A Floresta que se Move

por: Cinevitor

florestaquesemoveposterDiretor: Vinícius Coimbra

Elenco: Gabriel Braga Nunes, Ana Paula Arósio, Nelson Xavier, Ângelo Antônio, Juliana Carneiro da Cunha, Fernando Alves Pinto, Rui Ricardo Diaz, Miriam Freeland, Tatsu Carvalho, Regina Remencius, Emiliano Queiroz.

Ano: 2015

Sinopse: Elias é um executivo bem-sucedido que trabalha em um dos maiores bancos privados do Brasil. Ele teve todas as oportunidades de sua vida profissional dadas por Heitor, presidente do banco. Na volta de uma viagem de negócios, chegando ao banco, Elias se depara com uma bordadeira misteriosa que lhe cumprimenta pelo nome e diz que ele se tornará vice-presidente ainda naquele dia e presidente do banco, no dia seguinte. Muito impressionado, Elias conta a história à Clara, sua linda e poderosa esposa. Clara, instigada pelas previsões, sugere que seu marido convide Heitor para jantar em casa naquela noite. A roda da fortuna é fatalmente ativada e uma sequência de assassinatos é perpetrada pelo casal, deixando um rastro de sangue em seu caminho para o poder e tornando-os algozes e vítimas de seus próprios destinos.

Crítica do CINEVITOR: Adaptar clássicos literários já virou algo corriqueiro na sétima arte. Mas, quando se trata de uma obra de William Shakespeare, é preciso ter cuidado para não fazer feio. Em A Floresta que se Move, novo filme de Vinicius Coimbra, vemos uma versão moderna de Macbeth, uma das peças mais famosas do dramaturgo inglês. O resultado dessa adaptação deu certo e funciona nas telonas. O roteiro, escrito por Coimbra em parceria com Manuela Dias, consegue mostrar para o espectador a já conhecida história através de personagens atuais, sem perder o sentido original. Ao invés de um castelo, por exemplo, temos um banco privado, comandando por Heitor, papel de Nelson Xavier. O filme também marca o retorno de Ana Paula Arósio à frente das câmeras, depois de alguns anos afastada. Sua atuação surpreende e cresce ao longo da trama à medida que Clara, sua personagem, vai mudando de comportamento. Sua evolução é nítida e bem construída. O longa também chama a atenção por conta das belas locações, com cenas filmadas na Escócia, Uruguai e no Brasil, e da direção de fotografia de Pablo Baião, que trabalha com tons mais frios para se alinhar ao contexto proposto pela direção. A Floresta que se Move se destaca por abordar um gênero que, ultimamente, tem ganhado força no nosso cinema e foge das comédias batidas. O desafio de adaptar Shakespeare valeu a pena e o filme não se perde em clichês. O espectador pode esperar uma história bem contada, que mistura suspense, ambição, poder e traição. Tudo junto e misturado, sem perder o sentido. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

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