
O Panorama Internacional Coisa de Cinema chega à 20ª edição com novidades, retomadas e uma seleção de mais de 110 filmes que serão exibidos entre os dias 2 e 9 de abril no Cine Glauber Rocha e na Sala Walter da Silveira, em Salvador.
Além disso, neste ano, o mais antigo festival cinematográfico da Bahia volta a Cachoeira (entre os dias 2 e 6 de abril) e expande suas fronteiras com uma itinerância na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Anunciados em coletiva de imprensa, os 62 filmes selecionados para as competitivas Nacional, Baiana e Internacional refletem uma curadoria sintonizada com a diversidade de gêneros, estilos e linguagens no Brasil e em todo o mundo. As produções foram escolhidas entre os 1.203 longas e curtas inscritos para esta edição do Panorama. A curadoria foi realizada por Cláudio Marques, Marília Hughes, Adolfo Gomes, Gênesis Nascimento, Rafael Saraiva, Rafael Carvalho, João Paulo Barreto e Juh Almeida.
Nas competitivas Nacional e Baiana, a tradição é reunir diretores e representantes dos filmes para um debate com o público após a exibição. Com oito longas-metragens, a Competitiva Nacional traz apenas filmes inéditos na Bahia, sendo uma coprodução brasileira com França e Itália, e representantes do cinema produzido no Espírito Santos, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco e São Paulo. A produção baiana marca presença com três dos 15 curtas selecionados.
Pela primeira vez, as premiações de longa-metragem Nacional e Baiana terão as categorias de melhor direção, roteiro, montagem, atuação, direção de arte, fotografia e som, além da tradicional escolha de melhor longa e melhor curta. O júri oficial da mostra Nacional será formado por Ana Souza, gerente do departamento de programação do Sundance Festival; o roteirista e diretor Erico Rassi; e o ator Wilson Rabelo. Um júri especial do Canal Brasil também elegerá o melhor curta.
Na Competitiva Baiana, o público poderá conferir 21 filmes realizados em Salvador e outras cidades do estado; são cinco longas e 16 curtas. A cineasta Émilie B. Guérette; a curadora, cineasta e produtora Flavia Candida; e o realizador audiovisual Lucas Coelho compõem o júri oficial. Em Cachoeira, a mostra terá ainda um júri popular, com votação do público.
Desde a edição passada, os filmes da Competitiva Baiana também concorrem ao Prêmio Flavia Abubakir, oferecido pelo instituto homônimo: R$ 50 mil para o melhor longa e R$ 10 mil para o melhor curta.
A Competitiva Internacional traz seis longas e 12 curtas produzidos em 20 países, incluindo filmes de cinematografias pouco conhecidas no Brasil, como do Haiti, Líbano, Filipinas, Ucrânia e Senegal. O júri será formado por Rubian Melo, coordenadora do NordesteLAB; o jornalista Carlos Roberto; e a crítica e doutora em comunicação Enoe Lopes Pontes.
Nesta edição, o Panorama celebra sua trajetória de resistência e crescimento, apresentando um retrato da produção brasileira recente, com filmes que inovam em narrativas e temáticas, mas sem deixar de olhar para obras atemporais e clássicas. Um exemplo é a exibição de Bye, Bye Brasil, de Cacá Diegues, em cópia restaurada, integrando uma mostra com outras obras brasileiras que passaram por restauro recentemente.
O cineasta baiano Sérgio Machado ganha uma retrospectiva da sua produção documental, com destaque para 3 Obás de Xangô, que resgata a amizade entre três grandes ícones da nossa cultura: Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé; o documentário estreia no circuito comercial no final de abril. A mostra apresenta também A Bahia me Fez Assim, A Luta do Século e Onde a Terra Acaba.
O incentivo à reflexão sobre a arte cinematográfica vai além dos debates ao final das sessões, incluindo atividades formativas como a oficina de crítica com Adolfo Gomes. As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 18 de março, no site oficial do evento (clique aqui). A partir desta oficina será formado o Júri Jovem, que elege os melhores longas e curtas das competitivas Nacional e Baiana. Há ainda as oficinas de Direção para Cinema, com Juh Almeida, e de Narrativas Sonoras, com Lucas Coelho, ambas com inscrições até o dia 18. Para os PanLabs de Montagem e de Roteiro, as obras já foram selecionadas.
