Notícias

Fique por dentro de tudo o que acontece no universo do cinema!

15º Festival de Cinema de Triunfo: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Betty Faria no curta Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler

A 15ª edição do Festival de Cinema de Triunfo, que acontecerá entre os dias 9 e 14 de dezembro, no Theatro Cinema Guarany, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco, contará com 40 filmes na programação entre curtas, médias e longas-metragens.

Os filmes selecionados concorrem ao Troféu Caretas com prêmios do Júri Oficial e Júri Popular. Cada prêmio destinará R$ 3 mil para o melhor longa, R$ 2 mil para os melhores curtas de cada categoria e R$ 1 mil para o melhor filme experimental. O Troféu Caretas também será entregue em outras categorias; já o Troféu Fernando Spencer será concedido para o melhor personagem das obras concorrentes.

O festival, que em breve anunciará outras atividades em sua programação, é realizado pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe.

Conheça os filmes selecionados para o 15º Festival de Cinema de Triunfo:

LONGA-METRAGEM NACIONAL

Cervejas no Escuro, de Tiago A. Neves (PB)
Citrotoxic, de Julia Zakia (SP)
Légua Tirana, de Diogo Fontes Ek’derô e Marcos Carvalho Xôlaka (PE)
Sekhdese, de Graciela Guarani e Alice Gouveia (PE)
Tijolo por Tijolo, de Victória Álvares e Quentin Delaroche (PE)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM PERNAMBUCANO

Carniceiros, de Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang (Petrolina)
Damião, de Hórus (São Lourenço da Mata)
De Pés: Dom Santana, de Cora Fagundes (Cabo de Santo Agostinho)
Dinho, de Leo Tabosa (Recife)
Flor do Coco, de Vinícius Tavares (Toritama)
Mulher Maracatu, de Carlota Pereira e Dani Cano (Tracunhaém/Nazaré da Mata)
O Som da Pele, de Marcos Santos (Recife)
Socorro & Mazé, de João Marcelo (Surubim)
Sua Majestade, o Passinho, de Carol Correia e Mannu Costa (Recife)
Uma Irmã Mais Velha, de Drica Mendes (Recife)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM DOS SERTÕES

Carol, de Bruna Tavares (Afogados da Ingazeira, PE)
É Cantando que Eu me Liberto, de Tatá Farias (Triunfo, PE)
KRUARÃ: Território Ancestral, de Zinid (Triunfo, PE)
Lilith, de Nayane Nayse (Afogados da Ingazeira, PE)
Mestre Orlando do Couro: Ancestralidade Viva na Pele Talhada, de Bruno Marques (Poço Redondo, SE)
Miração, de Agamenon Porfírio (Ouricuri, PE)
Moagem, de Odília Nunes (Tabira, PE)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM NACIONAL

A Edição do Nordeste, de Pedro Fiuza (RN)
Cinemas de Rua de Guaxupé, de Eudaldo Monção Jr. (MG)
Emerenciana, de Larissa Nepomuceno (PR)
Mansos, de Juliana Segóvia (MT)
Navio, de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real (RN)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Ser Trava no Sertão Transgressora, de Luís Massilon da Silva Filho (PE)
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter (BA)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM INFANTOJUVENIL

Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (PB)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Super-Heróis, de Rafael de Andrade (DF)
Yadedwa Seetô, de Coletivo Cinema no Interior: Comunidade Indígena Angico Pankararu (PE)

CURTA E MÉDIA-METRAGEM EXPERIMENTAL

BucóliCALL, de Fábio Narciso (MG)
Búfala, de Tothi Santos (GO)
O Bombeiro, de Mozart Albuquerque (PE)
RHEUM, de Rayana França (BA)
Sustenta a Pisada!, de Jéssika Betânia (PE)

Foto: Divulgação.

Festival do Rio 2024: conheça os filmes internacionais selecionados

por: Cinevitor
Saoirse Ronan no longa The Outrun, de Nora Fingscheidt

Depois de anunciar os títulos brasileiros, o Festival do Rio 2024, que acontecerá entre os dias 3 e 13 de outubro, revelou mais de 150 títulos internacionais que serão exibidos ao longo da programação com produções aclamadas nos maiores festivais do mundo e os indicados por seus países ao Oscar.

Nesta 26ª edição, uma seleção imperdível de produções internacionais ganha destaque na mostra Panorama Mundial. Entre os mais aguardados está O Quarto ao Lado, vencedor do Leão de Ouro em Veneza e o primeiro filme falado em inglês do cineasta espanhol Pedro Almodóvar. O longa, estrelado por Tilda Swinton e Julianne Moore, aborda o reencontro de duas amigas em meio a lembranças do passado e desafios atuais.

Parthenope, do premiado diretor italiano Paolo Sorrentino, que disputou a Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, também se destaca. O drama fantástico, descrito como uma carta de amor a Nápoles, é o primeiro filme do cineasta a ter uma protagonista feminina: Celeste Dalla Porta e Stefania Sandrelli interpretam a personagem-título ao lado de Gary Oldman.

Outro destaque é The Seed Of The Sacred Fig, dirigido por Mohammad Rasoulof, cineasta iraniano exilado, vencedor do Prêmio Especial do Júri e do Prêmio FIPRESCI em Cannes. O filme foi rodado sob sigilo no Irã, o que resultou na condenação do diretor à prisão, que precisou fugir de seu país, cruzando a fronteira pelas montanhas, para não ser encarcerado. Já O Aprendiz, de Ali Abbasi, retrata a ascensão do magnata Donald Trump nos anos 1970 e 1980, com performances marcantes de Sebastian Stan e Jeremy Strong, e conquistou a crítica após sua estreia em Cannes.

Além disso, o festival traz Unicórnios, um drama queer dirigido por Sally El Hosaini e James Krishna Floyd, e estrelado por Jason Patel e Ben Hardy. Outros destaques incluem: o novo drama da cineasta alemã Nora Fingscheidt, The Outrun, exibido na mostra Panorama do Festival de Berlim, protagonizado por Saoirse Ronan e baseado no livro de memórias da jornalista Amy Liptrot; o aclamado drama Bird, da cineasta britânica Andrea Arnold, que foi exibido em Cannes; The End, de Joshua Oppenheimer, que disputou a Concha de Ouro no Festival de San Sebastián e traz Tilda Swinton no elenco; a comédia de horror Canina, de Marielle Heller, com Amy Adams; entre outros.

A seleção do Festival do Rio traz títulos já indicados por seus respectivos países que disputarão uma vaga na categoria de melhor filme internacional do Oscar 2025. Até agora já estão confirmados: o francês Emilia Pérez, de Jacques Audiard, que será o filme de abertura, e venceu o Prêmio do Júri e o prêmio de melhor atriz para Selena Gomez, Karla Sofía Gascón, Adriana Paz e Zoe Saldaña no Festival de Cannes; A Garota da Agulha, de Magnus von Horn, representante da Dinamarca e que disputou a Palma de Ouro; o chileno No Lugar da Outra, de Maite Alberdi, que foi exibido em San Sebastián; o canadense Linguagem Universal, de Matthew Rankin, que ganhou o Prêmio do Público na Quinzena de Cineastas em Cannes; Assassina, de Eva Nathena, representante da Grécia, que foi consagrado no Festival Internacional de Cinema de Xangai; Encontro com Ditador, de Rithy Panh, do Camboja e exibido em Cannes; Todo Mundo Ama Touda, de Nabil Ayouch, representante do Marrocos.

Tilda Swinton e Julianne Moore em O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar

E mais títulos na disputa pela estatueta dourada completam a programação: o argentino Matem o Jóquei!, de Luis Ortega, que disputou o Leão de Ouro em Veneza; Três Quilômetros para o Fim do Mundo, de Emanuel Pârvu, da Romênia, que foi o vencedor da Queer Palm em Cannes e premiado no Festival de Sarajevo; Rainhas, de Klaudia Reynicke, representante da Suíça e grande vencedor da mostra Generation Kplus em Berlim; Caminho da Vida, de Min Bahadur Bham, do Nepal, que disputou o Urso de Ouro em Berlim e foi exibido em Locarno; Memórias de um Corpo Ardente, de Antonella Sudasassi Furniss, representante da Costa Rica e que recebeu o Prêmio do Público na mostra Panorama na Berlinale; o norueguês Armand e os Limites das Famílias, de Halfdan Ullmann Tøndel, vencedor da Caméra d’Or em Cannes; e o consagrado The Seed Of The Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof, representante da Alemanha.

Além disso, a mostra Panorama Mundial traz outras diversas obras consagradas ao redor do mundo. Do Festival de Cannes destacam-se: Sem Pudor, de Konstantin Bojanov, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Anasuya Sengupta na mostra Un Certain Regard; Um Filme Inacabado, de Lou Ye, exibido fora de competição; A Mais Preciosa das Cargas, de Michel Hazanavicius, que disputou a Palma de Ouro e foi exibido também no Festival de Annecy; Viver, Morrer e Renascer, de Gaël Morel, e É Tempo de Amar, de Katell Quillévéré, exibidos na mostra Cannes Premiere; Meu nome é Maria, de Jessica Palud, que retrata a vida da icônica atriz francesa Maria Schneider, famosa por seu papel polêmico em O Último Tango em Paris; e Loucos por Cinema!, de Arnaud Desplechin, exibido fora de competição e também em San Sebastián.

A seleção da Panorama Mundial segue também com destaques do Festival de Berlim: Black Tea: O Aroma do Amor, de Abderrahmane Sissako, diretor de Timbuktu, que disputou o Urso de Ouro; As Aventuras de uma Francesa, de Hong Sang-soo, com Isabelle Huppert, que venceu o Grande Prêmio do Júri; Tudo Vai Ficar Bem, de Ray Yeung, vencedor do Teddy Award e do mesmo diretor de Suk Suk: Um Amor em Segredo; Meu Bolo Favorito, de Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha, consagrado com o Prêmio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema; Architecton, de Victor Kossakovsky, Tempo Suspenso, de Olivier Assayas, e Língua Estrangeira, de Claire Burger, que disputaram o Urso de Ouro; e o português Mãos no Fogo, de Margarida Gil, exibido na mostra Encounters.

Do Festival de Veneza, a mostra Panorama Mundial traz: Campo de Batalha, de Gianni Amelio, e Juventude: De Volta ao Lar, de Wang Bing, que disputaram o Leão de Ouro; e Happyend: Liberdade em Vigilância, de Neo Sora, exibido na mostra Orizzonti.

Georgina Epiayu, mulher trans da etnia Wayúu, em Alma do Deserto, de Mónica Taboada Tapia

Outros destaques ao redor do mundo completam a seleção: Trilha Sonora para um Golpe de Estado, de Johan Grimonprez, vencedor do prêmio Cinematic Innovation no Festival de Sundance; Sabbath Queen, de Sandi DuBowski, exibido no Festival de Tribeca; Juventude: Tempos Difíceis, de Wang Bing, vencedor do Prêmio FIPRESCI em Locarno; Ao Pó Voltaremos, de Carlos Marques-Marcet, eleito o melhor filme da mostra Platform no Festival de Toronto; Banzo: Uma Mortal Nostalgia, de Margarida Cardoso, premiado no IndieLisboa; Transamazônia, dirigido pela sul-africana Pia Marais, que disputou o Leopardo de Ouro em Locarno, uma coprodução entre França, Alemanha, Suíça, Taiwan e Brasil; Uma Bela Vida, de Costa-Gavras, exibido em competição no Festival de San Sebastián; o documentário O Efeito Casa Branca, dirigido pelo brasileiro Pedro Kos ao lado de Bonni Cohen e Jon Shenk; A Contadora de Filmes, de Lone Scherfig, com Bérénice Bejo e Daniel Brühl; Todo Tempo que Temos, de John Crowley, com Andrew Garfield, Florence Pugh e Grace Delaney no elenco; entre outros.

Já a Première Latina, uma das mostras mais longevas da programação do Festival do Rio, vai exibir 17 longas-metragens representando os países Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Panamá, Peru e Uruguai. As produções selecionadas abordam questões sociais, políticas e existenciais que refletem a diversidade cultural e histórica de cada  região retratada. A Première Latina existe desde a segunda edição do Festival do Rio, realizada no ano 2000, e visa promover a aproximação cultural entre os povos latino-americanos.

Destacam-se: Alma do Deserto, de Mónica Taboada Tapia, uma coprodução entre Brasil e Colômbia, que recebeu o Queer Lion no Festival de Veneza; O Homem que Amava Discos Voadores, de Diego Lerman, exibido em San Sebastián; Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz, uma coprodução entre Brasil, Alemanha, Taiwan e Argentina, que passou pela Berlinale e San Sebastián; Raiz, de Franco García Becerra, que recebeu Menção Especial na mostra Generation Kplus em Berlim; O Castigo, de Matías Bize, premiado no Cine Ceará e no Festival de Málaga; entre outros.

A mostra Midnight Movies vem para provocar, assustar, excitar e fazer rir, sem preconceito ou tabu, com a seleção de filmes que usam e abusam da linguagem do cinema. Na seleção deste ano, destacam-se longas que passaram por alguns dos principais festivais mundiais, como: O Império, de Bruno Dumont, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Berlim; Rainhas do Drama, primeiro longa de Alexis Langlois, exibido na Semana da Crítica, em Cannes; o documentário alemão Baldiga: Coração Aberto, de Markus Stein, exibido na mostra Panorama em Berlim; Herege, de Scott Beck e Bryan Woods, com Hugh Grant e Sophie Thatcher; Os Hiperbóreos, de Cristóbal León e Joaquín Cociña, destaque na Semana da Crítica em Cannes; O Crepúsculo do Pé Grande, de David Zellner e Nathan Zellner, com Jesse Eisenberg, exibido no SXSW Film Festival; O Intruso, de Bruce LaBruce, da mostra Panorama de Berlim; e No Nosso Sangue, dirigido pelo brasileiro Pedro Kos, que já foi indicado ao Oscar pelo curta Onde Eu Moro.

Mahsa Rostami, Soheila Golestani e Setareh Maleki em The Seed of the Sacred Fig

Na mostra Itinerários Únicos, o Festival do Rio reúne 11 títulos com histórias de personalidades e lugares singulares, que marcaram seu tempo com novas ideias, quebra de tabus e preconceitos, ou que se destacaram na luta por liberdade e individualidades, entre eles, em estreia mundial, Twiggy, de Sadie Frost, resgata a trajetória da supermodelo da década de 1960, cantora, atriz e produtora Twiggy; o filme traz depoimentos dela própria e de nomes como Paul McCartney, Lulu, Poppy Delevingne, Brooke Shields, Pattie Boyd e Zandra Rhodes. E mais: outro ícone, agora do cinema, Humphrey Bogart, é retratado em Humphrey Bogart: A Vida Vem em Flashes, de Kathryn Ferguson; exibido na mostra Sessões Especiais do Festival de Cannes, A Bela de Gaza, de Yolande Zauberman, é um documentário sobre mulheres transgênero em Israel; entre outros.

A seleção internacional do Festival do Rio completa-se com a mostra Expectativa, que também traz diversos títulos consagrados internacionalmente e outras obras, como: Tóxico, de Saulė Bliuvaitė, vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Maré Alta, de Marco Calvani, com o brasileiro Marco Pigossi, que foi exibido no SXSW e premiado no FilmOut San Diego; Bring Them Down, de Christopher Andrews, com Barry Keoghan, exibido no London Film Festival; Uma Família, de Christine Angot, da mostra Encounters da Berlinale; De Volta à Alexandria, de Tamer Ruggli, exibido no Festival de Zurique; A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg, premiado como melhor roteiro no Festival de Sundance; Amável, de Lilja Ingolfsdottir, vencedor do Prêmio Especial do Júri e melhor atriz para Helga Guren no Karlovy Vary International Film Festival; Bruxas, de Elizabeth Sankey, consagrado no Festival de Tribeca; A Garota da Vez, dirigido pela atriz Anna Kendrick, que passou pelo Palm Springs International Film Festival; O Soldado Sem Rastros, de Dani Rosenberg, da seleção de Locarno do ano passado.

Do Festival de Cannes, a mostra Expectativa conta com: O Cão Preto, de Guan Hu, melhor filme da mostra Un Certain Regard; Eat the Night, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel, exibido na Quinzena de Cineastas; O Julgamento do Cachorro, de Laetitia Dosch, Santosh: Vozes da Hierarquia, de Sandhya Suri, Niki, de Céline Sallette, e Viet e Nam, de Truong Minh Quý, da Un Certain Regard; As Mulheres da Sacada, de Noémie Merlant, exibido na Sessão da Meia-Noite; Animale, de Emma Benestan, que foi o filme de encerramento da Semana da Crítica; e O Retrato de Norah, de Tawfik Alzaidi, que recebeu Menção Especial na mostra Un Certain Regard.

Marco Pigossi em Maré Alta, do cineasta italiano Marco Calvani

A programação da Expectativa segue com títulos do Festival de Berlim, como: A Quem Eu Pertenço?, de Meryam Joobeur, Gloria! Acordes para a Liberdade, de Margherita Vicario, e Caminho da Vida, de Min Bahadur Bham, que disputaram o Urso de Ouro; A Perda de Faruk, de Asli Özge, vencedor do Prêmio FIPRESCI da mostra Panorama; Interceptado, de Oksana Karpovych, que recebeu Menção Especial do Júri Ecumênico; Semana Santa, de Andrei Cohn, exibido na mostra Forum; O Divórcio de Andrea, de Josef Hader, e Todos os que Você É, de Michael Fetter Nathansky, destaque da mostra Panorama; e Ela Estava Sentada, Como Todas as Outras, de Youjia Qu, que recebeu Menção Especial na mostra Generation 14plus.

Do Festival de Veneza, a mostra Expectativa traz: Cidade do Vento, de Lkhagvadulam Purev-Ochir, que rendeu o prêmio de melhor ator para Tergel Bold-Erdene na mostra Orizzonti do ano passado; September 5, de Tim Fehlbaum, filme de abertura da Orizzonti Extra; E Seus Filhos Depois Deles, de The Boukherma Brothers, que consagrou Paul Kircher com o Prêmio Marcello Mastroianni de Ator Revelação da Competição Internacional; Aïcha: Uma Outra Chance, de Mehdi M. Barsaoui, e Pedaço de Mim, de Anne-Sophie Bailly, exibidos na mostra Orizzonti; e Familia, de Francesco Costabile, que rendeu o prêmio de melhor ator para Francesco Gheghi na mostra Orizzonti deste ano.

Completam a mostra Expectativa do Festival do Rio: Na Terra de Irmãos, de Raha Amirfazli e Alireza Ghasemi, vencedor do prêmio de melhor direção em Sundance; Clandestina, de Maria Mire, exibido no Doclisboa; Swimming Home: Ao Redor da Piscina, de Justin Anderson, destaque no Festival de Tribeca; Johatsu: Os Evaporados, de Andreas Hartmann e Arata Mori, exibido no Krakow Film Festival; Sempre Garotas, de Shuchi Talati, premiado em Berlim e vencedor do Prêmio do Público e melhor atriz para Preeti Panigrahi; Pierce: Marchar e Romper, de Nelicia Low, exibido no Karlovy Vary International Film Festival; Sebastian, de Mikko Mäkelä, destaque em Sundance e Guadalajara; o português Manga d’Terra, de Basil da Cunha, que disputou o Leopardo de Ouro em Locarno; e Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal, de Raven Jackson, indicado ao Gotham Awards e ao Spirit Awards, destaque na lista da National Board of Review e exibido em competição em Sundance e San Sebastián.

Como parte das homenagens do festival, será celebrada a vida e carreira de Christopher Reeve, o eterno Superman, que completaria 72 anos em 2024, com a exibição do documentário Super/Man: A História de Christopher Reeve, dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui.

Para a Gala de Encerramento Internacional, o Festival do Rio traz ao público Conclave, uma adaptação do best-seller homônimo de Robert Harris e centra-se em um dos eventos mais secretos e antigos do mundo: a seleção de um novo Papa. O longa, protagonizado por Ralph Fiennes, é dirigido por Edward Berger, vencedor do Oscar de melhor filme internacional em 2023 por Nada de Novo no Front.

Conheça os filmes internacionais selecionados para o Festival do Rio 2024:

PANORAMA MUNDIAL

A Contadora de Filmes (La Contadora de Películas), de Lone Scherfig (França/Espanha/Chile)
A Garota da Agulha (Pigen Med Nålen), de Magnus von Horn (Dinamarca/Polônia/Suécia)
A Hora do Orvalho (Il Punto di Rugiada), de Marco Risi (Itália)
A Mais Preciosa das Cargas (La Plus Précieuse Des Marchandises), de Michel Hazanavicius (França/Bélgica)
Ao Pó Voltaremos (Polvo Serán), de Carlos Marques-Marcet (Espanha/Itália/Suíça)
Architecton, de Victor Kossakovsky (Alemanha/França)
As Aventuras de uma Francesa (Yeohaengjaui Pilyo), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
As Gigantes (The Giants), de Laurence Billiet (Austrália)
Banzo: Uma Mortal Nostalgia, de Margarida Cardoso (Portugal/França/Holanda)
Bird, de Andrea Arnold (Reino Unido/França)
Black Tea: O Aroma do Amor, de Abderrahmane Sissako (França/Luxemburgo/Taiwan/Mauritânia/China)
Campo de Batalha (Campo di Battaglia), de Gianni Amelio (Itália)
Canina (Nightbitch), de Marielle Heller (EUA)
É Tempo de Amar (Le Temps d’aimer), de Katell Quillévéré (França/Bélgica)
Encontro com Ditador (Rendez-Vous avec Pol Pot), de Rithy Panh (França/Camboja/Taiwan/Qatar/Turquia)
Happyend: Liberdade em Vigilância, de Neo Sora (Japão)
Juventude: De Volta ao Lar (Qing Chun: Gui), de Wang Bing (França/Luxemburgo/Holanda)
Juventude: Tempos Difíceis (Qingchun: Ku), de Wang Bing (França/Luxemburgo/Holanda)
Língua Estrangeira (Langue Étrangère), de Claire Burger (França/Alemanha/Bélgica)
Loucos por Cinema! (Spectateurs!), de Arnaud Desplechin (França)
Mãos no Fogo, de Margarida Gil (Portugal)
Meu Bolo Favorito (Keyke Mahboobe Man), de Maryam Moghaddam e Behtash Sanaeeha (Irã/França/Suécia/Alemanha)
Meu Nome é Maria (Maria), de Jessica Palud (França)
O Aprendiz (The Apprentice), de Ali Abbasi (Canadá/Dinamarca/Irlanda)
O Efeito Casa Branca (The White House Effect), de Pedro Kos, Bonni Cohen e Jon Shenk (EUA)
O Monge e a Arma (The Monk and the Gun), de Pawo Choyning Dorji (Butão/França/EUA/Taiwan)
O Quarto ao Lado, de Pedro Almodóvar (Espanha)
O Quintal Americano (L’orto americano), de Pupi Avati (Itália)
Parthenope, de Paolo Sorrentino (Itália/França)
Sabbath Queen, de Sandi DuBowski (EUA)
Sem Pudor (The Shameless), de Konstantin Bojanov (Suíça/Bulgária/França/Taiwan/Índia)
Super/Man: A História de Christopher Reeve (Super/Man: The Christopher Reeve Story), de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui (EUA/Reino Unido)
Teleférico do Amor (Gondola), de Veit Helmer (Alemanha/Geórgia)
Tempo Suspenso (Hors du Temps), de Olivier Assayas (França)
Tesouro (Treasure), de Julia von Heinz (Alemanha/França)
The End, de Joshua Oppenheimer (Dinamarca/Alemanha/Irlanda/Itália/Reino Unido/Suécia)
The Outrun, de Nora Fingscheidt (Alemanha/Reino Unido)
The Seed of the Sacred Fig, de Mohammad Rasoulof (Alemanha/França/Irã)
Todo Mundo Ama Touda (Everybody Loves Touda), de Nabil Ayouch (França/Marrocos/Bélgica/Dinamarca/Holanda)
Todo Tempo que Temos (We Live in Time), de John Crowley (Reino Unido/França)
Transamazônia (Transamazonia), de Pia Marais (França/Alemanha/Suíça/Taiwan/Brasil)
Três Quilômetros para o Fim do Mundo (Trei Kilometri pâna la Capatul Lumii), de Emanuel Pârvu (Romênia)
Trilha Sonora para um Golpe de Estado (Soundtrack to a Coup d’Etat), de Jonah Grimonprez (Bélgica/França/Holanda)
Tudo Vai Ficar Bem (Cong jin yihou), de Ray Yeung (Hong Kong)
Um Caso Comum (Le Fil), de Daniel Auteuil (França)
Um Filme Inacabado (An Unfinished Film), de Lou Ye (Singapura/Alemanha)
Uma Bela Vida (Le Dernier Souffle), de Costa-Gavras (França)
Unicórnios (Unicorns), de Sally El Hosaini (Reino Unido/EUA/Suécia)
Viver, Morrer e Renascer (Vivre, mourir, renaître), de Gaël Morel (França)

PREMIÈRE LATINA

Alma do Deserto (Alma del Desierto), de Mónica Taboada Tapia (Brasil/Colômbia)
Confio em Ti (En Vos Confío), de Agustín Toscano (Argentina)
Dormir de Olhos Abertos, de Nele Wohlatz (Brasil/Alemanha/Taiwan/Argentina)
Estado de Silêncio (Estado de Silencio), de Santiago Maza (México)
Matem o Jóquei! (El Jockey), de Luis Ortega (Argentina/México/Espanha/Dinamarca/EUA)
Memórias de um Corpo Ardente (Memorias de un Cuerpo que Arde), de Antonella Sudasassi Funiss (Costa Rica/Espanha)
No Lugar da Outra (El Lugar de la Otra), de Maite Alberdi (Chile)
O Aroma do Pasto Recém-Cortado (El Aroma del Pasto Recién Cortado), de Celina Murga (Argentina/Uruguai/Alemanha/México/EUA)
O Castigo (El Castigo), de Matías Bize (Chile/Argentina)
O Homem que Amava Discos Voadores (El Hombre que Amaba los Platos Voladores), de Diego Lerman (Argentina)
O Ladrão de Cães (El Ladrón de Perros), de Vinko Tomičić Salinas (Chile/França/México/Bolívia/Itália/Equador)
Os Sonhos de Pepe (Los Sueños de Pepe: Movimiento 2052), de Pablo Trobo (Uruguai)
Pimpinero: Sangue e Gasolina (Pimpinero: Sangre y Gasolina), de Andrés Baiz (Colômbia)
Querido Trópico, de Ana Endara (Panamá/Colômbia)
Rainhas (Reinas), de Klaudia Reynicke (Suíça/Peru/Espanha)
Raiz (Raíz), de Franco García Becerra (Peru/Chile)
Vera e o Prazer dos Outros (Vera y el Placer de los Otros), de Romina Tamburello e Federico Actis (Argentina)

EXPECTATIVA

A Garota da Vez (Woman of the Hour), de Anna Kendrick (EUA)
A Perda de Faruk (Faruk), de Asli Özge (Alemanha/Turquia/França)
A Quem Eu Pertenço? (Mé el Aïn), de Meryam Joobeur (Tunísia/França/Canadá)
A Verdadeira Dor (A Real Pain), de Jesse Eisenberg (EUA/Polônia)
Aïcha: Uma Outra Chance, de Mehdi M. Barsaoui (França/Tunísia/Itália/Arábia Saudita/Qatar)
Amal: Dos Muros para Dentro, de Jawad Rhalib (Bélgica)
Amável (Elskling), de Lilja Ingolfsdottir (Noruega)
Animale, de Emma Benestan (França/Bélgica/Arábia Saudita)
Armand e os Limites das Famílias, de Halfdan Ullmann Tøndel (Noruega/Holanda/Suécia/Alemanha)
As Mulheres da Sacada (Les Femmes au Balcon), de Noémie Merlant (França)
Assassina (Fonissa), de Eva Nathena (Grécia)
Bring Them Down, de Christopher Andrews (Irlanda/Reino Unido/Bélgica)
Bruxas (Witches), de Elizabeth Sankey (Reino Unido)
Caminho da Vida (Shambhala), de Min Bahadur Bham (Nepal/França/Noruega/Hong Kong/Turquia/Taiwan/EUA/Qatar)
Cidade do Vento (Ser Ser Salhi), de Lkhagvadulam Purev-Ochir (França/Alemanha/Mongólia/Holanda/Portugal/Qatar)
Clandestina, de Maria Mire (Portugal)
Daddio, de Christy Hall (EUA/Canadá)
De Volta à Alexandria (Retour en Alexandrie), de Tamer Ruggli (Suíça/França/Qatar)
E Seus Filhos Depois Deles (Leurs Enfants Après Eux), de The Boukherma Brothers (França)
Eat the Night, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Ela Estava Sentada, Como Todas as Outras (Kai Shi De Qiang), de Youjia Qu (China)
Entrelaços (Necklace), de Fernando Grostein Andrade e Fernando Siqueira (Brasil/EUA)
Familia, de Francesco Costabile (Itália)
Gloria! Acordes para a Liberdade, de Margherita Vicario (Itália/Suíça)
Interceptado (Intercepted), de Oksana Karpovych (Canadá/França/Ucrânia)
Johatsu: Os Evaporados, de Andreas Hartmann e Arata Mori (Alemanha/Japão)
Linguagem Universal (Universal Language), de Matthew Rankin (Canadá)
Manga d’Terra, de Basil da Cunha (Portugal/Suíça)
Maré Alta (High Tide), de Marco Calvani (EUA)
Meu Lugar é Aqui (Il Mio Posto È Qui), de Daniela Porto e Cristiano Bortone (Itália/Alemanha)
Na Terra de Irmãos (In the Land of Brothers), de Raha Amirfazli e Alireza Ghasemi (Irã/França/Holanda/EUA)
Niki, de Céline Sallette (França)
O Cão Preto (Gou Zhen), de Guan Hu (China)
O Divórcio de Andrea (Andrea Lässt Sich Scheinden), de Josef Hader (Áustria)
O Julgamento do Cachorro (Le Procès du Chien), de Laetitia Dosch (França/Suíça)
O Retrato de Norah (Norah), de Tawfik Alzaidi (Arábia Saudita)
O Soldado Sem Rastros (The Vanishing Soldier), de Dani Rosenberg (Israel)
Pedaço de Mim (Mon Inséparable), de Anne-Sophie Bailly (França)
Pierce: Marchar e Romper, de Nelicia Low (Singapura/Taiwan/Polônia)
Santosh: Vozes da Hierarquia, de Sandhya Suri (Reino Unido)
Sebastian, de Mikko Mäkelä (Reino Unido/Bélgica/Finlândia)
Seis Palmos sobre a Terra (Six Pieds sur Terre), de Karim Bensalah (França)
Semana Santa (Saptamana Mare), de Andrei Cohn (Romênia/Suíça/Reino Unido)
Sempre Garotas (Girls Will Be Girls), de Shuchi Talati (Índia/França/EUA/Noruega)
September 5, de Tim Fehlbaum (Alemanha/EUA)
Swimming Home: Ao Redor da Piscina, de Justin Anderson (Reino Unido/Brasil/Holanda/Grécia)
Temporada de Seca (Sucho), de Bohdan Sláma (Alemanha/Eslováquia/República Tcheca)
Todas as Estradas de Terra Têm Gosto de Sal (All Dirt Roads Taste of Salt), de Raven Jackson (EUA)
Todos os que Você É (Alle Die Du Bist), de Michael Fetter Nathansky (Alemanha/Espanha)
Tóxico (Akipleša), de Saulė Bliuvaitė (Lituânia)
Uma Família (Une Famille), de Christine Angot (França)
Viet e Nam (Viet and Nam), de Truong Minh Quý (Vietnã/Filipinas/Singapura/França/Holanda/Itália/Alemanha)

MIDNIGHT MOVIES

A Herança, de João Cândido Zacharias (Brasil)
A Tristeza (Ku Bei), de Rob Jabbaz (Taiwan)
Abraço de Mãe, de Cristian Ponce (Brasil/Acrotíri e Deceleia)
Baldiga: Coração Aberto (Baldiga: Entsichertes Herz), de Markus Stein (Alemanha)
Deadstream, de Joseph Winter e Vanessa Winter (EUA)
Força Bruta: Condenação (Beomjoidosi 4), de Heo Myeong-haeng (Coreia do Sul)
Herege (Heretic), de Scott Beck e Bryan Woods (EUA)
Infestação (Vermines), de Sébastien Vaniček (França)
Mad God, de Phil Tippett (Canadá)
Não Fale o Mal (Speak No Evil), de Christian Tafdrup (Dinamarca) (2022)
No Nosso Sangue (In Our Blood), de Pedro Kos (EUA)
O Crepúsculo do Pé Grande (Sasquatch Sunset), de David Zellner e Nathan Zellner (EUA)
O Império (L’Empire), de Bruno Dumont (França/Alemanha/Itália/Portugal/Bélgica)
O Intruso (The Visitor), de Bruce LaBruce (Reino Unido)
Os Hiperbóreos (Los Hiperbóreos), de Cristóbal León e Joaquín Cociña (Chile)
Rainhas do Drama (Les Reines du Drame), de Alexis Langlois (França/Bélgica)
Stopmotion, de Robert Morgan (Reino Unido)
Tokyo Revengers 2, Arco Halloween de Sangue, Parte 1: Destino (Tokyo Revengers 2 Part 1: Bloody Halloween: Destiny), de Tsutomu Hanabusa (Japão)
Tokyo Revengers 2, Arco Halloween de Sangue, Parte 2: Confronto (Tokyo Revengers 2: Bloody Halloween: Decisive Battle), de Tsutomu Hanabusa (Japão)
Tokyo Revengers, de Tsutomu Hanabusa (Japão)

ITINERÁRIOS ÚNICOS

A Bela de Gaza (La Belle de Gaza), de Yolande Zauberman (França)
Brian Jones e os Rolling Stones (The Stones and Brian Jones), de Nick Broomfield (Reino Unido)
Humphrey Bogart: A Vida Vem em Flashes (Bogart: Life Comes in Flashes), de Kathryn Ferguson (Reino Unido)
In the Mood for Art: O Museu M+ e Arte Contemporânea em Hong Kong (In the Mood for Art: The M+ Museum and the Art Scene in Hong Kong), de Michael Schindhelm (Suíça)
Jean Genet Agora (Jean Genet Ahora), de Miguel Zeballos (Argentina)
Misty: A História de Erroll Garner (Misty: The Erroll Garner Story), de Georges Gachot (Suíça/França/Alemanha)
O Poeta Rei, de Carlos Gomes (Portugal)
Promessa: A Arquitetura de BV Doshi (Das Versprechen: Architekt BV Doshi), de Jan Schmidt-Garre (Alemanha)
Riefenstahl: Cinema e Poder, de Andres Veiel (Alemanha)
Twiggy, de Sadie Frost (Reino Unido)
Uma Visão Repentina às Coisas Profundas (A Sudden Glimpse to Deeper Things), de Mark Cousins (Reino Unido)

*Clique aqui e conheça os longas brasileiros selecionados para a Première Brasil

*Clique aqui e conheça os curtas-metragens brasileiros selecionados para a Première Brasil

Fotos: Divulgação.

18ª CineBH e 15º Brasil CineMundi: conheça os vencedores

por: Cinevitor
O Rio de Lágrimas Corre no Vale do Amor, de Ulisses Arthur: projeto alagoano premiado

Foram anunciados neste domingo, 29/09, no Cine Theatro Brasil Vallourec, os vencedores da 18ª edição da CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte e do 15º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting.

A cerimônia de encerramento revelou os projetos premiados no maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro; e de longas-metragens da Mostra Território em três categorias, que contou com Ariel Kuaray Ortega, Bárbara Colen, Everlane Moraes, Pedro Ortega e Rebeca Gutiérrez no Júri Oficial

O prêmio de melhor longa-metragem da mostra Território, de caráter competitivo, foi concedido ao argentino Las Almas, dirigido por Laura Basombrío. O Júri Oficial destacou o filme por sua “escuta consciente do território retratado”, elogiando como a obra respeita o ritmo do espaço filmado e oferece “um ponto de vista claro de direção, em coerência com a fotografia e o design sonoro”. A interpretação do relato em off da protagonista também foi mencionada como um ponto alto do filme, conduzindo o espectador “ao terreno e ao onírico”, abordando temas como “a dor, a cura, os lutos, a violência de gênero e a resiliência”. A sensibilidade poética e o detalhismo da produção foram decisivos para sua vitória.

Las Almas também foi reconhecido com o Prêmio Abraccine, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema. O Júri da Crítica, formado por Ana Paula Barbosa, Marcos Santuario e Rodrigo James, destacou a “capacidade do filme de utilizar a narrativa do documentário com força cênica social e criativa”, incorporando elementos da ficção de maneira habilidosa. O trabalho de imagem e som foi elogiado por estar “a serviço do resgate de memória”, demonstrando “sensibilidade e competência” no uso dos recursos técnicos, reforçando o impacto da obra no festival.

Pelo Júri Oficial, o prêmio de melhor presença foi entregue à personagem Karina, do filme Mala Reputação, de Marta García e Sol Infante, do Uruguai. Segundo o júri, Karina se destaca por ser “empática, leve e esperta”, além de conseguir transmitir uma corporeidade que “é o próprio filme”. A atuação da personagem estabelece uma forte conexão com o público, “atravessando em um sentido de moralidade contraposto à humanidade”. O júri elogiou ainda a “forma muito autêntica de mostrar sua vida em frente à câmera”, garantindo assim o reconhecimento como a melhor presença em cena.

Por fim, o Júri Oficial deu o prêmio de destaque à fotografia de Carropasajero, de Juan Pablo Polanco Carranza e Cesar Alejandro Jaimes, da Colômbia. O filme foi celebrado pela “fotografia exuberante e poética”, que cria uma “dimensão espiritual” e aproxima o espectador da “escuta interior e do silêncio”. A composição visual, com um trabalho cuidadoso de luzes e sombras, foi apontada como essencial para transmitir a corporalidade dos personagens e criar uma “atmosfera nostálgica entre o silêncio e o vento”.

Enquanto isso, na 15ª edição do Brasil CineMundi, o estado de Alagoas saiu como o grande vencedor com O Rio de Lágrimas Corre no Vale do Amor, premiado pelo Júri Oficial como o melhor projeto da categoria Horizonte. O júri foi formado por Thiago Macêdo Correia, Christine Tröstrum e Lidia Damatto. Ao agradecer o prêmio, Ulisses Arthur disse sentir falta de filmes brasileiros que retratem a juventude no interior do Nordeste e que seu projeto tem esse entre seus objetivos.

Conheça os vencedores de 2024 da CineBH e do Brasil CineMundi:

MOSTRA TERRITÓRIO | CineBH

MELHOR FILME
Las Almas, de Laura Basombrío (Argentina)

MELHOR PRESENÇA
Karina Nuñez, por Mala Reputación

DESTAQUE DO JÚRI
Carropasajero; fotografia de Angello Faccini

JÚRI DA CRÍTICA | PRÊMIO ABRACCINE
Las Almas, de Laura Basombrío (Argentina)

BRASIL CineMundi

PROJETO EM DESENVOLVIMENTO | TROFÉU HORIZONTE
O Rio de Lágrimas Corre no Vale do Amor, de Ulisses Arthur (AL)
Produção: Alessandra Moretti
Empresa Produtora: Céu Vermelho Fogo Filmes
Prêmios: DOT Cine, Mistika, Naymovie Edina Fujii, O2 Pós, Parati Films e Ventana Sur

MENÇÃO HONROSA | MOSTRA HORIZONTE
Enseada, de Sara Pinheiro e Pablo Lamar (MG)
Produção: Luana Melgaço
Empresa Produtora: Anavilhana

PRÊMIO DocBrasil Meeting
O Rio Diante da Curva, de Renan Barbosa Brandão (RJ)
Prêmios: DOT Cine e Naymovie Edina Fujii

PRÊMIO MAAF | ESPANHA | PROJETO PARADISO
A Estirada, de Sérgio de Carvalho (AC)

PRÊMIO FIDBA | ARGENTINA
Na Passagem do Trópico, de Francisco Miguez (SP)

PRÊMIO NUEVAS MIRADAS | CUBA
Zumbido, de Karen Akerman (RJ)

PRÊMIO WORLD CINEMA FUND | ALEMANHA
Zumbido, de Karen Akerman (RJ)

PRÊMIO RIDM | CANADÁ
O Lugar da Falta, de Mariana de Melo (MG)

PRÊMIO DocSP
Cartas para um Futuro Esquecido, de Pablo Francischelli e Takumã Kuikuro (RJ)

PRÊMIO CENTRO DE ESTUDOS DocSP
Pretos Novos do Valongo, de Laís Dantas e Monica Sanches (RJ)

PRÊMIO COOPERAÇÃO E INTERCÂMBIO | BURNING | COLÔMBIA
Até o Amanhecer, de Lara Carvalho (BA)

PRÊMIO COOPERAÇÃO E INTERCÂMBIO | CONECTA | CHILE
O Rio Diante da Curva, de Renan Barbosa Brandão (RJ)

FOCO MINAS | PRÊMIO Naymovie EDINA FUJII
Desejo é o Nome do Homem que Eu Amo, de Lea Monteiro (MG)

PRÊMIO ANAVILHANA | PARADISO MULTIPLICA
Vestígios, de Milena Times (PE)

WIP | WORK IN PROGRESS
Prêmio O2 Pós: Lira, de Beth Formaggini e Maria Lira Marques
Prêmio Mistika: Sangue do Meu Sangue, de Rafaela Camelo (DF)
Prêmio The End: Notas Sobre o Distrito de Miguel Burnier, de João Dumans (MG)

Foto: Leo Lara/Universo Produção.

LABRFF 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
João Miguel em Estômago 2: O Poderoso Chef, de Marcos Jorge

A 17ª edição do LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival, acontecerá entre os dias 4 e 7 de novembro, no The Culver Theater, localizado no coração de Los Angeles ao lado de grandes estúdios, como Sony Pictures, Amazon Studios e Apple Studios.

A seleção deste ano contará com diversos títulos em mostras competitivas e paralelas, que discutem temas atuais e importantes. Pelo terceiro ano, o curta-metragem vencedor do LABRFF é automaticamente selecionado para os festivais de Vassouras, Curta Caicó e para a seleção do Festival Internacional de Paraty, reiterando a importância da troca cultural entre o Brasil e o mundo.

Fundado em 2008 pela produtora de cinema Meire Fernandes e pelo jornalista Nazareno Paulo, o LABRFF preencheu uma lacuna na Meca do cinema, tornando-se uma vitrine para as produções brasileiras em Hollywood. O festival já exibiu mais de 1.450 títulos, premiou mais de 600 profissionais do cinema e contribuiu para a realização de longas-metragens no Brasil em parceria com os Estados Unidos, além de ter colaborado para o licenciamento de diversos títulos brasileiros para majors de distribuição americana.

Conheça os filmes selecionados para o LABRFF 2024:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGA-METRAGEM

Atena, de Caco Souza
Café, Pepi, e Limão, de Adler Paz e Pedro Léo
Dois é Demais em Orlando, de Rodrigo Van Der Put
Entre Raiz e Asas, de Gabriel Muglia e Wlado Herzog
Estômago 2: O Poderoso Chef, de Marcos Jorge
Grande Sertão, de Guel Arraes
Inexplicável, de Fabricio Bittar
Infinimundo, de Bruno Martins e Diego Müller
Maníaco do Parque, de Maurício Eça
Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline
Ninguém Sai Vivo Daqui, de André Ristum
O Barulho da Noite, de Eva Pereira
O Clube das Mulheres de Negócios, de Anna Muylaert
Retrato de um Certo Oriente, de Marcelo Gomes
Saudosa Maloca, de Pedro Serrano

MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA | DOCUMENTÁRIO

Diamantes, de Daniela Thomas, Sandra Corveloni e Beto Amaral
Nas Ondas de Dorival Caymmi, de Locca Faria
Neirud, de Fernanda Faya
Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi
Pantanal, Planície das Águas, de Lygia Barbosa
Vai pra Cuba, Eduardo!, de Juliana Baroni
WR Discos Uma Invenção Musical, de Maira Cristina e Nuno Penna

MOSTRA COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM

2 Brasis, de Carol Aó e Helder Fruteira
Aquela Mulher, de Marina Erlanger e Cristina Lago
As Marias, de Dannon Lacerda
Batalha de Flores, de Luis Villaverde
Bodas de Ouro, de Liza Gomes
Cartas a uma Jovem Mulher, de Pedro Belchior Costa
Deixa, de Mariana Jaspe
Eletricidade, de Gustavo de Carvalho
Encruzilhada Bar, de Johann Jean
Escadaria do Amor, de Gui Agustini
Eu Não Sei se Vou Ter que Falar Tudo de Novo, de Thassilo Weber e Vitoria Fallavena
Eu Tenho uma Voz, de Barbara Ramos e Juliana Albuquerque
Fenda, de Lis Paim
Firmina, de Izah Neiva
Julião, Filhos da Praia, de Mônica Mac Dowell
Memórias Culinárias do Quilombo Ausente Feliz, de Lucas Assunção
O Entardecer, de Rodrigo Frota e Thiago Oliveira
O Louco, de Guilherme Suman
Umbilina e sua Grande Rival, de Marlom Meirelles

MOSTRA COMPETITIVA | CURTA-METRAGEM INTERNACIONAL

American Smiles, de Victor Cardoso e Thales Côrrea
Before Everything Changes, de Giulia Guzzo
Days of Eden, de Gabriel Dimilo e Christopher Maldonado
Família, de Germano Kuerten
Safe, de Bia Oliveira
Saudade, de Lucca de Oliveira
Sunflower, de Lury Pinto
The Roomate, de Fabio Anfe
To the End, de Gui Agustini

MOSTRA PARALELA | CURTA-METRAGEM

Bom Comportamento, de Matthews Silva
Conexão, de Julie Ketlem
Correnteza, de Diego Müller e Pablo Müller
Eu Estou Aqui, de André Santos
Gostou do Meu Batom?, de Kathia Calil
Margem, de Domingos Antonio
Pastrana, de Gabriel Motta e Melissa Brogni

EXIBIÇÃO ESPECIAL
The Midway Point, de Lucca Vieira

Foto: Divulgação/Paris Filmes.

Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é escolhido para representar o Brasil no Oscar 2025

por: Cinevitor
Fernanda Torres em cena: aclamada internacionalmente

A Academia Brasileira de Cinema anunciou na manhã desta segunda-feira, 23/09, o filme selecionado para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2025

Escolhido por unanimidade pela Comissão de Seleção, em reunião virtual, o longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, vai disputar uma indicação na categoria de melhor filme internacional na 97ª edição do Oscar, premiação anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 2 de março de 2025.

Presidida por Bárbara Paz, a Comissão de Seleção deste ano foi composta por 25 membros: Allan Deberton (CE), Andre Pellenz (RJ), Bárbara Paz (RJ), Bernardo Uzeda (RJ), Bia Oliveira (RJ), Carol Bentes (RJ), Cíntia Domit Bittar (SC), Diogo Dahl (RJ), Edson Ferreira (ES), Eloisa Lopez-Gomez (SP), Flavio Tambellini (RJ), Gabriel Mellin (RJ), Gláucia Camargos (RJ), Ilana Brakarz (RJ), Leo M. Barros (RJ), Lô Politi (SP), Lucy Barreto (RJ), Malu Miranda (RJ), Marcelo Serrado (RJ), Monica Trigo (SP), Plinio Profeta (RJ), Renata Martins (SP), Sandra Kogut (RJ), Gal Buitoni (SP) e Alfredo Alves (MG).

Recentemente premiado no Festival de Veneza como melhor roteiro, Ainda Estou Aqui disputou a vaga com outros 11 longas inscritos e habilitados e, na semana passada, passou para o segundo turno com outros cinco títulos: Cidade; Campo, de Juliana Rojas; Levante, de Lillah Halla; Motel Destino, de Karim Aïnouz; Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges; e Sem Coração, de Nara Normande e Tião.

Em comunicado oficial, Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção, disse: “Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. Ainda Estou Aqui é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”.

Ainda Estou Aqui é estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello com participação especial de Fernanda Montenegro. O filme reúne a Sony Pictures Classics com Walter Salles, 26 anos depois da trajetória de sucesso de Central do Brasil. O filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa, que chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil. O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

A direção de fotografia de Ainda Estou Aqui é assinada por Adrian Teijido; a direção de arte é de Carlos Conti e o figurino de Cláudia Kopke, com caracterização de Marisa Amenta e Laura Zimmerman no som direto. A montagem é de Affonso Gonçalves e a preparação de elenco de Amanda Gabriel; Daniela Thomas assina como produtora associada. O filme também foi exibido nos festivais de Toronto, San Sebastián e Festival Biarritz Amérique Latine, além de ter sido selecionado para o Festival de Nova York.

A adaptação cinematográfica do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, é produzido pela VideoFilmes, RT Features e Mact Productions; o longa é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração. A distribuição nos cinemas brasileiros será realizada pela Sony Pictures.

Nas redes sociais, o diretor Walter Salles comentou, em nome da equipe do filme, a escolha: “Para toda a família de Ainda Estou Aqui é uma honra representar o Brasil no Oscar, e nos festivais de cinema como Veneza e San Sebastián. Esperamos ansiosamente pelas estreias na Mostra de São Paulo e depois em uma sessão especial do Festival do Rio, porque esse filme existe, antes de mais nada, para se relacionar com o público brasileiro. Nada disso seria possível sem o livro fundamental de Marcelo Rubens Paiva e o apoio da família Paiva, que nos inspiraram constantemente nessa jornada. Aproveito para celebrar o fato de o cinema brasileiro estar sendo abraçado e premiado desde o início do ano nos principais festivais internacionais como Sundance, Berlim, Cannes, Veneza, Locarno. Vários filmes premiados são de cineastas estreantes, e não poderia haver melhor notícia para o cinema brasileiro. No documentário também temos um ano com filmes excepcionais. Esse conjunto de filmes prova que nossa cinematografia se reergue depois de anos difíceis. Torço para que o ano que vem seja ainda melhor para o cinema brasileiro”.

Na última edição do Oscar, o Brasil esteve na disputa com Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, mas não conseguiu uma vaga na premiação. Vale lembrar que a última vez que o país concorreu na categoria de melhor filme internacional (antes chamada de filme estrangeiro) foi em 1999, com Central do Brasil, também de Walter Salles; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os nove semifinalistas.

A Academia Brasileira de Cinema é a única entidade responsável pela seleção do filme brasileiro que irá concorrer a uma vaga entre os indicados ao prêmio de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.

Foto: Divulgação.

Com Angelina Jolie, Maria Callas, de Pablo Larraín, será o filme de abertura da 48ª Mostra de São Paulo

por: Cinevitor
Angelina Jolie em cena: atuação elogiada em Veneza

O novo longa do cineasta chileno Pablo Larraín, Maria Callas, que disputou o Leão de Ouro recentemente no Festival de Veneza, será o filme de abertura da 48ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Maria Callas faz um relato fictício dos últimos dias de vida de uma das mais celebradas cantoras de ópera da história. Angelina Jolie interpreta a soprano greco-americana Maria Callas neste longa que mostra sua última semana na Paris dos anos 1970 e perpassa memórias, retratando seus amigos, seus amores e sua voz. O longa é o terceiro de Larraín que faz um retrato de um ícone feminino do século 20, seguindo Jackie (2016) e Spencer (2021). O cineasta chileno também dirigiu No, que abriu a 36ª Mostra, em 2012. 

A cerimônia de abertura acontecerá na quarta-feira, 16/10, às 20h, na Sala São Paulo, com apresentação de Renata de Almeida e Serginho Groisman. O evento vai contar com a presença de profissionais do setor audiovisual, autoridades e patrocinadores. 

Vinicius Pagin, diretor-geral da Diamond Films Brasil, distribuidora do filme no país, comenta: “Apresentar um filme de abertura na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo reforça o compromisso da Diamond Films em trazer histórias relevantes e universais para o público brasileiro. Maria Callas celebra uma das vozes mais icônicas de todos os tempos, com Angelina Jolie no papel principal e direção de Pablo Larraín. É uma honra abrir a Mostra com essa produção. Seguimos comprometidos em oferecer ao público brasileiro grandes e premiados filmes do cinema independente”. Vale destacar que além de ser exibida na abertura, a cinebiografia também será apresentada durante o evento, que acontecerá entre os dias 17 e 30 de outubro.

Além de Maria Callas, a Mostra de São Paulo também já revelou outros títulos confirmados em sua programação, como: Anora, de Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano; o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, premiado em Veneza como melhor roteiro; a animação brasileira Arca de Noé, de Sérgio Machado e Alois Di Leo, na primeira edição da Mostrinha; All We Imagine as Light, de Payal Kapadia, vencedor do Grand Prix no Festival de Cannes; By the Stream, de Hong Sang-soo, vencedor do prêmio de melhor performance para Kim Min-hee no Festival de Locarno; The Shrouds, de David Cronenberg, que disputou a Palma de Ouro este ano.

E mais: C’est pas moi, média-metragem autobiográfico de Leos Carax, exibido no Festival de San Sebastián e em Cannes; Dying, de Matthias Glasner, vencedor do prêmio de melhor filme no German Film Awards; Miséricorde, de Alain Guiraudie, exibido nos festivais de Cannes e Munique; Simón de la Montaña, de Federico Luis, vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes; a animação Memoir of a Snail, de Adam Elliot, premiado como melhor longa-metragem do Festival de Annecy; Vermiglio, de Maura Delpero, vencedor do Grande Prêmio do Júri em Veneza; The Sparrow in the Chimney, de Ramon Zürcher, que disputou o Leopardo de Ouro no Festival de Locarno; Phantosmia, dirigido por Lav Diaz.

A seleção continua com: Eight Postcards from Utopia, de Radu Jude e Christian Ferencz-Flatz, exibido em Locarno; Saturday Night, de Jason Reitman; Sol de Inverno (My Sunshine), de Hiroshi Okuyama, exibido na mostra Un Certain Regard em Cannes e premiado no Festival de Taipei, que será o primeiro filme distribuído pela Michiko Filmes, distribuidora comandada por Michel Simões e Chico Fireman; The Devil’s Bath, de Veronika Franz e Severin Fiala, que venceu o Urso de Prata de Contribuição Artística para a fotografia de Martin Gschlacht no Festival de Berlim; e Tú Me Abrasas, de Matías Piñeiro, exibido na mostra Encounters da Berlinale.

Além disso, também foi divulgado o pôster da 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Neste ano, a arte é assinada pelo cineasta indiano Satyajit Ray (1921-1992), que também ganhará uma retrospectiva no festival.

Foto: Divulgação/Diamond Films Brasil.

6º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
João Guilherme Fonseca e Leonardo Lovantino no curta Maputo, de Lucas Abrahão

A sexta edição do Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte acontecerá entre os dias 24 e 27 de setembro, no Teatro Amazonas, em Manaus, e também em outros espaços culturais. A programação deste ano conta com a exibição dos filmes e atividades paralelas, como oficinas, mesas-redondas, debates e consultorias.

Para esta edição, 13 curtas-metragens concorrem aos prêmios da Mostra Amazônia, dedicada exclusivamente para obras dos estados da Amazônia Legal. Filmes de outras regiões fora da Amazônia estarão na Mostra Outros Nortes, que terá 14 obras. Já a Mostra Olhar Panorâmico, que nesta edição traz 8 títulos, é exclusiva para filmes amazônicos que não estão na mostra principal. Para o público infantojuvenil, foram selecionados sete filmes na Mostra Olhinho.

O Olhar do Norte 2024 ainda terá filmes convidados, que terão exibições especiais na abertura e no encerramento da programação. As atividades desta edição acontecerão no Teatro Amazonas, Cine Casarão, Teatro da Instalação e Palácio da Justiça. Além das exibições presenciais, os filmes também estarão disponíveis na plataforma Muvieplay um dia após a sua exibição no teatro; e no dia 28 de setembro, às 17h, no Cine Casarão, será realizada uma sessão extra com a exibição dos filmes premiados do festival.

O júri deste ano será formado por grandes personalidades do cenário audiovisual, como: Adriana De Faria, Bernardo Ale Abinader, Christiane Garcia, Fabiano Barros e Thiago Briglia na Mostra Amazônia; Gabriel Oliveira, Rebeca Almeida e Renildo Rodrigues na Mostra Outros Nortes; e Lorena Montenegro e Danilo Areosa na Mostra Olhar Panorâmico. Além disso, o festival traz uma novidade: o Júri Jovem, formado por alunos do curso de Produção Audiovisual da UEA, e por membros do Cinevideo Tarumã, da UFAM. São eles: Regina Ridnare, Anne France, Syd Carmo, Juan Pablo e Luis Eduardo de Souza Fernandes.

Conheça os filmes selecionados para o 6º Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte:

MOSTRA AMAZÔNIA

Asa Delta, de Ângela Coradini e Felippy Damian (MT)
Casa de Luiza, de Rodrigo Antonio (PA)
Hélio Melo, de Leticia Rheingantz (AC)
João de Una Tem um Boi, de Pablo Monteiro e Coletivo LAB+SLZ (MA)
Na Dança que Cansa Voavas, de Gabriel Bravo de Lima (AM)
O Hóspede, de Vinícius Colares (PA)
Quebrante, de Janaina Wagner (PA)
Rezadeira, de Heric Ferreira, Diego Maia da Costa e Lucas da Conceição (PA)
Sapraquifa, de Max Michel (AM)
Surpresa!, de Jorge Filho (MA)
Tu Oro, de Rodrigo Aquiles (AP)
Um Mal Necessário, de Lucas Martins (AM)
Viagens para o Interior: Vila do Cocal, de Elaina Ferreira (PA)

MOSTRA OLHAR PANORÂMICO

Como(ver) a Cidade, de Pérola e Rafael Pinto (RR)
Cores Queimam, de Felippy Damian (MT)
Duplo Retrato, de Bruma de Sá (AM)
Festa de Pajés, de Iberê Périssé (AM)
Mariô: Eu Tô Aqui, de Brena Maria e Cadu Marques (MA)
Morfo, de Larissa Moon (AM)
Paranoia ou Mistificação, de Begê Muniz (AM)
Retomada, de Larissa Moon (AM)

MOSTRA OUTROS NORTES

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
À Noite Todos os Gatos são Pardos, de Matheus Moura (MG)
Big Bang Henda, de Fernanda Polacow (SP)
Cassandra, de Paula Granato (DF)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Do Tanto de Telha no Mundo, de Bruno Brasileiro (CE)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Maputo, de Lucas Abrahão (SP)
Moventes, de Jefferson Cabral (RN)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Roubar um Plano, de André Novais Oliveira e Lincoln Péricles (SP)

MOSTRA OLHINHO

Contos Mirabolantes, o Olho do Mapinguari, de Andrei Miralha e Petrônio Medeiros (PA)
De Onde Nasce o Sol, de Gabriele Stein (ES)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Kwat e Jaí: Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell (DF)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Memórias da Infância, de Alunas e Alunos EMEF Manuel Pereira Ramalho (ES)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)

FILMES CONVIDADOS

Ri, Bola, de Diego Bauer (AM)
Roberto Kahane e a Câmera do Dr. Salim, de Jean Robert Cesar (AM)

FILME DE ABERTURA
O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)

FILME DE ENCERRAMENTO
Oeste Outra Vez, de Érico Rassi (GO)

Foto: Divulgação.

VIII Cine Jardim: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Fernando Catatau e Brunu Kunk no longa cearense Centro Ilusão, de Pedro Diogenes

A oitava edição do Cine Jardim – Festival Latino-americano de Cinema de Belo Jardim acontecerá entre os dias 14 e 19 de outubro em formato híbrido. A programação contará com 69 títulos entre longas e curtas, divididos em mostras competitivas e paralelas.

As exibições acontecerão em três polos: Cine Teatro Cultura, com sessões nos turnos da manhã, tarde e noite com filmes em competição; Parque Janelas para o Rio, com exibições ao ar livre (no antigo Parque do Bambu) dos filmes da Mostra Rotas de Migração; e nas plataformas digitais, incluindo o site do Cine Jardim e a plataforma Cardume. Os filmes estarão disponíveis com recursos de acessibilidade comunicacional.

A proposta curatorial do festival é exibir títulos que estimulem a reflexão e a experiência do público com o compromisso com a inclusão sociocultural. Os filmes selecionados valorizam a memória e a diversidade cultural brasileira, contemplando temas relevantes das sociedades contemporâneas e explorando novas linguagens cinematográficas.

Neste ano, o filme de abertura será o longa-metragem em animação O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho. A trama conta a história de uma menina extremamente criativa que passa pelo processo de superação da perda de sua mãe. Fala de amizade, companheirismo e sobre as tantas belezas que nos cercam cotidianamente que muitas vezes nem percebemos. O Sonho de Clarice é o primeiro longa de animação do Distrito Federal e será exibido fora de competição em uma sessão especial.

O festival também realizará uma série de atividades paralelas gratuitas, sempre comprometido com o debate e a formação de público em relação à produção audiovisual contemporânea. Neste ano, a programação contará com as oficinas: Documentando Realidades, com o cineasta Marlom Meirelles; Crítica de Cinema, com o jornalista e crítico de cinema Diego Benevides; e Prática de Interpretação, com o renomado ator Tuca Andrada.

Além da Mostra Competitiva de curtas-metragens latino-americanos e da Mostra Competitiva de longas-metragens brasileiros, que serão avaliadas por um júri especial formado por profissionais da sétima arte, o Cine Jardim exibirá também as mostras paralelas: Revoada, Voo Livre e Rotas de Migração, com abordagens variadas para o público jovem; e Passarinho, formada por filmes para a infância e reúne, em sua maioria, animações.

A seleção foi montada a partir de 887 filmes inscritos, entre ficções, documentários e animações de todas as regiões do Brasil, além de produções estrangeiras. Para Leo Tabosa, cineasta e produtor do festival: “O Cine Jardim é uma importante janela para exibição e formação de público no Agreste de Pernambuco, cumprindo sua missão de levar o cinema a lugares onde ainda não há cinema. Reconhecemos o cinema como uma eficaz ferramenta de transformação social, e é por isso que nossa essência está em promover o cinema em sintonia com a educação. A cada edição, o número de filmes apresentados cresce, o que reforça o respeito e a admiração que o festival conquistou entre cineastas, produtores e público”.

O festival, de caráter competitivo, visa premiar filmes das mostras competitivas de curtas latinos e longas brasileiros. Além do Júri Oficial e Popular, a premiação contará também com o Júri Jovem, formado por participantes da oficina de crítica de cinema; este júri será responsável por escolher o melhor curta-metragem da mostra competitiva latino-americana. O festival também conta com prêmios de parceiros em serviços, entre eles, Prêmio Edina Fujii e Prêmio Mistika

O Cine Jardim, realizado no agreste pernambucano na cidade de Belo Jardim, teve início em 2015. Atualmente, faz parte do calendário de eventos da cidade e da programação das escolas públicas. O festival atende, também, algumas das cidades da microrregião do Vale do Ipojuca, como: Alagoinha, Brejo da Madre de Deus, Cachoeirinha, Capoeiras, Pesqueira, Riacho das Almas, Sanharó, São Bento do Una, São Caetano e Tacaimbó. É um festival de formação que tem como público-alvo alunos das escolas públicas de Belo Jardim.

Belo Jardim, localizada no Agreste Central de Pernambuco, tem população aproximada de 76.687 habitantes (Censo 2020), sendo a urbana com 59.934 habitantes e a rural com 16.753 habitantes. Vale destacar que mesmo sendo a terra do cineasta Cleto Mergulhão, Belo Jardim não possui salas de cinema ou qualquer outra possibilidade democrática de exibição dos filmes.

Conheça os filmes selecionados para o VIII Cine Jardim:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
Frevo Michiles, de Helder Lopes (PE)
Mais um Dia, Zona Norte, de Allan Ribeiro (RJ)
Solange, de Nathália Tereza e Tomás Osten (PR)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS LATINO-AMERICANOS

A Menina e o Pote, de Valentina Homem (PE)
Capturar o Fantasma, de Davi Mello (SP)
Circuito, de Leão Neto e Alan Sousa (CE)
Deixa, de Mariana Jaspe (RJ)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta (MG)
Fenda, de Lis Paim (CE)
Fossilização, de João Folharini (RJ)
Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arouche (PE)
Jupiter, de Carlos Segundo (RN)
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (RJ)
Sem Fantasia, de Pedro Murad e Daniel Herz (SP)
Trinidad, de Jos Azuela (México)

MOSTRA PASSARINHO

A Concha me Contou, de Instituto Marlin Azul (ES)
A Romantic Snack, de Rafael Lima (GO)
Alguma Coisa com Plutônio, de Raoni Assis (PE)
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Apenas uma Sacola de Plástico, de Luan Oliveira (CE)
Bolinha de Gude, de Ricardo Rodrigues (SP)
Diafragma, de Robson Cavalcante (AL)
Entre Estrelas, de Kelrylly Sabriny (GO)
Experiência, de Maria Petrassi (SC)
Flores da Macambira, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
Kwat e Jaí: Os Bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell (DF)
MA/GO, de Lucas Montes Silva (GO)
Memórias de Infância, de Instituto Marlin Azul (MG/ES)
O Barco, de Rodolpho Pinotti (SP)
O Bombeiro, de Mozart Albuquerque (PE)
O Chapéu do Zezéu, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
O Gato da Minha Irmã, de Instituto Marlin Azul (ES)
Penca no Parque, de Bruno De Souza (MG)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francis Frank (MG)
Só Rezando…, de Instituto Marlin Azul (RN/ES)
Super-herói do Clipe no Meio da Praça, de Felipe Aufiero (PR)
Super-heróis, de Rafael de Andrade (DF)
Três Marias, de Ricardo Rodrigues (SP)

MOSTRA REVOADA

As Melhores, de Renata Mizrahi (RJ)
Como Chorar Sem Derreter, de Giulia Butler (RJ)
Menina Semente, de Túlio Beat (PE)
O Cemitério do Parque da Luz, de Marko Martinz (SC)
O Mistério da Cohab 23, de Rogério Sagui (BA)
Trinca-Ferro, de Maria Fabíola (ES)
Visagens e Visões, de Rod Rodrigues (PA)

MOSTRA VOO LIVRE

A Casa Amarela, de Adriel Nizer (PR)
A Lenda dos Cavaleiros da Água, de Helen Quintans (SP)
Bicicleta Envenenada, de Luciene Crepalde (MG)
Holerite, de Ademir de Sena Moreira (MG)
Jardim da Imagem, de Guilherme Amado (RS)
Vão das Almas, de Edileuza Souza e Santiago Dellape (DF)

MOSTRA ROTAS DE MIGRAÇÃO

152 AB, de Daniel Jaber e Jelton Oliveira (MG)
2 Brasis, de Carol Aó e Helder Fruteira (SP)
Aracati, de Veruza Guedes (PB)
Baile da Curva, de Bruno Autran (SP)
Carol, de Bruna Tavares (PE)
Casulo, de Aline Flores (SP)
Eu Disse Sem Usar Palavras, de Braulio Rezende Barbosa (RJ)
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Habitar, de Antonio Fargoni (SP)
Margem, de Domingos Antônio e Flávio Ermirio (SP)
O Nome da Vida, de Amanda Pomar (MG)
Papelada, de Arthur Henrique Oliveira (GO)
Paradiso de Aníbal, de Diego Baraldi (MT)
Quem me Quer?, de Tiago Pinheiro (PE)
Umbilina e Sua Grande Rival, de Marlom Meirelles (PE)

Foto: Divulgação/Marrevolto Filmes.

Oscar 2025: seis longas disputam indicação brasileira ao prêmio de melhor filme internacional

por: Cinevitor
Iago Xavier, Nataly Rocha e Fabio Assunção em Motel Destino, de Karim Aïnouz

A Academia Brasileira de Cinema anunciou na manhã desta segunda-feira, 16/09, a lista com os seis longas-metragens brasileiros pré-selecionados que seguem na disputa por uma vaga na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025.

Ao todo, foram 12 longas-metragens inscritos e habilitados e a eleição foi realizada em dois turnos. No dia 23 de setembro, próxima segunda-feira, será escolhido, entre os seis pré-selecionados, o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga na 97ª edição da premiação realizada pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que acontecerá no dia 2 de março de 2025.

Neste ano, a Comissão de Seleção, presidida por Bárbara Paz, é composta por 25 membros titulares, sendo 21 eleitos em votação entre os sócios da Academia e outros quatro membros indicados pela diretoria, todos profissionais do ambiente cinematográfico brasileiro, mas não necessariamente associados.

Os integrantes da Comissão de Seleção do Oscar 2025 são: Allan Deberton (CE), Andre Pellenz (RJ), Bárbara Paz (RJ), Bernardo Uzeda (RJ), Bia Oliveira (RJ), Carol Bentes (RJ), Cíntia Domit Bittar (SC), Diogo Dahl (RJ), Edson Ferreira (ES), Eloisa Lopez-Gomez (SP), Flavio Tambellini (RJ), Gabriel Mellin (RJ), Gláucia Camargos (RJ), Ilana Brakarz (RJ), Leo M. Barros (RJ), Lô Politi (SP), Lucy Barreto (RJ), Malu Miranda (RJ), Marcelo Serrado (RJ), Monica Trigo (SP), Plinio Profeta (RJ), Renata Martins (SP), Sandra Kogut (RJ), Gal Buitoni (SP) e Alfredo Alves (MG).

Conheça os seis filmes pré-selecionados:

Ainda Estou Aqui, de Walter Salles
Cidade; Campo, de Juliana Rojas
Levante, de Lillah Halla
Motel Destino, de Karim Aïnouz
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges
Sem Coração, de Nara Normande e Tião

Foto: Divulgação/Pandora Filmes.

Mostra Sumé de Cinema 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Cena do curta O Brilho Cega, de Carlos Mosca: premiado

A Mostra Sumé de Cinema, que acontece no Cariri paraibano, realizou sua segunda edição em setembro de 2002. No ano passado, o evento foi adiado e não aconteceu. Porém, em 2024, duas novas edições foram realizadas ao mesmo tempo entre os dias 10 e 15 de setembro.

Os vencedores da terceira e da quarta edição da Mostra Sumé de Cinema foram anunciados neste domingo, 15/09, em cerimônia apresentada pela atriz Danny Barbosa e por Ana Célia Gomes, coordenadora e idealizadora do evento, na Praça José Américo, em Sumé.

Com exibições de filmes e videoclipes, além de diversas atividades paralelas, a Mostra Sumé de Cinema homenageou o cineasta paraibano André da Costa Pinto. Formado em Comunicação Social pela UEPB e Mestre em Cinema pela UFF, construiu uma trajetória brilhante como educador audiovisual, diretor, roteirista e produtor.

O júri deste ano foi formado por: Ariadne Mazzetti, Priscilla Vilela e Alexandre Soares na mostra Paraíba; Thiago Morais e Eduardo Moreira na mostra Brasil; e Ana Dinniz e Adriana Caldas na mostra Ritmos.

Dirigido por Bruna Velden, a animação Era uma Noite de São João foi consagrada como melhor filme da mostra Paraíba. Com isso, recebeu também o Prêmio Referência em serviços de identidade visual no valor de R$ 4.000,00 para a próxima obra da cineasta. Enquanto isso, o vencedor do Prêmio Especial do Júri, Um Sertão Profundo, de Vitor Daniel Cartaxo, foi contemplado com o Prêmio Mistika Post no valor de R$ 8.000,00 em serviços de pós-produção.

Conheça os vencedores da Mostra Sumé de Cinema 2024:

MOSTRA BRASIL

Melhor Filme: Big Bang, de Carlos Segundo (MG)
Melhor Filme | Júri Popular: Cida Tem Duas Sílabas, de Giovanna Castellari (SP)
Melhor Direção: Carlos Segundo, por Big Bang
Melhor Roteiro: Big Bang, escrito por Carlos Segundo
Melhor Ator: Giovanni Venturini, por Big Bang
Melhor Atriz: Mariana Muniz, por Cida Tem Duas Sílabas
Melhor Fotografia: Bloco dos Corações Valentes, por Kike Kreuger
Melhor Direção de Arte: Big Bang, por Nara Sbreebow
Melhor Montagem: Big Bang, por Carlos Segundo e Jérôme Bréau
Melhor Trilha Sonora: Fantasma Neon, por Ayssa Yamaguti Norek, Carol Maia, José Miguel Brasil e Leonardo Martinelli 
Melhor Desenho de Som: Fantasma Neon, por Caio Alvasc

MOSTRA PARAÍBA

Melhor Filme: Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (Cabedelo)
Melhor Filme | Júri Popular: Bom de Golpe, de Bruno Dantas (Pirpirituba)
Prêmio Especial do Júri: Um Sertão Profundo, de Vitor Daniel Cartaxo (Cachoeira dos Índios)
Melhor Direção: Valtyennya Pires, por Céu
Melhor Roteiro: Aqueles que Estamos Esquecendo, escrito por R.B. Lima
Melhor Atriz: Soia Lira, por O Brilho Cega
Melhor Ator: Chico Oliveira, por O Brilho Cega
Melhor Fotografia: Céu, por Kennel Rogis e Gabriel Heitor Alves
Melhor Direção de Arte: O Brilho Cega, por Carlos Mosca
Prêmio Especial Ely Marques de Montagem: Marcelo Coutinho, por Ladário
Melhor Desenho de Som: Aratu, por Ramon Paulino e Angenor Maia
Melhor Trilha Sonora: O Brilho Cega, por Anderson do Pife

MOSTRA RITMOS

Melhor Videoclipe: A Dança do Caos, de Sargaço Nightclub; direção: Vito Quintans (PE)
Menção Honrosa: Receita de Vó, de Renan Inquérito e Liah Vitória; direção: Carlos Hardt (PR)

Foto: Divulgação.

18ª CineBH anuncia seleção com 110 filmes; Anna Muylaert será homenageada

por: Cinevitor
Cena do longa baiano Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite

A CineBH – Mostra Internacional de Cinema de Belo Horizonte celebra sua maioridade entre os dias 24 e 29 de setembro e tem como eixo central a produção cinematográfica da América Latina. O evento de cinema da capital mineira promove um diálogo enriquecedor com realizadores locais e fortalece as coproduções internacionais.

Em paralelo à Mostra, ocorre também o 15º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting, o evento de mercado do cinema brasileiro e o principal encontro de coprodução internacional do Brasil. Durante seis dias intensos, a 18ª Mostra CineBH promoverá atividades gratuitas para todas as idades e públicos, com foco na formação, reflexão, exibição e difusão do cinema brasileiro, promovendo intercâmbios com outros países, em conexão com as artes e com a própria cidade

Nesta 18ª edição, serão exibidos 110 filmes (59 longas, 2 médias e 49 curtas), de 15 países e 13 estados brasileiros em 75 sessões, todas com entrada franca, distribuídos em 10 mostras temáticas: Continente, Território, Homenagem, Diálogos Históricos, A Cidade em Movimento, Vertentes, Praça, Curtas-metragens, CineMundi, Mostrinha, Cine-Escola e IC Play.

As projeções se espalham por dez espaços de Belo Horizonte: Cine Theatro Brasil (Grande Teatro e Teatro de Câmara), Fundação Clóvis Salgado (Cine Humberto Mauro, Sala João Ceschiatti, Sala Juvenal Dias, Jardim Interno e Jardim do Parque), salas de cinema do Centro Cultural Minas Tênis Clube, Una Cine Belas Artes, Cine Santa Tereza, Teatro Sesiminas, Cine Cardume Rodoviária, Praça da Liberdade e Casa da Mostra.

A CineBH é uma importante plataforma para a exibição e discussão do cinema, com foco na produção latino-americana, e promove intercâmbio cultural e artístico entre filmes e realizadores do continente numa seleção diversificada de trabalhos que abordam questões sociais, políticas e culturais nas narrativas cinematográficas da América Latina.

Do Panamá: o longa Bila Burba, dirigido por Duiren Wagua

O tema deste ano na CineBH é Estados do Cinema Latino-Americano e irá percorrer vários dos 20 filmes programados para as seções latino-americanas, divididas nas mostras: Território, de caráter competitivo, para realizadores em início de carreira de longa-metragem; e Continente, não competitiva. A maior parte dos títulos é inédita no país e se diferencia por aproximações e abordagens do continente fora dos padrões estabelecidos principalmente em eventos europeus.

Na MOSTRA CONTINENTE, os filmes são:

Altamar, de Ernesto Jara Vargas (Costa Rica)
Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite (Brasil)
Idade da Pedra, de Renan Rovida (Brasil)
La Mujer Salvaje, de Alán González (Cuba)
Maestra, de Bruna Piantino (Brasil)
Maldita Eva, de Pablo Spatola (Argentina)
Nada, de Adriano Guimarães (Brasil)
Pepe, de Nelson Carlos de los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/ Colômbia)
Pibas Superpoderosas, de Leonora Kievsky (Argentina)
Praia Formosa, de Julia De Simone (Brasil/Portugal)
Ramona, de Victoria Linares Villegas (República Dominicana)
Rio Vermelho, de Guillermo Quintero (Colômbia)

Já os da MOSTRA TERRITÓRIO são:

Ausente, de Ana Carolina Soares (Brasil)
Bila Burba, de Duiren Wagua (Panamá)
Carropasajero, de Juan Pablo Polanco Carranza e Cesar Alejandro Jaimes Léo (Colômbia)
Las Almas, de Laura Basombrío (Argentina)
Mala Reputación, de Marta Garcia e Sol Infante Zamudio (Uruguai/Argentina)
Posesión Suprema, de Lucas Silva (Colômbia)
Sariri, de Laura Donoso (Chile)
Suraras, de Barbara Marcel (Brasil/Alemanha)

Estreante na programação da CineBH, a proposta da Mostra Vertentes é exibir um cinema brasileiro cujo caminho já foi iniciado por seus realizadores e, por isso, provocam expectativa e curiosidade; seja pela presença de sucesso em outros festivais, por suas trajetórias ao redor mundo, pelos nomes envolvidos ou então a conjugação de tudo isso. O fundamental da Vertentes é apresentar ao público trajetórias em andamento, com suas errâncias que, por fatores diversos, trouxeram-nas até os nossos olhares em Belo Horizonte. Como um riacho que se divide em diversos fluxos de itinerários e destinos, as vertentes simbolizam direções particulares, carregando histórias, conflitos, transformações e redescobertas multifacetadas.

Os títulos da primeira edição da MOSTRA VERTENTES, inéditos em Belo Horizonte, são:

Barba Ensopada de Sangue, de Aly Muritiba (SP)
O Dia que te Conheci, de André Novais Oliveira (MG)
Oeste Outra Vez, de Erico Rassi (GO)
Pasárgada, de Dira Paes (SP/RJ)

A 18ª CineBH prestará uma homenagem especial à cineasta paulista Anna Muylaert, uma das vozes mais marcantes do cinema brasileiro contemporâneo. A celebração ocorrerá na noite de 24 de setembro, no prestigiado Cine Theatro Brasil, onde a diretora estará presente para a exibição em pré-estreia de seu novo filme, O Clube das Mulheres de Negócios, recentemente exibido e premiado no Festival de Gramado. O trabalho de Muylaert é conhecido por suas personagens complexas e contraditórias, que muitas vezes refletem as tensões sociais brasileiras, desde as dinâmicas de poder entre homens e mulheres até as relações entre empregadores e empregados.

Durante a mostra, terão sessões presenciais, em vários espaços da cidade, os seguintes filmes de Muylaert: Que Horas Ela Volta? (2015), Durval Discos (2002), Alvorada (2022) e Mãe Só Há Uma (2016). Estes e todos os outros títulos dirigidos por Anna Muylaert, incluindo curtas e longas-metragens, poderão ser vistos na plataforma on-line da CineBH, gratuitamente, durante o período do festival, como: A Origem dos Bebês segundo Kiki Cavalcanti (1996), Chamada a Cobrar (2012), E Além de Tudo Me Deixou Mudo o Violão (2012), É Proibido Fumar (2019), O Nosso Pai (2021) e Um Café com Meu Avô Durval (2021).

Grace Passô, Camila Márdila e Dandara Pagu no curta O Nosso Pai, de Anna Muylaert

A Mostra Praça desta edição da CineBH está dedicada à música, seja por documentários que perfilam grupos e sonoridades à ficção cujo ponto de partida é uma loja de discos de vinil e no qual o ritmo narrativo é cadenciado pela musicalidade. Num ambiente a céu aberto, rodeado de árvores, transeuntes, vento e tudo que forma a paisagem urbana, assistir a esses filmes será algo próximo a participar de grandes concertos, aqui intermediados pela linguagem do cinema a conduzir atenções e sensibilidades. Além de curtas da Mostrinha, os filmes serão exibidos na Praça da Liberdade, espaço de grande importância cultural e cartão postal da cidade. A seleção da MOSTRA PRAÇA conta com:

Durval Discos, de Anna Muylaert (cópia restaurada)
Luiz Melodia: No Coração do Brasil, de Alessandra Dorgan
Nada Será como Antes: A Música do Clube da Esquina, de Ana Rieper
Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo

Na celebração dos 15 anos do Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting, há uma seleção de alguns dos títulos de maior repercussão cujos projetos passaram pelo maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro, além de aguardadas pré-estreias. O recorte terá filmes em exibição em formato on-line, na plataforma do evento, e também presencialmente, na capital mineira.

Os títulos a serem exibidos em formato presencial na MOSTRA CINEMUNDI são:

A Transformação de Canuto, de Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho (2023) (PE/SP/RS)
Amor, Plástico e Barulho, de Renata Pinheiro (2013) (PE)
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (2019) (Brasil/França)
Benzinho, de Gustavo Pizzi (2018) (RJ)
Elon Não Acredita na Morte, de Ricardo Alves Jr. (2016) MG)
Levante, de Lillah Halla (2023) (RJ/SP)
Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (2023) BA)
Tinta Bruta, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (2018) (RS)

Os títulos a serem exibidos em formato on-line são:

A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/Alemanha/França) (2020)
Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo (AM) (2016)
Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano (SP) (2017)
Los Silencios, de Beatriz Seigner (Brasil/Colômbia/França) (2019)
Peixe Abissal, de Rafael Saar (RJ) (2023)

A proposta desta edição da Mostra Diálogos Históricos, sempre voltada a um olhar ao passado reconfigurado no presente, é prestar tributo aos 95 anos do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky exibindo seus filmes de começo de carreira, todos produzidos no México: Fando e Lis (1967), El Topo (1970) e A Montanha Sagrada (1973). A ideia é retornar ao princípio da trajetória cinematográfica de Jodorowsky tendo por base sua forte relação com a América Latina. Estes três títulos foram os únicos dele feitos integralmente no continente.

Multiartista nascido no Chile em 1929, Jodorowsky trabalhou com circo, mímica, histórias em quadrinhos, teatro e tarô. Seu primeiro filme, inserido no meio de todas essas atividades, foi o curta-metragem A Gravata (1957), realizado na França, mas só dez anos depois ele de fato fez do cinema uma atividade mais constante. O primeiro longa-metragem foi Fando e Lis, já no México, para onde se mudou em 1960 depois de se desiludir com os rumos políticos e sociais do Chile e de uma breve estada em Paris. Todas as sessões serão acompanhadas de um bate-papo com o professor e pesquisador Estevão Garcia, um dos principais estudiosos no Brasil da obra de Alejandro Jodorowsky.

A mostra A Cidade em Movimento exibirá produções independentes de Belo Horizonte e região metropolitana em diálogo direto com a vivência nas cidades. Este ano, o tema é Imagens de uma cidade criativa, com filmes de distintos formatos e gêneros, de qualquer ano de produção, para o diálogo acerca de assuntos e questões da cidade do ponto de vista social, político, ambiental e cultural. O objetivo é expor as curvas, arcos e bordas e encontrar, nesse movimento, uma cidade que reconhece e reluz sua potência criativa, ao passo que historiciza e reivindica sempre novos amanhãs.

Ângelo Antônio e Rodger Rogério em Oeste Outra Vez, de Erico Rassi

Foram selecionados 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, que serão exibidos em seis sessões acompanhadas de recortes temáticos e rodas de conversas com militantes e pesquisadores. Os temas, com respectivos participantes, são: Presença: maternidade solo e políticas de cuidado, com Dera; Corpo-território: lugar de memória e resistência, com Robert Frank; Existências trans e não-bináries: amor, deboche e futurismo, com Túlio Colombo; Arte e desejo: corpos em criação, com Henrique Limadre; e Entre(laços) e gerações, com Cristina Tolentino. Conheça os títulos selecionados para a MOSTRA A CIDADE EM MOVIMENTO:

152 AB, de Daniel Jaber e Jelton Oliveira (MG)
Cadeira Vazia, de Angela Maria Silveira, Ephigênia Lopes, Rosângela Lererê, Beth Couto, Maria Sônia Rodrigues, Nathan Souza, Adilson Luiz, Gabriela Coelho, Lucas Rodrigues, Mônica Maria e Nato Matrix (MG)
Conto Anônimo, de Sara Pinheiro e Pablo Lamar (MG)
Cuidado Invisível, de Clara Antunes e Carol Gontijo (MG)
Dança dos Meninos, de Gabriel Brescia (MG)
Edom, de Claudio Marcio e Breno Santos (MG)
Entre Vênus e Marte, de Cris Ventura (MG)
Europa: Me Avise Quando Chegar, de Victor Vieira (MG)
Hemisfério Esquerdo em Fissuras, de Caroline Cavalcanti, Julia Teles e Walter Gam (MG)
Igual a um Nativo, de Aparecida Lacerda Silva, Alan Najara, Iarla Marques Cruz, Jhon Branco Franco Neives, Felipe Peres Nunes, Ronan Teixeira, Liliane Andrade Rodrigues da Silva, Cristiane Duarte Santos, Labibe Araujo, Gabrielle Souza, Fabiana Santos, Graziella Luciano e Mercedes Brito (MG)
Jardim Tropical, de Breno Alvarenga e Luiza Garcia (MG)
Manhãs de Domingo, de Isabel Lisboa (MG)
Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG)
No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG)
O Caderno de Avenca, de Aisha Brunno (MG)
O Vô Tá On, de Clério Dornell (MG)
Página Três, de João Pedro Diniz (MG)
Pulsão de Vida, de Ana Cândida (MG)
Um Ano, de Pri Garcia (MG)
Um Dia de Todos os Dias, de Fábio Narciso (MG)

Em 17 curtas-metragens, divididos por quatro sessões, o espectador da CineBH vai se deparar com filmes de tentativas poéticas que tensionam e modulam, cada qual a seu modo, um jeito de ser e estar no mundo, de olhar para o território e o país a partir de um princípio que foge do real propriamente dito para envergar-se em direção a suas tessituras, especulações e fendas. O curta-metragem, ainda que pessoal, ainda que autorreferencial, pode ser um reino de ficções: de si e do outro. Olhar para estes filmes é tentar dar vazão a obras de diferentes estados a partir de abordagens com a linguagem que conversam com momentos políticos atuais sem abrir mão de tentar inventar, com mais ou menos grana, um modo formal que queira, antes de tudo, encenar, reavivar uma práxis do cinema que existe enquanto tal a partir de uma desvinculação com a verdade.

Conheça os títulos da mostra CURTAS | MOSTRA CONTEMPORÂNEA:

À Noite Todos os Gatos são Pardos, de Matheus Moura (MG)
A Última Valsa, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (SP)
Aquela Mulher, de Marina Erlanger e Cristina Lago (RJ)
Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro (RJ)
Galega, de Anna Lu Machado e Noan Arouche (PE)
Habitar, de Antonio Fargoni (SP)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel de Moura e Rubens Caetano (PE)
Junho de 2002, de Tainá Lima (MG)
mar-pedra-rio, de Mariah Benaglia (PB)
Pororoca, de Fernanda Roque e Francisco Franco (MG)
Quinze Quase Dezesseis, de Thais Fujinaga (SP)
Ri, Bola, de Diego Bauer (AM)
Roberto Baggio, de Henrique Cartaxo (SP)
Samuel Foi Trabalhar, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Sangria, de Rudyeri Ribeiro (PA)
Segunda-feira, então, de Júlio Pereira (PE)
Soneca e Jupa, de Rodrigo R. Meireles (MG)

Para toda família, a CineBH promove a Mostrinha de Cinema, com sessões no Minas Tênis Clube, no Cine Santa Tereza e na Praça da Liberdade. As sessões serão acompanhadas pelos personagens da Turma do Pipoca e intervenções circenses. Os filmes este ano são as animações Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca e Brichos 3: Megavírus e uma série de curtas-metragens para todas as idades. Já as Sessões Cine-Escola são promovidas para estudantes e educadores em dez sessões de filmes, com exibição de produções brasileiras entre longa e curtas, programados por faixas etárias.

Diversos títulos que integram a 18ª CineBH integrarão a programação on-line do evento, que vai reunir títulos, alguns exibidos apenas neste formato, na plataforma da Mostra. A seleção inclui títulos da Mostra CineMundi, da Mostra A Cidade em Movimento e da Mostra Homenagem e serão disponibilizados para visualização simultaneamente à realização da programação presencial da Mostra na capital mineira.

Além disso, um recorte especial com sete curtas exibidos no evento farão parte da programação na plataforma IC Play; os filmes serão exibidos gratuitamente de 25 de setembro a 9 de outubro no site (clique aqui).

Fotos: Divulgação.

Festival de Cinema de Toronto 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Demi Moore em A Substância, de Coralie Fargeat: filme premiado

Foram anunciados neste domingo, 15/09, os vencedores da 49ª edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Conhecido como um termômetro para o Oscar, o evento, um dos mais importantes do mundo, entrega o prêmio de melhor filme para o longa mais votado pelo público. Neste ano, o drama The Life of Chuck, de Mike Flanagan, se consagrou como o grande campeão.

O filme, protagonizado por Tom Hiddleston e Jacob Tremblay, é baseado no livro homônimo de Stephen King. A trama destaca uma história de afirmação e narra três capítulos da vida de um homem comum chamado Charles Krantz. O elenco conta também com Chiwetel Ejiofor, Karen Gillan, Mia Sara, Carl Lumbly, Benjamin Pajak, Mark Hamill, Matthew Lillard, Kate Siegel, entre outros.

Neste ano, nomes importantes foram homenageados no 49º Festival de Toronto: Amy Adams recebeu o TIFF Tribute Performer Award; Angelina Jolie foi honrada com o TIFF Tribute Award in Impact Media; Cate Blanchett recebeu o TIFF Share Her Journey Groundbreaker Award; Clément Ducol & Camille foram homenageados com o TIFF Variety Artisan Award; David Cronenberg foi honrado com o TIFF Norman Jewison Career Achievement; Durga Chew-Bose recebeu o TIFF Emerging Talent Award e Jharrel Jerome o TIFF Tribute Performer Award; Mike Leigh foi homenageado com o TIFF Ebert Director Award; e Zhao Tao foi honrada com o TIFF Special Tribute Award.

Entre os filmes desta edição, o cinema brasileiro marcou presença com alguns títulos, entre eles: Os Enforcados, de Fernando Coimbra; Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, recentemente premiado em Veneza; e o curta-metragem Amarela, de André Hayato Saito, que também foi exibido em Cannes.

Em comunicado oficial, Cameron Bailey, CEO do TIFF, disse: “Ao concluirmos o festival deste ano e apresentarmos esses dez prêmios hoje, gostaria de estender minha sincera gratidão aos nossos dedicados jurados, nossos programadores do TIFF e todos os cineastas que compartilharam seus trabalhos conosco. Mais importante: quero agradecer ao nosso público, que é realmente o melhor do mundo. Sua paixão e entusiasmo dão vida a este festival todos os anos, e não poderíamos fazê-lo sem eles. Para os vencedores deste ano: mal posso esperar para ver os futuros prêmios e elogios que aguardam seus filmes incríveis”

Confira a lista completa com os filmes premiados no Festival de Toronto 2024:

MELHOR FILME | People’s Choice Awards
The Life of Chuck, de Mike Flanagan (EUA)
2º lugar: Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
3º lugar: Anora, de Sean Baker (EUA)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | People’s Choice Documentary Award
The Tragically Hip: No Dress Rehearsal, de Mike Downie (Canadá)
2º lugar: Will & Harper, de Josh Greenbaum (EUA)
3º lugar: Your Tomorrow, de Ali Weinstein (Canadá)

PRÊMIO MOSTRA MIDNIGHT MADNESS | People’s Choice Awards
A Substância, de Coralie Fargeat (Reino Unido)
2º lugar: Dead Talents Society (鬼才之道), de John Hsu (Taiwan)
3º lugar: Friendship, de Andrew DeYoung (EUA)

PRÊMIO MOSTRA PLATFORM
Júri: Atom Egoyan, Hur Jin-ho e Jane Schoenbrun
Melhor Filme: Polvo serán (They Will Be Dust), de Carlos Marques-Marcet (Espanha/Suíça/Itália)
Menção Especial: Sylvia Chang, por Daughter’s Daughter (女兒的女兒)

FILMES CANADENSES
Júri: Estrella Araiza, Chelsea McMullan e Randall Okita
Melhor Filme Canadense: Shepherds, de Sophie Deraspe
Prêmio Discovery: Universal Language, de Matthew Rankin
Menção Honrosa | Prêmio Discovery: You Are Not Alone, de Marie-Hélène Viens e Philippe Lupien

CURTA-METRAGEM | COMPETIÇÃO
Júri: Luis De Filippis, Micah Kernan e Shane Smith
Melhor Filme Internacional: Deck 5B, de Malin Ingrid Johansson (Suécia)
Menção Honrosa | Filme Internacional: Quota, de Job Roggeveen, Joris Oprins e Marieke Blaauw (Holanda)
Melhor Filme Canadense: Are You Scared To Be Yourself Because You Think That You Might Fail?, de Bec Pecaut

PRÊMIO FIPRESCI
Júri: Li Cheuk-to, Pierre-Simon Gutman, Azadeh Jafari, Saffron Maeve e Wilfred Okiche
Mother Mother, de K’naan Warsame (Somália)

PRÊMIO NETPAC
Júri: Hannah Fisher, Dr. Vilsoni Hereniko e Kerri Sakamoto
The Last of The Sea Women, de Sue Kim (EUA)

*Clique aqui e confira a lista com as justificativas dos júris

Foto: Divulgação/MUBI Brasil.