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Bruna Linzmeyer é homenageada na abertura da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes

por: Cinevitor
Homenageada de 2025 com o Troféu Barroco

Entre apresentações artísticas e discursos potentes, a cerimônia de abertura da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes também foi marcada por um momento emocionante: a homenagem para a atriz catarinense Bruna Linzmeyer, um dos nomes mais representativos de sua geração.

Com uma carreira marcada pela coragem e versatilidade, Bruna transita entre o cinema independente e produções televisivas de grande alcance. A homenagem celebra não apenas sua trajetória como atriz, mas também o engajamento com um cinema inventivo, poético e provocador. Sendo assim, a Mostra vai promover um recorte de títulos com a atriz para ser exibido ao longo do evento; os filmes são: o recente e premiado Baby, de Marcelo Caetano; A Frente Fria que a Chuva Traz, de Neville d’Almeida; Cidade; Campo, de Juliana Rojas; o sexto episódio da série Notícia Populares, de Marcelo Caetano; Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Eri Sarmet; Se Eu to Aqui é por Mistério, de Clari Ribeiro; Medusa, de Anita Rocha da Silveira; O Filme da Minha Vida, de Selton Mello; O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues; e Alfazema, de Sabrina Fidalgo.

Ovacionada pelo público presente no Cine-Tenda, a homenageada subiu ao palco ao lado dos pais Gerson Linzmeyer e Rosilete dos Santos Linzmeyer, que entregaram o Troféu Barroco para a filha; além de receber o carinho de alguns colegas e amigos com quem já trabalhou, entre eles, Marcelo Caetano, Neville d’Almeida e Clari Ribeiro.

Emocionados, os pais de Bruna discursaram: “Participamos da vida dela e sabemos que não foi tão fácil assim. Você vê as novelas e os filmes e parece tudo muito simples, mas ela se dedica muito. Parabéns, filha! Te amo!”, disse Gerson. Rosilete completou: “Ela é um exemplo e é meu orgulho. Eu sei o começo, meio e tudo que ela passou para estar aqui hoje. Te amo muito!”, disse a mãe.

Depois desse momento familiar, Bruna começou seu discurso: “Eu tô muito feliz e emocionada de estar aqui. Peço licença para pisar nesse palco. Eu já vi muita gente incrível subir aqui. Eu honro essa linha do tempo”. E continuou: “Eu recebo essa celebração como um alimento, como um afago e com carinho para continuar seguindo as minhas escolhas. Para ter fé nas minhas esquisitices e seguir esse caminho. Eu já estive aqui com filmes meus, vim de rolé com minhas amigas só para ver filmes. É um festival que me provoca, que mexe com meu olhar, com a maneira como eu olho para o nosso país e para o nosso cinema. Um olhar inventivo, esquisito também. De filmes que muitas vezes a gente só vê aqui. É um imenso privilégio e uma honra muito grande receber essa homenagem aqui”.

Bruna, seus pais e Joelma Gonzaga, da Secretaria do Audiovisual

Bruna seguiu com seu discurso: “Que bonito receber a primeira homenagem da minha carreira em uma cidade do interior, talvez tão pequena quanto a cidade do interior de onde a gente veio. Se chama Corupá e fica no interior de Santa Catarina”. E completou: “Eu nunca imaginei viver tudo que eu vivo hoje e estar aqui. Eu nunca sonhei em ser atriz, eu nunca sonhei sem ser artista. É muito louco sonhar isso quando vem de uma cidade muito pequena. E por mais que seja muito difícil e muito frustrante estar longe dos grandes centros, de algum jeito eu agradeci muito por ter crescido no interior porque isso formou o meu olhar para o mundo e formou a maneira como eu lido com as pessoas, com meu jeito de sonhar e desejar as coisas”.

A homenageada também refletiu sobre sua profissão: “O ofício do ator e da atriz demanda curiosidade e pesquisa, que demanda interesse pelo mundo e pelas pessoas. Pelo jeito que as pessoas se mexem, pelo jeito que as pessoas se emocionam, pelo jeito que elas escondem as emoções. Mas em algum lugar sempre vaza o que está dentro da gente. Ser atriz requer um olhar atento para mim mesma, para o que eu carrego com o meu corpo e para o que eu possa oferecer com ele. É um trabalho de uma vida inteira, é um olhar pro mundo”.

E finalizou: “Queria agradecer todos vocês e todas as pessoas que atravessaram a minha trajetória e que me deram oportunidade de fazer uma das coisas mais bonitas que eu sei fazer: que é construir personagens e contar histórias. Muito obrigada!”.

A 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes segue até 1º de fevereiro com 140 filmes brasileiros: 43 longas, 1 média e 96 curtas-metragens, vindos de 21 estados. Os títulos serão exibidos, com programação gratuita, em 62 sessões divididas em vários recortes, além de debates, encontros e rodas de conversa.

*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Leo Lara/Universo Produção.

28ª Mostra de Cinema de Tiradentes começa com performance audiovisual, homenagem e filme inédito

por: Cinevitor
Werymehe Pataxoop, Célia Xakriabá e Eda Costa na abertura da Mostra Tiradentes 2025

A abertura da 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes aconteceu nesta sexta-feira, 24/01, no Cine-Tenda, no Centro Histórico, com apresentações artísticas exaltando os povos originários brasileiros e a defesa do meio ambiente

Com participação de Célia Xakriabá, primeira deputada federal indígena eleita por Minas Gerais, e outros artistas, a cerimônia destacou a temática deste ano Que Cinema é Esse? e contou com discursos potentes: “Nós precisamos descolonizar o cinema porque muitas mentes estão doentes. Hoje nós estamos reflorestando o cinema de Tiradentes. Mulher no poder, floresta de pé. Parem de destruir as nossas florestas. Salve a Serra de São José! Nós estamos aqui hoje para dizer: Que Cinema é Esse?. Nós somos o povo que insiste na luta. Essas telas não serão mais transparentes. Vamos ajudar a transformar o cinema em telas verdes. Vamos aprender e fazer com que o cinema também seja floresta”, disse Xakriabá em apresentação no palco.

A cerimônia contou também com participação de renomados artistas, como Eda Costa, Johnny Herno, Manu Dias, Rodrigo Negão e Sérgio Pererê, que trouxeram elementos visuais e sonoros para ilustrar e transmitir, por sons, imagens e letras, a ideia de um cinema brasileiro singular e inventivo, como é característica da produção exibida em Tiradentes. A trilha sonora foi conduzida ao vivo pela DJ Fê Linz, com projeções assinadas pelo VJ Lucih e figurinos desenvolvidos pela estilista Virgínia Barros. A apresentação foi de Grazi Medrado e David Maurity.

A noite ainda foi marcada pelo emocionante discurso da coordenadora geral da Mostra, Raquel Hallak, que subiu ao palco ao lado de Quintino Vargas Neto e Fernanda Hallak d’Angelo: “Começa hoje a nossa viagem de luzes que revela na tela quem nós somos. Vamos juntos desbravar os territórios da arte e da vida. Vamos nos inspirar na nossa homenageada [Bruna Linzmeyer], que é uma mulher jovem, artista de coragem e de muito talento. Vamos descobrir os caminhos que nos revelam novas perspectivas de Brasil e de mundo. Vamos conhecer o cinema brasileiro, que é rico, plural e audacioso que nos conduz para um lugar que a imaginação não tem limite”.

E reforçou o protagonismo da Mostra como espaço de encontros e fomento ao cinema contemporâneo: “Mais que uma mostra de cinema e um espaço de encontros e afetos, a Mostra Tiradentes é um ponto de convergência entre sonhos e realidade, entre o imaginário e o visceral, entre a soma de todos os tempos que faz do cinema brasileiro contemporâneo um retrato autêntico de país”.

Rocco Pitanga, Raquel Hallak, Antonio Pitanga e Benedita da Silva na abertura

Ainda em seu discurso, citou Guimarães Rosa e refletiu: “O cinema, assim como o sertão, é vasto e infinito. É de quem se permite viajar por ele, de quem se entrega ao seu poder de revelação e transformação. Cada filme é um pedaço deste mundo”. Raquel também abordou a pauta regulatória das plataformas de conteúdo digital, as plataformas de streaming: “Não dá mais para adiar essa conquista. Acreditamos que o marco regulatório, bem estruturado e adequado, vai equilibrar interesses comerciais com responsabilidade e transparência”.

Outro momento importante do discurso de Hallak foi sobre a realização do evento, as dificuldades e sua importância: “Somos uma mostra de cinema que celebra, em 2025, 28 anos de existência. E o percurso para chegar até aqui ainda é complexo e desafiador. Dependemos de patrocínio e parcerias. Dependemos de lideranças. A programação é toda gratuita, não vendemos ingressos, não vendemos estandes, não vendemos espaços publicitários. E todo ano começa a saga e nunca se sabe qual será o resultado… se será possível esse encontro anual. E é inacreditável se pensarmos que já são quase três décadas de realização. Se pensarmos o quanto essa Mostra é necessária para o fazer cinematográfico. Se pensarmos que ela foi precursora da descoberta da vocação turística de Tiradentes e projetou essa cidade mundo afora, atraiu investimentos e impulsionou outras iniciativas na cidade. Se pensarmos que ela representa uma referência histórica na valorização da diversidade artística e na renovação da linguagem do cinema brasileiro nos últimos 28 anos”.

E seguiu: “A Mostra é incubadora de novos protagonistas que ocupam e reinventam as telas com cineastas indígenas, periféricos e emergentes das cinco regiões do país. A Mostra de Tiradentes consolidou-se como o maior evento do cinema brasileiro contemporâneo em formação, reflexão, exibição e difusão”.

Emocionada, Hallak finalizou o discurso: “Se estamos aqui reunidos, em nome do cinema brasileiro, é porque existe uma força e um propósito que nos une. Equipes que se dedicam incansavelmente, lideranças políticas e empresariais que abrem portas pra gente se apresentar. Patrocinadores e parceiros que têm compromisso com a cultura brasileira e que viabilizam essa edição”.

Dois atos simbólicos também marcaram a abertura oficial da Mostra. O primeiro foi a assinatura de um termo de cooperação para a realização do programa Cinema sem Fronteiras, firmada pelo procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Dr. Jarbas Soares Júnior, representado no evento pelo Dr. Hugo Barros de Moura Lima, e a presença de diversas autoridades, como o prefeito em exercício de Belo Horizonte, Álvaro Damião, o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, o prefeito de Tiradentes, José Antônio do Nascimento, e a secretária municipal de Cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras.

Chico Diaz e Luiza Lemmertz em Girassol Vermelho: filme de abertura

A secretária do Audiovisual Joelma Gonzaga também esteve presente e abriu oficialmente o calendário audiovisual brasileiro, celebrando as conquistas do setor. Em seu discurso, destacou as indicações ao Oscar de Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, e reforçou a visibilidade e relevância internacional que o filme vem firmando para o país diante do mundo. Tanto Joelma quanto Raquel Hallak reivindicaram a urgência de regulamentar as plataformas de streaming, uma das bandeiras do setor para 2025, com o propósito de garantir práticas justas e sustentáveis para fortalecer o ecossistema audiovisual.

Depois disso, o público se emocionou com a entrega do Troféu Barroco para a grande homenageada desta 28ª edição: Bruna Linzmeyer, que recebeu a honraria das mãos dos pais, Gerson Linzmeyer e Rosilete dos Santos Linzmeyer. Clique aqui e leia mais.

Fechando a noite de abertura, foi exibido, em pré-estreia, o longa-metragem Girassol Vermelho, dirigido por Eder Santos e codireção de Thiago Villas Boas. O filme mineiro tem no elenco Daniel de Oliveira, Chico Diaz e Luiza Lemmertz, que também marcaram presença. Inspirado no escritor Murilo Rubião, o longa segue a jornada de Romeu, um homem que deixa seu passado  e parte numa busca pela liberdade. Ele chega a uma estranha cidade onde um sistema opressor que não permite questionamentos o arrasta a uma sequência de interrogatórios e torturas.

No palco, o diretor Eder Santos discursou ao lado de sua equipe: “As pessoas que estão aqui são super generosas e acreditaram nesse trabalho. Filmamos em 2017 e tá saindo hoje, oito anos depois. É a nossa estreia e tá todo mundo curioso para assistir”.

A 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes segue até 1º de fevereiro com 140 filmes brasileiros: 43 longas, 1 média e 96 curtas-metragens, vindos de 21 estados. Os títulos serão exibidos, com programação gratuita, em 62 sessões divididas em vários recortes, além de debates, encontros e rodas de conversa.

*O CINEVITOR está em Tiradentes e você acompanha a cobertura do festival por aqui, pelo canal do YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.

Fotos: Leo Lara/Leo Fontes/Universo Produção/Divulgação.

Oscar 2025: Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, é indicado em três categorias; Fernanda Torres está na disputa

por: Cinevitor
Fernanda Torres em Ainda Estou Aqui: indicada a melhor atriz

Foram divulgados na manhã desta quinta-feira, 23/01, os indicados ao Oscar 2025. O anúncio, transmitido ao vivo, foi apresentado pelos atores e comediantes Bowen Yang e Rachel Sennott no Samuel Goldwyn Theater; e contou também com a participação de Janet Yang, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, e Bill Kramer, CEO da AMPAS.

Dirigido por Jacques Audiard, o francês Emilia Pérez lidera a lista com 13 indicações, entre elas, a de melhor atriz para Karla Sofía Gascón, sendo a primeira mulher transgênero na história a ser indicada nesta categoria. Na sequência, O Brutalista e Wicked se destacam com dez indicações cada.

Neste ano, o Brasil se destaca com três indicações para Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: melhor filme, sendo o primeiro longa brasileiro a ser indicado nesta categoria; melhor atriz para Fernanda Torres, a segunda brasileira indicada a este prêmio (a primeira foi sua mãe, Fernanda Montenegro, por Central do Brasil, em 1999); e melhor filme internacional.

Vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza deste ano e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, o filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção, mas não se dobram; o roteiro é de Murilo Hauser, de A Vida Invisível, e Heitor Lorega.

A sinopse diz: Rio de Janeiro, início dos anos 70. O país enfrenta o endurecimento da ditadura militar. Estamos no centro de uma família, os Paiva: Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice , cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas, é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.

O longa, que já alcançou mais de três milhões de espectadores nos cinemas, promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de Terra Estrangeira e O Primeiro Dia. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles depois do consagrado Central do Brasil.

O elenco principal reúne nomes como Valentina Herszage, Luiza Kosovski, Bárbara Luz, Guilherme Silveira e Cora Ramalho, como os filhos na primeira fase do filme; e Olivia Torres, Antonio Saboia, Marjorie Estiano, Maria Manoella e Gabriela Carneiro da Cunha integram a família no segundo momento. E mais: Guilherme Silveira, Pri Helena, Humberto Carrão, Maeve Jinkings, Dan Stulbach, Camila Márdila, Luiz Bertazzo, Lourinelson Vladmir, Thelmo Fernandes, Carla Ribas, Daniel Dantas, Charles Fricks, Helena Albergaria, Marcelo Varzea, Caio Horowicz, Maitê Padilha, Luana Nastas, Isadora Gupert, Alexandre Mello, Augusto Trainotti, Alan Rocha e Daniel Pereira.

Vale lembrar que, até então, a última vez que o cinema brasileiro concorreu na categoria de melhor filme internacional foi em 1999, com Central do Brasil, também de Walter Salles e com Fernanda Montenegro; e em 2008, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, ficou entre os semifinalistas na shortlist.

A 97ª edição do Oscar acontecerá no dia 2 de março no Dolby Theatre, em Hollywood. O apresentador da cerimônia será Conan O’Brien, que assume a função pela primeira vez.

Confira a lista completa com os indicados ao Oscar 2025:

MELHOR FILME
A Substância
Ainda Estou Aqui
Anora
Conclave
Duna: Parte 2
Emilia Pérez
Nickel Boys
O Brutalista
Um Completo Desconhecido
Wicked

MELHOR DIREÇÃO
Brady Corbet, por O Brutalista
Coralie Fargeat, por A Substância
Jacques Audiard, por Emilia Pérez
James Mangold, por Um Completo Desconhecido
Sean Baker, por Anora

MELHOR ATRIZ
Cynthia Erivo, por Wicked
Demi Moore, por A Substância
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui
Karla Sofía Gascón, por Emilia Pérez
Mikey Madison, por Anora

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana Grande, por Wicked
Felicity Jones, por O Brutalista
Isabella Rossellini, por Conclave
Monica Barbaro, por Um Completo Desconhecido
Zoe Saldaña, por Emilia Pérez

MELHOR ATOR
Adrien Brody, por O Brutalista
Colman Domingo, por Sing Sing
Ralph Fiennes, por Conclave
Sebastian Stan, por O Aprendiz
Timothée Chalamet, por Um Completo Desconhecido

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Edward Norton, por Um Completo Desconhecido
Guy Pearce, por O Brutalista
Jeremy Strong, por O Aprendiz
Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor
Yura Borisov, por Anora

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Substância, escrito por Coralie Fargeat
A Verdadeira Dor, escrito por Jesse Eisenberg
Anora, escrito por Sean Baker
O Brutalista, escrito por Brady Corbet e Mona Fastvold
Setembro 5, escrito por Moritz Binder, Tim Fehlbaum e Alex David

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Conclave, escrito por Peter Straughan
Emilia Pérez, escrito por Jacques Audiard
Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes
Sing Sing, escrito por Greg Kwedar e Clint Bentley
Um Completo Desconhecido, escrito por James Mangold e Jay Cocks

MELHOR FILME INTERNACIONAL
A Garota da Agulha, de Magnus von Horn (Dinamarca)
A Semente do Fruto Sagrado, de Mohammad Rasoulof (Alemanha)
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles (Brasil)
Emilia Pérez, de Jacques Audiard (França)
Flow, de Gints Zilbalodis (Letônia)

MELHOR ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2, de Kelsey Mann
Flow, de Gints Zilbalodis
Memórias de um Caracol, de Adam Elliot
Robô Selvagem, de Chris Sanders
Wallace & Gromit: Avengança, de Merlin Crossingham e Nick Park

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Black Box Diaries, de Shiori Itô
No Other Land, de Yuval Abraham, Basel Adra, Rachel Szor e Hamdan Ballal
Porcelain War, de Brendan Bellomo e Slava Leontyev
Sugarcane, de Emily Kassie e Julian Brave NoiseCat
Trilha Sonora para um Golpe de Estado, de Johan Grimonprez

MELHOR FOTOGRAFIA
Duna: Parte 2, por Greig Fraser
Emilia Pérez, por Paul Guilhaume
Maria Callas, por Edward Lachman
Nosferatu, por Jarin Blaschke
O Brutalista, por Lol Crawley

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Conclave, por Suzie Davies e Cynthia Sleiter
Duna: Parte 2, por Patrice Vermette e Shane Vieau
Nosferatu, por Craig Lathrop e Beatrice Brentnerova
O Brutalista, por Judy Becker e Patricia Cuccia
Wicked, por Nathan Crowley e Lee Sandales

MELHOR FIGURINO
Conclave, por Lisy Christl
Gladiador 2, por Janty Yates e Dave Crossman
Nosferatu, por Linda Muir
Um Completo Desconhecido, por Arianne Phillips 
Wicked, por Paul Tazewell

MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
A Substância, por Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli
Emilia Pérez, por Julia Floch Carbonel, Emmanuel Janvier e Jean-Christophe Spadaccini
Nosferatu, por David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton
Um Homem Diferente, por Mike Marino, David Presto e Crystal Jurado
Wicked, por Frances Hannon, Laura Blount e Sarah Nuth

MELHOR EDIÇÃO
Anora, por Sean Baker
Conclave, por Nick Emerson
Emilia Pérez, por Juliette Welfling 
O Brutalista, por David Jancso
Wicked, por Myron Kerstein

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Conclave, por Volker Bertelmann
Emilia Pérez, por Clément Ducol e Camille
O Brutalista, por Daniel Blumberg
Robô Selvagem, por Kris Bowers
Wicked, por John Powell e Stephen Schwartz 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
El Mal, por Clément Ducol, Camille e Jacques Audiard (Emilia Pérez)
Like A Bird, por Abraham Alexander e Adrian Quesada (Sing Sing)
Mi Camino, por Clément Ducol e Camille (Emilia Pérez)
Never Too Late, por Elton John, Brandi Carlile, Andrew Watt e Bernie Taupin (Elton John: Never Too Late)
The Journey, por Diane Warren (Batalhão 6888)

MELHOR SOM
Duna: Parte 2, por Gareth John, Richard King, Ron Bartlett e Doug Hemphill
Emilia Pérez, por Erwan Kerzanet, Aymeric Devoldère, Maxence Dussère, Cyril Holtz e Niels Barletta
Robô Selvagem, por Randy Thom, Brian Chumney, Gary A. Rizzo e Leff Lefferts
Um Completo Desconhecido, por Tod A. Maitland, Donald Sylvester, Ted Caplan, Paul Massey e David Giammarco
Wicked, por Simon Hayes, Nancy Nugent Title, Jack Dolman, Andy Nelson e John Marquis

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Alien: Romulus, por Eric Barba, Nelson Sepulveda-Fauser, Daniel Macarin e Shane Mahan
Better Man: A História de Robbie Williams, por Luke Millar, David Clayton, Keith Herft e Peter Stubbs
Duna: Parte 2, por Paul Lambert, Stephen James, Rhys Salcombe e Gerd Nefzer
Planeta dos Macacos: O Reinado, por Erik Winquist, Stephen Unterfranz, Paul Story e Rodney Burke
Wicked, por Pablo Helman, Jonathan Fawkner, David Shirk e Paul Corbould

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
A Lien, de David Cutler-Kreutz e Sam Cutler-Kreutz
Anuja, de Adam J. Graves
I’m Not a Robot, de Victoria Warmerdam
The Last Ranger, de Cindy Lee
The Man Who Could Not Remain Silent, de Nebojsa Slijepcevic

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Única Mulher na Orquestra, de Molly O’Brien
Death by Numbers, de Kim A. Snyder
I Am Ready, Warden, de Smriti Mundhra
Incident, de Bill Morrison
Instruments of a Beating Heart, de Ema Ryan Yamazaki

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Beautiful Men, de Nicolas Keppens
In the Shadow of the Cypress, de Hossein Molayemi e Shirin Sohani
Magic Candies, de Daisuke Nishio
Wander to Wonder, de Nina Gantz
Yuck!, de Loïc Espuche

Foto: Divulgação/Sony Pictures Classics/VideoFilmes.

36º GLAAD Media Awards: Maré Alta, com Marco Pigossi, é indicado

por: Cinevitor
Ator brasileiro: Marco Pigossi em Maré Alta, de Marco Calvani

A GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, é uma ONG americana que monitora publicações relacionadas ao público LGBTQ na mídia. Foi fundada em novembro de 1985 por jornalistas e escritores em resposta à uma cobertura sensacionalista do New York Post sobre a epidemia da AIDS.

Desde 1990 realiza uma premiação, conhecida como GLAAD Media Awards, que reconhece e homenageia os meios de comunicação e artistas por suas representações justas, precisas e inclusivas na comunidade LGBTQ e os problemas que afetam sua vidas. O evento já se tornou a premiação anual LGBTQ mais visível do mundo, com mensagens poderosas de aceitação para o público global.

Em sua 36ª edição, a premiação soma 303 indicados em 33 categorias (filmes, televisão, jogos, publicações, produções teatrais, música, podcast, jornalismo, entre outros). Os vencedores serão revelados no dia 27 de março em Los Angeles

Neste ano, o longa Maré Alta, no original High Tide, dirigido por Marco Calvani e protagonizado pelo brasileiro Marco Pigossi, que também assina como produtor executivo, se destaca na categoria de melhor filme em lançamento limitado.

Com James Bland, Bill Irwin e Marisa Tomei no elenco, a sinopse diz: depois de se mudar com o namorado para Provincetown, cidade americana considerada uma meca LGBTQIAP+, o brasileiro Lourenço vê todo o cenário idealizado desmoronar. Abandonado pelo parceiro, trabalhando ilegalmente como faxineiro e com o visto prestes a expirar, o imigrante passa a lidar com diversas incertezas sobre seu lugar no mundo. Com a chegada do envolvente Maurice, Lourenço recomeça uma busca interna por pertencimento. 

Nas categorias televisivas, Abbott Elementary, Hacks, A Vida Sexual das Universitárias, Alguém em Algum Lugar, Doctor Who, The Umbrella Academy, Quem Vê Casa…, Hazbin Hotel, Bebê Rena, Becoming Karl Lagerfeld, Feud: Capote vs The Swans, The New Look, RuPaul’s Drag Race, entre outros, se destacam. Entre os artistas musicais, Adam Lambert, Billie Eilish e Elton John estão na disputa.

Em comunicado oficial, Sarah Kate Ellis, presidente e CEO da GLAAD, disse: “O GLAAD Media Awards foi criado há quase quatro décadas para defender histórias LGBTQ em meio a um momento profundamente hostil e inseguro para nossa comunidade. Hoje, essa missão é verdadeira e cada vez mais importante, pois os ataques contra pessoas LGBTQ não estão apenas crescendo, mas encontrando novos caminhos. Seja desinformação desenfreada ou difamação de pessoas transgênero, jovens LGBTQ ou a chocante reversão corporativa de políticas e programas que mantêm as pessoas LGBTQ vistas e seguras na força de trabalho, o que sempre prevalecerá é nossa verdade e talento. Os indicados deste ano para o 36º GLAAD Media Awards representam o melhor de nossa vibrante comunidade, abrangendo todas as mídias, gêneros e meios, e enviam uma mensagem alta e global aos líderes da indústria de que nossas histórias não são apenas populares e divertidas, mas necessárias e transformadoras da cultura”.

Conheça os indicados ao 36º GLAAD Media Awards nas categorias de cinema:

MELHOR FILME | GRANDE LANÇAMENTO
Cuckoo
Garotas em Fuga
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
Meninas Malvadas
Meu Eu do Futuro
Problemista
Queer
Wicked

MELHOR FILME | LANÇAMENTO LIMITADO
20.000 Espécies de Abelhas
A Place of Our Own
Antes que Eu Mude de Ideia
Backspot
Big Boys
Caminhos Cruzados
Close to You
Diário da Minha Vagina
Housekeeping for Beginners
Maré Alta

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Breaking the News
Campbell Addy: Photographer
Chasing Chasing Amy
Down in the Valley
Hidden Master: The Legacy of George Platt Lynes
Hummingbirds: POV
Lil Nas X: Long Live Montero
Outstanding: A Comedy Revolution
Who I am Not: POV
Will & Harper

MELHOR FILME PARA TV OU STREAMING
A Mãe da Noiva
Do Outro Lado da Dor
Está Tudo Bem Comigo?
O Rito da Dança
Ricky Stanicky
Season’s Greetings From Cherry Lane
Sweethearts
The Groomsmen: Second Chances
The Holiday Exchange
Wynonna Earp: Vengeance

*Clique aqui e confira a lista completa com os indicados em todas as categorias

Foto: Divulgação/Retrato Filmes.

Conheça os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, prêmio que elege os piores do cinema

por: Cinevitor
Lady Gaga e Joaquin Phoenix: indicados por Coringa: Delírio a Dois

Foram anunciados nesta quarta-feira, 22/01, os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, prêmio criado pelo publicitário John Wilson, que elege os piores da sétima arte, conhecido também como uma sátira ao Oscar.

Neste ano, Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo, Coringa: Delírio a Dois, Madame Teia, Megalópolis e Reagan lideram a lista com seis indicações cada; A Batalha do Biscoito Pop-Tart aparece na sequência em quatro categorias.

O comunicado oficial da premiação diz: “Neste mundo novo e desconhecido onde o ruim é bom, o burro é inteligente e a crítica é terminantemente proibida, os Razzies estão de pé (ou sentados) prontos para a briga”.

Os votantes do já tradicional prêmio somam 1.202 membros, entre cinéfilos, críticos de cinema e jornalistas, de 49 estados americanos e mais algumas pessoas de países estrangeiros, que votaram no primeiro turno e escolheram os cinco principais candidatos em cada categoria. Os piores do cinema serão anunciados no dia 1º de março, uma noite antes do Oscar.

Conheça os indicados ao 45º Framboesa de Ouro, também conhecido como Razzie Awards:

PIOR FILME
Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Coringa: Delírio a Dois
Madame Teia
Megalópolis
Reagan

PIOR DIREÇÃO
Eli Roth, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Francis Ford Coppola, por Megalópolis
Jerry Seinfeld, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
S.J. Clarkson, por Madame Teia
Todd Phillips, por Coringa: Delírio a Dois

PIOR ATOR
Dennis Quaid, por Reagan
Jack Black, por Querido Papai Noel
Jerry Seinfeld, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Joaquin Phoenix, por Coringa: Delírio a Dois
Zachary Levi, por Harold e o Lápis Mágico

PIOR ATOR COADJUVANTE
Jack Black, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Jon Voight, por Megalópolis, Reagan, Shadow Land e Strangers
Kevin Hart, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Shia LaBeouf, por Megalópolis
Tahar Rahim, por Madame Teia

PIOR ATRIZ
Bryce Dallas Howard, por Argylle: O Superespião
Cate Blanchett, por Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Dakota Johnson, por Madame Teia
Jennifer Lopez, por Atlas
Lady Gaga, por Coringa: Delírio a Dois

PIOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Schumer, por A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Ariana DeBose, por Argylle: O Superespião e Kraven, o Caçador
Emma Roberts, por Madame Teia
FKA Twigs, por O Corvo
Leslie Anne Down, por Reagan

PIOR ROTEIRO
Coringa: Delírio a Dois, escrito por Todd Phillips e Scott Silver
Kraven, o Caçador, escrito por Richard Wenk, Art Marcum e Matt Holloway
Madame Teia, escrito por Matt Sazama, Burk Sharpless, Claire Parker e S.J. Clarkson
Megalópolis, escrito por Francis Ford Coppola
Reagan, escrito por Howie Klausner

PIOR REMAKE, CÓPIA OU SEQUÊNCIA
Coringa: Delírio a Dois
Kraven, o Caçador
Mufasa: O Rei Leão
O Corvo
Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes

PIOR COMBO EM CENA
Dennis Quaid e Penelope Ann Miller em Reagan
Joaquin Phoenix e Lady Gaga em Coringa: Delírio a Dois
Qualquer dupla de atores cômicos sem graça em A Batalha do Biscoito Pop-Tart
Qualquer dupla de personagem desagradável (mas especialmente Jack Black) em Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo
Todo o elenco de Megalópolis

Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures.

Festival de Berlim 2025: O Último Azul, de Gabriel Mascaro, está na disputa pelo Urso de Ouro

por: Cinevitor
Rodrigo Santoro e Denise Weinberg no brasileiro O Último Azul, de Gabriel Mascaro

A 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro, acaba de anunciar os filmes selecionados para a Competição, que disputarão o cobiçado Urso de Ouro, prêmio máximo do evento. Neste ano, o cineasta Todd Haynes comandará o júri e a atriz Tilda Swinton será homenageada com o Urso de Ouro honorário.

Em comunicado oficial, Tricia Tuttle, diretora do festival, disse: “Estamos extremamente orgulhosos dos filmes na Competição deste ano; eles mostram a amplitude do cinema e oferecem vislumbres fascinantes de diferentes vidas e lugares. Há dramas íntimos que nos pedem para entender nossas fragilidades e forças humanas; há comédia suave, mas também a sátira mais afiada e negra; há filmes que homenageiam grandes nomes do cinema e outros que usam a tela mais completa da forma de arte. Cada uma dessas obras singulares mostra cineastas no topo de sua arte. Dessas fileiras merecedoras, estamos ansiosos para descobrir o que o júri de Todd Haynes escolherá com os vencedores dos Ursos de Ouro e Prata da Berlinale”.

A seleção principal deste ano conta com 19 obras, entre elas, um primeiro longa-metragem e um documentário. Produções de 26 países estão representadas e 17 filmes são estreias mundiais. Oito títulos foram dirigidos ou codirigidos por mulheres e nove cineastas já exibiram seus filmes na Berlinale anteriormente.

Entre os dezenove filmes selecionados, vale destacar a presença do brasileiro O Último Azul (em inglês, The Blue Trail), novo longa de Gabriel Mascaro, de Boi Neon e Divino Amor. Estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Miriam Socarrás e Adanilo, o filme se passa na Amazônia, em um Brasil quase distópico, onde o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para desfrutar seus últimos anos de vida. Antes de seu exílio compulsório, Tereza, uma mulher de 77 anos, embarca em uma jornada para realizar seu último desejo. Uma aventura sobre resistência e amadurecimento ao longo dos rios da Amazônia, o filme tem previsão para chegar aos cinemas brasileiros ainda em 2025, com distribuição da Vitrine Filmes.

Em comunicado oficial, Mascaro disse: “Só o fato de O Último Azul ter sido selecionado para a principal sessão da Berlinale já é uma grande vitória para o cinema brasileiro. Estou muito honrado em saber que nosso filme vai competir pelo Urso de Ouro, mas o prêmio maior já ganhamos, que é ver a cultura brasileira pujante novamente”. Esta é a segunda vez de Mascaro no Festival de Berlim: em 2019, Divino Amor foi exibido na Mostra Panorama. A produtora Rachel Daisy Ellis também comenta a seleção: “Temos visto uma safra incrível de filmes brasileiros conquistado o mundo, depois do setor ter passado por um período desafiador e essa retomada mostra a força do cinema nacional. Estamos muito felizes de estar levando o nosso filme, que fala de resistência, esperança e o direito de sonhar para a competição de Berlim. A produção contou com uma importante participação de trabalhadores do audiovisual do Norte e Nordeste do país, além de colaboradores do  México, Chile e Cuba, reforçando a importância das políticas públicas”.

Rodrigo Santoro acrescenta: “A seleção de O Último Azul para a competição principal de Berlim só reforça o quanto o Brasil é capaz de produzir um cinema forte, profundo e competitivo. É emocionante ver o cinema independente chegando tão longe, feito com garra e talento; muitas vezes, com muito pouco. Sigo acreditando nesse cinema desde Bicho de Sete Cabeças”.

Vale lembrar que a última vez que o Brasil disputou o Urso de Ouro foi em 2020 com Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra. O Último Azul é uma produção da Desvia (Brasil) e Cinevinay (México), em coprodução com a Globo Filmes (Brasil), Quijote Films (Chile), Viking Film (Países Baixos), e distribuição da Vitrine Filmes no Brasil. O filme foi produzido por Rachel Daisy Ellis e Sandino Saravia Vinay.

Além da Competição, outros títulos foram anunciados em mostras paralelas e o filme de abertura desta 75ª edição será o drama Das Licht (The Light), dirigido por Tom Tykwer, com Lars Eidinger, Nicolette Krebitz, Michael Ihnow, Marius Biegai, Francisco del Solar, Max Kruk, Elyas Eldridge e Gerrit Neuhaus no elenco.

E mais: no European Film Market & Co-Production Market, o Brasil aparece com alguns títulos na Berlinale Series Market Selects 2025, que fornece uma prévia exclusiva das séries mais esperadas do mundo todo. São elas: Máscaras de Oxigênio (Não) Cairão Automaticamente, de Marcelo Gomes e Carol Minên, com Johnny Massaro, Ícaro Silva e Bruna Linzmeyer; Reencarne, de Bruno Safadi, com Taís Araujo, Welket Bungué e Julia Dalavia; e Sutura, de Fabio Montanari, protagonizada por Cláudia Abreu e Humberto Morais.

Em outro evento paralelo, o Co-Pro Series, especializado em pitching e networking organizado pela Berlinale Co-Production Market e realizado durante a Berlinale Series Market, participantes e outros compradores podem descobrir uma seleção exclusiva de dez projetos internacionais de séries dramáticas de alta qualidade que estão procurando parceiros internacionais de coprodução e financiamento. A lista traz Miami Wildlife, criada por Adam Penn e dirigida pelos brasileiros Fernando Meirelles e Quico Meirelles; com produção da O2 Filmes, Brasilien & Traveling Picture Show Company.

Confira os novos filmes selecionados para o Festival de Berlim 2025:

COMPETIÇÃO

Ari, de Léonor Serraille (França/Bélgica)
Blue Moon, de Richard Linklater (EUA/Irlanda)
Dreams, de Michel Franco (México)
Drømmer, de Dag Johan Haugerud (Noruega)
El mensaje, de Iván Fund (Argentina/Espanha)
Geu jayeoni nege mworago hani, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
Hot Milk, de Rebecca Lenkiewicz (Reino Unido)
If I Had Legs I’d Kick You, de Mary Bronstein (EUA)
Kontinental ’25, de Radu Jude (Romênia)
La cache, de Lionel Baier (Suíça/Luxemburgo/França)
La Tour de Glace, de Lucile Hadžihalilović (França/Alemanha)
Mother’s Baby, de Johanna Moder (Áustria/Suíça/Alemanha)
O Último Azul, de Gabriel Mascaro (Brasil/México/Chile/Holanda)
Reflet dans un diamant mort, de Hélène Cattet e Bruno Forzani (Bélgica/Luxemburgo/Itália/França)
Sheng xi zhi di, de Huo Meng (China)
Strichka chasu, de Kateryna Gornostai (Ucrânia/Luxemburgo/Holanda/França)
Was Marielle weiß, de Frédéric Hambalek (Alemanha)
Xiang fei de nv hai, de Vivian Qu (China)
Yunan, de Ameer Fakher Eldin (Alemanha/Canadá/Itália/Palestina/Qatar/Jordânia/Arábia Saudita)

BERLINALE SPECIAL GALA

After This Death, de Lucio Castro (EUA)
Heldin, de Petra Volpe (Suíça/Alemanha)
Lurker, de Alex Russell (EUA/Itália)
Um Completo Desconhecido, de James Mangold (EUA)

BERLINALE SPECIAL

Das Deutsche Volk, de Marcin Wierzchowski (Alemanha)
Kein Tier. So Wild. (No Beast. So Fierce.), de Burhan Qurbani (Alemanha/Polônia/França)
Leibniz – Chronik eines verschollenen Bildes, de Edgar Reitz e Anatol Schuster (Alemanha)
Michtav Le’David, de Tom Shoval (Israel/EUA)
My Undesirable Friends: Part I – Last Air in Moscow, de Julia Loktev (EUA)

PERSPECTIVES

Al mosta’mera, de Mohamed Rashad (Egito/França/Alemanha/Qatar/Arábia Saudita)
Baksho Bondi, de Tanushree Das e Saumyananda Sahi (Índia/França/EUA/Espanha)
BLKNWS: Terms & Conditions, de Kahlil Joseph (EUA)
Come la notte, de Liryc Dela Cruz (Itália/Filipinas)
Duas vezes João Liberada, de Paula Tomás Marques (Portugal)
El Diablo Fuma (y guarda las cabezas de los cerillos quemados en la misma caja), de Ernesto Martínez Bucio (México)
Hé mán, de Chu Chun-Teng (Taiwan)
How to Be Normal and the Oddness of the Other World, de Florian Pochlatko (Áustria)
Kaj ti je deklica, de Urška Djukić (Eslovênia/Itália/Croácia/Sérvia)
Le rendez-vous de l’été, de Valentine Cadic (França)
Mad Bills to Pay (or Destiny, dile que no soy malo), de Joel Alfonso Vargas (EUA)
Minden Rendben, de Bálint Dániel Sós (Hungria)
Mit der Faust in die Welt schlagen, de Constanze Klaue (Alemanha)
On vous croit, de Arnaud Dufeys e Charlotte Devillers (Bélgica)

Foto: Guillermo Garza.

Prêmio APCA 2024: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Fernanda Torres: premiada por Ainda Estou Aqui

A Associação Paulista de Críticos de Artes anunciou os vencedores do Prêmio APCA 2024, que conta com os melhores do ano nas seguintes categorias: Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Música Erudita, Rádio, Teatro, Teatro Infantojuvenil e Televisão.

Na categoria Cinema, os jornalistas e críticos Flavia Guerra, Francisco Carbone, Luiz Carlos Merten, Orlando Margarido e Walter Cezar Addeo escolheram o aclamado longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, como o melhor filme do ano que passou. O título, exibido e premiado no Festival de Veneza, e que rendeu o Globo de Ouro de melhor atriz em drama para Fernanda Torres, é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família. O relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O elenco conta também com Selton Mello e Fernanda Montenegro.

Além disso, em outras áreas do Prêmio APCA, como Música Popular, Hermeto Pascoal foi consagrado como Artista do Ano e Alaíde Costa ficou com o Grande Prêmio da Crítica. Já em Televisão, Andrea Beltrão foi premiada por seu trabalho na novela No Rancho Fundo, da TV Globo, e Senna, da Netflix, foi eleita a melhor série; Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí, do Globoplay, levou o prêmio de melhor documentário e Sem Censura, da TV Brasil, o melhor programa. No Teatro, Débora Falabella se destacou com Prima Facie e Nathalia Timberg recebeu o Grande Prêmio da Crítica.

Em comunicado oficial, a diretoria da APCA disse: “A APCA caminha para seus 70 anos em constante crescimento e celebrando as artes em onze categorias, de forma completa e diversa. Neste ano, tivemos a volta da categoria de Música Erudita que por muitos anos fez parte da APCA e esteve ausente nas últimas premiações”.

Em Assembleia Geral realizada no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, os associados se reuniram e definiram os vencedores nesta segunda-feira, 20/01. A cerimônia de entrega dos troféus da 69ª edição aos artistas contemplados acontecerá em abril, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, em uma parceria viabilizada pela Associação Paulista Amigos da Arte e Secretaria de Estado da Cultura.

Conheça os vencedores do Prêmio APCA 2024 nas categorias de Cinema:

MELHOR FILME
Ainda Estou Aqui, de Walter Salles

MELHOR DOCUMENTÁRIO
Antonio Candido, Anotações Finais, de Eduardo Escorel 

MELHOR DIREÇÃO
André Novais Oliveira, por O Dia que te Conheci

MELHOR ROTEIRO
Retrato de um Certo Oriente, escrito por Marcelo Gomes, Maria Camargo e Gustavo Campos

MELHOR ATRIZ 
Fernanda Torres, por Ainda Estou Aqui

MELHOR ATOR
Bruno Jefferson, por Saudade Fez Morada Aqui Dentro

PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Pedro Freire, pela estreia na direção em longa-metragem por Malu

Foto: Divulgação/VideoFilmes/Sony Pictures Classics.

6º Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol: conheça os vencedores

por: Cinevitor
Os vencedores da sexta edição do Cine Verão

Foram anunciados neste sábado, 18/01, os vencedores da sexta edição do Cine Verão – Festival de Cinema da Cidade do Sol, que aconteceu no Complexo Cultural Rampa, no bairro de Santos Reis, em Natal, Rio Grande do Norte.

Desde a sua primeira edição, o festival celebra o cinema independente como uma plataforma de exibição, reflexão e conexão. Além das duas mostras competitivas, a programação do Cine Verão também ofereceu ao público atividades de fomento à cultura cinematográfica com workshops, mesas temáticas e um espaço de convivência criado para estimular o debate sobre o cinema brasileiro e também desfrutar do veraneio às margens do Rio Potengi

O júri do Cine Verão 2025 foi formado por: Ana Paola Ottoni, Tatiana de Souza Lima e Plínio Sá na Mostra Cine Verão Brasil, que apresentou um panorama da produção cinematográfica nacional; e Daniel Rezende, Marcela Freire e Vitor Búrigo na Mostra Cine Verão Poti, que exibiu 12 filmes realizados em território potiguar.

Conheça os vencedores do 6º Cine Verão:

MOSTRA CINE VERÃO BRASIL

Melhor Filme | Júri Oficial: A Chuva do Caju, de Alan Schvarsberg (DF)
Melhor Filme | Júri Popular: Era Uma Vez Diversiones, de Sharlene Esse e Henrique Arruda (PE)
Melhor Direção: Alan Schvarsberg, por A Chuva do Caju
Melhor Roteiro: Ladário, escrito por Ed Junior
Melhor Atuação: Pietra Gomes, por Onde a Maré Leva
Melhor Fotografia: A Chuva do Caju, por Alan Schvarsberg
Melhor Direção de Arte: Caluim, por Alice Braz
Melhor Trilha Sonora: Nosso Modo de Lutar
Melhor Desenho de Som: Antonio e Manoel, por Gabriel Pinheiro
Melhor Montagem: Ladário, por Marcelo Coutinho
Menção Honrosa: Nosso Modo de Lutar, de Francy Baniwa, Kerexu Martim e Vanuzia Pataxó (Rede Katahirine) (DF)

MOSTRA CINE VERÃO POTI

Melhor Filme | Júri Oficial: Canto de Acauã, de Jaya Pereira (Natal)
Melhor Filme | Júri Popular: Eu Estou Aqui, de André Santos (Natal)
Melhor Direção: Paula Vanina, por Lagrimar
Melhor Roteiro: Divagar, escrito por Lupa Silva
Melhor Atuação: Eu Estou Aqui, por todo o elenco
Melhor Fotografia: Eu Estou Aqui, por Sylara Silvério
Melhor Direção de Arte: Divagar
Melhor Trilha Sonora: Clave de Sol, por Anderson Figueredo
Melhor Desenho de Som: Lagrimar, por Luiz Gadelha e Rafael Telles
Melhor Montagem: Canto de Acauã, por Julio Castro
Menção Honrosa: Diálogos Indígenas do Nosso Tempo, de Gustavo Guedes (Natal)

Foto: Vitória Oliveira.

39º ASC Awards: American Society of Cinematographers anuncia indicados

por: Cinevitor
Lily-Rose Depp em Nosferatu, de Robert Eggers

Fundada em 1919, a American Society of Cinematographers é uma organização, e não um sindicato, que reúne diretores e diretoras de fotografia com a intenção de discutir técnicas e promover o cinema como uma forma de arte. Desde 1986 realiza um prêmio anual, o American Society of Cinematographers Awards, que elege a melhor direção de fotografia em TV e cinema.

Como de costume, a premiação homenageará nomes importantes: o diretor e fotógrafo polonês Andrzej Bartkowiak, de Velocidade Máxima, O Inferno de Dante, Um Dia de Fúria e Romeu Tem que Morrer, receberá o Lifetime Achievement Award; o diretor de fotografia Michael Goi, indicado ao Emmy por Meu Nome é Earl, Glee e American Horror Story, será honrado com o Career Achievement in Television Award; o operador de câmera John Simmons, de Roger Waters: The Wall, receberá o Presidents Award; a diretora de fotografia Joan Churchill, vencedora do BAFTA por Soldier Girls, será homenageada com o Lifetime Documentary Award; e Pete Romano, da equipe de fotografia de A Origem, O Homem de Aço e Minority Report: A Nova Lei, receberá o Curtis Clark ASC Technology Award.

Os vencedores desta 39ª edição serão anunciados no dia 23 de fevereiro em cerimônia realizada no The Beverly Hilton, em Beverly Hills.

Conheça os indicados ao ASC Awards 2025 nas categorias de cinema:

MELHOR FOTOGRAFIA | LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
Conclave, por Stéphane Fontaine
Duna: Parte 2, por Greig Fraser
Maria Callas, por Edward Lachman
Nosferatu, por Jarin Blaschke
O Brutalista, por Lol Crawley
Um Completo Desconhecido, por Phedon Papamichael
Wicked, por Alice Brooks

MELHOR FOTOGRAFIA | DOCUMENTÁRIO
Gaucho Gaucho, por Michael Dweck e Gregory Kershaw
Photographer (episódio 3: Dan Winters: Life is Once. Forever.), por Michael Crommett
Porcelain War, por Andrey Stefanov

MELHOR FOTOGRAFIA | FILME PARA TV OU SÉRIE LIMITADA
Disclaimer (episódio: I), por Emmanuel Lubezki e Bruno Delbonnel
Interior Chinatown (episódio: Generic Asian Man), por Michael Berlucchi
Mestres do Ar (episódio: Part Three), por Adam Arkapaw
Pinguim (episódio: Homecoming), por Jonathan Freeman
Prenda a Respiração, por Zoë White
Ripley (episódio: Lucio), por Robert Elswit

PRÊMIO SPOTLIGHT
Jomo Fray, por Nickel Boys
Klaus Kneist e Renata Mwende, por Nawi
Michal Dymek, por A Garota da Agulha

Foto: Divulgação/Focus Features.

PGA Awards 2025: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Produtores

por: Cinevitor
Ralph Fiennes em Conclave, de Edward Berger

O Sindicato dos Produtores da América, Producers Guild of America, conta com mais de 8.500 membros e realiza, desde 1990, uma premiação anual, conhecida como PGA Awards, Producers Guild Awards, que elege os melhores da TV e do cinema.

Considerado uma prévia do Oscar, geralmente seus vencedores coincidem com os premiados pela Academia na categoria de melhor filme; no ano passado, Oppenheimer foi consagrado pelo Sindicato e também com a estatueta dourada.

Nas categorias televisivas, destacam-se: Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Mal de Família, A Diplomata, Abbott Elementary, O Urso, Hacks, Bebê Rena, Pinguim, Ripley, entre outros. A cerimônia de premiação da 36ª edição acontecerá no dia 8 de fevereiro no Fairmont Century Plaza, em Los Angeles

Os homenageados deste ano serão: o produtor cinematográfico Christopher Meledandri, indicado ao Oscar por Meu Malvado Favorito 2, que receberá o David O. Selznick Achievement Award; Dana Walden, presidente do Disney Television Studios e da ABC Entertainment, que será honrada com o Milestone Award; o ator, diretor e roteirista Taika Waititi, vencedor do Oscar por Jojo Rabbit, que será homenageado com o Norman Lear Achievement Award; e as produtoras Lynda Obst, indicada ao Emmy pela série The ’60s, e Paula Weinstein, vencedora do Emmy pelos filmes televisivos Recontagem e Truman, receberão, in memoriam, o Trailblazer Award.

Conheça os indicados ao PGA Awards 2025 nas categorias de cinema:

LONGA-METRAGEM | PRÊMIO DARRYL F. ZANUCK
A Substância
A Verdadeira Dor
Anora
Conclave
Duna: Parte 2
Emilia Pérez
O Brutalista
Setembro 5
Um Completo Desconhecido
Wicked

LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Divertida Mente 2
Flow
Moana 2
Robô Selvagem
Wallace & Gromit: Avengança

LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Gaucho Gaucho
Mediha
Porcelain War
Rainha do Everest: No Topo com Lhakpa Sherpa
Super/Man: A História de Christopher Reeve
We Will Dance Again

FILME TELEVISIVO ou STREAMING
A Batalha do Biscoito Pop-Tart
A Noite que Mudou o Pop
Bagagem de Risco
O Assassino
Rebel Ridge

Foto: Courtesy of Focus Features.

Festival de Berlim 2025 anuncia novos títulos; produções brasileiras são selecionadas

por: Cinevitor
Seu Jorge e Shirley Cruz em A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert

A 75ª edição do Festival de Berlim, que acontecerá entre os dias 13 e 23 de fevereiro, anunciou novos títulos em sua programação em diversas mostras. O cinema brasileiro, já confirmado com diversos filmes, ganha ainda mais destaque com novas obras selecionadas para a Berlinale.

Na mostra Berlinale Special, uma das mais diversas do festival, o Brasil aparece, fora de competição, com o novo longa de Anna Muylaert: A Melhor Mãe do Mundo. O filme acompanha a história de Gal, interpretada por Shirley Cruz, uma catadora de materiais recicláveis que, a fim de escapar da violência do marido Leandro, vivido por Seu Jorge, coloca seus filhos pequenos em sua carroça e atravessa a cidade de São Paulo. Pelo caminho, ela enfrenta os perigos das ruas enquanto tenta convencer as crianças, Rihanna e Benin, de que estão vivendo uma grande aventura. 

Muylaert, que em 2015 conquistou o Prêmio do Público na mostra Panorama com o aclamado Que Horas Ela Volta?, retorna com um drama sensível e comovente que aborda temas como vulnerabilidade social, violência doméstica e, acima de tudo, o incondicional amor materno. Ao longo da trama, o público acompanha os sacrifícios emocionais e físicos que Gal faz para preservar a segurança e a inocência de seus filhos. Vale lembrar que em 2016, seu filme Mãe Só Há Uma, também foi exibido na Panorama.

Além de Shirley Cruz e Seu Jorge, o elenco conta também com Rihanna Barbosa, Benin Dailher e Luedji Luna; e participação de Katiuscia Canoro, Dexter e Lourenço Mutarelli. O longa é um projeto da +Galeria, que se destaca por apoiar produções com temas relevantes e impactantes, capazes de abrir diálogos sobre questões sociais pertinentes. 

Com um programa abrangente de filmes contemporâneos que exploram as vidas e os mundos de crianças e adolescentes, a Berlinale Generation desfruta de uma posição única como instigadora de um cinema jovem que quebra convenções. Neste ano, os títulos selecionados oferecem uma variedade deslumbrante de linguagens cinematográficas. As obras fazem parte das mostras Generation Kplus e Generation 14plus, dois programas de competição que exibem um cinema internacional de última geração para o público jovem e para todos os outros.

Cena do curta-metragem brasileiro Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho 

O cinema brasileiro marca presença na Generation 14plus com o curta-metragem Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho. Produzido inteiramente no interior de São Paulo pela UFO Filmes, com sede em Paraguaçu Paulista, o filme foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo e orçamento enxuto. Para o diretor, a seleção na Berlinale é uma conquista significativa: “É um prazer estrear esse filme em um festival tão importante quanto a Berlinale, que faz com que essa história chegue cada vez mais longe. Berlim ajuda o filme a cruzar fronteiras, ainda mais em um momento tão bonito para o cinema brasileiro”.

A narrativa acompanha um drama familiar com duas irmãs e um padrasto recém-chegado, forçados a passar uma noite na sala de espera de um hospital. Enquanto enfrentam seus próprios conflitos, tornam-se testemunhas do caos social ao redor. O elenco traz a mineira Camila Botelho como protagonista e Ricardo Bagge, além da jovem atriz Isabella Guido, de 12 anos, descoberta em uma escola local, que faz sua estreia no cinema com uma performance marcante.

As filmagens em Paraguaçu Paulista ganharam um toque de realismo com a construção de um hospital fictício em um prédio local e isso gerou burburinho na cidade, pois muitos moradores acreditaram que se tratava de uma inauguração real. A repercussão foi tão grande que a prefeitura precisou divulgar uma nota pública esclarecendo que o local era parte do cenário de um filme. A produtora Luísa Cação reforçou o impacto da seleção na Berlinale: “A gente quer que o mundo veja nossas histórias, escute o que a gente tem pra contar… e Berlim é uma oportunidade muito grande pra isso. Estamos muito felizes!”.

Ainda na Generation 14plus, o Brasil se destaca com a exibição especial da obra De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza, que em 2020 passou pela Berlinale com Meu Nome é Bagdá, que foi premiado na mostra Generation. Partindo de uma grande variedade de formatos de gênero e baseados em um cenário antinaturalista, jovens atores retratam cenas em que jovens entram em conflito com autoridades estatais; uma reflexão coletiva sobre as dimensões sistêmicas da justiça e da injustiça.

Produção ficcional que gira em torno de audiências envolvendo adolescentes em conflito com a lei, a série traz uma linguagem não-naturalista. Cada um dos seis episódios adota um gênero ou estilo diferente, incluindo musical, programa de TV, game e podcast. Em Berlim, serão exibidos dois deles.

Grace Orsato em De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza

Com seu roteiro final fruto de um processo colaborativo de criação desenvolvido junto ao elenco, a série conta com a atuação de jovens talentos, como: Grace Orsato, Giulia Del Bel, William Costa, Benjamín, Luan Carvalho e Taciana Bastos. A obra tem ainda participações das atrizes Carlota Joaquina, Marina Medeiros, do músico Shabazz, Rita Batata e Giovanni Gallo; estes dois últimos foram protagonistas do longa De Menor, vencedor do Festival do Rio, em 2013, e que serviu de inspiração para a série.

De Menor: A Série é uma produção da Tangerina Entretenimento, empresa comandada pela cineasta Tata Amaral. A equipe criativa principal é composta pelo diretor de fotografia Leonardo Feliciano, a montadora Camila Rizzo, o diretor de arte Julio Dojcsar, a figurinista Silvana Marcondes, a preparadora de elenco Marina Medeiros, o editor de som e mixador Pedro Noizyman e o autor da trilha musical André Whoong.

Além disso, Lucia Murat também marca presença na Generation 14plus com seu novo trabalho: Hora do Recreio, que combina documentário com uma abordagem ficcional com temas como violência, racismo e tráfico de drogas. Esta é a terceira vez da cineasta brasileira no festival, depois de participar com Maré, Nossa História de Amor, em 2007, e Doces Poderes, em 1997.

Com o objetivo de provocar a discussão sobre a educação no país sob a perspectiva de alunos dos ensinos fundamental e médio, com idades entre 14 e 19 anos, o documentário, que será distribuído pela Imovision, aponta os problemas vividos por adolescentes de quatro escolas de diferentes comunidades e bairros do Rio de Janeiro e suas famílias. Partindo de uma pesquisa realizada com professores da rede pública, geralmente apresentados por meio de estatísticas, o projeto une debates com os alunos em sala de aula, sobre os temas evasão escolar, racismo, tráfico de drogas, bala perdida, feminicídio e gravidez precoce, com performances ficcionais.

Documentário brasileiro Hora do Recreio, de Lucia Murat

A partir da dramatização da peça de teatro baseada no livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto, escrito no início do século XX, que mostra o abuso sofrido por uma jovem negra suburbana, realizada pelos grupos Nós do Morro, do Vidigal; Grupo de Teatro VOZES, do Cantagalo; e Instituto Arteiros, da Cidade de Deus; os jovens comparam as interpretações às suas vivências como moradores do Morro da Previdência, Morro do Alemão, Colégio e Vidigal.

Sobre o filme, a diretora falou: “A experiência junto aos adolescentes de Hora do Recreio foi das mais emocionantes dos meus muitos anos de filmagem. A coragem com que eles contaram os sofrimentos que tiveram com suas famílias junto a uma capacidade de articular essas questões deixaram a equipe admirada. Já os alunos de teatro dos grupos com que trabalhamos mostraram uma dedicação e uma disciplina dignas de profissionais tarimbados. Encararam sem medo aquele texto duro e difícil do início do século XX e ao mesmo tempo conseguiram dar ao filme uma leveza, já que com muito humor conseguiam rir do passado e fazer um paralelo com as suas vivências de hoje”.

O cinema brasileiro segue com outras produções anunciadas recentemente, como: o documentário Atardecer en América, de Matías Rojas Valencia, uma coprodução entre Chile e Colômbia, na mostra Generation 14plus; e Anba dlo, de Luiza Calagian e Rosa Caldeira, uma coprodução entre Cuba, Brasil e Haiti, na Berlinale Shorts.

Neste ano, o filme de abertura da mostra Panorama será o suspense Welcome Home Baby, do cineasta austríaco Andreas Prochaska. O festival também anunciou anteriormente que o cineasta Todd Haynes será o presidente do Júri Internacional desta edição; diretor de filmes como Longe do Paraíso, Carol, Não Estou Lá e Segredos de um Escândalo, foi premiado na Berlinale, em 1991, com seu filme de estreia: Poison, que levou o Teddy Award. E mais: a consagrada atriz Tilda Swinton será homenageada com o Urso de Ouro Honorário.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Berlim 2025:

PANORAMA

1001 Frames, de Mehrnoush Alia (EUA)
Begyndelser, de Jeanette Nordahl (Dinamarca/Suécia/Bélgica)
Confidente, de Çağla Zencirci e Guillaume Giovanetti (Turquia/França/Luxemburgo)
Delicious, de Nele Mueller-Stöfen (Alemanha)
Dreamers, de Joy Gharoro-Akpojotor (Reino Unido)
Hysteria, de Mehmet Akif Büyükatalay (Alemanha)
L’ Incroyable femme des neiges, de Sébastien Betbeder (França)
Looking for Langston, de Isaac Julien (Reino Unido)
Magic Farm, de Amalia Ulman (EUA/Argentina)
Mikusu Modan, de Toshizo Fujiwara (Japão)
Olmo, de Fernando Eimbcke (EUA/México)
Once Again… (Statues Never Die), de Isaac Julien (Reino Unido)
Other People’s Money, de Jan Schomburg, Dustin Loose e Kaspar Munk (Alemanha/Dinamarca/Áustria)
Queerpanorama, de Jun Li (EUA/Hong Kong/China)
Schwesterherz, de Sarah Miro Fischer (Alemanha/Espanha)
Silent Sparks, de Ping Chu (Taiwan)
The Heart Is a Muscle, de Imran Hamdulay (África do Sul/Arábia Saudita)
Zikaden, de Ina Weisse (Alemanha/França)

PANORAMA DOKUMENTE

Bedrock, de Kinga Michalska (Canadá)
Ich will alles. Hildegard Knef, de Luzia Schmid (Alemanha)
Listy z Wilczej, de Arjun Talwar (Polônia/Alemanha)
Monk in Pieces, de Billy Shebar (EUA)
Yalla Parkour, de Areeb Zuaiter (Suécia/Qatar/Arábia Saudita/Palestina)

BERLINALE SPECIAL

A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert (Brasil/Argentina)
Ancestral Visions of the Future, de Lemohang Jeremiah Mosese (França/Lesoto/Alemanha/Arábia Saudita)
Je n’avais que le néant – “Shoah” par Lanzmann, de Guillaume Ribot (França)
Pa-gwa, de Min Kyu-dong (Coreia do Sul)
Shoah, de Claude Lanzmann (França)

BERLINALE SPECIAL GALA

Das Licht, de Tom Tykwer (Alemanha)
Mickey 17, de Bong Joon Ho (EUA/Coreia do Sul/Reino Unido)
The Narrow Road to the Deep North, de Justin Kurzel (Austrália)
The Thing with Feathers, de Dylan Southern (Reino Unido)

GENERATION KPLUS

Akababuru: Expresión de asombro, de Irati Dojura Landa Yagarí (Colômbia)
Anngeerdardardor, de Christoffer Rizvanovic Stenbakken (Dinamarca/Groenlândia)
Down in the Dumps, de Vera van Wolferen (Holanda)
El paso, de Roberto Tarazona (Cuba)
Juanita, de Karen Joaquín e Uliane Tatit (Espanha)
Little Rebels Cinema Club, de Khozy Rizal (Indonésia)
Only on Earth, de Robin Petré (Dinamarca/Espanha)
Pohádky Po Babičce, de David Súkup, Patrik Pašš, Leon Vidmar e Jean-Claude Rozec (Tchéquia/Eslováquia/Eslovênia/França)
Umibe é Iku Michi, de Satoko Yokohama (Japão)
Zirkuskind, de Julia Lemke e Anna Koch (Alemanha)

GENERATION 14PLUS

Arame Farpado, de Gustavo de Carvalho (Brasil)
Atardecer en América, de Matías Rojas Valencia (Brasil/Chile/Colômbia)
Christy, de Brendan Canty (Reino Unido/Irlanda)
De Menor: A Série, de Caru Alves de Souza (Brasil)
Hora do Recreio, de Lucia Murat (Brasil)
Howl, de Domini Marshall (Austrália)
Julian and the Wind, de Connor Jessup (Canadá)
Paternal Leave, de Alissa Jung (Alemanha/Itália)
Quaker, de Giovanna Molina (EUA)
Ran Bi Wa, de Li Wenyu (China)
Ruse, de Rhea Shukla (Índia)
Sous ma fenêtre, la boue, de Violette Delvoye (França/Bélgica)
Sunshine, de Antoinette Jadaone (Filipinas)
Uiksaringitara, de Zacharias Kunuk (Canadá)
Wish You Were Ear, de Mirjana Balogh (Hungria)

FORUM

2024 (2023), de Stefan Hayn (Alemanha)
After Dreaming, de Christine Haroutounian (EUA/Armênia/México)
Batim, de Veronica Nicole Tetelbaum (Israel/Alemanha)
Bombam, de Kang Mi-ja (Coreia do Sul)
Cadet, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão)
Canone effimero, de Gianluca De Serio e Massimiliano De Serio (Itália)
Chas pidlotu, de Vitaly Mansky (Letônia/Tchéquia/Ucrânia)
Colosal, de Nayibe Tavares-Abel (República Dominicana)
Der Kuss des Grashüpfers, de Elmar Imanov (Alemanha/Luxemburgo/Itália)
Evidence, de Lee Anne Schmitt (EUA)
Fwends, de Sophie Somerville (Austrália)
Holding Liat, de Brandon Kramer (EUA)
Janine zieht aufs Land, de Jan Eilhardt (Alemanha)
La memoria de las mariposas, de Tatiana Fuentes Sadowski (Peru/Portugal)
little boy, de James Benning (EUA)
Minimals in a Titanic World, de Philbert Aimé Mbabazi Sharangabo (Ruanda/Alemanha/Camarões)
Palliativstation, de Philipp Döring (Alemanha)
Punku, de Juan Daniel Fernández Molero (Peru/Espanha)
Queer as Punk, de Yihwen Chen (Malásia/Indonésia)
Restitucija, ili, San i java stare garde, de Želimir Žilnik (Sérvia/Eslovênia)
Sirens Call, de Miri Ian Gossing e Lina Sieckmann (Alemanha/Holanda)
The Sense of Violence, de Kim Mooyoung (Coreia do Sul)
The Swan Song of Fedor Ozerov, de Yuri Semashko (Lituânia)
The Trio Hall, de Su Hui-yu (Taiwan)
Underground, de Kaori Oda (Japão)
Unsere Zeit wird kommen, de Ivette Löcker (Áustria)
Vaghachipani, de Natesh Hegde (Índia/Singapura)
Wenn du Angst hast nimmst du dein Herz in den Mund und lächelst, de Marie Luise Lehner (Áustria)
What’s next?, de Cao Yiwen (Hong Kong/China)
When Lightning Flashes Over the Sea, de Eva Neymann (Alemanha/Ucrânia)

BERLINALE SHORTS

After Colossus, de Timoteus Anggawan Kusno (Itália/Indonésia/Holanda)
Anba dlo, de Luiza Calagian e Rosa Caldeira (Cuba/Brasil/Haiti)
Because of (U), de Tohé Commaret (França)
Casa chica, de Lau Charles (México)
Casi septiembre, de Lucía G. Romero (Espanha)
Children’s Day, de Giselle Lin (Singapura)
Comment ça va?, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (França)
Dar band, de Hesam Eslami (Irã)
Élő kövek, de Jakob Ladányi Jancsó (Hungria)
Futsu no seikatsu, de Yoriko Mizushiri (França/Japão)
Kámen Osudu, de Julie Černá (Tchéquia)
Ke wai huo dong, de Dean Wei e Xu Yidan (China)
Koki, Ciao, de Quenton Miller (Holanda)
Lloyd Wong, Unfinished, de Lesley Loksi Chan (Canadá)
Mother’s Child, de Naomi Noir (Holanda)
Prekid vatre, de Jakob Krese (Alemanha/Itália/Eslovênia)
Rückblickend betrachtet, de Daniel Asadi Faezi e Mila Zhluktenko (Alemanha)
Sammi, Who Can Detach His Body Parts, de Rein Maychaelson (Indonésia)
Their Eyes, de Nicolas Gourault (França)
Through Your Eyes, de Nelson Yeo (Singapura)

BERLINALE SHORTS SPECIAL PROGRAMME

Happy Doom, de Billy Roisz (2023) (Áustria)
Paranmanjang, de Park Chan-wook e Park Chan-kyong (2011) (Coreia do Sul)
Tant qu’il nous reste des fusils à pompe, de Caroline Poggi e Jonathan Vinel (2014) (França)
Three Stones for Jean Genet, de Frieder Schlaich (2014) (Alemanha)
Vilaine fille mauvais garçon, de Justine Triet (2012) (França)
Vita Lakamaya, de Akihito Izuhara (2016) (Japão)

BERLINALE CLASSICS

A Deusa (Shennü), de Wu Yonggang (1934) (China)
Agonia de Amor (The Paradine Case), de Alfred Hitchcock (1947) (EUA)
Anjos do Inferno (Hell’s Angels), de Howard Hughes e James Whale (1930) (EUA)
Naerata ometi, de Leida Laius e Arvo Iho (1985) (Estônia/União Soviética)
Perseguidor Implacável (Dirty Harry), de Don Siegel (1971) (EUA)
Seisaku no Tsuma, de Yasuzô Masumura (1965) (Japão)
Solo Sunny, de Konrad Wolf (1980) (Alemanha)
Vestida de Azul, de Antonio Giménez-Rico (1983) (Espanha)

*Clique aqui e aqui para conhecer os títulos brasileiros selecionados em outras mostras

Fotos: Aline Arruda/Renato Groberman Hojda/Leonardo Feliciano/Divulgação.

WGA Awards 2025: conheça os indicados ao prêmio do Sindicato dos Roteiristas

por: Cinevitor
O ator brasileiro Wagner Moura em Guerra Civil: filme indicado

O Sindicato dos Roteiristas da América, Writers Guild of America, divulgou nesta quarta-feira, 15/01, os indicados ao Writers Guild Awards 2025, premiação anual que elege os melhores roteiros de cinema, TV, novas mídias e rádio desde 1948.

Ao longo dos anos, diversos filmes foram consagrados pelo Sindicato e pela Academia, como: Spotlight: Segredos Revelados, O Segredo de Brokeback Mountain, A Malvada, Crepúsculo dos Deuses, Me Chame Pelo Seu Nome, Parasita, Bela Vingança, entre outros. No ano passado, Ficção Americana, escrito por Cord Jefferson, levou o Oscar; porém, Anatomia de uma Queda, escrito por Arthur Harari e Justine Triet, que ficou com a estatueta dourada, não foi indicado pelo Sindicato.

Como de costume, o WGA Awards frequentemente exclui vários filmes importantes da temporada de premiações por conta das regras de elegibilidade; uma delas é que se o roteiro for escrito por um não membro do Sindicato, ele não é elegível ao prêmio. Neste ano, diversos longas ficaram de fora, como: o brasileiro Ainda Estou Aqui, com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, premiado no Festival de Veneza; A Substância, escrito por Coralie Fargeat e consagrado no Festival de Cannes; Conclave, escrito por Peter Straughan e premiado no Globo de Ouro; o francês Emilia Pérez, de Jacques Audiard; O Brutalista, escrito por Brady Corbet e Mona Fastvold; o indiano Tudo que Imaginamos como Luz, de Payal Kapadia; entre outros.

Nas categorias televisivas, The Boys, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, Abbott Elementary, O Urso, Hacks, Pinguim, Ripley, entre outros, se destacaram. Os vencedores da 77ª edição serão anunciados no dia 15 de fevereiro; vale destacar que a data está mantida por enquanto, já que diversas mudanças no calendário da temporada de premiações foram realizadas devido aos incêndios florestais em Los Angeles.

Conheça os indicados ao WGA Awards 2025 nas categorias de cinema:

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
A Verdadeira Dor, escrito por Jesse Eisenberg
Anora, escrito por Sean Baker
Guerra Civil, escrito por Alex Garland
Meu Eu do Futuro, escrito por Megan Park
Rivais, escrito por Justin Kuritzkes

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Assassino por Acaso, escrito por Richard Linklater e Glen Powell; baseado em um artigo de Skip Hollandsworth na revista Texas Monthly 
Duna: Parte 2, escrito por Denis Villeneuve e Jon Spaihts; baseado no romance Dune, de Frank Herbert
Nickel Boys, escrito por RaMell Ross e Joslyn Barnes; baseado no livro The Nickel Boys, de Colson Whitehead
Um Completo Desconhecido, escrito por James Mangold e Jay Cocks; baseado no livro Dylan Goes Electric!: Newport, Seeger, Dylan, and the Night That Split the Sixties, de Elijah Wald
Wicked, escrito por Winnie Holzman e Dana Fox; baseado na peça musical (com letras de Stephen Schwartz e texto de Winnie Holzman) e no livro de Gregory Maguire

MELHOR ROTEIRO | DOCUMENTÁRIO
Jim Henson, o Homem-Ideia, escrito por Mark Monroe
Kiss the Future, escrito por Bill S. Carter e Nenad Cicin-Sain
Martha, escrito por R.J. Cutler
War Game, escrito por Tony Gerber e Jesse Moss

MELHOR ROTEIRO | FILME PARA TV e STREAMING
Dates de Formatura, escrito por D.J. Mausner
Rebel Ridge, escrito por Jeremy Saulnier
Terry McMillan Presents: Forever, escrito por Bart Baker
The Great Lillian Hall, escrito por Elisabeth Seldes Annacone

Foto: Divulgação/Diamond FIlms.