Diretor: Jay Roach
Elenco: Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren, Elle Fanning, Louis C.K., John Goodman, Michael Stuhlbarg, David Maldonado, John Getz, Laura Flannery, David James Elliott, Toby Nichols, Joseph S. Martino, Madison Wolfe, Jason Bayle, James DuMont, Alan Tudyk, Dan Bakkedahl, Richard Portnow, Roger Bart, Johnny Sneed, Rio Hackford, Dane Rhodes, Peter Mackenzie, John Neisler, Sean Bridgers, John E. Moore, P.J. Marshall, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Meghan Wolfe, Mitchell Zakocs, Stephen Root, Mattie Liptak, Becca Nicole Preston, Dean O’Gorman, Garrett Hines, Ron Fassler, Christian Berkel, Mark Harelik, Jim Gleason, Rick Kelly, Billy Slaughter, Griff Furst, John Mark Skinner, Jerome Andries, Michael D. Anglin, Jaclyn Bethany, David Michael Cefalu, John C. Coffman, Robert D’Arensbourg, Ted Ferguson, Allyson Guay, Richard Halverson, Bob Hartnack, Elton Hartzler, Nick Hwang, Ed Kendrick, Kate Kuen, Rhonda Laizer, Justin Lebrun, Eduardo Losan, Veronica Parks, Gus Rhodes, Daniel Ross Owens, William Schaff, Anne Speed, John Teal Jr., Luke J. Watson, Mark Webster, Michael Wozniak.
Ano: 2015
Sinopse: O roteirista Dalton Trumbo tem uma história singular em Hollywood: apesar de ter escrito algumas das histórias de maior sucesso da época, como A Princesa e o Plebeu, ele se recusou a cooperar com o Comitê de Atividades Antiamericanas do congresso e acabou preso e proibido de trabalhar. Mesmo quando saiu da prisão, Trumbo demorou anos para vencer o boicote do governo, sofrendo com uma série de problemas envolvendo familiares e amigos próximos.
Crítica do CINEVITOR: O currículo do roteirista Dalton Trumbo é extenso e conta com mais de sessenta filmes. Seu elogiado trabalho lhe rendeu duas estatuetas douradas no Oscar: em 1954, por A Princesa e o Plebeu, e em 1957, por Arenas Sangrentas. Além disso, escreveu outros tantos sucessos, como: Spartacus, Além da Eternidade, Johnny Vai à Guerra e Papillon. Mas, quem pensa que sua vida foi puro glamour hollywoodiano está muito enganado. Em Trumbo: Lista Negra, conhecemos os bastidores de uma movimentada indústria chamada cinema, responsável por criar astros e estrelas, tanto em frente às câmeras como atrás delas. No filme, dirigido por Jay Roach, acompanhamos a delicada situação sobre a infiltração de comunistas em Hollywood, que acabou gerando uma lista negra de profissionais que não contribuíram com informações para o Comitê de Atividades Antiamericanas. Neste seleto grupo de condenados pelo Congresso, temos o protagonista do longa: Dalton Trumbo. Baseado em situações reais, o filme narra a vida do famoso roteirista destacando seus problemas profissionais e pessoais. Com uma narrativa envolvente e bem construída, Trumbo: Lista Negra se torna ainda mais verossímil por causa da excelente atuação de Bryan Cranston, que nos contempla com um trabalho primoroso e seguro. Os coadjuvantes também merecem destaque, como: Helen Mirren, no papel da irritante e perigosa colunista de fofocas Hedda Hopper, e Diane Lane, como esposa de Dalton. Com diálogos bem escritos, a história contextualiza o espectador de maneira certeira, colocando-o a par da época, seja por meio de imagens, textos ou personagens. Em um filme que fala de Hollywood, não poderiam faltar grandes estrelas. Ao longo da trama, por exemplo, vemos John Wayne longe dos faroestes e Kirk Douglas empolgado com um novo projeto. Porém, Trumbo: Lista Negra vai além das celebridades e dos tapetes vermelhos e se torna um filme interessante ao retratar com sensatez um momento importante da sétima arte. Sem dúvida nenhuma, Dalton Trumbo foi um homem inteligente, que, para conseguir manter sua família, continuou escrevendo roteiros, mesmo que proibido, usando pseudônimos. Mas, além da sobrevivência como principal motivo, seu maior orgulho (leia-se: ego) era ver seu trabalho premiado e fazendo sucesso, principalmente quando burlava as regras impostas pela indústria, enganando a todos. Trumbo: Lista Negra merece aplausos porque além de entreter, ensina o espectador. É um filme com um roteiro muito bem escrito que fala de um roteirista que escrevia muito bem. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: