, de Denise Fernandes, vencedora do prêmio de melhor cineasta emergente; Agora, de Ala Eddine Slim, vencedor do prêmio Pardo Verde; Linha Verde, de Sylvie Ballyot, que recebeu o Prêmio MUBI de filme de estreia; e Escute as Vozes, de Maxime Jean Baptiste, vencedor do Prêmio Especial do Júri Ciné+.
Do Festival de Sundance, integram a seleção da Mostra de São Paulo 2024: o já citado Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez, vencedor do Grande Prêmio do Júri da Competição Internacional de Drama; Lidando com os Mortos, de Thea Hvistendahl, vencedor do Prêmio Especial do Júri para música original; Gaucho Gaucho, de Michael Dweck e Gregory Kershaw, vencedor do Prêmio Especial do Júri de melhor documentário norte-americano; Noturnos, de Anupama Srinivasan e Anirban Dutta, que recebeu o Prêmio Especial do Júri da mostra World Cinema Documentary; Sugarcane, de Julian Brave NoiseCat e Emily Kassie, vencedor do prêmio de melhor direção de documentário norte-americano; e Guerra de Porcelana, de Brendan Bellomo e Slava Leontyev, vencedor do Grande Prêmio do Júri da Competição Americana de Documentário.
Do Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy, serão exibidos: Memórias de um Caracol, de Adam Elliot, vencedor do prêmio de melhor filme; Vivendo em Excesso, de Kristina Dufková, Prêmio Contrechamp do Júri; e Totto-Chan: A Menina na Janela, de Shinnosuke Yakuwa, vencedor do Prêmio Paul Grimault.
Serão exibidas também 13 obras já indicadas por seus respectivos países para concorrer a uma vaga ao Oscar 2025 na categoria de melhor filme internacional: da Áustria, O Banho do Diabo, de Veronika Franz e Severin Fiala, que venceu o Urso de Prata de Contribuição Artística para a fotografia de Martin Gschlacht no Festival de Berlim; Julie Permanece em Silêncio, de Leonardo Van Dijl, representante da Bélgica, premiado na Semana da Crítica em Cannes; do Brasil, o já consagrado internacionalmente Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro; o espanholSegundo Prêmio, de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, premiado no Festival de Málaga; da Geórgia, As Antiguidades, de Rusudan Glurjidze, exibido na Giornate degli Autori em Veneza; Vermiglio, de Maura Delpero, representante da Itália e premiado em Veneza; da Lituânia, Afogamento Seco, de Laurynas Bareiša; o mexicanoSujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez; do Paquistão, a animação O Vidreiro, de Usman Riaz, exibido no Festival de Annecy; da Polônia, Sob o Vulcão, de Damian Kocur, exibido no London Film Festival; o portuguêsGrand Tour, de Miguel Gomes; da República Tcheca, Ondas, de Jirí Mádl, vencedor do Prêmio do Público no Festival de Karlovy Vary; e do Senegal, Dahomey, de Mati Diop.
Também integram a seleção da 48ª Mostra mais de 80 filmes brasileiros, entre obras contemporâneas, clássicas e infantis. Os filmes da Mostra Brasil estão divididos nas seções Apresentação Especial e Competição Novos Diretores. Os que estão na Mostra Brasil são inéditos em São Paulo, assim como os da Competição Novos Diretores, que exibe obras de cineastas que já dirigiram no máximo dois longas. Os filmes da competição concorrem ao Troféu Bandeira Paulista de melhor filme, entregue pelo Júri Internacional. Além disso, todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público, que inclui o Troféu Bandeira Paulista de melhor filme brasileiro.
Ia Sukhitashvili em Abril, de Dea Kulumbegashvili: filme premiado em Veneza
A seleção nacional traz títulos como: Baby, de Marcelo Caetano, e Malu, de Pedro Freire, recentemente consagrados no Festival do Rio; o pernambucano Lispectorante, de Renata Pinheiro, com Marcélia Cartaxo; Filhos do Mangue, de Eliane Caffé, premiado no Festival de Gramado; o documentário 3 Obás de Xangô, de Sergio Machado, premiado com o Troféu Redentor no Rio; A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, exibido na Quinzena de Cineastas, em Cannes; Betânia, de Marcelo Botta, exibido na mostra Panorama em Berlim; o cearense Centro Ilusão, de Pedro Diogenes, premiado no Festival do Rio; Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, exibido em Veneza fora de competição; Entrelaços, de Fernando Grostein Andrade e Fernando Siqueira; Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz, produzido por Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho, e exibido na mostra Encounters em Berlim; O Palhaço de Cara Limpa, de Camilo Cavalcante.
E mais: Os Enforcados, de Fernando Coimbra, com Leandra Leal e Irandhir Santos, e exibido no Festival de Toronto; Enterre Seus Mortos, de Marco Dutra, com Selton Mello, Marjorie Estiano, Danilo Grangheia e Betty Faria, exibido em competição no Rio; o documentário Mambembe, de Fabio Meira; Kasa Branca, de Luciano Vidigal, consagrado no Festival do Rio; Malês, de Antonio Pitanga; o documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, exibido no Festival Biarritz Amérique Latine e vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Brasília; Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, o grande vencedor do Festival de Gramado; o documentário Parque de Diversões, de Ricardo Alves Jr.; Praia Formosa, de Julia De Simone, premiado no Olhar de Cinema e exibido no Festival de Roterdã; Precisamos Falar, de Pedro Waddington e Rebeca Diniz, com Marjorie Estiano, Alexandre Nero, Emílio de Mello e Hermila Guedes; o documentário Topo, de Eugenio Puppo; Alma do Deserto, de Mónica Taboada Tapia, vencedor do Queer Lion em Veneza; Salão de Baile, de Juru e Vitã, premiado no Rio; Serra das Almas, de Lírio Ferreira; Bicho Monstro, de Germano de Oliveira; entre outros.
A 48ª Mostra fez uma seleção especial com cerca de 30 longas indianoscontemporâneos e clássicos para apresentar ao público brasileiro o Foco Índia, que inclui também a retrospectiva ao cineasta Satyajit Ray. A programação oferece uma visão abrangente da cinematografia do país, líder mundial na produção de filmes. A Índia e seu cinema são muitos. Para além de Bollywood, termo que designa os filmes de estúdios produzidos em Bombaim, outras regiões do país, étnica e linguisticamente distintas, preferem filmar histórias locais e narrativas menos codificadas.
Compõem o Foco Índia um dos filmes mais comentados do ano, Tudo que Imaginamos como Luz, segundo longa da diretora Payal Kapadia, premiado em Cannes. E mais: Vivendo de Mentiras, de Ishan Shukla, premiado no Festival de Roterdã; Segunda Chance, de Subhadra Mahajan, exibido na competição do Festival de Karlovy Vary; o documentário Marchando na Escuridão, de Kinshuk Surjan, premiado no CPH:DOX; Roubado, do estreante Karan Tejpal, exibido no Festival de Veneza; Noturnos, de Anupama Srinivasan, premiado no Festival de Sundance; A Fábula, de Raam Reddy, exibido na mostra Encounters da Berlinale; e Na Barriga de um Tigre, de Siddhartha Jatla.
O cartaz da 48ª edição da Mostra é assinado pelo cineasta indiano Satyajit Ray (1921-1992), que além de diretor foi também artista gráfico, compositor, roteirista, publicitário, escritor, diretor de arte, de fotografia, de som, editor, entre outros. O desenho escolhido para a arte desta edição faz parte do storyboard criado por Ray durante a preparação de A Canção da Estrada (1955), seu primeiro longa, que foi premiado em Cannes e indicado ao BAFTA.
A Mostra também preparou uma retrospectiva que reúne sete filmes da primeira e mais decisiva década da filmografia de Ray; A Canção da Estrada é um dos longas que compõem a programação. O filme inaugura a trilogia Apu, que já foi descrita como uma das séries mais luminosas da história do cinema. Os dois trabalhos posteriores, O Invencível (1956), vencedor do Leão de Ouro em Veneza, e O Mundo de Apu (1959), que entrou na lista da National Board of Review, finalizam o tríptico e também integram a retrospectiva. Completam a retrospectiva: O Covarde, de 1965, retrato das mudanças comportamentais na Índia; O Herói, de 1966, que junto com A Grande Cidade, de 1963, traduz os riscos da modernidade e do fardo das tradições; e A Esposa Solitária, de 1964, considerado uma obra-prima sobre a condição feminina.
Além do cartaz principal da Mostra, Satyajit Ray também assina o pôster da 1ª Mostrinha, que vai apresentar uma seleção de filmes voltados às crianças como parte da 48ª edição do evento. A programação voltada ao público que está descobrindo o cinema tem abertura no dia 17 de outubro, com a exibição da coprodução entre Brasil e Índia: Arca de Noé, de Sergio Machado e Alois di Leo. A animação, que conta uma versão do dilúvio bíblico inspirada na obra de Vinicius de Moraes, conta com as vozes de Rodrigo Santoro, Marcelo Adnet, Alice Braga, Lázaro Ramos, Gregorio Duvivier, Julio Andrade, Bruno Gagliasso, Giovanna Ewbank, Eduardo Sterblitch, Ingrid Guimarães e Heloisa Périssé.
Fernanda Torres em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: filme brasileiro aclamado no exterior
Também integram a programação outros filmes inéditos no Brasil que passaram em festivais internacionais, como: a coprodução holandesa e belga Corações Jovens, de Anthony Schatteman, que recebeu Menção Especial da mostra Generation Kplus do Festival de Berlim; o francês O Grande Natal dos Animais, de Caroline Attia, Ceylan Beyoğlu, Olesya Shchukina, Haruna Kishi, Camille Alméras e Natalia Chernysheva, exibido no Festival de Annecy; a coprodução entre Luxemburgo e França, Um Barco no Jardim, de Jean-François Laguionie, exibido nos festivais de Cannes e Annecy; o alemão Vencedores, de Soleen Yusef, exibido no Festival de Berlim; a coprodução entre República Tcheca, Eslováquia e França, Vivendo em Excesso, de Kristina Dufková, exibido no Festival de Annecy; o francês Angelo na Floresta Misteriosa, de Vincent Paronnaud e Alexis Ducord, exibido nos festivais de Cannes e Annecy; a coprodução entre Holanda, Luxemburgo e Bélgica, A Raposa e a Lebre Salvam a Floresta, de Mascha Halberstad, exibido no Festival de Berlim e no BAFICI; e o indiano Boong, de Lakshmipriya Devi, exibido no Festival de Toronto.
A Mostrinha também vai homenagear as três décadas do programa Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, e os 25 anos do longa homônimo de Cao Hamburger baseado na série. A programação também faz um tributo a Ziraldo (1932-2024), com a exibição de Menino Maluquinho: O Filme (1995), de Helvécio Ratton, e Menino Maluquinho 2: A Aventura (1998), de Fernando Meirelles, que contam a história do personagem mais famoso criado pelo cartunista.
A Mostrinha também revisita o japonês Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar (2008), de Hayao Miyazaki, premiado em Veneza, e a versão restaurada do indiano Kummatty (1979), de Govindan Aravindan, que integra também o Foco Índia.
Todos os anos a Mostra concede o Prêmio Humanidade para personalidades que demonstram questões humanistas, sociais e políticas pertinentes ao seu tempo de forma corajosa e sensível. Nesta 48ª edição, o cineasta haitiano Raoul Peck vai receber a honraria por sua obra que combate o racismo, engajada em uma luta que não separa indignação e beleza. Peck nasceu no Haiti e foi criado entre Congo, Estados Unidos, França e Alemanha. Ensinou roteiro e direção na Tisch School of the Arts da Universidade de Nova York e foi presidente da La Fémis, em Paris. Além disso, foi ministro da Cultura do Haiti entre 1996 e 1997.
É diretor, entre outros, de O Homem nas Docas (1993), exibido no Festival de Cannes, Lumumba (2000), que estreou na Quinzena dos Realizadores, também em Cannes, e Abril Sangrento (2005), que participou da competição do Festival de Berlim. Seu filme Eu Não Sou Seu Negro (2016), que tem James Baldwin como tema, foi indicado ao Oscar de melhor documentário e ganhou o Prêmio do Público no Festival de Toronto e de Berlim. O Jovem Karl Marx (2017), exibido na 41ª Mostra, foi apresentado no Festival de Berlim e Silver Dollar Road (2023), no Festival de Toronto. Peck é também diretor da série Extermine Todos os Brutos (2021), que investe contra a crença da história como progresso.
E mais: a 48ª Mostra exibe o filme mais recente do cineasta: Ernest Cole: Achados e Perdidos, premiado como melhor documentário no Festival de Cannes. O longa conta a história do fotógrafo sul-africano Ernest Cole (1940-1990), o primeiro a expor os horrores do apartheid para além das fronteiras da África do Sul.
Além disso, três longas com roteiro e direção do cineasta palestino Michel Khleifi serão revisitados na Mostra: A Memória Fértil (1980); Núpcias na Galiléia (1987), vencedor do Prêmio da Crítica no Festival de Cannes e do prêmio de melhor filme no Festival de San Sebastián; e O Conto das Três Joias Perdidas (1995).
Gonçalo Waddington em Grand Tour, do cineasta português Miguel Gomes
A Mostra também exibe títulos que trazem diversos olhares sobre o Oriente Médio, como: Contos de Gaza, do palestino Mahmoud Nabil Ahmed; Happy Holidays, do palestino Scandar Copti; Israel Palestina na TV Sueca 1958-1989, do sueco Göran Olsson; A Lista, da iraniana Hana Makhmalbaf; No Other Land, dos palestinos Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor; o libanês Linha Verde, de Sylvie Ballyot, premiado em Locarno; Por Que a Guerra? e Shikun, ambos do diretor israelense Amos Gitai.
Integra a programação de obras restauradas: o brasileiro Também Somos Irmãos (1949), de José Carlos Burle, restaurado pela Cinemateca Brasileira e um dos primeiros filmes a abordar o racismo no Brasil. Também serão exibidas cópias restauradas de: Onda Nova: Gayvotas Futebol Clube (1983), de Ícaro (Francisco) C. Martins e José Antonio Garcia, exibido na 7ª Mostra e logo em seguida proibido pela censura, que traz Carla Camurati, Cristina Mutarelli, Cida Moreira, Regina Casé, Tânia Alves, Neide Santos e Patrício Bisso no elenco; Um é Pouco, Dois é Bom (1970), de Odilon Lopez; Brincando nos Campos do Senhor (1991), de Hector Babenco e indicado ao Globo de Ouro; e o curta inédito Auto de Vitória (1966), do baiano Geraldo Sarno, com sessão com debate com o cantor Tom Zé. Em homenagem a Rogério Sganzerla, morto há 20 anos, a Mostra exibe a versão digitalizada do longa Abismu (1977), que teve roteiro e direção do catarinense. A nova cópia do filme foi exibida no Festival de Locarno em 2023.
A Mostra também celebra os 40 anos de lançamento de Paris, Texas (1984), de Wim Wenders, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, com a exibição da restauração digital do negativo original. Além dele, homenageia os 20 anos de Edukators: Os Educadores (2004), dirigido por Hans Weingartner, exibido em Cannes, que estará presente no evento, com sessões do longa restaurado. Também exibirá a nova cópia do documentário Tokyo Melody: Um Filme sobre Ryuichi Sakamoto (1985), de Elizabeth Lennard. Também será exibida em memória aos 50 anos da Revolução dos Cravos a cópia restaurada de Capitães de Abril (2000), de Maria de Medeiros, vencedor do Prêmio do Júri de melhor filme da 24ª Mostra. A exibição será seguida de uma conversa com a diretora.
Os 100 anos de nascimento do italiano Marcello Mastroianni serão celebrados com a exibição de Marcello Mio (2024), de Christophe Honoré, exibido no Festival de Cannes. Cópias restauradas de seis filmes com o ator produzidos em diferentes países completam a homenagem pelo centenário: Um Homem em Estado… Interessante (1973), de Jacques Demy; O Apicultor (1986), de Theo Angelopoulos; Olhos Negros (1987), de Nikita Mikhalkov, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar; Três Vidas e Só uma Morte (1996), de Raúl Ruiz; e Viagem ao Princípio do Mundo (1997), de Manoel de Oliveira.
Após o sucesso das exibições da Mostra em Manaus no ano passado, filmes da seleção partem nesta 48ª edição para Belém. As sessões na capital paraense, uma parceria com o Cine Líbero Luxardo, equipamento de cultura vinculado à Fundação Cultural do Estado do Pará, ocorrem entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro. Entre os filmes que integram a programação da itinerância está Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes, exibido no Festival de Roterdã. A sessão contará com a participação do diretor. A tradicional itinerância promovida pelo Sesc por cidades paulistas ocorrerá em 10 unidades, de 15 de novembro a 15 de dezembro; os filmes da Mostra serão exibidos nos Sesc Araraquara, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Preto, São Carlos, Birigui, Sorocaba, Jundiaí e Campinas.
A exibição de filmes acompanhados por apresentações musicais já é uma tradição na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Nesta edição, a Mostra apresenta o formato Cine-Concerto, uma apresentação com trilha sonora tocada ao vivo e em tempo real, que ocorrerá durante exibições especiais de cada um dos filmes dirigidos por Rodrigo Areias presentes na programação; todas as apresentações ocorrerão na Sala Grande Otelo, na Cinemateca Brasileira.
Pelo sexto ano, produções em realidade virtual ganham espaço na Mostra. As exibições especiais de filmes no formato estarão disponíveis no Sesc 14 Bis, na Cinemateca Brasileira e no Metrô Itaquera. Entre os trabalhos internacionais estão obras exibidas no Festival de Veneza, como The Art of Change, de Simone Fougnier e Vincent Rooijers; A Simple Silence, de Craig Quintero; e a animação Mamie Lou, de Isabelle Andreani. Já entre os filmes brasileiros, além de diversos trabalhos da produção recente do realizador Tadeu Jungle, acompanhamos a trajetória emocional de uma família pelo olhar de uma menina na animação brasileira 40 Dias sem o Sol, de João Carlos Furia.
A animação Arca de Noé, de Sergio Machado e Alois Di Leo: coprodução entre Brasil e Índia
O IV Encontro de Ideias Audiovisuais, dedicado a fomentar o mercado audiovisual, acontecerá entre os dias 24 e 26 de outubro, na Cinemateca Brasileira. As salas de cinema Oscarito e Grande Otelo, o Espaço Petrobras na Mostra, exclusivamente montado para o evento, e o jardim do local abrigam a programação; o evento é gratuito e aberto ao público em geral. O Encontro é formado por três eventos: III Mercado, o VIII Fórum e o VIII Da Palavra à Imagem e traz mais de 60 convidados.
Para finalizar, a 48ª Mostra concederá o Troféu Bandeira Paulista, uma criação da artista plástica Tomie Ohtake, aos filmes da seção Competição Novos Diretores. Os longas desta seção mais bem votados pelo público após as exibições são submetidos ao júri, que escolherá os vencedores nas categorias melhor filme de ficção, melhor documentário e outras categorias que os jurados desejarem.
O júri deste ano será formado: pela produtora argentina Hebe Tabachnik, pelo ator português Gonçalo Waddington, pelo norte-americano Kyle Stroud (produtor de O Brutalista, Harvest, Eephus e The Line, que integram a seleção da Mostra), pelo crítico francês Thierry Meranger, pela atriz brasileira Camila Pitanga e pelo cineasta iraniano Mohsen Makhmalbaf, que terá seus mais recentes filmes, Aqui as Crianças Não Brincam Juntas e Falando com Rios, exibidos no evento.
Outras duas premiações também serão entregues no encerramento do festival. Prêmio da Crítica | Cinema Internacional: desde 2001, o vencedor é escolhido por um grupo de jornalistas especializados em cinema que cobrem o evento e que escolhem o melhor filme estrangeiro. E o Prêmio Abraccine | Cinema Brasileiro: desde 2012, um júri indicado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema escolhe o melhor filme brasileiro de diretores estreantes exibido na Mostra, que não tenha sido premiado pela Abraccine em outros festivais pelo país.
Além deles, a Netflix entregará pelo segundo ano consecutivo um prêmio, concedido a um filme brasileiro participante da 48ª Mostra que ainda não tenha contrato com um serviço de streaming, a partir da escolha de uma comissão julgadora liderada pela plataforma. O filme vencedor será adquirido pela Netflix e exibido em diversos países. No ano passado, o premiado foi Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges.
O Projeto Paradiso também volta a oferecer o Prêmio Paradiso de apoio à distribuição nos cinemas a um dos filmes selecionados para a seção Mostra Brasil. O objetivo é apoiar o lançamento comercial da obra escolhida e estimular a conexão do longa com o público. A escolha do vencedor será feita por meio de uma comissão externa a partir dos títulos mais bem votados pelo público; também será entregue o 3º Prêmio Brada de Direção de Arte.
Vale destacar que nesta edição 109 filmes dirigidos por mulheres serão exibidos na programação. E mais: ao todo, 28 títulos da 48ª Mostra terão recursos de acessibilidade (para pessoas com deficiência auditiva ou visual) por meio da plataforma Mobi LOAD.
Foram anunciados neste domingo, 13/10, no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, os vencedores do Festival do Rio 2024, que contou com 51 filmes na competição principal e na Novos Rumos e 35 produções ao Prêmio Felix na disputa pelo Troféu Redentor. A atriz Fabiula Nascimento e o ator Juan Paiva apresentaram a cerimônia.
Neste ano, o prêmio de melhor filme foi entregue para dois títulos: Baby, de Marcelo Caetano, que narra a história de uma paixão tumultuada e de uma amizade cheia de desencontros; e Malu, de Pedro Freire, sobre uma mulher de meia idade com um passado glorioso que se vê presa em um caos existencial. Ao total, as duas obras levaram quatro prêmios cada um.
Entre os discursos da noite, João Pedro Mariano, eleito o melhor ator por Baby, emocionou: “Eu quero agradecer à pessoa mais importante da minha vida: a minha mãe, que nunca teve o direito de sonhar. Ela é empregada doméstica. Venho de uma cidade muito pequena. Estou vivendo um sonho. E queria dizer que eu amo, amo ser viado. Muito obrigado!”.
A vencedora do Redentor de melhor atriz, Yara de Novaes, por Malu, também discursou: “Esse prêmio é para a Malu Rocha, pela Malu Rocha. Quero muito que as pessoas coloquem o nome dela no Google e descubram a grande atriz que ela era. Quero agradecer à Tati Leite, que é a produtora mais linda e maravilhosa da vida. E ao Pedro, que oferece generosamente para a gente as suas memórias”.
Nesta 26ª edição, o time de jurados foi formado por: Mercedes Morán (presidenta), Emilie Lesclaux, Gabriela Sandoval, Juliana Vicente, Maria Muricy, Marcello Ludwig Maia e Yann Le Quellec na Competição Principal da Première Brasil; Lucas Paraizo (presidente), Ricardo Alves Jr., Simone Yunes e Natara Ney na Première Brasil Novos Rumos; e Rogério Espírito Santo, Alma Flora e Indira Nascimento no Prêmio Felix, que celebra os filmes de temática LGBTQIAP+ em toda a programação e que completa dez anos nesta edição.
Com o intuito de valorizar ainda mais os aspectos técnicos e artísticos das produções nacionais, o Festival do Rio 2024 ampliou a seleção de categorias a serem premiadas. Dentro da Competição Principal da Première Brasil, agora também são entregues as estatuetas do Redentor para melhor som e melhor trilha sonora; dois elementos fundamentais na construção da narrativa cinematográfica.
Já na competição dedicada aos novos realizadores e novas linguagens da produção audiovisual brasileira, a mostra Novos Rumos passa a contemplar pela primeira vez as categorias de melhor atriz e melhor ator. A inclusão dessas premiações reforça o compromisso do Festival do Rio em promover e incentivar jovens intérpretes que estão despontando na indústria cinematográfica.
Ilda Santiago, diretora-executiva do Festival do Rio, agradeceu aos patrocinadores do evento e também aos realizadores que enviam seus filmes para o festival: “A gente sabe que os Redentores vão ser para alguns e não para todos, mas para nós, o importante é ter aberto esse momento de convívio. A gente sempre pensa que cinema é a maior diversão, e cinema é a maior conversão, é isso que a gente quer fazer. Converter todos para o cinema, fazer com que eles estejam cheios o ano inteiro, e que a gente esteja aqui no ano que vem com mais filmes e com vocês”, afirmou.
Conheça os vencedores do Festival do Rio 2024:
PREMIÈRE BRASIL
Melhor Filme | Ficção: Baby, de Marcelo Caetano (SP) e Malu, de Pedro Freire (RJ) Prêmio Especial do Júri: Jamilli Correa, por Manas Melhor Direção | Ficção: Luciano Vidigal, por Kasa Branca Melhor Roteiro: Malu, escrito por Pedro Freire Melhor Curta: A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE) Melhor Documentário: 3 Obás de Xangô, de Sergio Machado (RJ) Melhor Direção | Documentário: Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, por A Queda do Céu Melhor Atriz: Yara de Novaes, por Malu Melhor Ator: João Pedro Mariano, por Baby Melhor Atriz Coadjuvante: Carol Duarte e Juliana Carneiro da Cunha, por Malu Melhor Ator Coadjuvante: Diego Francisco, por Kasa Branca Menção Honrosa: Diana Mattos, por Betânia Melhor Fotografia: Kasa Branca, por Arthur Sherman Melhor Direção de Arte: Baby, por Thales Junqueira Melhor Montagem: Salão de Baile, por Peterkino Melhor Som: A Queda do Céu, por Marcos Lopes, Guile Martins e Toco Cerqueira Melhor Trilha Sonora: Kasa Branca e Quando Vira a Esquina, por Fernando Aranha e Guga Bruno
PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS
Melhor Longa: Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE) Melhor Atriz: Mayara Santos, por Ainda Não é Amanhã Melhor Ator: Reynier Morales, por O Deserto de Akin Prêmio Especial do Júri: Paradeiros, de Rita Piffer (RJ) Melhor Direção: Davi Pretto, por Continente Melhor Curta: Carne Fresca, de Giovani Barros (RJ) Menção Honrosa | Curta: O Céu Não Sabe o Meu Nome, de Carol Aó (BA) e E Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
PRÊMIO FÉLIX
Melhor Filme Brasileiro: Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim (RJ) Melhor Filme Internacional: Tudo Vai Ficar Bem (Cong jin yihou), de Ray Yeung (Hong Kong) Melhor Documentário: A Bela de Gaza (La Belle de Gaza), de Yolande Zauberman (França) Menção Honrosa | Documentário: Vollúpya, de Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ) e Salão de Baile, de Juru e Vitã (RJ) Prêmio Especial do Júri: Baby, de Marcelo Caetano (SP)
A 19ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro acontecerá entre os dias 5 e 11 de dezembro em João Pessoa, na Paraíba. O evento, que terá entrada franca em todas as sessões, será realizado na rede Cinépolis do Manaíra Shopping.
