Diretor: Stephen Frears
Elenco: Judi Dench, Steve Coogan, Sophie Kennedy Clark, Barbara Jefford, Mare Winningham, Ruth McCabe, Peter Hermann, Sean Mahon, Anna Maxwell Martin, Michelle Fairley, Wunmi Mosaku, Amy McAllister, Charlie Murphy, Cathy Belton, Kate Fleetwood, Charissa Shearer, Nika McGuigan, Harrison D’Ampney, D.J. McGrath, Simone Lahbib, Sara Stewart, Gary Lilburn, Charles Edwards, Nicholas Jones, Jordan King, Elliot Levey, Victoria Jane Appleton, Mai Arwas, Xavier Atkins, Francesca Bennett, Aaron Marcus, Julie Vollono.
Ano: 2013
Sinopse: Philomena Lee é uma irlandesa que foi acolhida por freiras quando era uma adolescente grávida. Condenada a uma vida servil no convento, ela é forçada a abandonar seu filho de quatro anos e deixá-lo com um casal de americanos desconhecidos. Anos depois, disposta a encontrar seu filho, ela conhece Martin Sixsmith, um jornalista e marqueteiro político, que se interessa por sua história e, relutante a princípio, resolve ajudar Philomena por “interesse humano” para um artigo que ele escreverá. Os fatos os levam de Londres à Irlanda e a Washington DC, com surpresas no caminho.
Comentários do CINEVITOR: Dirigido por Stephan Frears, de A Rainha, e adaptado do livro homônimo de Martin Sixsmith, Philomena nos apresenta uma mulher cheia de lembranças do passado que decide expor sua história, que até então estava guardada a sete chaves. É aqui que entra Judi Dench e sua impecável atuação. A atriz veterana nem precisa mais provar que é boa no que faz, mas, ao interpretar uma mulher que busca pelo filho que foi tirado de seus braços, ela nos mostra, mais uma vez, que sabe conduzir um papel dramático como ninguém e, ao mesmo tempo, consegue saltar para a comédia em questão de segundos, ainda com emoção nos olhos. Além disso, a atriz transmite toda a essência ingênua que Philomena nos mostra durante sua adolescência (interpretada por Sophie Kennedy Clark) de uma maneira mais madura e com traços de sofrimento. Mesmo querendo se mostrar firme e forte (e até conformada, algumas vezes), sua feição não nos engana. Por onde ela passa, seja num restaurante de sua cidade ou no Lincoln Memorial, em Washington, é visível que seu pensamento está longe e focado em apenas uma coisa: seu filho. Mais uma vez, pontos para a brilhante Judi Dench que nos passa essa sensação com maestria. A trilha sonora tem um papel importante nessa história: ela nos conduz, junto com os personagens, aos encontros do passado, sempre com uma nota dramática de fundo. Isso também tem ligação com a direção de Stephen Frears, que parece não se importar com movimentos de câmera exagerados, a fim de retratar um lado mais íntimo e emocionante dessa história. Isso não quer dizer que as locações não ganham destaque, pelo contrário, os lugares parecem ter sido escolhidos a dedo, tanto as belas paisagens europeias quanto os pontos turísticos americanos (já que uma parte do filme acontece nos Estados Unidos). Steve Coogan, que interpreta o escritor Martin Sixsmith, também merece destaque, não só por seu papel importante neste drama, mas pela maneira como leva o personagem. Visivelmente amargo por ter sido demitido de seu emprego, ele conhece Philomena e, aos poucos, cria uma certa aproximação com ela para conseguir escrever sua história. Se no começo sua intenção era apenas escrever um livro e vender milhares de exemplares para se dar bem na vida, ao decorrer dos acontecimentos as coisas mudam. Philomena é aquele filme que você torce pela personagem e sabe que, em algum momento, vai se emocionar. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: