Diretor: Dean Israelite
Elenco: Dacre Montgomery, Naomi Scott, RJ Cyler, Ludi Lin, Becky G., Elizabeth Banks, Bryan Cranston, Bill Hader, Matt Shively, Cody Kearsley, David Denman, Robert Moloney, Anjali Jay, Sarah Grey, Morgan Taylor Campbell, Caroline Cave, Kayden Magnuson, Lisa Berry, Wesley MacInnes, John Stewart, Fiona Fu, Clayton Chitty, Austin Obiajunwa, Kenneth Tynan, Amitai Marmorstein, Garry Chalk, Donald Adams, Patrick Sabongui, Erica Cerra, Sharon Simms, Fiona Vroom, Fred Tatasciore, Jaime M. Callica.
Ano: 2017
Sinopse: Cinco adolescentes comuns descobrem dons extraordinários quando percebem que a pequena cidade de Angel Grove e o mundo inteiro está a beira de ser extinto por uma ameaça alienígena. Os jovens heróis escolhidos pelo destino descobrem rapidamente que eles são os únicos que podem salvar o planeta. Mas, para isso, eles terão que superar os problemas da vida real e se unir como os Power Rangers.
Crítica do CINEVITOR: Falar que um filme foi feito só para agradar os fãs não condiz muito com a proposta de entretenimento que o cinema proporciona. Claro que há filmes que emocionam bem mais aqueles que já possuem um conhecimento profundo sobre uma franquia ou um personagem. Mas há também histórias que comovem e cativam (ou não, e tudo bem!) espectadores que sequer sabem a origem daquilo que estão assistindo na telona. Fato é que Power Rangers, versão cinematográfica da série de TV que fez sucesso na década de 1990, deve conquistar ainda mais os entusiasmados pelos super-heróis coloridos. Mas também tem força para agradar um novo público ou até mesmo quem lembra vagamente do programa televisivo. Em seus 124 minutos de projeção, pelo menos metade desse tempo é dedicado a mostrar a vida pessoal de seus protagonistas e de como foram escolhidos para enfrentar vilões e salvar o mundo. Opção arriscada para quem busca abranger seu público. Antes da tão esperada hora de morfar, nos deparamos com os sentimentos desses futuros heróis; somos apresentados às suas fraquezas, suas famílias, angústias, dúvidas, problemas e ambições. Existe um certo melodrama, ora exagerado, ora necessário, para completar a narrativa até chegar às cenas de ação. Power Rangers não decepciona em relação aos efeitos visuais e resgata referências do seriado, porém adequadas para a atualidade. Os figurinos, por exemplo, estão muito mais robustos e modernos; Zordon, o grande mentor dos rangers, é interpretado por Bryan Cranston, que aparece tecnologicamente modificado; a vilã Rita Repulsa, conhecida da série, aqui é interpretada por Elizabeth Banks, que oscila entre o limite e o caricato. Mas falta emoção nas cenas de ação e no grand finale. Talvez um diretor mais experiente neste quesito conseguisse acelerar o ritmo, até mesmo na primeira parte do filme que demora a desenrolar. Não espere grandes aventuras e momentos eletrizantes, que, dependendo da bilheteria e da resposta do público, devem aparecer nos próximos longas dessa nova franquia. Com um sentimento nostálgico, Power Rangers consegue agradar seus fãs e também novos espectadores, mesmo destacando o lado pessoal e emocional de seus personagens. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: