O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), que acontece na Holanda, é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficas dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, há também espaço para nomes consagrados, retrospectivas e programas temáticos.
A 54ª edição acontecerá entre os dias 30 de janeiro e 9 de fevereiro de 2025 e o filme de abertura será a comédia policial Fabula, do cineasta holandês Michiel ten Horn; o encerramento será This City Is a Battlefield (Perang Kota), da diretora indonésia Mouly Surya. Além disso, o diretor de fotografia Lol Crawley, de O Brutalista e indicado ao BAFTA por The Crimson Petal and the White, será homenageado com o Robby Müller Award, que destaca anualmente um excelente criador de imagens no estilo do falecido diretor de fotografia holandês que dá nome ao prêmio.
Neste ano, o cinema brasileiro ganha destaque com diversos títulos. A mostra Short & Mid-length traz os curtas: Fale a ela o que me aconteceu, de Pethrus Tibúrcio; Quem se move, de Stephanie Ricci; Tragédia, de Bernardo Zanotta, uma coprodução entre Holanda, Brasil e França; e Bisagras, de Luis Arnías, uma coprodução entre Estados Unidos, Senegal e Brasil.
Na mostra Harbour, destaque para o longa Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges. O filme acompanha a trajetória de Dora, interpretada por Sinara Teles, uma mulher que percorre as estradas de uma região mineradora em busca de trabalho e de um pedaço de terra que pertenceu à sua mãe. O elenco conta também com Carlos Francisco, Tony Stark, Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia de Ouro Preto, Hélio Ricardo, Andréia Quaresma, Elba Rocha, Rafael Botero, Docy Moreira, Kelly Crifer, Amora Ferreira Giorni e Lenine Martins.
O Brasil segue na programação com o aclamado Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, na mostra Limelight, com Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro no elenco; ¡Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri, uma coprodução com a Argentina e a Espanha, na Big Screen Competition; e Levante, de Lillah Halla, premiado na edição passada, na mostra Education. O português Grand Tour, de Miguel Gomes, que traz os brasileiros Marcos Pedroso e Thales Junqueira na direção de arte, também foi selecionado.
O time de jurados desta 54ª edição será formado por: Yuki Aditya, Soheila Golestani, Winnie Lau, Peter Strickland e Andrea Luka Zimmerman na Tiger Competition, principal mostra do festival; Angela Haardt, Frank Sweeney e Yaoting Zhang na Tiger Short Competition; e Bero Beyer, Sara Rajaei, Dewi Reijs, Digna Sinke e Jia Zhao na Big Screen Competition.
Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2025:
TIGER COMPETITION
Bad Girl, de Varsha Bharath (Índia)
Blind Love, de Julian Chou (Taiwan)
Fiume o morte!, de Igor Bezinović (Croácia/Itália/Eslovênia)
Guo Ran, de Li Dongmei (China)
Im Haus meiner Eltern, de Tim Ellrich (Alemanha)
L’arbre de l’authenticité, de Sammy Baloji (República Democrática do Congo/Bélgica)
La gran historia de la filosofía occidental, de Aria Covamonas (México)
Perla, de Alexandra Makarová (Áustria/Eslováquia)
Primeira pessoa do plural, de Sandro Aguilar (Portugal/Itália)
Tears in Kuala Lumpur, de Ridhwan Saidi (Malásia)
Vitrival: The Most Beautiful Village in the World, de Noëlle Bastin e Baptiste Bogaert (Bélgica)
Wind, Talk to Me, de Stefan Djordjevic (Sérvia/Eslovênia/Croácia)
Wondrous Is the Silence of My Master, de Ivan Salatić (Montenegro/Itália/França/Croácia/Sérvia)
BIG SCREEN COMPETITION
¡Caigan las rosas blancas!, de Albertina Carri (Argentina/Brasil/Espanha)
Back to the Family, de Sharunas Bartas (Lituânia/França/Polônia/Letônia)
Bad Painter, de Albert Oehlen (Alemanha/EUA)
De idylle, de Aaron Rookus (Holanda/Bélgica/Estônia)
Gowok: Javanese Kamasutra, de Hanung Bramantyo (Indonésia)
L’oro del Reno, de Lorenzo Pullega (Itália)
Macai, de Sun-J Perumal (Malásia)
Orenda, de Pirjo Honkasalo (Finlândia/Estônia/Suécia)
Our Father: The Last Days of a Dictator, de José Filipe Costa (Portugal)
Raptures, de Jon Blåhed (Suécia/Finlândia)
Soft Leaves, de Miwako Van Weyenberg (Bélgica)
The Assistant, de Wilhelm Sasnal e Anka Sasnal (Polônia/Reino Unido)
The Puppet’s Tale, de Suman Mukhopadhyay (Índia)
Yasuko, Songs of Days Past, de Negishi Kichitaro (Japão)
TIGER SHORT COMPETITION
A Metamorphosis, de Lin Htet Aung (Mianmar)
Baby Blue Benzo, de Sara Cwynar (EUA/Alemanha)
BAN♡ITS, de Omar Chowdhury (Bélgica/Bangladesh/Coreia do Sul)
Bury Us in a Lone Desert, de Nguyễn Lê Hoàng Phúc (Vietnã)
Capitol Limited, de Lily Ekimian Ragheb e Ahmed T. Ragheb (EUA)
Common Pear, de Gregor Božič (Eslovênia/Reino Unido)
Empty Rider, de Lawrence Lek (Suíça/Reino Unido)
Hepingli Playthrough, de Zheng Yuan (China)
I Wan’na Be Like You, de Margit Lukács e Persijn Broersen (Holanda/França/Bélgica/Reino Unido/Alemanha)
La durmiente, de Maria Inês Gonçalves (Portugal/Espanha)
Les rites de passage, de Florian Fischer e Johannes Krell (Alemanha)
Memory Is an Animal, It Barks with Many Mouths, de Eva Giolo (Bélgica/Itália)
Merging Bodies, de Adrian Paci (Itália)
Now, Hear Me Good, de Dwayne LeBlanc (EUA)
Suspicions About the Hidden Realities of Air, de Sam Drake (EUA)
Temo Re, de Anka Gujabidze (Geórgia)
The Garden of Electric Delights, de Billy Roisz (Áustria)
The Rock Speaks, de Amy Louise Wilson e Francois Knoetze (África do Sul/Espanha)
Things Hidden Since the Foundation of the World, de Kevin Walker e Irene Zahariadis (Grécia/EUA)
World at Stake, de Susanna Flock, Adrian Jonas Haim e Jona Kleinlein (Áustria)
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Foto: Bianca Aun.