Cine PE 2024: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa pernambucano No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni

A organização do Cine PE – Festival do Audiovisual anunciou, nesta quinta-feira, 02/05 a lista completa dos filmes que farão parte da programação de sua 28ª edição, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de junho; serão exibidos 38 títulos.

Com o tema Ver, Ouvir, Sentir, o festival, que acontece no Recife, faz uma homenagem à conexão profunda e multifacetada entre a música e o cinema. Na noite de 6 de junho, abertura do evento, o palco do Teatro do Parque receberá um concerto sinfônico da Orquestra Bravo, trazendo releituras de músicas famosas da sétima arte sob a batuta do maestro Dierson Torres.

Neste ano, o Cine PE, que é uma das maiores vitrines do audiovisual brasileiro, recebeu um número recorde de inscrições: foram 982 produções submetidas, superando a edição de 2023, que recebeu 752 propostas, entre curtas e longas-metragens. Dos quase mil inscritos, 5 foram selecionados para a Mostra Competitiva de longas-metragens, 8 filmes integram a Mostra Competitiva de curtas-metragens pernambucanos e 15 produções compõem a Mostra Competitiva de curtas-metragens nacionais.

Fora da competição, a Mostra Hors-Concours exibe, na noite de abertura do Cine PE 2024, o filme Grande Sertão, de Guel Arraes. Adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, o longa transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A história, narrada em tom épico, segue a trajetória de Riobaldo, interpretado por Caio Blat, professor que ingressou no bando por amor a Diadorim, papel de Luisa Arraes, uma das integrantes do grupo.

Também fora da competição, a Mostra Inquietações, programação paralela dentro do festival, ocupa o Cinema do Porto/Cinema da Fundação, no Bairro do Recife, nos dias 8 e 9 de junho. Ao longo dos dois dias serão exibidos 9 curtas-metragens; as sessões são gratuitas e começam às 14h.

Realizado por Sandra e Alfredo Bertini, o 28º Cine PE traz na curadoria dos filmes três profissionais ligados ao audiovisual: a crítica de cinema, jornalista, criadora e editora-chefe do site Nervos, Nayara Reynaud; o crítico e programador do circuito Cine Materna, Edu Fernandes; e, em sua primeira participação como curadora do Cine PE, a professora, consultora de roteiro e crítica de cinema Carissa Vieira, colunista do site Cinem(ação). De acordo com os curadores, dos 28 títulos selecionados para as mostras competitivas, 15 são inéditos no Brasil.

O Júri Oficial de cada categoria da competição será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, responsáveis por indicar os vencedores do Troféu Calunga. Além das categorias premiadas pelo Júri Oficial, cabe ao público selecionar os vencedores do Júri Popular. Ao final de cada noite de exibição, os espectadores poderão entrar no site oficial do festival para votar em seus favoritos. A plataforma servirá como um agregador de informações sobre o evento e contará com a ficha técnica de todos os filmes.

O Troféu Calunga é oferecido aos vencedores das mostras competitivas de curtas e longas-metragens. A Calunga é a boneca carregada pela sacerdotisa dos cultos afro-brasileiros durante a apresentação do maracatu. Ela faz parte das cerimônias religiosas, onde recebe o nome de uma princesa e representa uma divindade, expressando um objeto de força e proteção. O Troféu Calunga é uma criação da artista plástica Juliana Notari. Os homenageados do Cine PE são contemplados com a Calunga de Ouro e os filmes vencedores com a Calunga de Prata.

Além da premiação oficial, o Canal Brasil oferece o Prêmio Canal Brasil de Curtas, no qual um júri composto por jornalistas e críticos de cinema escolhe o melhor filme de curta-metragem em competição. O vencedor recebe o Troféu Canal Brasil e um prêmio de R$ 15 mil, além de ser exibido na grade de programação.

Seguindo a tradição desses 28 anos de jornada, o Cine PE rende homenagem a grandes nomes do audiovisual, que serão divulgados em breve. No âmbito educacional, como de costume, o festival reunirá alunos de escolas públicas municipais e estaduais para duas sessões especiais dentro da programação do evento. A Mostra Infantil, fora da competição, acontecerá entre os dias 13 e 14 de maio, no cinema do Teatro do Parque.

O educador e economista Cristovam Buarque traz para o Recife seu livro Conversa com Edmar Bacha. Em 2022, Buarque e Bacha participaram do seminário Cenários Econômicos, Políticos e Sociais para 2023: O que Será do Brasil?, que integrou a programação do 26º Cine PE; um dos resultados desse encontro foi a decisão de escrever este livro. Nesta edição, os dois economistas se reencontram para debater sobre a obra e os desafios e oportunidades para o desenvolvimento do país.

Por mais um ano, a entrada em todas as sessões será gratuita. Em comum acordo com a Prefeitura do Recife, gestora do Cinema do Teatro do Parque, a realizadora Sandra Bertini optou mais uma vez pela gratuidade, para “demarcar o cinema como um espaço de todos e para todos”. Durante o festival, a bilheteria do cinema estará aberta diariamente, a partir das 17h, para retirada dos ingressos. A distribuição das entradas estará sujeita à lotação da sala.

Conheça os filmes selecionados para o Cine PE – Festival do Audiovisual 2024:

MOSTRA COMPETITIVA | LONGAS-METRAGENS

Cordel do Amor Sem Fim, de Daniel Alvim (SP)
Geografia Afetiva, de Mari Moraga (SP)
Invisível, de Carolina Vilela e Rodrigo Hinrichsen (RJ)
Memórias de um Esclerosado, de Thaís Fernandes e Rafael Corrêa (RS)
No Caminho Encontrei o Vento, de Antonio Fargoni (PE)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

A Chuva Não Me Viu Passar, de Leonardo Gatti (SC)
Cacica: A Força da Mulher Xavante, de Jade Rainho e Carolina Rewaptu (MT)
Dentro de Mim, de Dayane Teles (AL)
Dependências, de Luisa Arraes (RJ)
Flores de Macambira, de Crianças Adolescentes da Comunidade de Macambira (ES)
Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP)
Hoje Eu Só Volto Amanhã, de Diego Lacerda, Luan Hilton, Chia Beloto, Marila Cantuária, Juliette Perrey, Marcelo Vaz, Yuri Shmakov, Raul Souza, Gio Guimarães, Gabriel de Moura e Rubens Caetano (PE)
Jogo de Classe, de Quico Meirelles (SP)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Resistência, de Juraci Júnior (RO)
Sempre o Mesmo, de João Folharini (SP)
Sertão América, de Marcela Ilha Bordin (ES/RS/PI)
Solange Não Veio Hoje, de Hilda Lopes e Klaus Hastenreiter (BA)
Vermelho-oliva, de Nina Tedesco (RJ)
Zagêro, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)

MOSTRA COMPETITIVA | CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Chão, de Philippe Wollney
Das Águas, de Adalberto Oliveira e Tiago Mastins Rêgo
Descarrego, de Joana Claude
Emocionado, de Pedro Melo
Mãe, de Natália Tavares
Moagem, de Odília Nunes
Náufrago, de Vitória Vasconcellos
Nova Aurora, de Victor Jiménez

MOSTRA PARALELA | INQUIETAÇÕES

Adam, de Ana Catarina (PR)
Cida Tem Duas Sílabas, de Giovana Castellari (SP)
Destino Brasília, de Kalyne Almeida, Leandro Cunha e Sandro Alves de França (PB)
Dinho, de Leo Tabosa (PE)
Era uma Noite de São João, de Bruna Velden (PB)
Estação Janga-Lua (O Segundo Mundo do Rádio), de Rui Mendonça (PE)
Lagrimar, de Paula Vanina (RN)
Seu Adauto, de Edvaldo Santos (PE)
Utopia Muda, de Júlio Matos (SP)

MOSTRA INFANTIL DE CINEMA
A Fada do Dente, de Caroline Origer
Coração de Fogo, de Laurent Zeitoun e Theodore Ty

MOSTRA HORS-CONCOURS
Grande Sertão, de Guel Arraes (SP)

Foto: Divulgação.

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