Conheça os vencedores do 30º É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários

por: Cinevitor
Cena do filme Copan, de Carine Wallauer: vencedor

Foram anunciados neste sábado, 12/04, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, os vencedores da 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, principal evento dedicado ao audiovisual não ficcional na América Latina, fundado e dirigido por Amir Labaki.

Nesta edição comemorativa de 30 anos, Copan, dirigido por Carine Wallauer, foi eleito o vencedor da Competição Brasileira de longas ou médias-metragens e recebe como prêmio R$ 20.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Debora Ivanov, Paulo Sacramento e Roberto Berliner, diz: “Pela ousadia formal aliada a um vigoroso rigor estético, por sua originalidade, precisão e delicadeza, pelo equilíbrio das cenas e pelas nuances que revelam os conflitos contemporâneos, alcançando uma singular síntese poética dos contrastes de nosso país”.

O melhor curta-metragem brasileiro, eleito pelo mesmo júri, foi Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal, que recebe como prêmio R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pela extraordinária força, precisão e impacto de suas imagens, pela urgência de seu discurso, pela apresentação sensível em contraponto à devastação gerada pelo Agronegócio e pela distância a qualquer gesto redutor na apresentação de sua tragédia”. O filme leva também o Prêmio Mistika com R$ 8.000 em serviços de pós-produção digital.

Foram outorgadas duas menções honrosas na Competição Brasileira. Entre os longas, o escolhido foi Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel. A justificativa diz: “Por sua vasta pesquisa, pela contundente leitura da história de nossa arquitetura, política, arte e educação, pela clareza de sua interpretação e pela busca do ponto de inflexão onde um projeto de excelência sucumbe aos descaminhos históricos”. Já entre os curtas, o escolhido foi Palavra, de DF Fiuza, com a seguinte justificativa: “Pela atenção aos detalhes, pela construção poética e coesão na observação da atividade humana em plena harmonia com a natureza e pela delicada valorização dos saberes e tradições brasileiros e suas matrizes”.

O grande vencedor da Competição Internacional de longas ou médias-metragens foi Escrevendo Hawa, de Najiba Noori; o longa recebe R$ 12.000 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri, formado por Andrés Di Tella, Bill Nichols e Eliza Capai, diz: “Poucos filmes contam a história de uma nação por meio do amor e da compaixão que definem uma família imersa em uma cultura patriarcal; mas não limitada por ela. A cineasta narra a luta excepcional de sua mãe por independência no Afeganistão, onde conquistas como essa raramente são celebradas”.

O canadense Eu sou a pessoa mais magra que você já viu?, dirigido por Eisha Marjara, foi eleito o melhor curta-metragem internacional e recebe R$ 6.000,00 e o Troféu É Tudo Verdade. A justificativa do júri diz: “Pelo tratamento poderoso e poético da experiência da anorexia, expresso com toda a emoção bruta e a confusão de crescer em uma família imigrante”.

Reconhecido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos como um festival classificatório para o Oscar, o É Tudo Verdade qualifica automaticamente as produções vencedoras nas competições brasileira e internacional de longas ou médias-metragens e de curtas-metragens para inscrição direta visando a disputa pela estatueta dourada.

Na cerimônia, também foram anunciados alguns prêmios paralelos, entre eles, o Prêmio Maria Rita Galvão (ABPA, Associação Brasileira de Preservação Audiovisual; PAVIC, Pesquisadores de Audiovisual Iconografia e Conteúdo; e REPIA, Rede de Pesquisa de Imagens de Arquivo para a melhor pesquisa da Competição Brasileira. O escolhido foi Bruscky: Um Autorretrato, de Eryk Rocha, com pesquisa de Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky; o filme recebe R$ 6.000 (PAVIC/Abrolhos Filmes), serviços de digitalização (Lupa/UFF) e gravação em LTO (ABPA/REPIA).

Conheça os vencedores do É Tudo Verdade 2025:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Copan, de Carine Wallauer

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Sukande Kasáká | Terra Doente, de Kamikia Kisedje e Fred Rahal 

MENÇÃO HONROSA | LONGA ou MÉDIA
Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel

MENÇÃO HONROSA | CURTA
Palavra, de DF Fiuza

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | JÚRI OFICIAL

MELHOR DOCUMENTÁRIO | LONGA OU MÉDIA-METRAGEM
Escrevendo Hawa (Writing Hawa), de Najiba Noori (França/Holanda/Qatar/Afeganistão)

MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM
Eu sou a pessoa mais magra que você já viu? (Am I the Skinniest Person You’ve Ever Seen?), de Eisha Marjara (Canadá)

PREMIAÇÕES PARALELAS

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro

PRÊMIO EDT (Associação de Profissionais de Edição Audiovisual)
Melhor Montagem | Longa: Bruscky: Um Autorretrato, por Caio Lazaneo e Lorena Duarte
Melhor Montagem | Curta: Palavra, por DF Fiuza
Menção Honrosa: Sukande Kasáká | Terra Doente, por Paula Mercedes e Fred Rahal

PRÊMIO MARIA RITA GALVÃO | ABPA | PAVIC | REPIA
Melhor Pesquisa: Bruscky: Um Autorretrato, por Yuri Bruscky e Natalia Lacerda Bruscky

Foto: Divulgação.

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