Direção: Manuel Abramovich
Elenco: Maruti Gariki, Tsailii Rogers, Sylvie Grontis Hagan.
Ano: 2017
Sinopse: Um jovem rapaz decide entrar para o exército porque precisa de um emprego e quer fazer sua mãe feliz. O que o Exército Argentino faz hoje em dia, mais de trinta anos após a ditadura?
Crítica do CINEVITOR: O cineasta argentino Manuel Abramovich passou pelo Festival de Berlim deste ano com seu documentário Soldado, que acompanha a vida de um jovem rapaz que é aceito pelo Exército Argentino. O moço, um pouco inexpressivo, se mostra confuso quanto ao real motivo de sua escolha. Ao acompanhar seu dia a dia, sem grandes emoções, passamos por diversas atividades: desde arrumar a cama do dormitório até participar da banda dos militares. O enquadramento é quase sempre o mesmo: close no rosto do protagonista, desfocando o que está ao seu redor. É notória a intenção do diretor de se aprofundar na particularidade do jovem filmado e nos aproximar dele. E consegue. Em muitos momentos, as imagens falam mais do que as palavras. Porém, o novo integrante do exército só dispara um sorriso quando está longe daquele lugar, perto da família. E é lá que recarrega suas energias e volta às suas origens. Soldado é praticamente um diário muito bem filmado, tanto no aspecto da direção como na fotografia, e capta com sutileza a rotina do rapaz. Mas, perde força por deixar de expandir sua narrativa para além daquele protagonista. Nos momentos finais não apresenta novidades e se torna um pouco maçante, repetindo sua proposta, inicialmente interessante, incessantemente. (Vitor Búrigo)
*Filme assistido no 6º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.
Nota do CINEVITOR: