Diretor: Luc Besson
Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi, Amr Waked, Julian Rhind-Tutt, Pilou Asbæk, Analeigh Tipton, Nicolas Phongpheth, Jan Oliver Schroeder, Luca Angeletti.
Ano: 2014
Sinopse: Após ser forçada a transportar drogas dentro de seu estômago, a jovem e inocente Lucy não faz ideia dos riscos que está correndo. Sem querer, acaba absorvendo as drogas, e um efeito inesperado acontece: Lucy ganha poderes sobre-humanos, incluindo a telecinesia, a ausência de dor e a capacidade de adquirir conhecimento instantaneamente.
Comentários do CINEVITOR: Lucy é aquele tipo de filme que apresenta diversos questionamentos. Neste caso, a atenção é voltada para a suposta teoria de que o ser humano usa apenas 10% de seu cérebro. A partir disso, Luc Besson conduz o filme em ritmo de ação. As situações vividas por Lucy, interpretada por Scarlett Johansson, fogem da realidade e parecem (quase) impossíveis de acontecer no mundo real. Mas, isso não é um problema quando se trata de uma obra de ficção. No caso deste filme, tais acontecimentos funcionam muito bem e entretém o público, que acaba se envolvendo com a trama. Sua narrativa ágil funciona por causa da mistura de diversos elementos (ação, emoção, drama, trilha, edição) em uma história inverossímil, porém com um roteiro crível. Ou seja: a história pode não ser real e parecer incompreensível, mas, se conseguir ser bem contada (e bem dirigida) dentro de um contexto fictício, funciona. E Lucy comprova isso, por mais que pareça uma história irreal. Se o espectador entrar no clima e aceitar a proposta do diretor, o filme será bem recebido. Mas, neste caso aplica-se a máxima: “tudo que é bom dura pouco”. Lucy perde força em sua parte final e, talvez, seu desfecho não agrade a todos, mas, com certeza renderá boas discussões entre seus espectadores. Mas, isso não chega ao ponto de desmerecer o filme de Besson. Em meio a discussões científicas (reais ou não), vale destacar a atuação de Scarlett Johansson. Depois de alguns trabalhos sem relevância, ela reaparece mais firme como atriz e convence com sua personagem dotada de poderes sobre-humanos. Lucy é um filme para refletir, mas, também, para entreter. Afinal, estamos falando de cinema, onde a realidade e a ficção andam juntas. A magia da sétima arte encanta e, às vezes, ao mesmo tempo, engana. Por isso, quando as luzes se acenderem e os créditos finais subirem, não se empolgue e lembre-se: Lucy é apenas um filme. Acredite você ou não! (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: