É Tudo Verdade 2025 – 30º Festival Internacional de Documentários: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Ritas, de Oswaldo Santana: filme sobre Rita Lee na abertura

Foram anunciados neste sábado, 15/03, em uma coletiva de imprensa realizada no IMS Paulista, em São Paulo, os filmes selecionados para a 30ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

Entre longas, médias e curtas-metragens, a edição de 2025 exibirá 85 produções de 30 países. A programação, com entrada gratuita, inclui ainda conferências, debates e sessões em streaming. O festival acontecerá entre os dias 3 e 13 de abril, simultaneamente em cinco salas em São Paulo e em três salas no Rio de Janeiro.

Documentários brasileiros que narram a trajetória de duas estrelas da cultura nacional, Rita Lee e Marília Pêra, terão pré-estreia mundial nas sessões de abertura. Ritas, de Oswaldo Santana, será exibido aos convidados no dia 2 de abril, às 20h30, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A abertura para convidados no Rio exibirá Viva Marília, de Zelito Viana, no dia 03/04, às 20h30, no Estação Net Botafogo. A cerimônia de premiação será realizada no sábado, 12 de abril, às 19h30, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. As produções premiadas pelos júris oficiais terão reapresentações especiais em ambas as cidades no dia 13 de abril.

Com o honroso reconhecimento do É Tudo Verdade como um qualifying festival pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, os quatro filmes vencedores dos prêmios dos júris oficiais das competitivas brasileiras e internacionais de longas ou médias-metragens e de curtas-metragens são automaticamente classificados para apreciação à disputa do Oscar 2026 em ambas as categorias.

“O fato deste festival alcançar neste ano sua 30ª edição confirma antes de tudo nossa confiança inicial: o documentário estava a exigir uma janela anual específica no país que propiciasse o acesso do público das salas à excelência e à originalidade da produção não ficcional brasileira e internacional”, avalia Amir Labaki, diretor-fundador do festival.

O programa do É Tudo Verdade estrutura-se em mostras competitivas de longas ou médias-metragens brasileiros, longas ou médias-metragens internacionais, curtas-metragens brasileiros e curtas-metragens internacionais, e em mostras não competitivas: Programas Especiais, O Estado das Coisas, Foco Latino-Americano e Clássicos É Tudo Verdade.

Cena do documentário Rua do Pescador, nº6, de Bárbara Paz

Comprometido desde a sua criação com a apresentação e revisita de autores fundamentais no desenvolvimento da arte do documentário, o festival homenageia em 2025 a obra de Vladimir Carvalho (1935-2024), um dos cineastas mais marcantes na história do É Tudo Verdade, com a exibição dos nove longas-metragens por ele realizados em mais de meio século. A retrospectiva internacional destaca, por sua vez, a obra do diretor britânico Humphrey Jennings (1907-1950), considerado o primeiro poeta da produção não ficcional inglesa. O ciclo apresenta oito de seus clássicos e um documentário sobre a sua obra, dirigido por Kevin Macdonald.

A celebração dos 30 anos ininterruptos do É Tudo Verdade traz o Especial 30!, com projeções e encontros. Serão exibidos três documentários marcantes da história do evento: O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes, de Toni Venturi e Noel Field: A Lenda de um Espião, do suíço Werner Schweizer, foram os primeiros vencedores das mostras competitivas da segunda edição, em 1997. Não houve premiação no evento inaugural, em 1996. Ganha também nova sessão especial o clássico Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho, que inspira a capa do catálogo da 30ª edição.

Ainda como parte do Especial 30!, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP sediará, nos dias 10 e 11 de abril, um seminário com quatro cineastas brasileiros que venceram a mostra competitiva do É Tudo Verdade: Eliza Capai, Joel Zito Araújo, Paulo Sacramento e Roberto Berliner. Nos dias 8 e 9 de abril acontecerá a 22ª edição da Conferência Internacional do Documentário, em correalização com a Cinemateca Brasileira, em São Paulo, cuja programação será posteriormente anunciada. Entre as demais atividades paralelas, destacam-se ainda os encontros da Formação Spcine Convida.

Em 2025, o circuito de exibição em São Paulo será formado pelo CineSesc, Cinemateca Brasileira (salas Grande Otelo e Oscarito), o IMS Paulista (Instituto Moreira Salles) e o Centro Cultural São Paulo. No Rio de Janeiro, as sessões acontecem no Estação NET Botafogo e Estação NET Rio e na Sala José Wilker, do recém-inaugurado CineCarioca.

Ampliando o acesso ao público, a programação em streaming apresentará no Itaú Cultural Play, entre 14 e 30 de abril, seis curtas-metragens da competição brasileira deste ano e quatro curtas do homenageado Vladimir Carvalho.

Conheça os filmes selecionados para o É Tudo Verdade 2025:

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | LONGAS ou MÉDIAS-METRAGENS

Bruscky: Um Autorretrato, de Eryk Rocha
Copan, de Carine Wallauer
Lan: O Caricaturista, de Pedro Vinícius
Mundurukuyü: A Floresta das Mulheres Peixe, de Aldira Akay, Beka Munduruku e Rylcélia Akay
Quando o Brasil era Moderno, de Fabiano Maciel
Rua do Pescador, nº6, de Bárbara Paz
Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky, de Liliane Maia e Jorge Bodanzky

COMPETIÇÃO BRASILEIRA | CURTAS-METRAGENS

A Bolha, de Caio Baú
Cartas pela Paz, de Mariana Reade, Thays Acaibe e Patrick Zeiger
Chibo, de Gabriela Poester e Henrique Lahude
Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro
Mergulho no Escuro, de Anna Costa e Silva e Isis Mello
Palavra, de DF Fiuza
Sem título # 10: Ao Redor do Amor, de Carlos Adriano
Sobre Ruínas, de Carol Benjamin

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGAS ou MÉDIAS-METRAGENS

A 2000 Metros de Andriivka (2000 Meters to Andriivka), de Mstyslav Chernov (Ucrânia)
A Invasão (The Invasion), de Sergei Loznitsa (França/Holanda/EUA)
A Liberdade de Fierro (La Libertad de Fierro), de Santiago Esteinou (México)
Crônicas do Absurdo (Crónicas del Absurdo), de Miguel Coyula (Cuba)
Culpar (Blame), de Christian Frei (Suíça)
Em Busca de Amani (Searching for Amani), de Nicole Gormley e Debra Aroko (EUA/Quênia)
Escrevendo Hawa (Writing Hawa), de Najiba Noori (França/Holanda/Qatar/Afeganistão)
Estrada Azul: A História de Edna O’Brien (Blue Road: The Edna O’Brien Story), de Sinéad O’Shea (Irlanda/Reino Unido)
Meus Fantasmas Armênios (Mes Fantômes Arméniens), de Tamara Stepanyan (França/Armênia/Qatar)
O Jardineiro, o Budista e o Espião (The Gardener, the Buddhist & the Spy), de Håvard Bustnes (Noruega)
O Propagandista (De Propagandist), de Luuk Bouwman (Holanda)
Sob as Bandeiras, o Sol (Bajos las banderas, el sol), de Juanjo Pereira (Paraguai/Argentina/EUA/França/Alemanha)

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | CURTAS-METRAGENS

A Avó & Peixes (Poorzal), de Maria Mavati e Ehsan Farokhi Fard (Irã)
Através da Janela (Okienko), de Daniel Stopa (Polônia)
Batida do Coração (Heartbeat), de Jay Rosenblatt e Stephanie Rapp (EUA)
Corrija-me Se Eu Estiver Errado (Ru ni suo yuan), de Hao Zhou (China/Alemanha)
Eu sou a pessoa mais magra que você já viu? (Am I the Skinniest Person You’ve Ever Seen?), de Eisha Marjara (Canadá)
Fazenda de Frutas (Guochang), de Nana Xu (China/Alemanha)
Miren Felder, de Malen Otaño (Argentina)
O Oásis que Eu Mereço (The Oasis I Deserve), de Inès Sieulle (França)
Quimera (Chimera), de Martín André e Gael Jara (Chile)

FOCO LATINO-AMERICANO

Karuara, o Povo do Rio (Karuara, la gente del río), de Stephanie Boyd e Miguel Araoz Cartagena (Peru)
Nossa Coisa Perdida (Nuestra Cosa Perdida), de Martina Cruz (Argentina)
Toroboro: A Consulta Popular (Toroboro: La consulta popular), de Manolo Sarmiento (Equador/Brasil)
Uma Sombra Oscilante, de Celeste Rojas Mugica (Chile/Argentina/França)

PROGRAMAS ESPECIAIS

Hora do Recreio, de Lucia Murat (Brasil)
Minha Terra Estrangeira, de Coletivo Lakapoy, Louise Botkay e João Moreira Salles (Brasil)

O ESTADO DAS COISAS

Esperando por Liat (Holding Liat), de Brandon Kramer (EUA)
Eu Sou Sua Vênus (I’m Your Venus), de Kimberly Reed (EUA)
Histórias do Marco Zero (From Ground Zero), de Aws Al-Banna, Ahmed Al-Danf, Basil Al-Maqousi, Mustafa Al-Nabih, Muhammad Alshareef, Ala Ayob, Bashar Al Balbisi, Alaa Damo, Awad Hana, Ahmad Hassunah, Mustafa Kallab, Satoum Kareem, Mahdi Karera, Rabab Khamees, Khamees Masharawi, Wissam Moussa, Tamer Najm, Abu Hasna Nidaa, Damo Nidal, Mahmoud Reema, Etimad Weshah e Islam Al Zrieai (Palestina/França/Qatar/Jordânia)
Pau D’Arco, de Ana Aranha (Brasil)
Petra Kelly: Aja Agora! (Petra Kelly: Act Now!), de Doris Metz (Alemanha)
Reconhecidos, de Fernanda Amim e Micael Hocherman (Brasil)
Sobre um Herói (About a Hero), de Piotr Winiewicz (Dinamarca/Alemanha/EUA)
Sra. Presidente (Prezidentka), de Marek Sulik (Eslováquia/República Tcheca)

CLÁSSICOS É TUDO VERDADE

Acaba de Chegar ao Brasil o Bello Poeta Francez Blaise Cendrars, de Carlos Augusto Calil (Brasil)
Chaplin: O Espírito do Vagabundo (Chaplin: Spirit of The Tramp), de Carmen Chaplin (Reino Unido/França/Espanha/Holanda)
Liza: Uma História Verdadeiramente Incrível e Absolutamente Verídica (Liza: A Truly Terrific Absolutely True Story), de Bruce David Klein (EUA)
Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Cordeiro de Mello (Brasil)
Quem Não Conhece o Silva?, de Carlos Augusto Calil (Brasil)
Retrato de Classe: A Vida, A Pessoa e as Coisas, de Gregório Bacic e Thiago Iacocca (Brasil)

RETROSPECTIVA INTERNACIONAL: HUMPHREY JENNINGS

A Vila Silenciosa (The Silent Village), de Humphrey Jennings (1943) (Reino Unido)
Começaram Incêndios (Fires Were Started), de Humphrey Jennings (1943) (Reino Unido)
Humphrey Jennings: O Homem que Ouvia a Grã-Bretanha (Humphrey Jennings: The Man Who Listen to Britain), de Kevin Macdonald (2000) (Reino Unido)
Londres Resiste! (London Can Take It!), de Humphrey Jennings e Harry Watt (1940) (Reino Unido)
Ouça a Grã-Bretanha (Listen to Britain), de Humphrey Jennings e Stewart McAllister (1941) (Reino Unido)
Palavras para Batalha (Words for Battle), de Humphrey Jennings (1941) (Reino Unido)
Retrato de Família (Family Portrait), de Humphrey Jennings (1950) (Reino Unido)
Tempo Livre (Spare Time), de Humphrey Jennings (1939) (Reino Unido)
Um Diário de Timothy (A Diary for Timothy), de Humphrey Jennings (1946) (Reino Unido)

RETROSPECTIVA BRASILEIRA: VLADIMIR CARVALHO

Barra 68: Sem Perder a Ternura, de Vladimir Carvalho (2000)
Cícero Dias, O Compadre de Picasso, de Vladimir Carvalho (2016)
Conterrâneos Velhos de Guerra, de Vladimir Carvalho (1991)
Giocondo Dias: O Ilustre Clandestino, de Vladimir Carvalho (2019)
O Engenho de Zé Lins, de Vladimir Carvalho (2007)
O Evangelho Segundo Teotônio, de Vladimir Carvalho (1984)
O Homem de Areia, de Vladimir Carvalho (1981)
O País de São Saruê, de Vladimir Carvalho (1971)
Rock Brasília: Era de Ouro, de Vladimir Carvalho (2011)

ESPECIAL 30!

Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1984)
Noel Field, A Lenda de um Espião (Noel Field, Der Erfundene Spion), de Werner Schweizer (1996) (Suíça/Alemanha)
O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes, de Toni Venturi (1997)

SESSÃO DE ABERTURA | SÃO PAULO
Ritas, de Oswaldo Santana (Brasil)

SESSÃO DE ABERTURA | RIO DE JANEIRO
Viva Marília, de Zelito Viana (Brasil)

SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Trens (Pociągi), de Maciej J. Drygas (Polônia/Lituânia)

Fotos: Divulgação.

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