Foram anunciados neste domingo, 10/03, os vencedores da 96ª edição do Oscar. A cerimônia de premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, realizada no Dolby Theatre, em Hollywood, foi apresentada por Jimmy Kimmel, que assumiu a função pela quarta vez.
Dirigido por Christopher Nolan, Oppenheimer, que liderava a lista com treze indicações, foi consagrado com sete prêmios, entre eles, o de melhor filme; Pobres Criaturas, de Yorgos Lanthimos, aparece na sequência com quatro estatuetas douradas.
Vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu trabalho em Os Rejeitados, Da’Vine Joy Randolph emocionou o público com seu discurso: “Não pensei que deveria fazer isso como carreira. Agradeço minha mãe por fazer isso. Agradeço a todas as pessoas que estiveram ao meu lado, me conduziram e me guiaram. Sempre quis ser diferente, mas agora percebo que só preciso ser eu mesma”.
Outro momento emocionante da noite foi a consagração de Emma Stone como melhor atriz por Pobres Criaturas: “Compartilho esse prêmio com as mulheres desta categoria. Estou maravilhada com vocês”. E continuou: “É sobre uma equipe que se uniu para fazer algo maior do que a soma de suas partes. E essa é a melhor parte sobre fazer filmes, somos todos nós juntos. Estou profundamente honrada em compartilhar isso com cada membro do elenco, com cada membro da equipe, com cada pessoa que derramou seu amor, seu cuidado e seu brilho na produção deste filme”. Vale lembrar que em 2017, a atriz foi premiada nesta mesma categoria por La La Land: Cantando Estações.
Da’Vine Joy Randolph: discurso emocionante
Mstyslav Chernov, diretor do documentário premiado 20 Dias em Mariupol, fez um discurso político: “Este é o primeiro Oscar da história da Ucrânia e estou honrado. Mas, provavelmente serei o primeiro diretor neste palco a dizer que gostaria de nunca ter feito este filme. Os russos estão matando dezenas de milhares de meus compatriotas ucranianos. Desejo que libertem todos os reféns, todos os soldados que protegem suas terras, todos os civis que estão agora nas suas prisões. Mas não posso mudar a história. Não posso mudar o passado”.
A noite contou também com diversas apresentações, entre elas, a de Ryan Gosling, que cantou I’m Just Ken no palco e empolgou o público. A canção de Barbie, que disputava o Oscar, empolgou a plateia e contou ainda com participação especial do guitarrista Slash, da banda Guns N’ Roses. Outro destaque musical desta 96ª edição foi a apresentação de Scott George e Osage Singers, de Assassinos da Lua das Flores.
Entre outros momentos marcantes da cerimônia, Al Pacino subiu ao palco para apresentar o prêmio de melhor filme e divertiu a plateia e os espectadores com um anúncio rápido sem nem apresentar o nome dos indicados. Emma Stone também garantiu risadas ao contar e mostrar, durante seu discurso, que o zíper de seu vestido abriu durante a premiação. Porém, um convidado muito especial chamou ainda mais atenção de todos: Messi, o cachorro de Anatomia de uma Queda.
Além disso, John Cena, em um momento descontraído, apareceu nu no palco para apresentar a categoria de melhor figurino; e os consagrados cineastas Wes Anderson, premiado pelo curta A Incrível História de Henry Sugar, e Hayao Miyazaki, vencedor da estatueta de melhor animação por O Menino e a Garça, não compareceram à cerimônia. A atriz brasileira Léa Garcia, que morreu em agosto do ano passado, foi homenageada no momento In memoriam.
Confira a lista completa com os vencedores do Oscar 2024:
MELHOR FILME
Oppenheimer
MELHOR DIREÇÃO
Christopher Nolan, por Oppenheimer
MELHOR ATRIZ
Emma Stone, por Pobres Criaturas
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Da’Vine Joy Randolph, por Os Rejeitados
MELHOR ATOR
Cillian Murphy, por Oppenheimer
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Robert Downey Jr., por Oppenheimer
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Anatomia de uma Queda, escrito por Arthur Harari e Justine Triet
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Ficção Americana, escrito por Cord Jefferson
MELHOR FILME INTERNACIONAL
Zona de Interesse, de Jonathan Glazer (Reino Unido)
MELHOR ANIMAÇÃO
O Menino e a Garça, de Hayao Miyazaki
MELHOR DOCUMENTÁRIO
20 Dias em Mariupol, de Mstyslav Chernov
MELHOR FOTOGRAFIA
Oppenheimer, por Hoyte van Hoytema
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO e/ou DIREÇÃO DE ARTE
Pobres Criaturas, por James Price, Shona Heath e Szusza Mihalek
MELHOR FIGURINO
Pobres Criaturas, por Holly Waddington
MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO
Pobres Criaturas, por Nadia Stacey, Mark Coulier e Josh Weston
MELHOR EDIÇÃO
Oppenheimer, por Jennifer Lame
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Oppenheimer, por Ludwig Göransson
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
What Was I Made For?, por Billie Eilish e Finneas O’Connell (Barbie)
MELHOR SOM
Zona de Interesse, por Tarn Willers e Johnnie Burn
MELHORES EFEITOS VISUAIS
Godzilla Minus One, por Takashi Yamazaki, Kiyoko Shibuya, Masaki Takahashi e Tatsuji Nojima
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
A Incrível História de Henry Sugar, de Wes Anderson
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Última Loja de Consertos, de Kris Bowers e Ben Proudfoot
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
War Is Over! Inspired by the Music of John & Yoko, de Dave Mullins
Fotos: Trae Patton e Dana Pleasant/©A.M.P.A.S.