Playing Men
Direção: Matjaž Ivanišin
Ano: 2017
Sinopse: Os homens que jogam são também os que brincam ou atuam. O documentário propõe um olhar ao mesmo tempo jocoso e afetuoso, que inclui uma autoironia mordaz ao colocar seu próprio realizador em confronto com seus personagens e os rituais tão particulares que realizam. O limite entre o ridículo e o sublime é sempre uma questão de segundos ou de ponto de vista, como nos lembra esse filme onde o cineasta embarca em uma jornada para criar uma ode ao absurdo de um gesto reconhecidamente masculino.
Crítica do CINEVITOR: O cineasta esloveno Matjaž Ivanišin é conhecido por seus documentários premiados ao redor do mundo. Com Homens que Jogam não foi diferente. Vencedor do prêmio de melhor filme do Olhar de Cinema deste ano, segundo o júri oficial, o longa apresenta com diversão e leveza grupos de homens que praticam jogos inusitados e pouco conhecidos por aqui. A intenção do diretor não é explicar como esses rituais funcionam e nem sequer dar nome aos jogos, mas sim registrar tais competições e como se comportam os indivíduos que as realizam. Há momentos hilários no longa, como o jogo que envolve um queijo maiorchino que rola por ladeiras de uma cidade do interior ou quando adolescentes gritam uns com os outros em uma competição com os dedos das mãos. Em meio a risadas, há um momento de tensão, que também garante diversão ao espectador: o diretor enfrenta uma crise criativa, assume não conseguir continuar o filme e dá a volta por cima para completar o desfecho envolvendo outro esporte, nesse caso, o tênis. Homens que Jogam é carregado de leveza e se transforma em uma obra interessante ao apresentar um estudo antropológico de personagens beirando ao ridículo e que se transformam quando estão envolvidos em competição. Suas atitudes vão além do espírito esportivo e, independente do jogo, por mais estranho, competitivo e divertido que seja, agem de maneira que os colocam em evidência num delicioso processo de observação do ser humano. A diversão está garantida! (Vitor Búrigo)
*Filme assistido no 7º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.
Nota do CINEVITOR: