Foram anunciados neste sábado, 07/12, no Cine Brasília, em cerimônia apresentada por Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno, os vencedores da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Foram distribuídos ao todo 49 prêmios e duas menções honrosas, atribuídos pelos júris compostos por 32 profissionais atuantes em todos os setores do audiovisual.
Na premiação de longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, produções de Pernambuco e Minas Gerais se destacaram e levaram alguns dos principais prêmios distribuídos pelo festival. Salomé, filme do pernambucano André Antônio, garantiu vitória ao cinema queer, acumulando oito Candangos, entre eles os de melhor longa pelos júris oficial e popular.
Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de melhor atriz para Sinara Teles e ator coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de fotografia, edição de som e montagem.
A categoria de curtas-metragens da Competitiva Nacional rendeu o Troféu Candango para produções de Pernambuco, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Júri Popular premiou Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e o Júri Oficial laureou Mar de Dentro, filme de Lia Letícia; a pernambucana também levou melhor direção.
A Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa distribuiu R$ 240.000,00 em prêmios na noite de 7 de dezembro: Renato Barbieri venceu em três categorias pelo longa-metragem Tesouro Natterer. O Júri Popular elegeu A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago Aragão, como melhor filme.
A mostra competitiva paralela Caleidoscópio compôs júri próprio para distribuir dois prêmios entre os cinco títulos exibidos. Como melhor filme, o júri premiou o pernambucano Filhas da Noite, de Henrique Arruda e Sylara Silvério. O documentário, com produção executiva de Arlindo Bezerra e Rosinha Assis, conta com Sharlene Esse, Raquel Simpson, Márcia Vogue, Christiane Falcão, Suelanny Tigresa e Paloma Pitt no elenco.
O Candango de Melhor Filme de Temática Afirmativa do festival, concedido pelo CODIPIR, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, foi para a cineasta piauiense, radicada em Brasília, Dácia Ibiapina pelo curta Confluências. Já o Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a APAN, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro, consagrou vencedores, de forma inédita, dois curtas-metragens e não um curta e um longa. Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e Mar de Dentro, de Lia Letícia, levaram os prêmios concedido aos filmes que melhor trabalham pautas raciais no contexto das exibições competitivas.
O júri da Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, consagrou em seu prêmio próprio os filmes Salomé como melhor longa e Kabuki como melhor curta. O Prêmio Marco Antônio Guimarães foi concedido ao filme Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas, de Miguel Freire, reconhecimento outorgado pelo CPCB, Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro, ao filme que melhor trabalha memória e arquivo do cinema brasileiro.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas, no valor de R$ 15 mil para o melhor curta eleito por júri próprio laureou o catarinense Kabuki, de Tiago Minamisawa. O Canal Like ofereceu ao melhor longa pelo Júri Oficial um apoio de mídia e publicidade no canal, no valor de R$ 50 mil. O Correio Braziliense concedeu o Troféu Saruê, de melhor momento do festival, ao filme A Fúria, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti.
Em 2024, o Festival de Brasília contou com um time de jurados formado por seletos profissionais do audiovisual brasileiro nas mais distintas áreas do setor; são atores, curadores, professores, críticos de cinema, fotógrafos, realizadores e produtores. Entre os júris compostos para esta edição estão: Affonso Uchôa, Carina Bini, Heitor Augusto, Yasmine Evaristo e Sandra Kogut na Mostra Competitiva Nacional de longas; Lila Foster, Mirella Façanha, Paola Mallmann, Simone Zuccolotto e Thiago Costa na Mostra Competitiva Nacional de curtas; e Antonio Grassi, Catarina Accioly e José Delvinei na Mostra Brasília.
A mostra competitiva Caleidoscópio contou com júri próprio composto pelo cineasta Adirley Queirós, o jornalista José Geraldo Couto e a produtora Sara Silveira. O júri do Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa foi formado por representantes do Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Renata Parreira, professora e cineasta, e Simone Borges, produtora cultural e diretora de elenco. O Prêmio Zózimo Bulbul foi composto pela produtora Larô Gonzaga, o diretor do Centro Afrocarioca de Cinema, Vitor José Pereira, e o realizador Aristótelis thoti.
