Semana do Audiovisual Negro: segunda edição divulga programação on-line e filmes selecionados

por: Cinevitor

cinemacontemporaneofilmeCena do curta pernambucano Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva.

A recente programação audiovisual negra e indígena ganha destaque na segunda edição da Semana do Audiovisual Negro (SAN), que acontecerá entre os dias 8 e 14 de março, em ambiente on-line e com acesso gratuito. A programação é formada por mostra competitiva de curtas-metragens, exposição de videoarte, oficinas e mesas de debate.

Foram selecionados 25 filmes de todo o Brasil, entre 232 obras inscritas. São filmes de ficção, documentais, experimentais e animações. Os curtas-metragens e videoartes estarão disponíveis para o público através da plataforma TodesPlay (clique aqui). Entre os curtas, o júri concederá prêmios a três filmes no valor de R$ 1.000,00 cada.

A Semana do Audiovisual Negro é o primeiro festival de cinema, de caráter competitivo, criado em Pernambuco com o recorte racial. O evento busca contribuir para a difusão audiovisual, através do reconhecimento e valorização dos profissionais negros e negras. Nesta edição, a curadoria propõe uma aproximação entre o cinema negro e o cinema indígena, possibilitando ao público o acesso a filmes dirigidos por pessoas negras e indígenas.

A seleção das obras de videoarte contou com curadoria de Letícia Barros e apresenta oito vídeos: Resiliência Amazônica, de Akhacio Amawaka (PA); Feitura, de Laryssa Machado e Vitor Mota (BA); marvin.gif PART II, de Mavin Pereira (BA); Exercício de Arquivo #2, de João Nascimento (PE); Uma Noite Sem Lua, de Castiel Vitorino Brasileiro (ES); Ali entre nós um invisível obliterante, de Iagor Peres (RJ/PE); Ambientes Frios: Submersão, de Carlos Aquino; e Estudos Para Contenção de Pragas e Infiltrações, de Thiago Barbosa (PE).

A programação conta ainda com mesas de debates e cerimônia de premiação que serão transmitidas através da internet. Os links serão divulgados a cada dia através das redes sociais do festival. Na segunda (08/03), às 19h, o tema Cinema: Uma Questão de Gênero, Raça e Classe, será debatido pela educadora Mikaele Xucuru, pela pesquisadora e escritora Kátia Santos e pela artista audiovisual e articuladora política Libra, com mediação da cineasta e produtora Graci Guarani, da nação indígena Guarani Kaiowá.

Na quinta (11/03), às 19h, a educadora e realizadora audiovisual quilombola Kêka Oliveira, do coletivo Crioulas Vídeo; a fotógrafa e produtora audiovisual Fran Silva; o representante do Coletivo Fulni-ô, Expedito Lino; e a professora e pesquisadora Tatiana Carvalho debatem o tema Cinema é território, com mediação da pesquisadora e realizadora Íris Regina.

No domingo (14/03), às 19h, o encontro virtual discute o tema O nosso cinema ancestral, com a participação da diretora e roteirista Joyce Prado, do produtor e cineasta Alexandre Pankararu, da Iyalorixá, mestra coquista e comunicadora Beth de Oxum e a mediação de Naya Lopes, educadora popular e realizadora audiovisual.

A segunda edição da Semana do Audiovisual Negro ainda está comprometida com a atividades de formação e realizará três oficinas: Videoarte Ação, com Lia Letícia; Cinema de Animação Negra, com Kalor Pacheco; e Cinema Lésbico, com Mariana Souza. As inscrições já foram encerradas e os participantes selecionados.

Conheça os curtas-metragens selecionados para 2ª Semana do Audiovisual Negro:

5 Fitas, de Heraldo de Deus e Vilma Martins (BA)
A Dona da Melodia, de Katia Santos e Tuanny Medeiros (RJ)
A Live Delas, de Yane Mendes (PE)
A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (SC)
A Sússia, de Lucrécia Dias (TO)
Afetadas, de Jean (PE)
Anastácia Alimentada, de Aryelle Christiane e Bruna Andrade Jocicleide (RJ)
As Canções de Amor de uma Bixa Velha, de André Sandino Costa (RJ)
Búfala, de Tothi dos Santos (GO)
Cão Maior, de Filipe Alves (DF)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Ditadura Roxa, de Matheus Moura (MG)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Joãosinho da Goméa, O Rei do Candomblé, de Janaina Oliveira ReFem e Rodrigo Dutra (RJ)
Lá do Alto, de Luciano Vidigal (RJ)
Madeira de Lei, de Kalor (PE)
Mihe’aka Voxené: Simoné Veyopé Ûti! (Abre Caminho: nossas câmeras chegaram!), de Raylson Chaves (MS)
O Som dos Pés, de Tayho Fulni-ô (PE)
PE-460: Uma Luta Ancestral, de Valdeci de Oliveira (PE)
Práticas do Absurdo, de Alexander S. Buck (ES)
Quilombo Mata Cavalo, de Jurandir Amaral (MT)
, de Ana Flavia Cavalcanti e Júlia Zakia (SP)
Rosário, de Juliana Soares e Igor Travassos (PE)
Sobre Olga, de Thayná Almeida (PE)
Yapoatan, de Gleyci Nascimento (PE)

Foto: Divulgação.

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