Justice League
Direção: Zack Snyder
Elenco: Ben Affleck, Gal Gadot, Jason Momoa, Ezra Miller, Ray Fisher, Henry Cavill, Amy Adams, Robin Wright, Connie Nielsen, Amber Heard, Diane Lane, Kiersey Clemons, Billy Crudup, J.K. Simmons, Ciarán Hinds, Jeremy Irons, Joe Morton, Jesse Eisenberg, Daniel Stisen, Erin Eliza Blevins, Lisa Loven Kongsli, Michael McElhatton, Samantha Jo, Andrea Vasiliou, Suan-Li Ong, Eleanor Matsuura, Tina Balthazar, Carl Lindquist, Tessa Bonham Jones, Omri Rose.
Ano: 2017
Sinopse: Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de altruísmo de Superman, Bruce Wayne busca a ajuda de sua nova aliada, Diana Prince, para encarar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar um time de meta-humanos para encarar essa ameaça recém-desperta. Mas apesar da formação dessa liga sem precedentes de heróis com Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Ciborgue e Flash, talvez seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas.
Crítica do CINEVITOR: Depois do sucesso estrondoso de Mulher-Maravilha nos cinemas, criou-se ainda mais expectativa para que Liga da Justiça atingisse o mesmo patamar. O filme, que reúne pela primeira vez nos cinemas o tão poderoso time de super-heróis da DC Comics, não decepciona, mas também não empolga tanto quanto o longa solo da Princesa Amazona da ilha de Themyscira. Se comparado ao fraco Esquadrão Suicida, lançado em agosto do ano passado, Liga da Justiça é um acerto do estúdio e também do diretor Zack Snyder, que dessa vez optou por deixar de lado aquele visual escuro e sombrio que tanto incomodou em Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Os créditos iniciais, apresentados ao som de Everybody Knows, da cantora norueguesa Sigrid, já apontam para uma diferença estética na produção, que, ao invés de começar com alguma cena impactante repleta de efeitos visuais, surpreende com um videoclipe melancólico que mostra a reação da população à morte do Superman. Na sequência, começamos a acompanhar a jornada de Bruce Wayne em busca de colegas superpoderosos para aquela já tão conhecida missão: salvar o mundo. O ritmo de Liga da Justiça não é dos mais eletrizantes e aquela suposta narrativa mais profunda, apresentada no início, logo se perde na primeira parte do filme. Somos apresentados aos integrantes da equipe e, em uma pincelada, conhecemos um pouco da história de cada um, principalmente daqueles que ainda não tinham ganhado destaque, como Aquaman, Ciborgue e Flash. Este último, aliás, é o alívio cômico do longa. Interpretado por Ezra Miller, o rapaz, que consegue até mesmo ultrapassar a velocidade da luz, é o mais carismático do time e rende momentos divertidos à trama, na medida certa. Diferente da Marvel, que adora preencher suas histórias com humor, a DC se preocupa mais em humanizar seus personagens e tal característica está presente em Liga da Justiça com um certo tom melodramático. Porém, não demora muito para que o enredo caia na mesmice, sem grandes surpresas. Como um filme de super-heróis não deixa a desejar: traz ação, aventura, embates explosivos, efeitos visuais (bem exagerados em certos momentos), um vilão caricato sedento pelo fim do mundo, superpoderes e até uma mensagem piegas de esperança, comum em filmes deste gênero. Mas, no geral, falta uma estrutura narrativa mais dinâmica para costurar as ações de seus protagonistas. Se a intenção do estúdio era consertar alguns deslizes cometidos em seus filmes anteriores, deu certo. A começar pela duração do filme, que, a princípio, teria quase três horas de projeção (podendo bagunçar o roteiro e comprometer o longa) e que, felizmente, foi reduzida a 120 minutos. Liga da Justiça chega aos cinemas pisando em ovos, porém, sem o deslumbre cinematográfico da DC, visto anos atrás, de querer realizar um filme épico. Dessa vez, a opção por apresentar algo mais enxuto foi a escolha correta, ainda que falte um pouco de ousadia. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: