Foram anunciados neste sábado, 15/06, em cerimônia apresentada pelo ator mexicano Andrés Zuno, os vencedores da 39ª edição do Festival Internacional de Cine en Guadalajara, considerado um dos mais fortes da América Latina.
O longa No nos moverán, de Pierre Saint Martin, recebeu o Prêmio Mezcal de melhor filme, que destaca o cinema mexicano; a categoria de melhor interpretação consagrou o ator Juan Ramón López, por seu trabalho em Vergüenza.
Neste ano, o cinema brasileiro também se destacou na premiação: Pedágio, de Carolina Markowicz, foi eleito o melhor longa ibero-americano de ficção e ainda rendeu o prêmio de melhor interpretação para Maeve Jinkings. O filme, que apresenta um retrato da opressão e violência sofrida pela população LGBTQIA+, também foi consagrado com o Prêmio Maguey, que divulga e promove um cinema que começa com histórias acompanhadas por uma orientação sexual aberta e diversa, celebrando o melhor da cinematografia LGBTQ do mundo.
Além disso, Avenida Beira-Mar, dirigido por Maju de Paiva e Bernardo Florim, levou o troféu de melhor direção; e também uma Menção Honrosa no Prêmio Maguey. Com Andrea Beltrão e Isbael Teixeira no elenco, a trama discute diversidade de gênero de maneira sensível e delicada: pela perspectiva da infância. A história destaca a amizade entre duas meninas de 13 anos de idade, que se tornam inseparáveis.
Nesta 39ª edição do festival mexicano, o Brasil também marcou presença com o curta-metragem Mala Facha, de Ilén Juambeltz, uma coprodução com o Uruguai; e com o longa Penal Cordillera, de Felipe Carmona, uma coprodução com o Chile. E mais: a brasileira Enoe Lopes Pontes integrou o júri do Prêmio Fipresci, realizado pela Federação Internacional de Críticos de Cinema.
Conheça os vencedores do 39º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara:
PRÊMIO MEZCAL
Melhor Filme Mexicano: No nos moverán, de Pierre Saint Martin
Menção Honrosa | Filme: Tratado de invisibilidad, de Luciana Kapla
Melhor Direção: Isabel Cristina Fregoso, por La arriera
Melhor Fotografia: La arriera, por María Sarasvati Herrera
Melhor Interpretação: Juan Ramón López, por Vergüenza
Menção Honrosa | Interpretação: Luisa Huertas, por No nos moverán
Prêmio do Público: No nos moverán, de Pierre Saint Martin
Prêmio do Júri Jovem: Tratado de invisibilidad, de Luciana Kaplan
CURTA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
Melhor Curta: A Rosa Nasce Nas Pedras, de Sebastian Molina Ruiz (México)
Menção Honrosa: Pesudo, de Miquel Díaz Pont (Espanha)
LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO DE FICÇÃO
Melhor Filme: Pedágio, de Carolina Markowicz (Brasil/Portugal)
Melhor Direção: Maju de Paiva e Bernardo Florim, por Avenida Beira-Mar (Brasil)
Melhor Roteiro: Yo vi tres luces negras, escrito por Fernando del Razo e Santiago Lozano Álvarez
Melhor Interpretação: Maeve Jinkings, por Pedágio
Melhor Fotografia: Yo vi tres luces negras, por Juan Velásquez
Melhor Filme de Estreia: Fenómenos naturales, de Marcos Díaz Sosa (Cuba/Argentina/França)
Menção Honrosa | Filme: Volveréis, de Jonás Trueba (Espanha/França)
Menção Honrosa | Ator Revelação: Franklin Aro Huasco, por El ladrón de perros
PRÊMIO MAGUEY
Melhor Filme: Pedágio, de Carolina Markowicz (Brasil/Portugal)
Prêmio do Júri: Crossing, de Levan Akin (Suécia/Dinamarca/França/Turquia/Geórgia)
Melhor Interpretação: Elenco de Los amantes astronautas
Menção Honrosa: Avenida Beira-Mar, de Bernardo Florim e Maju de Paiva (Brasil)
LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL DE ANIMAÇÃO
Melhor Filme: Flow, de Gints Zilbalodis (Letônia/França/Bélgica)
Menção Honrosa: Heavies Tendres, de Juanjo Sáez, Carlos Pérez-Reche e Joan Tomás Monfort (Espanha)
LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO DE DOCUMENTÁRIO
Melhor Filme: La fabulosa máquina de cosechar oro, de Alfredo Pourailly de la Plaza (Chile/Holanda)
Melhor Direção: Macu Machín, por La hojarasca
Melhor Direção de Fotografia: Las almas, por Marcos Rostagno
MOSTRA HECHO EN JALISCO
Melhor Longa: Corina, de Urzula Barba Hopfner (México)
Melhor Curta: Bumbumpapá, de Alexis Gómez (México)
Menção Honrosa: La carretera de los perros, de Carlos Rueda (México)
CINE SOCIOAMBIENTAL
Melhor Filme: The Battle for Laikipia, de Daphne Matziaraki e Peter Murimi (Quênia/EUA)
Menção Honrosa: Salvaxe, Salvaxe, de Emilio Fonseca (Espanha) e Tongo Saa, de Nelson Makengo (República Democrática do Congo/Bélgica/Alemanha/Burkina Faso/Qatar)
OUTROS PRÊMIOS
Prêmio FIPRESCI: Tratado de invisibilidad, de Luciana Kaplan (México)
Prêmio FEISAL: La fabulosa máquina de cosechar oro, de Alfredo Pourailly de la Plaza (Chile/Holanda)
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Foto: FICG/Diego Gasca.