Mostra Tiradentes | SP 2024 divulga programação com 28 filmes

por: Cinevitor
Cena do curta potiguar Moventes, de Jefferson Cabral

A 12ª edição da Mostra Tiradentes | SP acontecerá entre os dias 13 e 19 de março no CineSesc, em São Paulo, com a exibição de 28 filmes, quase todos inéditos na cidade, e que fizeram parte da programação da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada em janeiro.

A edição paulistana será norteada pela temática As Formas do Tempo, abordada na edição mineira, dando sequência e ampliando a reflexão com discussões e novas perspectivas: “A força do cinema brasileiro contemporâneo pode ser conhecida nas edições anuais da Mostra Tiradentes | SP que, em 2024, celebra 12 anos na capital paulista com o propósito de ampliar novos olhares, vozes e exibir um panorama múltiplo da produção audiovisual no Brasil. Sessões tem debates após a exibição dos filmes com a presença de realizadores, provocando reflexão sobre as imagens e histórias do cinema como resposta ao seu tempo histórico. Graças à parceria com o Sesc São Paulo, o cinema brasileiro ganha mais espaço e dimensão na cidade, e o público, a oportunidade de conhecer filmes que muitas vezes não chegam ao circuito comercial”, conta Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes | SP.

Com 10 longas e 18 curtas, a 12ª Mostra Tiradentes | SP traz um recorte da 27ª Mostra Tiradentes, que exibiu 145 produções, e levou um público estimado de 35 mil pessoas para a cidade mineira, número sete vezes maior que a população do município.

Entre os destaque da edição paulistana estão os seis premiados da edição mineira: o paranaense Lista de Desejos para Superagüi, de Pedro Giongo, eleito o melhor longa da Mostra Aurora pelo Júri Oficial e que será exibido na abertura do evento; Aquele que Viu o Abismo, de Gregorio Gananian e Negro Leo, vencedor do Prêmio Carlos Reichenbach da Mostra Olhos Livres; Maçãs no Escuro, de Tiago A. Neves, que recebeu Menção Honrosa da Mostra Aurora; o cearense Estranho Caminho, de Guto Parente, eleito o melhor longa da Mostra Autorias pelo Júri da Crítica Abraccine.

Edson Aquino no longa Maçãs no Escuro, de Tiago A. Neves

E mais: As Primeiras, de Adriana Yañez, eleito o melhor longa pelo Júri Popular; Eu Fui Assistente do Eduardo Coutinho, de Allan Ribeiro, que recebeu o prêmio de melhor curta da Mostra Foco pelo Júri Oficial e Prêmio Canal Brasil de Curtas; Aguyjevete Araxi’I, de Kerexu Martim, que recebeu o Prêmio Helena Ignez; e Soneca e Jupa, de Rodrigo R. Meireles.

Avaliadas pelo Júri Oficial, as mostras Aurora (longas) e Foco (curtas) serão exibidas integralmente na programação da itinerância paulista, sendo sete longas da Aurora e os 13 curtas da Mostra Foco. Além dos vencedores, destaca-se a presença dos filmes paulistas Sofia Foi, de Pedro Geraldo; Eu Também Não Gozei, de Ana Carolina Marinho; e O Tubérculo, de Lucas Camargo de Barros e Nicolas Thomé Zetune. Na programação de curtas, destaque para O Materialismo Histórico da Flecha contra o Relógio, de Carlos Adriano; e Moventes, de Jefferson Cabral.

Realizada especialmente para a 12ª Mostra Tiradentes | SP, a Mostra Vertentes de curtas reúne quatro filmes marcados pelo fazer cinematográfico como ação social, histórica e política, ou com intenções mais diretamente atentas a esses aspectos das vidas real e ficcional de diferentes personagens. São documentários produzidos em São Paulo que demonstram a força do cinema contemporâneo paulista: Até o último sopro, de Benjamin Medeiros; Nagano, de Letícia Hayashi; Nosso Panfleto Seria Assim, de Leandro Olimpio; e Mborairapé, de Roney Freitas.

Além da exibição de curtas e longas, a Mostra contará também com bate-papos com a presença de diretores, equipes e curadoria após as sessões, garantindo maior interatividade com o público e ampliação da experiência cinematográfica. Ao todo, serão 12 bate-papos com realizadores e um debate especial com produtores e cineastas paulistas com o tema As Formas do Tempo no Cinema Contemporâneo Brasileiro: Trabalho e Criação, que busca discutir sobre como realizadores e realizadoras veem o tempo como elemento de criação e pensamento sobre as imagens e quais os critérios que deve-se levar em consideração para construir uma política pública para o audiovisual que não implique em uma padronização dos tempos de produção e das formas audiovisuais.

Fotos: Divulgação.

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