Une vie ailleurs
Direção: Olivier Peyon
Elenco: Isabelle Carré, Ramzy Bedia, María Dupláa, Virginia Méndez, Dylan Cortes, Lucas Barreiro, Olivier Ruidavet, Flavio Quintana, Gabriela Freire, Angélica Cuenca, Nelsa Deluca.
Ano: 2017
Sinopse: É no Uruguai que Sylvie finalmente encontra a pista sobre o paradeiro de seu filho, sequestrado há quatro anos pelo ex-marido. Com a ajuda preciosa de Mehdi, ela vai recuperá-lo, mas ao chegar lá, nada acontece como previsto: a criança, criada por sua avó e sua tia, parece feliz e radiante. Sylvie percebe que Felipe cresceu sem ela e que agora sua vida é em outro lugar.
Crítica do CINEVITOR: Depois de ser exibido no Festival Varilux de Cinema Francês, em 2017, O Filho Uruguaio, dirigido por Olivier Peyon, chega aos cinemas brasileiros quase um ano depois de seu lançamento na França. Porém, antes tarde do que nunca. Esse drama francês, que se passa no Uruguai, conta a história de uma mãe desesperada que está prestes a reencontrar o filho que não vê há quatro anos, desde quando a criança foi sequestrada pelo ex-marido e levado para morar com a avó, em Florida, cidade perto de Montevidéu. Para retratar essas relações familiares, o diretor, que assina o roteiro ao lado de Cécilia Rouaud e Patricia Mortagne, constrói uma narrativa sensível sem cair no melodrama. Com um elenco talentoso, O Filho Uruguaio se destaca ao oferecer para o espectador diversas alternativas para embarcar nessa história: ora você se comove com a dor de uma mãe que está disposta a fazer tudo para ter seu filho de volta, ora você se encanta com aquele garoto feliz que se diverte com os amigos em uma pequena cidade sem saber a verdade sobre seu passado. Sem reviravoltas surpreendentes, o longa ainda assim se desenrola de maneira instigante ao apresentar, aos poucos, as consequências das atitudes de seus personagens, que, não coincidentemente, estão ligados por um único motivo: o pequeno Felipe, interpretado por Dylan Cortes. Olivier Peyon comove o espectador ao revelar com sutileza os sentimentos de seus protagonistas e sua relações; além disso, abre um diálogo sobre a questão da maternidade: será possível uma mãe reconquistar seu lugar mesmo depois de ter seu filho criado por outras mães? O Filho Uruguaio é afetuoso e fala de amor em diversas camadas: desde o lado mais puro até o mais dolorido. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: