Gilmar Magalhães e Renato Linhares no longa Represa, de Diego Hoefel
Com oito longas-metragens e 15 curtas selecionados, o Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema anunciou os filmes que farão parte da Mostra Olhar do Ceará da 33ª edição, que acontecerá entre os dias 25 de novembro e 1º de dezembro.
Neste ano, a seleção traz o dobro de longas e o número de curtas é 50% maior do que na edição anterior. Esse crescimento é um reflexo da efervescência de produções locais de alta qualidade e o festival confere ao cinema cearense uma maior representatividade na programação. O melhor longa e o melhor curta da Mostra eleitos pelo júri do festival serão agraciados com o Troféu Mucuripe.
Dentre os longas selecionados estão as ficções Represa, de Diego Hoefel, único longa-metragem brasileiro no Festival de Roterdã e vencedor de quatro prêmios no Festival de Vitória deste ano, entre eles, melhor filme; e Quando Eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena, premiado no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Outro longa de ficção é Os Maluvidos, de Josenildo Nascimento e Gislandia Barros, que foi produzido e contou com atuação de moradores do Bom Jardim, bairro localizado na periferia de Fortaleza.
São quatro documentários de longa-metragem: A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza, que faz uma narrativa de conexões entre a história de Maria da Luz Fonseca, uma mulher negra, natural da Ilha de Príncipe e a da rainha angolana Nzinga; Amilton Melo: Ídolo de Todos, de Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo, sobre a carreira desse ídolo do futebol cearense; Nirez Eterno, de Aderbal Nogueira e Glauber Paiva, sobre o pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo Nirez; e Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo, sobre quatro mães de pessoas LGBTQIA+. Fecha a seleção de longas da Olhar do Ceará o híbrido Todas as Vidas de Telma, de Adriana Botelho.
Segundo a curadora da Mostra Olhar do Ceará, Camilla Osório, a palavra que define o recorte curatorial da Mostra deste ano é a diversidade, e destaca o aumento de produções de longas-metragens no estado: “A gente tem uma seleção de oito longas-metragens, que é uma quantidade inédita. Nunca tínhamos tido tantas produções e a Mostra Olhar do Ceará busca refletir isso, que tem a ver com o aumento do financiamento público ao cinema. Nessa seleção, temos filmes premiadíssimos até filmes realizados com poucos recursos e que traz realizadores da periferia de Fortaleza. Dessa forma, a gente consegue falar dessa multiplicidade de vozes, que hoje são capazes de criar narrativas e pensar o mundo através do cinema”.
Já com relação a seleção de curtas-metragens, a curadora destaca a presença forte das escolas de formação: “Atualmente, nós temos muitas escolas na capital e no interior. Isso traz para a Mostra muitos realizadores iniciantes. Esse resultado tem muito a ver com a proposta, que é intrínseca na Mostra Olhar do Ceará: de ser porta de entrada dos realizadores cearenses, para que eles possam se mostrar para o mundo. Desse modo, a gente consegue ter a Mostra como um panorama da potência criativa e da diversidade do cinema cearense”.
Dentre os 15 curtas-metragens selecionados para a mostra, dois são documentários: Encruzilhadas do Som, de Edigar Martins, que aborda o papel da música na Umbanda, reverenciando a dimensão encantada e a diversidade sonora, através da experiência de quatro umbandistas de Fortaleza; e o documentário híbrido Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira, onde Cris, por meio das memórias de sua mãe, lança um olhar sobre o tempo e o espaço que um dia viveu. As memórias em trânsito se alteram como a força do vento que modifica a paisagem à beira mar. A favela do urubu está aterrada pelo poder da classe dominante.
Duas animações estão entre os curtas selecionados: Barra Nova, de Diego Maia, e Todo Mundo Tem um Anjo, de Neil Armstrong Rezende. O gênero experimental aparece em três produções: A Humanidade que me Resta, de Kieza Fran Nascimento, Quando o Passado For Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Vilarouca, e Camurupim, de Allan Matheus, um realismo fantástico/experimental.
Completam a mostra as ficções: Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes; As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho; Jaci, de Bruno Lobo La Loba; o documentário ficcional Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz; O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa; Terral, de Alisson Emanoel e Carol Cavalcante; o drama A Parte que Falta, de Nicole Nasser; e o curta de terror Noites em Claro, de Elvis Alves.
O 33° Cine Ceará terá exibições no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE) geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Com o crescimento no número de filmes, a Mostra Olhar do Ceará desta edição ocupará as duas salas do Cinema do Dragão, que receberá também outras exibições de mostras não competitivas do evento. Todos os filmes das mostras competitivas serão exibidos com legenda descritiva para surdos e ensurdecidos em idioma português.
Conheça os filmes da Mostra Olhar do Ceará 2023:
LONGAS-METRAGENS
A Luta de Nzinga, de Eduardo Cunha Souza Amilton Melo: Ídolo de Todos, de Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo Nirez Eterno, de Aderbal Nogueira e Glauber Paiva Os Maluvidos, de Josenildo Nascimento e Gislandia Barros Quando Eu me Encontrar, de Amanda Pontes e Michelline Helena Represa, de Diego Hoefel Todas as Vidas de Telma, de Adriana Botelho Um Pedaço do Mundo, de Tarcísio Rocha Filho, Victor Costa Lopes e Wislan Esmeraldo
CURTAS-METRAGENS
A Humanidade que me Resta, de Kieza Fran Nascimento Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes A Parte que Falta, de Nicole Nasser As Velas do Monte Castelo, de Lanna Carvalho Barra Nova, de Diego Maia Camurupim, de Allan Matheus Encruzilhadas do Som, de Edigar Martins Jaci, de Bruno Lobo La Loba Noites em Claro, de Elvis Alves Onde está Mymye Mastroiagnne?, de biarritzzz O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa Quando o Passado for Presente Lembra-se de Mim no Futuro, de Rafael Vilarouca Terral, de Alisson Emanoel e Carol Cavalcante Todo Mundo Tem um Anjo, de Neil Armstrong Rezende Urubu Aterrado, de Cris Sousa e Weslley Oliveira
Foram anunciados neste domingo, 15/10, no Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, os vencedores do Festival do Rio 2023, que contou com 91 filmes na disputa pelo troféu Redentor e pelo Prêmio Félix. A atriz Carla Cristina Cardoso e o ator Bukassa Kabengele apresentaram a cerimônia.
Dirigido por Vera Egito, A Batalha da Rua Maria Antônia foi eleito o melhor filme de ficção desta 25ª edição. O longa retrata momentos da Batalha da Rua Maria Antônia, que aconteceu em outubro de 1968, ao lado dos estudantes e professores do Movimento Estudantil de Esquerda, no prédio da Faculdade de Filosofia da USP, em uma noite definitiva. Os personagens enfrentam os ataques do Comando de Caça aos Comunistas vindos do outro lado da rua, da Universidade Mackenzie. Quando o confronto explode, molotovs, pedras, paus e bombas são atirados; 24 horas vividas com a paixão da juventude dos anos 1960, em defesa de um sonho, na iminência da invasão dos militares ao prédio da USP.
Neste ano, o time de jurados foi formado por: Laís Bodansky (presidente), Gaia Furrer, Isabél Zuaa, João Vieira Jr. e Renata Pinheiro na Première Brasil; Johnny Massaro (presidente), Beatriz Seigner, Jéssica Ellen e Pedro Bronz na Première Brasil Novos Rumos; e Sandro Fiorin (presidente), Andrea Capella, Pedro Henrique França e Wescla Vasconcelos no Prêmio Félix, que destaca as narrativas LGBTQIAPN+.
No palco da premiação, Ilda Santiago, diretora do festival, disse: “É importante que o Festival do Rio exista, que muitos festivais de cinema existam, para atender a um cinema cada vez mais vibrante. Muito obrigada por terem nos enchido de alegria, e terem enchido as salas de cinema de alegria. Tentamos fazer o festival mais diverso e plural possível. Para trazer o cinema que fale do que nos é caro e feliz, mas também traga reflexão sobre o país que queremos. O cinema é capaz sim de ser transformador. E é em cima dessa crença que trabalhamos há 25 anos e esperamos trabalhar muito mais”.
A diretora do festival Walkiria Barbosa completou: “Este ano no Rio Market, transmitimos as palestras para milhares de pessoas no país que puderam assistir aos mais de 200 palestrantes que vieram discutir conosco. A gente sai desse Rio Market com uma discussão que serve de pontapé para a construção de uma política de audiovisual consistente para o país”.
Todo ano, o Festival do Rio também homenageia uma pessoa artista LGBTQIAPN+ com o Troféu Suzy Capó de Personalidade do Ano, dentro do âmbito do Prêmio Félix. Em 2023, o troféu foi compartilhado pela atriz Nanda Costa e pela compositora e percussionista Lan Lanh, casal que vem se destacando nas artes pela qualidade de seu trabalho profissional. Ainda em início de carreira, em 2009, Nanda Costa foi premiada com o Troféu Redentor de melhor atriz por Sonhos Roubados, filme de Sandra Werneck.
Em um discurso transformado em diálogo entre as duas, falaram sobre o início do romance e da luta pelas causas LGBTQIAPN+. E Nanda lembrou: “Quando subi nesse palco pela primeira vez para receber o prêmio pelo filme da Sandra, aqui no festival, minha namorada estava sentada ali. E eu não pude comemorar com ela. Eu estava realizando um sonho, mas não me senti inteira. Hoje, estou aqui com minha mulher, minhas filhas, minha família”.
Conheça os vencedores do Festival do Rio 2023:
PREMIÈRE BRASIL
Melhor Filme de Ficção: A Batalha da Rua Maria Antônia, de Vera Egito (SP) Prêmio Especial do Júri: O Dia que Te Conheci, de André Novais Oliveira (MG) Melhor Direção de Ficção: Lillah Halla, por Levante Melhor Roteiro: Estranho Caminho, escrito por Guto Parente Melhor Curta: Cabana, de Adriana de Faria (PA) Melhor Documentário: Othelo, o Grande, de Lucas H. Rossi dos Santos (RJ) Menção Honrosa: Black Rio! Black Power!, de Emílio Domingos (RJ) Melhor Direção de Documentário: Daniel Gonçalves, por Assexybilidade Melhor Atriz: Maeve Jinkings, por Pedágio, e Grace Passô, por O Dia que Te Conheci Melhor Ator: Kauã Alvarenga, por Pedágio Melhor Atriz Coadjuvante: Aline Marta Maia, por Pedágio Melhor Ator Coadjuvante: Carlos Francisco, por Estranho Caminho Melhor Fotografia: Sem Coração, por Evgenia Alexandrova Melhor Direção de Arte: Pedágio, por Vicente Saldanha Melhor Montagem: Levante, por Eva Randolph
PREMIÈRE BRASIL | NOVOS RUMOS
Melhor Longa: Saudade Fez Morada Aqui Dentro, de Haroldo Borges (BA) Melhor Curta: Dependências, de Luísa Arraes (RJ) Prêmio Especial do Júri: A Alma das Coisas, de Douglas Soares e Felipe Herzog (RJ) Melhor Direção: Ricardo Alves Jr., por Tudo que Você Podia Ser Menção Honrosa: Iracemas, de Tuca Siqueira (PE) Menção Honrosa: Bizarros Peixes das Fossas Abissais, de Marão (RJ)
PRÊMIO FÉLIX
Melhor Filme Brasileiro: Sem Coração, de Nara Normande e Tião (PE) Melhor Filme Internacional: 20.000 Espécies de Abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha) Melhor Documentário: Orlando, Minha Biografia Política, de Paul B. Preciado (França) Menção Honrosa de Documentário: Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ) Prêmio Especial do Júri: Tudo que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr. (MG) Troféu Suzy Capó: Nanda Costa e Lan Lanh
Pioneiro na curadoria transmídia e experiências inovadoras no cinema, teatro, tecnologias imersivas, games, workshops, literatura e música, o Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade realizará sua 31ª edição entre os dias 9 e 20 de novembro em São Paulo.
Neste ano, entre os longas brasileiros, 10 produções estão na disputa pelo troféu Coelho de Ouro. Já entre os curtas-metragens, 16 títulos recentes e premiados estão na competição. Em breve, o Mix Brasil divulgará sua programação completa com os filmes internacionais, performances teatrais e experiências imersivas, workshops e painéis de discussão sobre a temática da diversidade sexual.
O Festival Mix Brasil é um evento cultural dedicado a celebrar a diversidade, promover a expressão artística e avançar a inclusão social. O MixBrasil conquistou seu lugar como uma das mais abrangentes vitrines culturais LGBT+ do mundo.
Conheça os primeiros filmes selecionados para o MixBrasil 2023:
COMPETITIVA BRASIL | LONGAS
A Alegria é a Prova dos Nove, de Helena Ignez (SP) A Metade de Nós, de Flávio Botelho (SP) Assexybilidade, de Daniel Gonçalves (RJ) Levante, de Lillah Halla (SP/RJ) Neirud, de Fernanda Roth Faya (SP) Pedágio, de Carolina Markowicz (SP) Represa, de Diego Hoefel (CE) Surdes, de Carol Argamim Gouvêa e Thays Prado (SP) Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES) Tudo o que Você Podia Ser, de Ricardo Alves Jr. (MG)
COMPETITIVA BRASIL | CURTAS
A Pia, de Eduardo Mattos (SP) Água Doce, de Antonio Miano (SP) Ave Maria, de Pê Moreira (RJ) Bem-vinda de Volta, de Nicole Gullane (SP) Casa de Bonecas, de George Pedrosa (MA) Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ) Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros (SP) O Cavalo de Pedro, de Daniel Nolasco (RJ) Oh!, de Diogo Hoffer (RJ) Olhares Trêmulos, de Leno Taborda (SP) Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP) Patuá, de Renaya Dorea (RJ) Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (SP) Queima Minha Pele, de Leonardo Amorim (AL) Sereia, de Estevan de la Fuente (PR) Te Amo, Se Cuida, de André Vidigal e Liz Dórea (SP)
MOSTRAS ESPECIAIS | REFRAME A Vida São Dois Dias, de Leonardo Mouramateus (RJ/CE) Antígônadá, de Dora Longo Bahia (SP) Corpo Presente, de Leonardo Barcelos (MG) Everybody Dies Trying to Make a Masterpiece, de Gustavo von Ha (SP)
MOSTRAS ESPECIAIS | QUEER.DOC A História de Ruth Brinker (The Ruth Brinker Story), de Apo W. Bazidi (EUA) Capim Navalha, de Michel Queiroz (Brasil, GO) Chega de Saudade (No More Longing), de Connor Lee O’Keefe (EUA) Chokehole: Lutadoras Drag na Alemanha (Chokehole: Drag Wrestlers do Deutschland), de Yony Leyser (Alemanha) M de Mães, de Lívia Perez (Brasil, SP) Peixe Abissal, de Rafael Saar (Brasil, RJ) Telas, de Leandro Goddinho (Brasil, SP/RJ) Travessias (Travesías), de Ana Graziela Aguiar (Cuba/Brasil) Uma Tarde pra Tirar Retrato, de André Sandino Costa (Brasil, RJ)
CURTAS MIX BRASIL
Programa: CRESCENDO COM A DIVERSIDADE Adore, de Beth Warrian (Canadá) Bolha, de Leandro Ricardo Wenceslau (Brasil, MG) Bonita de Rosto, de Ana Squilanti (Brasil, SP) Inimigos Mortais e Outras Bobeiras, de Thiago Kistenmacker (Brasil, SP) Peixe Vivo, de Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP) Peixes Vivos, de Bru Fotin, Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP) Strass, de Julián Lassa Ortíz (Argentina) Trancinhas, de Mariana Stolf Friggi (Brasil, MG)
Programa: A RESISTÊNCIA É UM GRITO Aí Vem as Rachaduras (Vienen las Grietas), de Daniel Vallejo (Colômbia/Holanda) Catboy, de Cristian Sitjas (Espanha) O Primeiro Movimento é Explosão, de Grenda Costa (Brasil, CE) Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, de Anderson Bardot (Brasil, ES)
Programa: BR NO EXTERIOR Como me Esquecer do Inverno, de Mari Moraga (Brasil/Portugal/Hungria/Bélgica) Migranta, de Manauara Clandestina e Luiz Felipe Lucas (Brasil/Espanha) Se Não Posso Dançar, Esta Não é a Minha Revolução, de Lillah Halla (Brasil/Alemanha) Soberane, de Wara (Cuba)
Programa: DIAS DE FRIO, NOITES DE CALOR Antes que Você Vá (Antes de Que Te Vayas), de Vicente del Río Laya e Hans von Marées Peede (Chile/México) Conversas em Dias de Verão (If We Keep Talking in Summer Days), de Liu Haotian (China/Singapura) Um Caroço de Abacate, de Ary Zara (Portugal) Um Lugar Onde Mergulhar (Un Lugar Donde Bucear), de Jonatan Villar (Colômbia)
Programa: DO AMOR E OUTRAS COISAS A Distância do Tempo (La Distancia del Tiempo), de Carlos Ormeño Palma (Peru) Monte, de Javier Ferreiro (Espanha) Remendo, de Roger Ghil (Brasil, ES) Verão (Verano), de Rafael Ruiz Espejo e Luis Pacheco (México)
Programa: ESSA MINHA CANÇÃO A Tábua de Esmeralda, de Felippe Moraes (Brasil, SP) Mandinga, de Adrianna Samara da Silva Oliveira (Brasil, PA) No Encontro Tudo Se Dilui, de Fe A. Avila (Brasil, SP) Pássaro Memória, de Leonardo Martinelli (Brasil/Reino Unido) Peixe Vivo, de Bob Yang e Frederico Evaristo (Brasil, SP)
Programa: FAMÍLIAS TRADICIONAIS BRASILEIRAS A Lama da Mãe Morta, de Camilo Pellegrini (RJ) Ficção Suburbana, de Rossandra Leone (RJ) Os Dias Depois, de Thiago Bezerra Benites (PR) Por Onde Eu For Não Haverá Rastros, de Daniel Pires (GO)
Programa: MEU CORPO, NOVAS REGRAS Aguarde Sua Vez (Wait Your Turn), de João Carvalho (Alemanha) Esportes X-trem (Les Sports X-trem), de Gio Ventura (França) Ob Scena, de Paloma Orlandini Castro (Argentina) Ouriço (Hedgehog), de Jasper Caverly (Austrália)
Programa: MEU NOME É… Consuella, de Alexandre Figueirôa (Brasil, PE) Dinho, de Leo Tabosa (Brasil, PE) Divina, de Ode (Brasil, SP) Uma Oferenda Musical (Una Ofrenda Musical), de Rogelio Navarro (Argentina/Espanha)
Programa: MIX 60+ 2ª Pessoa, de Rita Barbosa (Portugal) A Saudade em Mim (Sehnsucht in Mir), de Julian Wonn (Alemanha) Bloco dos Corações Valentes, de Loli Menezes (Brasil, SC) Manchas de Sol, de Martha Mariot (Brasil, RS) O Prazer é Todo Meu, de Vanessa Sandre (Brasil, SC)
Programa: MULHERES EM MOVIMENTO A Balada de Tita e as Máquinas (The Ballad of Tita and the Machines), de Miguel Angel Caballero (EUA) Aceso (Light Up), de Elissa de Brito (Hungria/Alemanha/Brasil) Mãos Alheias (Manos Ajenas), de Adrián Molina (México) O Capitalismo Matou Meus Pais, de Karen Suzane e Lucas Tunes (Brasil, MG)
Programa: SEXY AND I KNOW IT Apontamentos de Curva _ Correnteza, de Flavia Regaldo (Portugal/Brasil) Bold Eagle, de Whammy Alcazaren (Filipinas/Singapura) Homem de Verdade, de Rafael Rudolf (Brasil, SP) Quarto de Hotel, de Marcelo Grabowsky e Mauro Pinheiro Jr. (Brasil, RJ) Vou Te Buscar (Te Vengo a Buscar), de Jose Provencio (Espanha)
Programa: TRÊS TIGRES NOS TRIGAIS O Aniversário (L’Anniversario), de Marius Gabriel Stancu (Itália) Puro (La Vita Sarebbe Più Semplice Senza), de Federico Mottica (Itália) Queima, de Caio Scot (Brasil, RJ) Slashr, de Amir Moini (EUA)
*Clique aquie conheça os filmes internacionais selecionados
Foram anunciados neste domingo, 08/10, no Centro Cultural Adjuto Dias, os vencedores da sexta edição do Curta Caicó, realizado no interior do Rio Grande do Norte e que vem se consolidando como uma importante vitrine de exibição e fomento ao cinema nacional.
Encruzilhada Bar, de Johann Jean, exibido na Mostra Potiguar, foi um dos destaques deste ano e recebeu quatro prêmios, entre eles, o de melhor filme pelo Júri Oficial e pela crítica; com isso, o curta é automaticamente selecionado para o LABRFF, Los Angeles Brazilian Film Festival. Já a Mostra Nordeste consagrou o paraibano Cercas, de Ismael Moura, também com quatro troféus.
O júri deste ano foi formado por: Camila de Moraes, Anna Andrade e Veruza Guedes na Mostra Seridó; Neusa Barbosa, Begê Muniz e Bertrand Lira na Mostra Potiguar; Marcela Freire, Dênia Cruz e Clarissa Kuschnir na Mostra Nordeste; e Enio Cavalcante, Mariana Jaspe e Thardelly Lima na Mostra Nacional.
Antes da cerimônia de premiação, o festival realizou uma mostra especial com o resultado dos filmes produzidos durante o 2º Laboratório de Roteiro, que teve como temática Mestres e Mestras da Cultura Popular. A mostra emocionou ao apresentar histórias de diversas pessoas da região, reconhecidas pela sua contribuição à cultura popular. Ao lado dos diretores dos filmes, os mestres e mestras receberam uma comenda especial do festival.
O evento contou ainda com a participação da Secretária Extraordinária de Cultura do Rio Grande do Norte, Mary Land Brito, e de Paulo Araújo, representante da Neoenergia Cosern e do Instituto Neoenergia. Na edição deste ano, o Curta Caicó contou com recursos do Edital Transformando Energia em Cultura que proporcionou a realização de oficinas em sete escolas públicas do Seridó, a produção dos nove filmes do Laboratório de Roteiro, além de um circuito de mostras audiovisuais por dez municípios da região do Seridó potiguar.
Segundo o diretor do festival, Raildon Lucena, a sensação é de dever cumprido: “Foi a maior edição de nossa história. Em seis anos de festival comemoramos números incríveis desde o recorde de inscrições (1.087 curtas) e das oficinas em escolas públicas que beneficiaram mais de 100 alunos. Sem contar a mostra dos mestres e mestras que emocionou todo o público presente e a maratona de exibições que fizemos por dez municípios seridoenses”.
Produtor executivo do festival, Diego Vale destacou a pujança da economia criativa do Seridó em diversas modalidades, ressaltando que em apenas seis anos já é visível perceber como o audiovisual está cada vez mais presente no Seridó. Segundo Diego, “o Seridó possui uma diversidade de cenários, narrativas e atrativos culturais potenciais para tornar a região um polo de produção audiovisual”.
Conheça os vencedores do 6º Curta Caicó:
MOSTRA ACAUÃ | NACIONAL
Melhor Filme: Ela Mora Logo Ali, de Rafael Rogante e Fabiano Barros (RO) Melhor Direção: Rodrigo R. Meireles, por Morro do Cemitério Melhor Roteiro: Big Bang, escrito por Carlos Segundo Melhor Fotografia: Morro do Cemitério, por Rodrigo R. Meireles Melhor Som: Contragolpe, por Álvaro Ribeiro Melhor Montagem: Paulo Galo: Mil Faces de um Homem Leal, por Victor Ciappina Melhor Interpretação: Agrael de Jesus, Marcela Bonfim e João Victor Alves de Oliveira, por Ela Mora Logo Ali Menção Honrosa: Wallace Fagner Dias, por Morro do Cemitério
MOSTRA POTIGUAR
Melhor Filme: Encruzilhada Bar, de Johann Jean Melhor Direção: Livia Motta, por Colchão d’água Melhor Roteiro: Encruzilhada Bar, escrito por Márcio Benjamin Melhor Fotografia: Renascente, por André Rosa Melhor Som: Terra Arrasada, por Daniel Oliveira Mosca Melhor Montagem: Renascente, por André Rosa Melhor Interpretação: Alex Ivanovich, por Encruzilhada Bar Menção Honrosa: Curta os Congos, de Raquel Cardoso
MOSTRA SERIDÓ
Melhor Filme: Sertão Bruto, de Lourival Andrade Melhor Direção: Felipe Santelli, por A Menina que Nunca Viu o Mar Melhor Roteiro: Oiticica: Sonhos Debaixo D’água, escrito por Saulo Medeiros Melhor Fotografia: Lá no Interior, por Carito Cavalcanti Melhor Som: Sertão Bruto, por Pedro Andrade (som direto) e Jefferson Dutra (edição de som/mixagem) Melhor Montagem: Lá no Interior, por Fernando Suassuna Melhor Interpretação: Alexandre Muniz, por Sertão Bruto Menção Honrosa: Maysa Matarazzo, de Acácio Medeiros, e Existirmos: a que será que se destina?, de Wellington Costa
MOSTRA NORDESTE
Melhor Filme: Cercas, de Ismael Moura (PB) Melhor Direção: Rafael Anaroli, por Quebra Panela Melhor Roteiro: Cabocolino, escrito por João Marcelo, Marlom Meirelles e Alexandre Soares Melhor Fotografia: Cercas, por Breno César Melhor Som: Cercas, por Guga Rocha (desenho de som e mixagem) e Gustavo Guedes (som direto) Melhor Montagem: Jussara, por Bruna Carvalho Melhor Interpretação: Bruna Castro, por Cercas Menção Honrosa: Ytwã, de Kian Shaikhzadeh (BA)
PRÊMIO DA CRÍTICA | ACCiRN: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Norte
Mostra Acauã Nacional: Morro do Cemitério, de Rodrigo R. Meireles (MG) Mostra Potiguar: Encruzilhada Bar, de Johann Jean Mostra Seridó: A Menina que Nunca Viu o Mar, de Felipe Santelli Mostra Nordeste: Cabocolino, de João Marcelo (PE) Mostra Ambiental: Tapajós: Uma Breve História da Transformação de um Rio, de Alan Schvarsberg e C. Fraga (DF/PA) Mostra Rio Branco: Amei Te Ver, de Ricardo Garcia (SP) Mostra Pax: Sobre Elas, de Bruna Arcangelo (SP) Mostra São Francisco: Midríase, de Eduardo Monteiro (PR) Mostra Alvorada: Sangue por Sangue, de Ian Abé e Rodolpho de Barros (PB) Mostra Videoclipe: Contemporaneidade, de Jackson Abacatu (MG) Mostra Videoclipe | Menção Honrosa: Lamento de Força Travesti, de Renna Costa (PE)
PRÊMIO MISTIKA *R$ 5.000,00 em serviços de pós-produção Mostra Potiguar: Encruzilhada Bar, de Johan Jean Mostra Seridó: Sertão Bruto, de Lourival Andrade
Fernando Teixeira e Enio Cavalcante no longa potiguar O Alecrim e o Sonho
A primeira edição do Festival Cinépolis do Cinema Nordestino, que acontecerá entre os dias 12 e 18 de outubro, terá sua edição inaugural realizada e distribuída simultaneamente por quatro capitais da região: João Pessoa, Fortaleza, Natal e São Luís.
O evento conta com produção e curadoria da Bolandeira Arte & Films, a mesma produtora que chancela o Fest Aruanda, o mais antigo festival da capital paraibana; a Cinépolis é a maior operadora de cinemas da América Latina. Esta iniciativa é inédita no contexto do parque exibidor brasileiro e reflete a visão compartilhada pela produtora, que mantém uma parceria com a rede desde 2015.
O diretor da Cinépolis Brasil, Luiz Gonzaga de Luca, que é também um renomado estudioso e pesquisador do cinema e do seu suporte digital, acredita que a realização deste primeiro festival é uma forma inequívoca de valorizar o cinema produzido no Nordeste: “Nos muitos anos em que se realiza o Fest Aruanda em João Pessoa, formou-se um expressivo público fiel ao evento, tendo a cada ano a introdução de uma geração mais jovem ansiosa em ver aos filmes”.
E completou: “Chamou-nos a atenção que, mesmo existindo muitos festivais em capitais dos estados do Nordeste, falta um reconhecimento que existe uma cinematografia regional de um cinema com características tão distintas e, ao mesmo tempo, confluentes. Muitos cinemas do Brasil realizam festivais que engrandecem a cinematografia de outros países. Porém, não existe um festival não competitivo que mostre a riqueza dos filmes produzidos fora do eixo Rio-São Paulo. Começaremos por apresentá-los em quatro capitais do Nordeste, mas temos a ambição que seja possível em curto prazo estender a exibição para todos os estados do país”.
Marcélia Cartaxo em Pacarrete, de Allan Deberton
O 1º Festival Cinépolis será uma oportunidade de reconhecer e legitimar o trabalho de cineastas veteranos e saudosos dos quatro estados. A curadoria, assinada por Lúcio Vilar, fundador e diretor do Fest Aruanda, será um recorte do que há de mais significativo nos últimos anos da produção audiovisual dos quatros estados nordestinos contemplados nesta primeira edição.
“Além disso, vamos destacar em cada estado, dois profissionais veteranos e em atuação, assim como dois que serão homenageados postumamente, por suas respectivas contribuições históricas”, acrescenta o curador que reitera o sentido de valorização do cinema com sotaque nordestino e o ineditismo do evento. Os homenageados serão: Eliézer Rolim (Paraíba), Carlos Augusto Ribeiro Jr. (Rio Grande do Norte), Rosemberg Cariry (Ceará) e Murilo Santos (Maranhão).
Confira a programação e a seleção do 1º Festival Cinépolis do Cinema Nordestino:
FORTALEZA | Cinépolis Shopping RioMar
12/10: Os Pobres Diabos, de Rosemberg Cariry 13/10: Greta, de Armando Praça 14/10: Pacarrete, de Allan Deberton 15/10: Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira 16/10: A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry 17/10: Currais, de David Aguiar e Sabina Colares 18/10: Pequenos Guerreiros, de Bárbara Cariry
JOÃO PESSOA | Cinépolis Manaíra Shopping
12/10: Beiço de Estrada, de Eliézer Rolim 13/10: Desvio, de Arthur Lins 14/10: Bia, de Taciano Valério 15/10: Aponta pra Fé ou Todas as Músicas da Minha Vida, de Kalyne Almeida 16/10: O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira), de Bertrand Lira 17/10: Miami Cuba, de Caroline Oliveira 18/10: Jackson: Na Batida do Pandeiro, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira
NATAL | Cinépolis Natal Shopping
12/10: Boi de Prata, de Carlos Augusto Ribeiro Jr. 13/10: Beiço de Estrada, de Eliézer Rolim 14/10: O Seu Amor de Volta (Mesmo que Ele Não Queira), de Bertrand Lira 15/10: Aponta pra Fé ou Todas as Músicas da Minha Vida, de Kalyne Almeida 16/10: Desvio, de Arthur Lins 17/10: Fendas, de Carlos Segundo 18/10: O Alecrim e o Sonho, de Valério Fonseca
SÃO LUÍS | Cinépolis São Luís Shopping
12/10: Terras de Quilombo, de Murilo Santos 13/10: Lamparina da Aurora, de Frederico Machado 14/10: Manuel Bernardino: O Lenin da Matta, de Rose Panet 15/10: Ventos que Sopram Maranhão, de Neto Borges 16/10: Celso Antônio, Brasileiro, de Beto Matuck 17/10: No Fundo da Terra, de Milena Carvalho 18/10: Jackson: Na Batida do Pandeiro, de Marcus Vilar e Cacá Teixeira
A cerimônia de encerramento revelou os projetos premiados do maior programa de coprodução do audiovisual brasileiro; e de longas-metragens da Mostra Território escolhidos por dois júris, sendo a primeira vez de uma mostra competitiva no evento.
O longa-metragem Guapo’y, de Sofia Paoli Thorne, coprodução entre Paraguai, Argentina e Qatar, foi escolhido como melhor filme da Mostra Território tanto pelo Júri Oficial quanto pelo Júri da Crítica. No primeiro caso, o grupo composto por Sara Silveira, Mariana Queen Nwabasili, Roberto Cotta, André Novais Oliveira e Carla Italiano justificou a escolha apontando o fato de que “a rememoração é uma forma de ressignificar o passado e garantir a existência de futuros possíveis” e exaltou “os elementos articulados com maestria pela diretora desse longa, que soube dosar com precisão o gesto que se aproxima para melhor escutar e o que respeita as violências sofridas na pele das personagens ao saber lhes dar a distância necessária”.
Pelo prêmio do Júri Oficial, Guapo’y ganhou o Troféu Horizonte da CineBH 2023 e um prêmio de R$ 10 mil oferecido em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Cultura e BH Film Comission. O júri escolheu ainda a Melhor Presença, prêmio entregue para a atriz Gisela Yupa por sua performance em Diógenes, filme peruano de Leonardo Barbuy, por identificar no trabalho dela “possibilidades e potências renovadoras para a firmação de indígenas atrizes e atores em diferentes propostas cinematográficas contemporâneas que dialogam com perspectivas decoloniais”. Outro prêmio foi o Destaque do Júri para “a força coletiva do povo de Tumaco como uma espécie de personagem complexo e indomável” no filme colombiano Puentes en el Mar, de Patricia Ayala Ruiz.
Pelo Júri da Crítica, formado por Luiz Zanin Oricchio, Pedro Henrique Ferreira e Mariana Mól, a escolha de Guapo’y foi “pela delicadeza como o filme expõe fatos tão atrozes e seu gesto que descortina, aos poucos, as memórias apagadas e as duras experiências de uma das mais longas ditaduras da América Latina”.
Enquanto isso, na 14ª edição do Brasil CineMundi, o projeto na categoria Em Desenvolvimento vencedor do prêmio entregue pelo Júri Oficial, formado pelos produtores Jamie Weiss (Espanha), Julia Alves (Brasil) e Leonardo Ordoñez (Espanha), foi o mineiro Paisagem de Inverno, com direção de Marco Antonio Pereira e produção dele mesmo junto com Marcelo Lin e Rodrigo Meireles, da Abdução Filmes. O projeto levou o Troféu Horizonte e ganhou prêmios de parceiros, como: DOT (R$ 15.000 em serviços de finalização), Mistika (R$ 15.000 em serviços de pós-produção), Parati Films (800 euros em tradução de roteiros para longa-metragem português para francês) e Naymovie (R$ 15.000 em serviços de locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria).
O júri justificou a escolha por “abordar uma realidade local que comunica globalmente olhando para um Brasil que não é visto, por imaginar futuro e existência a uma comunidade em meio às ameaças da exploração de recursos naturais e pela capacidade do diretor de colocar em prática seu método, aflorando a força do seu olhar”.
O projeto alagoano Infantaria, de Laís Santos Araújo e produção de Pedro Krull, da Aguda Cinema, ganhou o Prêmio MAAF (vaga para produtor no Málaga Festival Fund & Co-production Event, na Espanha, em 2024), justificado por apresentar “paisagens pouco vistas no cinema brasileiro, criando um filme que mistura o arco narrativo de seus protagonistas a elementos de realismo mágico baseado no cotidiano do nordeste do país”.
O Prêmio World Cinema Fund (Alemanha) foi para A Mala da Noite, de Janaina Wagner e produção de Mariana Mól e Luana Melgaço, da Anavilhana, por “prever um trabalho de design de público muito multifacetado e com infinitas possibilidades”. O mesmo projeto levou também o Prêmio RIDM – Doc Lab Montreal (logística para participar do RIDM – Festival Internacional de Documentário de Montreal) por sua “proposta de criação coletiva e catártica, na qual são reveladas as contradições entre uma paisagem idílica e a violência que a cerca”.
Já o Prêmio Torino Film Lab e Projeto Paradiso (vaga para produtor no TFL Meeting Event, na Itália, em 2023; do Paradiso, € 2,000 para apoio à participação no evento) foi para o projeto Orquestra, dirigido por Urânia Munzanzu com produção de Flávia Santana, da Acarajé Filmes, justificado por “notáveis habilidades criativas, motivação inabalável e energia única e ilimitada” das realizadoras; que levam ainda apoio financeiro do Instituto Guimarães Rosa/Ministério das Relações Exteriores. Também o Prêmio Nuevas Miradas (Cuba), com apoio financeiro do Instituto Guimarães Rosa/Ministério das Relações Exteriores, foi para Orquestra, por sua proposta de “quebrar estereótipos com emoção, reflexões e uma narrativa poderosa que desafia as normas estabelecidas”.
Sal da Noite, de Vinicius Fernandes e Leonardo Hecht, com produção de Hecht, do Distrito Federal, venceu o Prêmio Encuentros BioBioCine (Chile) e apoio financeiro do Instituto Guimarães Rosa/Ministério das Relações Exteriores, por “recuperar a identidade de uma cidade, mudar o rumo e voltar aonde nasceu”. Enquanto isso, Turma 101, com direção de Wagner Novais e produção de Sabrina Garcia, Leo Ribeiro e Roberto Berliner, levou o Prêmio DocSP (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento nas rodadas de negócios na próxima edição do DocSP); e Cartoleiras, de Juliana Antunes com produção de Laura Godoy, ficou com o DocMontevideo (consultoria).
O Conecta (vaga para produtor de documentário da categoria Em Desenvolvimento no Conecta – International Documentary Industry Meeting, no Chile) foi para Boy, direção de Michel Carvalho e produção de Fernando Sapelli. O Prêmio CTAv/Edna Fuji para um projeto de documentário seguiu para Depois da Aula, de Pedro Nishi com produção de João Pedro Bim e Lucas Silva Campos, enquanto na categoria Foco Minas o escolhido foi Zoografias, de Pedro Carvalho e produção de Luna Gomides.
Na categoria WIP – Work in Progress, O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel e produção de Luana Melgaço, levou o prêmio O2 Pós para seção Montagem. No mesmo segmento, o prêmio Mistika (R$ 15.000 em pós-produção) ficou com Negror em Paisagens, de Joyce Prado e Sidney Santiago Kuanza, com produção de Joyce Prado. O Prêmio Islote Post (Chile), seção Mercado, escolheu Espelho Cigano, de João Borges e produção de Carolina Gontijo, enquanto o O2 Pós Mercado foi para Kasa Branca, de Luciano Vidigal e produção de Bárbara Defanti, Roberto Berliner, Sabrina Garcia e Cavi Borges.
Conheça os vencedores de 2023 da CineBH e do Brasil CineMundi:
MOSTRA TERRITÓRIO
MELHOR FILME Guapo’y, de Sofia Paoli Thorne (Paraguai/Qatar)
MELHOR PRESENÇA Gisela Yupa, por Diógenes
DESTAQUE DO JÚRI Puentes en el Mar, de Patricia Ayala Ruiz (Colômbia)
JÚRI DA CRÍTICA | PRÊMIO ABRACCINE Guapo’y, de Sofia Paoli Thorne (Paraguai/Catar)
BRASIL CineMundi
PROJETO EM DESENVOLVIMENTO | TROFÉU HORIZONTE Paisagem de Inverno, de Marco Antonio Pereira (MG)
PRÊMIO MAAF Infantaria, de Laís Santos Araújo (AL)
PRÊMIO WORLD CINEMA FUND | ALEMANHA A Mala da Noite, de Janaina Wagner (MG)
PRÊMIO RIDM | DOC LAB MONTREAL A Mala da Noite, de Janaina Wagner (MG)
PRÊMIO TORINO FILM LAB | PROJETO PARADISO | MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Orquestra, de Urânia Munzanzu (BA)
PRÊMIO NUEVAS MIRADAS | CUBA | MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Orquestra, de Urânia Munzanzu (BA)
PRÊMIO Encuentros BioBio Cine | CHILE Sal da Noite, de Vinicius Fernandes e Leonardo Hecht (DF)
PRÊMIO DocSP Turma 101, de Wagner Novais (RJ)
PRÊMIO DocMontevideo Cartoleiras, de Juliana Antunes (MG)
PRÊMIO CONECTA | CHILE Boy, de Michel Carvalho (SP)
PRÊMIO CTAv EDNA FUJI Depois da Aula, de Pedro Nishi (SP)
PRÊMIO FOCO MINAS Zoografias, de Pedro Carvalho
WIP | WORK IN PROGRESS Prêmio O2 Pós | Montagem: O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG) Prêmio Mistika | Pós-produção: Negror em Paisagens, de Joyce Prado e Sidney Santiago Kuanza (SP) Prêmio Islote Post | Chile (seção Mercado): Espelho Cigano, de João Borges (MG) Prêmio O2 Pós Mercado: Kasa Branca, de Luciano Vidigal (RJ)
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Foram anunciados neste domingo, 01/10, os vencedores da quinta edição do Curta na Serra – Festival de Cinema ao Ar Livre, que aconteceu em Serra Negra, Bezerros, agreste pernambucano. O evento celebrou dias memoráveis de cultura e cinema, reunindo entusiastas da sétima arte em meio à uma paisagem deslumbrante.
A quinta edição do festival foi marcada por uma programação diversificada que incluiu exibições de filmes, homenagens, apresentações musicais, oficinas e conversas. Durante os três dias de festival, o público teve a oportunidade de vivenciar uma experiência multicultural que uniu natureza, cinema, música, artesanato, gastronomia e empreendedorismo. A programação incluiu ainda Rodas de Diálogo sobre temas como Memória dos Cinemas de Rua e Acessibilidade no Audiovisual, proporcionando trocas de conhecimento e reflexões importantes
O evento começou com uma homenagem a José Ferraz Álvares, antigo proprietário do Cine Alvorada, que marcou a vida de gerações de bezerrenses. A noite de abertura contou com a exibição da mostra Panorama Pernambuco, além de videoclipes de todo o Brasil. A atriz Sharlene Esse fez uma emocionante performance musical em homenagem à icônica cantora Gal Costa. O público também aproveitou a discotecagem do DJ Gleydson Virgulino, que embalou a noite com brasilidades e hits da MPB.
No dia seguinte, a talentosa atriz pernambucana Hermila Guedes foi homenageada em reconhecimento à sua grandiosa contribuição ao cinema brasileiro. Hermila, que é uma das mais premiadas atrizes do cinema nacional, encantou o público e se emocionou ao receber o troféu do festival, que foi acompanhado por um quadro produzido pela artista plástica bezerrense Das Neves. Além das homenagens, o festival exibiu o curta-metragem Quinha, de Caroline Oliveira, estrelado por Hermila.
O júri deste ano foi formado por: Antonio Carrilho, Karla Fagundes e Priscila Urpia nas mostras Panorama Pernambuco e Videoclipes; e Kate Saraiva, Leo Tabosa e Vanessa Vieira nas mostras Panorama Nacional e Sessão Especial. O festival é realizado pela Eixo Audiovisual com produção executiva de Marlom Meirelles e curadoria de Vitor Búrigo, do CINEVITOR.
Vale lembrar que os filmes da mostra Sessão Especial seguem disponíveis no site do festival até o dia 20 de outubro, assim como os filmes da Mostra VerOuvindo, que contam com recursos de acessibilidade comunicacional, como Libras, audiodescrição e legendagem descritiva, permitindo que todos possam desfrutar da experiência cinematográfica.
Conheça os vencedores do 5° Curta na Serra:
PANORAMA NACIONAL
Melhor Filme: Céu, de Valtyennya Pires (PB) Melhor Direção: Carlos Segundo, por Big Bang Melhor Roteiro: Era Uma Noite de São João, escrito por Bruna Velden Melhor Atriz: Jessica Ellen, por Último Domingo Melhor Ator: Giovanni Venturini, por Big Bang Melhor Fotografia: Último Domingo, por Fernando Macedo Melhor Direção de Arte: Último Domingo, por Joana Claude Melhor Montagem: Fantasma Neon, por Lobo Mauro Melhor Trilha Sonora: Fantasma Neon, por Ayssa Yamaguti Norek, Carol Maia, José Miguel Brasil e Leonardo Martinelli
PANORAMA PERNAMBUCO
Melhor Filme: Serra da Inveja, de Bruna Leite, Henrique Lapa e Joanna Pappou Melhor Direção: Tiago Pinheiro, por Quem me Quer? Melhor Roteiro: Filhos Ausentes, escrito por Virgínia Guimarães e Jansen Barros Melhor Atriz: Carol Arcoverde, por Estampido Melhor Ator: Alex Pessoa, por Estampido Melhor Fotografia: Serra da Inveja, por Henrique Lapa e Rafael Amorim Melhor Direção de Arte: Ouro Azul, por Renata Claus Melhor Montagem: Filhos Ausentes, por Virgínia Guimarães e Jansen Barros Melhor Trilha Sonora: Ouro Azul, por Vai Capibaribe: Poeta Bosco do São João Menção Honrosa: Seu Adauto, de Edvaldo Santos
VIDEOCLIPES
Melhor Videoclipe: Estrelas, de Cellia Nascimento feat. Zé Celso; direção: Daniel Torres (SP) Melhor Direção: Renata Fortes, por Timon, Papel e Letra, de Jaísa Caldas Melhor Roteiro: Estrelas, escrito por Daniel Torres Melhor Montagem: Tão Longe, de Nay Cassiano, por Brunno Duarte Melhor Trilha Sonora: Timon, Papel e Letra, de Jaísa Caldas Melhor Fotografia: Retinta e Vinheta Ororubá, de Riáh e Lula Carneiro, por Lula Carneiro Melhor Direção de Arte: Acorda Pedrinho, de Jovem Dionisio, por Gabriella Olivo
SESSÃO ESPECIAL
Melhor Filme: Os Finais de Domingos, de Olavo Junior (CE) Melhor Direção: Olavo Junior, por Os Finais de Domingos Melhor Roteiro: Vai Ficar Tudo Bem, escrito por Wescley Di Luna Melhor Atriz: Sharlene Esse, por Amor by Night Melhor Ator: Rodger Rogério, por Os Finais de Domingos Melhor Fotografia: Cinema para os Mortos, por Maurício Pokémon Melhor Direção de Arte: Amor by Night, por Henrique Arruda Melhor Montagem: Cartas para Glauber, por Felipe Bachur Melhor Trilha Sonora: Criaturas Celestiais, por Barbarize
María Alché e Benjamín Naishtat do filme Puan: coprodução brasileira premiada
Foram anunciados neste sábado, 30/09, os vencedores da 71ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. O drama O Corno, dirigido pela cineasta espanhola Jaione Camborda, recebeu a Concha de Ouro de melhor filme; é o quarto ano consecutivo que um filme dirigido por uma mulher ganha o prêmio máximo da Seleção Oficial.
Neste ano, o Júri Oficial foi presidido pela cineasta francesa Claire Denis e contou também com: Fan Bingbing, atriz chinesa; Cristina Gallego, produtora e realizadora colombiana; Brigitte Lacombe, fotógrafa francesa; Robert Lantos, produtor húngaro; Vicky Luengo, atriz espanhola; e Christian Petzold, cineasta alemão.
Nesta 71ª edição, a comédia dramática Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat, levou os prêmios de melhor roteiro e melhor interpretação para Marcelo Subiotto. Coproduzido pela Argentina e pela brasileira Bubbles Project, de Regra 34, o longa, que será exibido no Festival do Rio e distribuído pela Vitrine Filmes, conta a história de Marcelo, que compete com outro professor de filosofia por uma cadeira na universidade. Em um ambiente político instável, precisará provar para si, para sua família e colegas que está à altura para suceder seu falecido mentor.
E mais: na mostra Zabaltegi-Tabakalera, El auge del humano 3, do cineasta argentino Eduardo Williams, foi eleito o melhor filme. O longa é coproduzido por diversos países, entre eles, o Brasil através da Estúdio Giz; com produção executiva de Julia Alves, da Oublaum Filmes.
Além disso, o Brasil também se destacou em premiações paralelas: no XII Foro de Coproducción Europa-América Latina, Los días libres, de Lucila Mariani, uma coprodução entre Argentina e Brasil, levou o Prêmio ArteKino International; já no XIX Foro de Coproducción de Documentales Lau Haizetara, Pulso, de Victoria Alvares e Quentin Delaroche, produzido pela Revoada Produções, recebeu o Prêmio IBAIA-Bilibin Circular.
Neste ano, o ator espanhol Javier Bardem, vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante por Onde os Fracos Não Têm Vez, e que estampou o pôster do festival, foi homenageado com o Prêmio Donostia, assim como Hayao Miyazaki, cineasta japonês, e Víctor Erice, diretor espanhol.
Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 2023:
CONCHA DE OURO | MELHOR FILME O Corno, de Jaione Camborda (Espanha/Portugal/Bélgica)
CONCHA DE PRATA | MELHOR DIREÇÃO Tzu-Hui Peng e Ping-Wen Wang, por Chun xing (A Journey in Spring)
CONCHA DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO Marcelo Subiotto, por Puan, e Tatsuya Fuji, por Great Absence
CONCHA DE PRATA | MELHOR INTERPRETAÇÃO COADJUVANTE Hovik Keuchkerian, por Un amor
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI Kalak, de Isabella Eklöf (Dinamarca/Suécia/Noruega/Finlândia/Groenlândia/Holanda)
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR ROTEIRO Puan, escrito por María Alché e Benjamín Naishtat
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR FOTOGRAFIA Kalak, por Nadim Carlsen
PRÊMIO NEW DIRECTORS Melhor Filme: Bahadur the Brave, de Diwa Shah (Índia)
PRÊMIO HORIZONTES Melhor Filme: El castillo, de Martín Benchimol (Argentina/França/Espanha)
PRÊMIO ZABALTEGI-TABAKALERA Melhor Filme: El auge del humano 3, de Eduardo Williams (Argentina/Portugal/Holanda/Taiwan/Brasil/Hong Kong/Sri Lanka/Peru) Menção Especial: El juicio, de Ulises de la Orden (Argentina/Noruega/França/Itália)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME | CIUDAD DE DONOSTIA La sociedad de la nieve, de J.A. Bayona (Espanha)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME EUROPEU | CIUDAD DE DONOSTIA Io Capitano, de Matteo Garrone (Itália)
PRÊMIO FIPRESCI Fingernails, de Christos Nikou (EUA)
SIGNIS AWARD Melhor Filme: All Dirt Roads Taste of Salt, de Raven Jackson (EUA)
*Clique aqui e confira a lista completa com os premiados em outras categorias paralelas.
Gael García Bernal e Perla De La Rosa em Cassandro
O Festival do Rio 2023, que acontecerá entre os dias 5 e 15 de outubro, contará com mais de 200 obras, entre nacionais e internacionais, em sua programação. A seleção traz os títulos mais esperados e comentados nos maiores festivais internacionais, além dos nacionais inéditos da Première Brasil (que foram anunciados anteriormente; clique aqui).
A programação oficial terá sessões especiais, exibições com acessibilidade, mostras paralelas, homenagens e uma seleção de títulos que refletem a diversidade e a variedade da produção brasileira e internacional. Para atualizar o debate sobre inovação no audiovisual, o RioMarket apresentará mesas e masterclasses para o mercado e uma seleção aberta ao público com ingressos gratuitos, sob inscrição prévia na nova sede do festival, na Glória.
A Gala de Abertura, que acontecerá no dia 5 de outubro no Cine Odeon, abre a maratona cinéfila com Atiraram no Pianista, de Fernando Trueba e Javier Mariscal, este último estará presente no Rio para apresentar o primeiro filme de animação a abrir o evento; um drama investigativo animado que celebra a música brasileira e a liberdade de expressão. A Gala de Encerramento, no dia 14, também não fica atrás no ineditismo com dois filmes: Priscilla, longa tão esperado dirigido por Sofia Coppola, que rendeu o prêmio de melhor atriz para Cailee Spaeny no Festival de Veneza; e o brasileiro O Sequestro do Voo 375, história que relembra o sequestro de um voo comercial da Vasp em 1998, dirigido por Marcus Baldini.
Em comunicado oficial, Ilda Santiago, diretora executiva de programação do Festival do Rio, disse: “O Festival do Rio é uma celebração e um convite para novas aventuras, guardando um profundo respeito pela nossa história. O Brasil é muito plural e podemos ver este retrato também nas telas do cinema. São diversas ações que criamos para os mais diversos públicos e gostos diferentes, para comemorar a edição histórica de 25 edições do festival”.
Para esta 25ª edição, o Festival do Rio marcará presença por toda a cidade, na praia, nas arenas culturais da prefeitura e em centros culturais, como o da Caixa Cultural e Justiça Federal, que apresentam a mostra A Cinemateca É Brasileira e o programa Geração, respectivamente. O evento também receberá, em noites de gala, quatro séries brasileiras; filmes que destacam as narrativas LGBTQIAPN+ concorrem ao Prêmio Félix.
Neste ano, o time de jurados do Troféu Redentor será formado por: Laís Bodanzky (presidente), Gaia Furrer, Isabél Zuaa, João Vieira Jr. e Renata Pinheiro no Júri Principal; Johnny Massaro (presidente), Beatriz Seigner, Jéssica Ellen e Pedro Bronz no JúriNovos Rumos; e Sandro Fiorin (presidente), Andrea Capella, Pedro Henrique França e Wescla Vasconcelos no Prêmio Félix 2023.
Conheça os filmes internacionais selecionados para o Festival do Rio 2023:
PANORAMA MUNDIAL
A Fragilidade do Gelo (Ran Dong), de Anthony Chen (China) A Sociedade da Neve (La Sociedad de la Nieve), de J.A. Bayona (Espanha) All of Us Strangers, de Andrew Haigh (Reino Unido/EUA) As 4 Filhas de Olfa (Les Filles d’Olfa), de Kaouther Ben Hania (França/Tunísia/Alemanha/Arábia Saudita) As Paredes Falam (Las Paredes Hablan), de Carlos Saura (Espanha) As Verdades Essenciais do Lago (Essential Truths of the Lake), de Lav Diaz (Filipinas/França/Portugal/Singapura/Itália/Suíça/Reino Unido) Cannes sem Cortes (Cannes Uncut), de Richard Blanshard e Roger Penny (Reino Unido) Cassandro, de Roger Ross Williams (EUA) Conto de Fadas (Skazka), de Aleksandr Sokurov (Rússia/Bélgica) Crônicas do Irã (Ayeh Have Zamini), de Alireza Khatami e Ali Asgari (Irã) De Volta à Córsega (Le Retour), de Catherine Corsini (França) DogMan, de Luc Besson (França/EUA) Elas por Elas (Tell it Like a Woman), de Taraji P. Henson, Catherine Hardwicke, Silvia Carobbio, Leena Yadav, Maria Sole Tognazzi, Lucía Puenzo, Mipo Oh e Lucia Bulgheroni (EUA/Itália/Índia/Japão) Enea, de Pietro Castellitto (Itália) Estranhos na Noite (Une Nuit), de Alex Lutz (França) Firebrand, de Karim Aïnouz (Reino Unido/EUA) Fronteira Verde (Zielona Granica), de Agnieszka Holland (Polônia/França/República Tcheca/Bélgica) Hit Man, de Richard Linklater (EUA) Hypnotic: Ameaça Invisível, de Robert Rodriguez (EUA) Invisíveis (The Ballad of a Hustler), de Heitor Dhalia (Brasil/EUA) L’ordine del Tempo, de Liliana Cavani (Itália) Mal Viver, de João Canijo (Portugal/França) Menu Prazer: Les Troisgros (Menus Plaisirs – Les Troisgros), de Frederick Wiseman (EUA) Meu Pequeno Maad (Moje Slunce Maad), de Michaela Pavlátová (República Tcheca/França/Eslováquia) MMXX, de Cristi Puiu (Romênia/França/Moldávia) Monster (Kaibutsu), de Hirokazu Koreeda (Japão) Nossos Corpos (Notre Corps), de Claire Simon (França) O Sabor da Vida (La Passion de Dodin Bouffant), de Anh Hung Tran (França) Orlando, Minha Biografia Política (Orlando, Ma Biographie Politique), de Paul B. Preciado (França) Pare com Suas Mentiras (Arrête avec tes Mensonges), de Olivier Peyon (França) Perfect Days, de Wim Wenders (Japão/Alemanha) Pobres Criaturas (Poor Things), de Yorgos Lanthimos (Irlanda/EUA) Quarto 999 (Chambre 999), de Lubna Playoust (França) Segredos de um Escândalo (May December), de Todd Haynes (EUA) The Teachers’ Lounge (Das Lehrerzimmer), de Ilker Çatak (Alemanha) Um Amor (Un Amor), de Isabel Coixet (Espanha) Um Silêncio (Un Silence), de Joachim Lafosse (Bélgica/França/Luxemburgo) Viver Mal, de João Canijo (Portugal/França)
PREMIÈRE LATINA
A Céu Aberto (A Cielo Abierto), de Mariana Arriaga e Santiago Arriaga (México/Espanha) A Prática (La Práctica), de Martín Rejtman (Argentina/Chile/Alemanha/Portugal) A Suprema (La Suprema), de Felipe Holguín Caro (Colômbia) A Uruguaia (La Uruguaya), de Ana García Blaya (Argentina/Uruguai) Anna, de Marco Amenta (Itália) Eureka, de Lisandro Alonso (França/Argentina/Alemanha/Portugal/México) Heroico, de David Zonana (México) Nas Pegadas de Mengele (Tras Las Huellas de Mengele), de Alejandro Venturini e Tomás De Leone (Argentina/Brasil) O Outro Filho (El Otro Hijo), de Juan Sebastian Quebrada (Colômbia/França/Argentina) O Vento que Arrasa (El Viento que Arrasa), de Paula Hernández (Argentina/Uruguai) O Vilarejo El Eco (El Eco), de Tatiana Huezo (México/Alemanha) Os de Baixo (Los de Abajo), de Alejandro Quiroga Guerra (Argentina/Brasil/Bolívia/Colômbia) Os Delinquentes (Los Delincuentes), de Rodrigo Moreno (Argentina/Brasil/Luxemburgo/Chile) Perdidos na Noite (Perdidos en la Noche), de Amat Escalante (México/Holanda/Alemanha/Dinamarca) Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina/Brasil/França/Itália/Alemanha) Rinoceronte, de Arturo Castro Godoy (Argentina/Itália) Todo o Silêncio (Todo el Silencio), de Diego del Rio (México) Totem (Tótem), de Lila Avilés (México/Dinamarca/França)
EXPECTATIVA
20.000 Espécies de Abelhas (20.000 Especies de Abejas), de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha) A Céu Aberto (A Cielo Abierto), de Mariana Arriaga e Santiago Arriaga (México/Espanha) A Filha do Pai (La Fille de Son Père), de Erwan Le Duc (França) A Mãe de Todas as Mentiras (Kadib Abyad), de Asmae El Moudir (Marrocos/Egito/Arábia Saudita/Qatar) A Natureza do Amor (Simple Comme Sylvain), de Monia Chokri (Canadá/França) Adeus, Julia (Wadaean Julia), de Mohamed Kordofani (Sudão/Egito/Alemanha/França/Arábia Saudita/Suécia) Ama Glória (Àma Gloria), de Marie Amachoukeli (França) Anna, de Marco Amenta (Itália) As Parteiras (Sages-femmes), de Léa Fehner (França) Até o Cair da Noite (Bis ans Ende der Nacht), de Christoph Hochhäusler (Alemanha) Banel & Adama: Amor ou Tradição, de Ramata-Toulaye Sy (França/Mali/Senegal) BlackBerry, de Matt Johnson (Canadá) Blackbird Blackbird Blackberry, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia) Cães de Caça (Les Meutes), de Kamal Lazraq (Marrocos/França/Bélgica/Qatar/Arábia Saudita) Céu de Plástico (Müanyag égbolt), de Sarolta Szabó e Tibor Bánóczki (Hungria/Eslováquia) Chegadas e Partidas (Aller/Retour), de Dorothée van den Berghe (Bélgica) Cidade Rabat, de Susana Nobre (Portugal/França) Cobweb (Geo-Mi-Jip), de Kim Jee-woon (Coreia do Sul) Deixar a Noite (Quitter la Nuit), de Delphine Girard (Bélgica/França) Dias Felizes (Giorni Felici), de Simone Petralia (Itália) Eu Sou Alguém (I Am Somebody), de Jamillah van der Hulst (Holanda/EUA/Paquistão) Europa, de Sudabeh Mortezai (Áustria) Here, de Bas Devos (Bélgica) How to Have Sex, de Molly Manning Walker (Reino Unido) I Like Movies, de Chandler Levack (Canadá) In the Fire, de Conor Allyn (Itália/EUA) Inshallah, um Menino! (Inchallah un Fils), de Amjad Al Rasheed (Jordânia/França) Insurgentes (Rebel), de Adil El Arbi e Bilall Fallah (Bélgica/França/Luxemburgo) Little Girl Blue, de Mona Achache (França/Bélgica) Manuela, de Clara Cullen (EUA) Moneyboys, de C. B. Yi (Áustria/França/Taiwan/Bélgica) Mutt, de Vuk Lungulov-Klotz (EUA) O Pequeno Corpo (Piccolo Corpo), de Laura Samani (Itália/França/Eslovênia) Reality, de Tina Satter (EUA) Sica, de Carla Subirana (Espanha) Softie (Petite Nature), de Samuel Theis (França) Trovão (Foudre), de Carmen Jaquier (Suíça) Tudo ou Nada (Rien à Perdre), de Delphine Deloget (França/Bélgica) Um Belo Verão (La Bella Estate), de Laura Luchetti (Itália) Um Fardo (Al Murhaqoon), de Amr Gamal (Iêmen/Sudão/Arábia Saudita) Uma Família Normal (A Normal Family), de Hur Jin-ho (Coreia do Sul) Uma Xícara de Café e Sapatos Novos no Pé (Një Filxhan Kafe dhe Këpucë të Reja Veshur), de Gentian Koçi (Albânia/Portugal/Grécia) Vidas Passadas (Past Lives), de Celine Song (EUA/Coreia do Sul)
ITINERÁRIOS ÚNICOS
Além do Visível: O Descobrimento da Arte de Hilma af Klint (Jenseits des Sichtbaren – Hilma af Klint), de Halina Dyrschka (Alemanha) Arte da Diplomacia, de Zeca Brito (Brasil) Dançando Pina Bausch (Dancing Pina), de Florian Heinzen-Ziob (Alemanha) Dario Argento Panico, de Simone Scafidi (Itália/Reino Unido) EGILI: Rainha Retinta no Carnaval, de Caroline Reucker (Brasil) Godard Cinema (Godard seul le Cinéma), de Cyril Leuthy (França) Jonathan Shaw: A Tatuagem Vira Arte (Scab Vendor: The Life and Times of Jonathan Shaw), de Mariana Thomé e Lucas de Barros (EUA/Brasil) Mulheres Radicais, de Isabel Nascimento Silva (Brasil) Nam June Paik: A Lua é a TV Mais Antiga (Nam June Paik: Moon is the Oldest TV), de Amanda Kim (EUA) Raoni, Uma Amizade Improvável, de Jean-Pierre Dutilleux (Brasil) Três Fotógrafas no Front (Drei Frauen und der Krieg), de Luzia Schmid (Alemanha/Itália) Werner Herzog: Um Sonhador Radical (Werner Herzog: Radical Dreamer), de Thomas von Steinaecker (Alemanha/EUA)
MIDNIGHT MOVIES
A Super Fêmea, de Aníbal Massaini Neto (Brasil) (1973) Augúrio (Augure), de Baloji (Bélgica/Holanda/República do Congo) (2023) Cobweb (Geo-Mi-Jip), de Kim Jee-woon (Coreia do Sul) (2023) Corta! (Coupez!), de Michel Hazanavicius (França/EUA/Japão) (2022) Doente de Mim Mesma (Syk Pike), de Kristoffer Borgli (Noruega/Suécia) (2022) Kokomo City: A Noite Trans de Nova York, de D. Smith (EUA) (2023) Kubi, de Takeshi Kitano (Japão) (2023) Não Abra! (It Lives Inside), de Bishal Dutta (EUA) (2023) O Auge do Humano 3 (El Auge del Humano 3), de Eduardo Williams (Argentina/Taiwan/Portugal/Holanda/Brasil/Peru/Hong Kong/Sri Lanka) Os Homens que Eu Tive, de Tereza Trautman (Brasil) (1973) Sêneca: A Respeito dos Terremotos, de Robert Schwentke (Alemanha/Marrocos) (2023) The Kingdom (Riget), de Morten Arnfred e Lars von Trier (Dinamarca/Itália/Alemanha/França/Noruega/Suécia/Holanda) (2022) Tudo ou Nada (Rien à Perdre), de Delphine Deloget (França/Bélgica) (2023) Uma Claustrocinefilia (Una Claustrocinefilia), de Alessandro Aniballi (Itália) (2022)
O ESTADO DAS COISAS
A Ascensão do Grupo Wagner (The Rise of Wagner), de Benoît Bringer (França) Além da Utopia (Beyond Utopia), de Madeleine Gavin (EUA) Antártica: Continente Magnético (Voyage au Pôle Sud), de Luc Jacquet (França) Nuclear Now, de Oliver Stone (EUA) Por Trás das Manchetes: Além dos Panama Papers (Hinter den Schlagzeilen), de Daniel Andreas Sager (Alemanha) Posto Avançado (L’avamposto), de Edoardo Morabito (Itália/Brasil) Somos Guardiões (We Are Guardians), de Edivan Guajajara, Chelsea Greene e Rob Grobman (Brasil/EUA)
CLÁSSICOS E CULTS
Adeus, Minha Concubina (Ba Wang Bie Ji), de Chen Kaige (China/Hong Kong) (1993) Fome de Viver (The Hunger), de Tony Scott (Reino Unido) (1983)
A CINEMATECA É BRASILEIRA
Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1984) Cinco Vezes Favela, de Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Miguel Borges, Cacá Diegues e Marcos Farias (1962) Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade (1969) O Cangaceiro, de Lima Barreto (1953) São Paulo: A Sinfonia da Metrópole, de Adalberto Kemeny e Rodolfo Lustig (1929)
ESPECIAL SÉRIES BRASILEIRAS
Amar é para os Fortes, de Yasmin Thayná, Kátia Lund e Daniel Lieff How To Be a Carioca, de Carlos Saldanha, Joana Mariani, René Sampaio, Tatiana Fragoso e Luciana Bezerra João sem Deus: A Queda de Abadiânia, de Marina Person Resistência Negra, de Mayara Aguiar
Foram anunciados nesta quarta-feira, 27/09, no CineShow Beiramar Shopping, os vencedores da 27ª edição do FAM 2023, Festival Internacional de Cinema Florianópolis Audiovisual Mercosul, realizado pela Associação Cultural Panvision.
O longa documentário peruano Este Fue Nuestro Castigo, de Luis Cintora, e o curta-metragem de animação brasileiro Diafragma, de Robson Cavalcante, foram os premiados com o Troféu Panvision nas principais categorias deste ano.
Antes da premiação, foram exibidos cinco curtas-metragens produzidos durante a Oficina de Audiovisual para Povos Originários, inédita no FAM e ministrada pelo documentarista boliviano Iván Molina, de origem Quechua. Participaram realizadores audiovisuais dos povos Guarani/Kaiowá e Guarani/Mbya, Kaingang, Laklãnõ Xokleng, Terena, Quechua e Parintintin, vindos do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Iván Molina fez seu discurso de agradecimento: “Agradeço a todos vocês porque penso que todos nós somos parentes. As imagens que capturamos falam que o mundo também é nosso”. Após a exibição dos cinco filmes, a cerimônia teve participação de Tiago Santos, diretor executivo do FAM; Denise Marques, coordenadora do segmento de Economia Criativa do Sebrae; Edgar Macedo Júnior, gestor do Sebrae/SC; Ana Lígia Becker, da Fundação Catarinense de Cultura; e Francisco dos Anjos, representando a Prefeitura de Florianópolis.
Os presentes no palco reconheceram a importância do FAM: “Vocês constroem sonhos! São 94 projetos, ou seja, 94 sonhos, porque todos aqui querem ter seus filmes exibidos na tela vendo um projeto ser realizado”, disse Denise Marques. Tiago Santos ainda agradeceu a presença dos colegas e apoiadores, e destacou o edital da Lei Paulo Gustavo, incentivando todos os produtores e realizadores a fazerem seus filmes, oficinas, capacitando as pessoas: “Queremos que ano que vem ou daqui 30 anos vocês estejam na tela conosco”, disse.
Tiago também compartilhou que o idealizador do festival, Celso dos Santos, pelo primeiro ano, não pode acompanhar presencialmente o evento por questões de saúde, mas que acompanhou as atividades on-line, sempre pedindo atualizações: “Não posso dizer que o Celso criou o FAM há 27 anos, mas sim há 32, talvez 35 anos, quando ele ainda estava articulando o festival. Aproveito para lembrar da minha irmã também, Marilha, diretora de programação do FAM, que testou positivo para Covid-19 e por cuidado com ela e com todos, precisou se afastar desses últimos dias de festival”, contou.
Alissa Azambuja, diretora de comunicação, também discursou: “Para estarmos aqui hoje, alguém sonhou e idealizou isso tudo. E o Celso não estava sozinho. Tinha e tem com ele a companheira de vida, a Denise. E preciso também agradecer a equipe comprometida com o FAM e já adianto que estamos planejando a edição de 2024 que já tem data!”. O FAM 2024 acontecerá entre os dias 5 e 11 de setembro.
Dois documentários foram os vencedores da Mostra Longas, entre seis filmes selecionados do Brasil, Colômbia e Peru. O Júri Oficial premiou Este Fue Nuestro Castigo, de Luis Cintora, do Peru, sobre as memórias de um conflito armado na comunidade alto-andina de Hualla, três décadas depois do período de violência. O Júri Popular escolheu o brasileiro Amanhã, de Marcos Pimentel, que também revive um período, desta vez para ver como estão crianças de um conjunto de favelas em Belo Horizonte 20 anos depois.
A animação Diafragma, de Robson Cavalcante, de Alagoas, venceu como melhor filme nas duas categorias da Mostra Curtas, pelo Júri Oficial e Popular, entre 25 títulos selecionados. O filme trata do processo de perda da visão de um menino por causa da diabetes.
Na Mostra Curtas Catarinense, o melhor filme pelo Júri Oficial foi Adorável Evolução, de Jordana Beck, de Florianópolis. A diretora contou que não imaginava receber o prêmio, além de destacar que o curta foi seu primeiro filme na direção: “Esse filme foi meu TCC na UFSC, então tem dinheiro público envolvido e eu só tenho a agradecer a equipe porque se a gente está recebendo esse prêmio é porque fizemos um trabalho incrível. O filme foi feito para o público e adotamos estratégias para todos pensarem sobre seu consumo. E parece que estamos no caminho certo. Muito obrigada!”, finalizou.
Seguindo a premiação da Mostra Curtas Catarinense, Mar que Nos Rodeia, de Beatriz Silva, de Balneário Camboriú, levou três prêmios: “É um reconhecimento de que a gente se conectou de alguma forma. É um filme que também fala sobre racismo, então é um reconhecimento muito importante. Espero que a gente possa seguir e fazer filmes antirracistas com prêmios catarinenses e leis de incentivo à cultura”, discursou.
Na mostra de filmes em finalização, a WIP, Work in Progress, os escolhidos foram o argentino Lo Que Queda, de Mariel Escobar, pelo Júri Oficial, cujo troféu foi recebido pela produtora do filme, Florência Paz Domínguez, que agradeceu pela oportunidade e lembrou o momento político na Argentina, que está sob o poder de um presidente que ameaça o INCAA e o Ministério da Cultura: “Fazemos filmes graças a estas instituições, então esse reconhecimento é um impulso para seguirmos adiante”.
O Prêmio RECAM, Reunião Especializada de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul, pelo Júri Oficial foi para A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin, do Rio de Janeiro. Também foram concedidas três menções honrosas. Ao final, Tiago Santos reforçou a importância dos prêmios lembrando que são quase 200 mil reais em produtos e serviços de empresas apoiadoras, inclusive catarinenses, que incentivam a produção local.
Após a cerimônia de premiação, o público lotou a sala de cinema para assistir ao filme de encerramento: o longa-metragem catarinense Porto Príncipe, dirigido por Maria Emília de Azevedo, que recentemente foi o grande vencedor do Cine PE.
Confira a lista completa com os vencedores do FAM 2023:
MOSTRA LONGAS | FICÇÃO | DOCUMENTÁRIO
Melhor Filme | Júri Popular: Amanhã, de Marcos Pimentel (MG) Melhor Filme | Júri Oficial: Este Fue Nuestro Castigo, de Luis Cintora (Peru)
MOSTRA CURTAS
Melhor Filme | Júri Popular: Diafragma, de Robson Cavalcante (AL) Melhor Filme | Júri Oficial: Diafragma, de Robson Cavalcante (AL) Prêmio Especial do Júri: Caradeloca, de Cinthia Varela (Argentina) Menção Honrosa: Foi um Tempo de Dor, de Vinicius de Oliveira e Thiago Nunes (DF)
MOSTRA CURTAS CATARINENSE
Melhor Filme | Júri Popular: Mar que Nos Rodeia, de Beatriz Silva (Balneário Camboriú) Melhor Filme | Júri Oficial: Adorável Evolução, de Jordana Beck (Florianópolis) Prêmio Especial do Júri: Mar que Nos Rodeia, de Beatriz Silva Melhor Filme | Prêmio Imprensa Catarinense: Plutão, de Paula Chiodo (Florianópolis) Menção Honrosa | Prêmio Imprensa Catarinense: Mar que Nos Rodeia, de Beatriz Silva
MOSTRA INFANTOJUVENIL
Melhor Filme | Júri Popular: Sobre Amizade e Bicicletas, de Julia Vidal (PR) Melhor Filme | Júri Oficial: Con un Ovillo de Lana, de Belén Ricardes (Argentina) Prêmio Especial do Júri: Memórias da Infância, de Alunas e alunos EMEF Manuel Pereira Ramalho (MG)
MOSTRA VIDEOCLIPES
Júri Popular: My Meisie, de Winnit; direção: Pedro H. M. Marques (SP) Júri Oficial: Ode à Dalí, de Omar; direção: Guilherme Jardim e Samuel Fávero (MG)
MOSTRA WIP (Work in Progress)
Júri Popular: Adios al Amigo, de Ivan David Gaona (Colômbia) Júri Oficial: Lo que Queda, de Mariel Escobar (Argentina)
PRÊMIO RECAM
Júri Oficial: A Menina e o Mar, de Gabriel Mellin (RJ) Menção Honrosa: Agosto dos Ventos, de Paulo Antunes (MG), Con un Ovillo de Lana, de Belén Ricardes (Argentina) e Porcelanas, de Flora Campero (Argentina)
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*O CINEVITOR esteve no FAM 2023 e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Ana Luiza Rios no longa cearense Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry
A primeira edição do Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano acontecerá entre os dias 4 e 11 de novembro no Centro de Convenções e na Câmara Municipal da cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul.
O evento oferecerá premiação em dinheiro e o Troféu Pantanal para os melhores filmes escolhidos pelo Júri Oficial e pelo voto do público no Júri Popular nas categorias: melhor longa sul-americano, melhor curta sul-americano e melhor filme sul-mato-grossense.
O diretor do festival, Nilson Rodrigues, ressalta que “quer que o evento seja um espaço de encontro da melhor produção cinematográfica da América do Sul e também o ambiente para discutir os nossos mercados, as dificuldades que enfrentamos para termos acesso às nossas cinematografias. A ideia é contribuir para construir alternativas”.
O curador da mostra de filmes sul-americanos de longas e curtas-metragens, José Geraldo Couto, afirma que “a importância deste novo festival é enorme, por tornar a cidade de Bonito (e o estado do Mato Grosso do Sul) em um polo importante de difusão e debate da produção cinematográfica contemporânea do continente. O MS está praticamente no centro da América do Sul, fazendo fronteira com a Bolívia e o Paraguai, o que faz dele uma região particularmente apropriada para a veiculação de obras e o intercâmbio de experiências dos realizadores cinematográficos do continente”.
Além disso, José Geraldo aponta que “a busca pela diversidade temática e estética foi tão importante quanto a exigência de qualidade artística” na escolha das obras selecionadas. O curador afirmou ainda que “os filmes selecionados acabaram se impondo justamente por combinar relevância temática e excelência na realização cinematográfica. Em termos de tema, estão presentes questões candentes da atualidade: políticas, sociais, étnicas, de gênero, etc. Mas esses assuntos são abordados das mais diversas maneiras, e de modo essencialmente cinematográfico, variando do drama ao suspense, do documentário ao fantástico”.
O júri desta primeira edição será formado por: Walter Lima Jr., Ana Ivanova e Josefina Trotta para as mostras internacionais; e Jade Rainho, Sérgio Moriconi, Márcia Gomes e Marcos Pierry para os filmes de Mato Grosso do Sul. O festival apresentará ainda duas mostras paralelas fora da competição: uma de cinema de animação para o público infantojuvenil e uma de cinema ambiental para pensar o presente e garantir o futuro da vida no planeta.
Além dos filmes, o evento contará com uma ampla programação com atividades formativas, fóruns de discussões sobre mercado de cinema e audiovisual na América do Sul, encontro com produtores e realizadores, oficinas de roteiro, de elaboração de projetos audiovisuais e de coprodução internacional.
Conheça os filmes selecionados para o Bonito CineSur 2023:
LONGA-METRAGEM SUL-AMERICANO
El visitante, de Martin Boulocq (Bolívia/Uruguai) Green Grass, de Ignacio Ruiz (Chile/Japão) La bruja de Hitler, de Virna Molina e Ernesto Ardito (Argentina) La pampa, de Dorian Fernández Moris (Peru/Chile/Espanha) Lucette, de Mburucuya Fleitas e Oscar Ayala Paciello (Paraguai) Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (Brasil)
CURTA-METRAGEM SUL-AMERICANO
Estrellas del Desierto, de Katherina Harder (Chile) Milonga de espino, de Álvaro Leivas (Uruguai/Espanha) Piedra Dura, de Rommel Villa (Bolívia/EUA) Sigma, de Allan Riggs e Rubens Sant’Ana (Brasil) Vias, de Pablo Agustin Richards (Argentina) Yigayo Yuwuerane, de Ross Dayana López (Colômbia)
FILMES SUL-MATO-GROSSENSES
A Dama do Rasqueado, Delinha, de Marinete Pinheiro (Campo Grande) A Outra Margem, de Nathália Tereza (Campo Grande) Adão e Eva do Pantanal Sul, de Ara Martins (Campo Grande) As Marias, de Dannon Lacerda (Campo Grande) Cativo, de Albano Pimenta (Dourados) Cordilheira de Amora II, de Jamille Fortunato De tanto olhar o céu gastei meus olhos, de Nathália Tereza (Campo Grande) La Plata Ivygu: Enterros e Guardados, de Paulo Alvarenga Isidorio e Marcelo Felipe Sampaio (Bonito) Planuras, de Mauricio Copetti (Campo Grande)
CINEMA AMBIENTAL
A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil) Amazônia, A Nova Minamata?, de Jorge Bodanzky (Brasil) EAMI, de Paz Encina (Paraguai/EUA/Alemanha/Holanda/Argentina/França/México) Fuego en el mar, de Sebastián Zanzottera (Argentina) Sembradoras de Vida, de Álvaro e Diego Sarmiento (Peru) Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTIL
Chillina, de Andy Garnica Iriarte (Bolívia) El Niño Robot, de Andrea Osorio (Paraguai) Imagination, de Florentina Pérez (Uruguai) Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil) Meu Nome é Maalum, de Luisa Copetti (Brasil) Os Novos Brinquedos de Lupita, de Gus Rodrigues (Brasil) Qual é, Broto?, de Michele Massagli (Brasil) Rijst met Groente, de Astra Doeglas-Slooten (Suriname)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTIL ACESSÍVEL
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (Brasil) Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil) Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues (Brasil) Qual é, Broto?, de Michele Massagli (Brasil)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTOJUVENIL
Aminata et le dernier des dinosaures, de Grupo de crianças de Saint-Laurent-du-Maroni (Guiana Francesa) Camaquén, de Maria José Campos (Peru) El Capulí, de Carlos Sosa (Equador) Historia de un oso, de Gabriel Osorio (Chile) ️Mikayla’s Adventures, de Precious Joelle (Guiana) Quma y las Bestias, de Iván Stur e Javier Ignacio Luna Crook (Argentina)
MEMÓRIA BONITO CINESUR Inocência, de Walter Lima Jr. (1983)
FILME DE ABERTURA Alma do Brasil, de Líbero Luxardo (Brasil)
Longa capixaba Toda Noite Estarei Lá: dois prêmios
Foram anunciados neste sábado, 23/09, em cerimônia apresentada por Johnny Massaro e Higor Campagnaro no Teatro Glória, os vencedores do Troféu Vitória da 30ª edição do Festival de Cinema de Vitória, o maior evento de cinema e audiovisual do Espírito Santo.
Durante seis dias de programação, foram exibidos 98 filmes, 93 curtas e cinco longas-metragens, distribuídos em 12 mostras competitivas, que apresentaram um recorte da produção contemporânea do audiovisual brasileiro com obras realizadas entre os anos de 2022 e 2023.
Neste ano, na competição nacional de longas, o cearense Represa, de Diego Hoefel, foi o grande vencedor com quatro prêmios, entre eles, melhor filme, além de uma Menção Honrosa. O Troféu Vitória de melhor interpretação foi para Mel Rosário por Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, título que também foi consagrado na categoria de melhor filme pelo Júri Popular. O Júri Técnico da mostra foi composto pelo diretor Lírio Ferreira; pela pesquisadora, crítica, curadora e roteirista Viviane Pistache; e pela atriz, roteirista e cineasta Julia Katherine.
O vencedor do Troféu Vitória de melhor filme da 27ª Mostra Competitiva Nacional de Curtas, eleito pelo Júri Técnico, foi o mineiro Ramal, de Higor Gomes; pelo Júri Popular, o premiado foi o capixaba Remendo, de Roger Ghil, que também venceu na categoria de melhor direção. O Júri Técnico da mostra foi formado pelo jornalista, curador, pesquisador e crítico de cinema André Dib; pela fotógrafa, diretora e roteirista Safira Moreira; e pelo roteirista e diretor Marcos Carvalho.
No Prêmio Canal Brasil de Curtas, o júri, composto por jornalistas e críticos de cinema convidados pelo Canal Brasil, escolheu o filme O Último Rock, de Diego de Jesus. A produção capixaba recebeu o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil, além de ir para a grade do canal, que exibe curtas-metragens diariamente em sua programação.
Conheça os vencedores do 30º Festival de Cinema de Vitória:
13ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE LONGAS
Melhor Filme: Represa, de Diego Hoefel (CE) Melhor Filme | Júri Popular: Toda Noite Estarei Lá, de Suellen Vasconcelos e Tati Franklin (ES) Melhor Direção: Diego Hoefel, por Represa Melhor Roteiro: Represa, escrito por Aline Portugal, Diego Hoefel e Marcelo Grabowsky Melhor Fotografia: Represa, por Daniel Correia Melhor Contribuição Artística: Incompatível com a Vida, de Eliza Capai (RJ/SP) Melhor Interpretação: Mel Rosário, por Toda Noite Estarei Lá Menção Honrosa: Gilmar Magalhães por sua atuação em Represa
27ª MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL DE CURTAS
Melhor Filme: Ramal, de Higor Gomes (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Remendo, de Roger Ghil (ES) Prêmio Especial do Júri: Deixa, de Mariana Jaspe (RJ) Melhor Direção: Roger Ghil, por Remendo Melhor Roteiro: Escasso, escrito por Clara Anastácia Melhor Fotografia: Procuro Teu Auxílio para Enterrar um Homem, por Willian Rubim Melhor Contribuição Artística: Davi Kopenawa Yanomami e os yanomamis, por Mãri hi: A Árvore do Sonho Melhor Interpretação: Ana Clara Barros Barcelos, por O Último Rock
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS O Último Rock, de Diego de Jesus (ES)
23º FESTIVALZINHO DE CINEMA DE VITÓRIA Melhor Filme | Júri Popular: Amei te Ver, de Ricardo Garcia (SP)
13ª MOSTRA QUATRO ESTAÇÕES Melhor Filme: Os Animais Mais Fofos e Engraçados do Mundo, de Renato Sircilli (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Ferro’s Bar, de Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra e Rita Quadros (SP)
12ª MOSTRA FOCO CAPIXABA Melhor Filme: Mångata: Todas as Fases da Lua, de Marcella Rocha (ES) Melhor Filme | Júri Popular: O Passarinho Menino, de Ursula Dart (ES)
12ª MOSTRA CORSÁRIA Melhor Filme: Capuchinhos, de Victor Laet (PE) e Desmonte, de Clara Pignaton e Hugo Reis (ES) Melhor Filme | Júri Popular: Capuchinhos, de Victor Laet (PE)
10ª MOSTRA OUTROS OLHARES Melhor Filme: No Início do Mundo, de Gabriel Marcos (MG) Melhor Filme | Júri Popular: Arrimo, de Rogério Borges (SP)
8ª MOSTRA MULHERES NO CINEMA Melhor Filme: Lei da Mordaça, de Isabella Vilela (SP/RJ) Melhor Filme | Júri Popular: Azul da Cor do Mar, de Natália Dornelas (ES)
8ª MOSTRA CINEMA E NEGRITUDE Melhor Filme: Mergulho, de Marton Olympio e Anderson Jesus (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Firmina, de Izah Neiva (SP) Menção Honrosa: Avôa, de Lucas Mendes (GO)
7ª MOSTRA NACIONAL DE VIDEOCLIPES Melhor Filme: Copo de Silêncio, de Farofa Sintética (Artista: Sandyalê) (SE) Melhor Filme | Júri Popular: Cornélios, de Hecthor Murilo e Patrick Gomes (Artista: Gastação Infinita) (ES)
6ª MOSTRA NACIONAL DE CINEMA AMBIENTAL Melhor Filme: Vãhn Gõ Tõ Laklãnõ, de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá (SC) Melhor Filme | Júri Popular: Memórias do Fogo, de Rita de Cássia Melo Santos, Leandro Olímpio e Irineu Cruzeiro Neto (ES)
5ª MOSTRA DO OUTRO LADO | CINEMA FANTÁSTICO Melhor Filme: La Purse, de Gabriel Nobrega (SP) Melhor Filme | Júri Popular: Encruzilhada do Caos, de Alex Buck (ES)