Conheça os filmes selecionados para o 20º Panorama Internacional Coisa de Cinema:
COMPETITIVA NACIONAL | LONGAS
A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha (RR/SP)
Ainda Não é Amanhã, de Milena Times (PE)
Centro Ilusão, de Pedro Diogenes (CE)
Mambembe, de Fabio Meira (GO)
O Deserto de Akin, de Bernard Lessa (ES)
O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG)
Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges (MG)
Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos (GO)
COMPETITIVA NACIONAL | CURTAS
Amarela, de André Hayato Saito (SP)
Cavalo Marinho, de Leo Tabosa (PE)
Como Nasce um Rio, de Luma Flôres (BA)
Da Pele Prata, de Safira Moreira (BA)
E o Seu Corpo é Belo, de Yuri Costa (RJ)
Fenda, de Lis Paim (CE)
Júpiter, de Carlos Segundo (MG)
Linda do Rosário, de Vladimir Seixas (RJ)
Maputo, de Lucas Abrahão (SP)
Mar de Dentro, de Lia Letícia (PE)
O Mediador, de Marcus Curvelo (BA)
O Silêncio Elementar, de Mariana de Melo (MG)
Queimando por Dentro, de Enock Carvalho e Matheus Farias (PE)
Vollúpya, de Eri Sarmet e Jocimar Dias Jr. (RJ)
Zoya, de Larissa Dardania (RJ)
COMPETITIVA BAIANA | LONGAS
Catadoras, de Dayse Porto
Jamex e o Fim do Medo, de Ramon Coutinho
O Samba Antes do Samba, de Paulo Alcoforado
Quem é essa Mulher?, de Mariana Jaspe
WR Discos: Uma Invenção Musical, de Nuno Penna e Maira Cristina
COMPETITIVA BAIANA | CURTAS
A Ligação, de Marcelo Levandoski
Ataques Psicotrônicos, de Calebe Lopes
Através do Som, de PH Silva
Bárbara, de Vilma Carlas Martins
Borderô, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Desconstruindo Lene, de Guilherme Maia
Marcos, O Errante, de Thiago Brandão
Menina Espoleta e os Super-heróis Secretos, de Paula Lice, Pedro Perazzo e Tais Bichara
Meu Pai e a Praia, de Marcos Alexandre
Na Volta eu te Encontro, de Urânia Munzanzu
O Amor não Cabe na Sala, de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira
Palavra, de DF Fuiza
Tigrezza, de Vinicius Eliziário
Volta ao Mundo, Kamará, de Eduardo Tosta e Karol Azevedo
Vovó Foi para o Céu, de Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
Ymburana, de Mamirawá
COMPETITIVA INTERNACIONAL | LONGAS
A Savana e a Montanha, de Paulo Carneiro (Portugal/Uruguai)
Agárrame Fuerte (Agarre-me forte), de Ana Guevara e Leticia Jorge (Uruguai)
Ánimu, de Miguel Kohan (Argentina)
Intercepted (Interceptado), de Oksana Karpovych (Canadá/França/Ucrânia)
Les Âmes Bossales (As almas bossais), de François Perlier (França/Haiti)
Marching in the Dark (Caminhando no escuro), de Kinshuk Surjan (Índia/Holanda/Bélgica)
COMPETITIVA INTERNACIONAL | CURTAS
A Move (Um movimento), de Elahe Esmaili (Irã/Reino Unido)
Across The Waters (Através das águas), de Viv Li (França)
Aferrado, de Esteban Azuela (México)
Ce Qui Appartient À Cesar (O que pertence a César), de Violette Gitton (França)
City Of Poets (Cidade dos Poetas), de Sara Rajaei (Holanda)
Cross my Heart and Hope to Die (Juro de coração), de Sam Manacsa (Filipinas)
Deus-e-Meio, de Margarida Assis (Portugal)
Lees Waxul (Os segredos não falam), de Yoro Mbaye (Senegal/França/Bélgica)
Loveboard (Quadro de amor), de Felipe Casanova (Bélgica/Suíça)
Mango (Manga), de Randa Ali (Egito)
Sea Salt (Sal Marinho), de Leila Basma (Líbano/Qatar)
Sparare Alle Angurie (Atirar em melancias), de Antonio Donato (Reino Unido/Itália)
Foto: Divulgação/Marrevolto Filmes.