Conheça os vencedores do 57º Festival de Brasília:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS-METRAGENS
MELHOR FILME | JÚRI OFICIAL
Salomé, de André Antonio (PE)
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
Salomé, de André Antonio (PE)
MELHOR DIREÇÃO
Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna, por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá
MELHOR ATOR
Wellington Abreu, por Pacto da Viola
MELHOR ATRIZ
Sinara Teles, por Suçuarana
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Carlos Francisco, por Suçuarana
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Renata Carvalho, por Salomé
MELHOR ROTEIRO
Salomé, escrito por André Antônio
MELHOR FOTOGRAFIA
Suçuarana, por Ivo Lopes Araújo
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Salomé, por Maíra Mesquita
MELHOR TRILHA SONORA
Salomé, por Mateus Alves e Piero Bianchi
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Suçuarana, por Pablo Lamar
MELHOR MONTAGEM
Suçuarana, por Luiz Pretti
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Ruy Guerra, diretor de A Fúria
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS-METRAGENS
MELHOR FILME | JÚRI OFICIAL
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
Javyju: Bom Dia, de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães (SP)
MELHOR DIREÇÃO
Lia Letícia, por Mar de Dentro
MELHOR ATOR
João Pedro Oliveira, por E Seu Corpo é Belo
MELHOR ATRIZ
Carlandréia Ribeiro, por Mãe do Ouro
MELHOR ROTEIRO
Descamar, escrito por Nicolau
MELHOR FOTOGRAFIA
Mãe do Ouro, por Fernanda de Sena
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
E Seu Corpo é Belo, por Caroline Meirelles
MELHOR MONTAGEM
Confluências, por Cristina Amaral
MELHOR TRILHA SONORA
Kabuki, por Ruben Feffer e Gustavo Kurlat
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
E Seu Corpo é Belo, por Kiko Ferraz e Ricardo Costa
MENÇÃO HONROSA
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro (RJ)
MOSTRA CALEIDOSCÓPIO
MELHOR FILME
Filhas da Noite, de Henrique Arruda e Sylara Silvério (PE)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI
Topo, de Eugenio Puppo (SP)
MOSTRA BRASÍLIA | 26º Troféu Câmara Legislativa
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL
Tesouro Natterer, de Renato Barbieri
MELHOR LONGA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI OFICIAL
Via Sacra, de João Campos
MELHOR CURTA-METRAGEM | JÚRI POPULAR
Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges
MELHOR DIREÇÃO
Adriano Guimarães, por Nada
MELHOR ATOR
Eduardo Gabriel Ydiriuá, por Manual do Herói
MELHOR ATRIZ
Gleide Firmino, por Via Sacra
MELHOR ROTEIRO
Tesouro Natterer, escrito por Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges e Rodrigo Borges
MELHOR FOTOGRAFIA
Xarpi, por Emília Silberstein
MELHOR MONTAGEM
A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, por Silvino Mendonça
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Nada, por Maíra Carvalho, Marcus Takatsuka e Nadine Diel
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Nada, por Guile Martins e Olívia Hernández
MELHOR TRILHA SONORA
Tesouro Natterer, por Márcio Vermelho e Pedro Zopelar
MENÇÃO HONROSA
Juliana Drummond pela excepcional performance nas apresentações da Mostra Brasília
OUTROS PRÊMIOS
PRÊMIO DE MELHOR FILME DE TEMÁTICA AFIRMATIVA
Confluências, de Dácia Ibiapina (DF)
PRÊMIO ZÓZIMO BULBUL
Melhor curta-metragem: Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
Prêmio Especial do Júri: Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro (RJ)
PRÊMIO MARCO ANTÔNIO GUIMARÃES
Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas, de Miguel Freire (RJ)
PRÊMIO ABRACCINE | Associação Brasileira dos Críticos de Cinema
Melhor longa-metragem: Salomé, de André Antônio (PE)
Melhor curta-metragem: Kabuki, de Tiago Minamisawa (SC)
PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS
Kabuki, de Tiago Minamisawa (SC)
TROFÉU SARUÊ | Correio Braziliense
A Fúria, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti (RJ)
PRÊMIO CANAL LIKE
Salomé, de André Antonio (PE)
Foto: Gustavo Alcântara