Nesta segunda-feira, 07/10, a organização do festival divulgou a seleção oficial dos 12 curtas-metragens que farão parte da Competição Nacional. Com recorde de inscrições nesta edição, com 880 filmes inscritos (entre curtas e longas), o Comitê de Seleção foi formado pelos jornalistas e críticos de cinema Amilton Pinheiro (SP) e Rodrigo Fonseca (RJ) e a roteirista e crítica Vivi Pistache (BH).
Em comunicado oficial, Lúcio Vilar, fundador e produtor executivo do evento, disse: “O Fest Aruanda experimenta, esse ano, uma virada de chave que terá efeitos generalizados em sua edição de 19 anos”. O festival chega esse ano com nomenclatura renovada: passa a ser o Festival do Audiovisual Internacional da Paraíba.
“A grande novidade é que dobramos a aposta na valorização do curta-metragem enquanto categoria, experimental por excelência, e, como sabemos, trampolim para o longa-metragem na carreira de qualquer realizador. Além das tradicionais mostras competitivas de curta-metragem nacional, paraibana e de estudantes da Universidade Federal da Paraíba, vamos amplificar substancialmente o nosso braço internacional. Vem se somar aos curtas-metragistas da União Europeia, filmes da San Diego State University (SDSU/Califórnia, EUA) e da China nesta edição, o que será um sopro de renovação no fluxo de intercâmbio com conteúdos audiovisuais de quatro continentes”, explicou Vilar.
Sobre os filmes escolhidos: “A seleção deste ano celebra o espírito de diversidade e de coragem do cinema brasileiro recente na triagem por temáticas urgentes (assombradas por fantasmas da exclusão) que servem de pólvora para narrativas combativas, que não largam mão da dialética”, disse Rodrigo Fonseca, crítico de cinema, dramaturgo e roteirista.
Segundo Amilton Pinheiro: “Uma ótima leva de curtas-metragens com diversidade temática, que passa pelas questões identitárias a temas mais universais, como: envelhecimento, morte, nossa latinidade; e propostas de dispositivos de linguagem. Os realizadores desses filmes não esqueceram que cinema é uma linguagem”.
“Face a uma profícua safra de filmes nacionais, essa edição do Fest Aruanda faz uma aposta curatorial diversa, coletiva e de apuro afiado, que resulta no acolhimento não apenas dos filmes que vibraram mais consensuais, bem como das obras que se revelaram maravilhosamente improváveis. Assim, essa edição do festival traz um conjunto de um conjunto de filmes que convidam a revisitar a nação brasileira fabulando amálgamas e bálsamos”, disse Vivi Pistache, roteirista, pesquisadora e curadora.
Foram selecionados realizadores experientes, diretores de longas, inclusive, junto com estreantes e curtas-metragistas com mais de um filme. Vale destacar o fato da seleção apresentar mais filmes vindos da região Nordeste do que do Sudeste, seis no total, o que mostra a força das produções feitas na região: “Outra coisa a ser destacada é que os três curtas paraibanos pressentes na mostra nacional foram produzidos fora da capital [Cuité, Coxixola e Cabaceiras]. Todos do interior do estado, mostrando que a descentralização é uma realidade em todo país”, completou Amilton.
O Fest Aruanda contará também com o Prêmio Canal Brasil de Curtas no valor de 15 mil reais para o melhor curta do festival. O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem e uma forma de contemplar o festival em sua relação de parceria com o canal do cinema brasileiro.
Conheça os curtas-metragens nacionais selecionados para o 19º Fest Aruanda:
A Última Valsa, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP) A Voz de Guadakan, de Joel Pizzini (MS) Almadia, de Mariana Medina (CE) Eu Fui Assistente de Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ) Helena de Guaratiba, de Karen Black (RJ) Jupiter, de Carlos Segundo (MG) Ladeira Abaixo, de Ismael Moura (PB) Movimentos Migratórios, de Rogério Cathalá (BA) Navio, de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real (RN) Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ) Serão, de Caio Bernardo (PB) Umbilina e sua Grande Rival, de Marlom Meirelles (PE/PB)