CINEVITOR #374: Entrevista com Laís Bodanzky | Troféu Eduardo Abelin + 48º Festival de Gramado

por: Cinevitor

laisbodanzkygramado2020A diretora no Festival de Gramado, em 2017: premiada por Como Nossos Pais.

Filha do cineasta Jorge Bodanzky e da professora de História da Arte, Lena Coelho, Laís Bodanzky se aventurou pelo teatro, como atriz, antes de se dedicar à sétima arte. Sua estreia na direção de um filme aconteceu em 1994 com o curta Cartão Vermelho, exibido no New York Film Festival.

Em seguida, em 1999, realizou o documentário Cine Mambembe – O Cinema Descobre o Brasil ao lado de Luiz Bolognesi, seu marido na época e parceiro de jornada artística até hoje. O filme, premiado no Festival de Havana, registra as exibições itinerantes de títulos brasileiros para os públicos sem acesso às salas de cinema.

Logo, um ano depois, se consagrou com o longa de ficção Bicho de Sete Cabeças, protagonizado por Rodrigo Santoro. Aclamado como um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, Bicho de Sete Cabeças é também um dos mais premiados longas nacionais do século 21. A produção recebeu, entre outros, o Prêmio Qualidade Brasil, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Foi consagrado também no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no Cine PE.

Ao longo da carreira, realizou outras obras aclamadas pelo público e pela crítica, como: Chega de Saudade, com Tônia Carrero e Leonardo Villar, premiado nos festivais de Cartagena, Brasília, Miami, entre outros; As Melhores Coisas do Mundo, com Francisco Miguez e Caio Blat, e vencedor de sete troféus Calunga no Cine PE, no Recife; além de trabalhos na TV, como a série Psi.

Em 2017, depois de passar pelo Festival de Berlim com boa recepção, o drama Como Nossos Pais, protagonizado por Maria Ribeiro, foi consagrado na 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado e levou seis kikitos, entre eles, o de melhor filme e direção. A carreira do longa continuou a fazer sucesso em outras premiações, como: Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, FESTin, Sesc Melhores Filmes, Troféu APCA, Festival de Vitória, entre outros.

Laís Bodanzky sempre trabalhou com o cinema e para o cinema. Por quinze anos coordenou o projeto social Cine Tela Brasil, voltado ao ensino e exibição de filmes nas periferias do Brasil. Atualmente, exerce o cargo de diretora-presidente da Spcine e faz parte do Comitê Brasileiro de Seleção do Oscar 2021.

Neste ano, pelo seu trabalho destacado como artista comprometida com o crescimento do cinema brasileiro, foi homenageada na 48ª edição do Festival de Cinema de Gramado com o Troféu Eduardo Abelin.

Para falar mais sobre a homenagem e relembrar momentos marcantes de sua carreira, conversamos com Laís Bodanzky virtualmente no dia do seu aniversário. Entre tantos assuntos, a cineasta falou de seus filmes com carinho, dos atores e equipes, contou histórias divertidas de bastidores de filmagens e adiantou novidades sobre seu próximo trabalho, o filme de época A Viagem de Pedro (título provisório), no qual Cauã Reymond interpreta Dom Pedro I.

Aperte o play e confira:

Foto: Diego Vara/Agência Pressphoto.

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